Francisco Beltrão
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Município do Brasil | |||
Francisco Beltrão - Paraná | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | beltronense | ||
Localização | |||
Localização de Francisco Beltrão no Paraná | |||
Localização de Francisco Beltrão no Brasil | |||
Mapa de Francisco Beltrão | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraná | ||
Municípios limítrofes | Ampére, Bom Sucesso do Sul, Enéas Marques, Itapejara d'Oeste, Manfrinópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Renascença e Verê | ||
Distância até a capital | 508 km | ||
História | |||
Fundação | 14 de dezembro de 1952 (69 anos)[1] | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Cléber Fontana[2] (PSDB, 2021 – 2024) | ||
Vereadores | 13 | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 735,266 km² | ||
População total (estimativa populacional — IBGE/2019[4]) | 91 093 hab. | ||
Densidade | 123,9 hab./km² | ||
Clima | Subtropical (Cfa) | ||
Altitude | 600 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[5]) | 0,774 — alto | ||
PIB (IBGE/2015[6]) | R$ 2 621 480 mil | ||
• Posição | BR: 343º PR: 22º | ||
PIB per capita (IBGE/2015[6]) | R$ 30 306,48 | ||
Sítio | Sítio oficial (Prefeitura) |
Francisco Beltrão é um município brasileiro localizado no sudoeste do estado do Paraná. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 91 093 habitantes.[4]
História
A princípio a região onde hoje encontra-se a cidade era mata virgem, cerrada e formada principalmente por Pinheiros-do-paraná (Araucaria angustifolia). Os primeiros registros de habitantes datam de 1922, todavia somente nos anos 1940 intensificou-se o processo de povoamento efetivo. Os primeiros habitantes foram gaúchos e catarinenses, principalmente descendentes de imigrantes alemães e italianos, fato que reflete até hoje na cultura da cidade.
Em 1943, foi instalada na margem norte do Rio Marrecas a CANGO (Colônia Agrícola Nacional General Osório), com a função de organizar a distribuição de terras entre os colonos recém-chegados.
A CANGO situava-se onde hoje encontra-se o exército, no lado oposto do rio a onde situa-se hoje a parte central da cidade. À época a ligação entre as duas partes era feita por uma ponte de madeira coberta por tabuinhas, onde hoje existe uma ponte de concreto que liga as avenidas Júlio Assis Cavalheiro (em homenagem ao pioneiro que loteou a parte central da cidade), e a avenida Cristo Rei.
A CANGO era a principal instituição de Francisco Beltrão. Quase toda a renda do povoado, chamado à época de Vila Marrecas, provinha dela. Sua ação fomentadora foi tanta que logo a vila atingiu um desenvolvimento razoável a ponto de tornar-se cidade.
Em 1948 foi instalado na cidade, junto a sede da CANGO, o exército. Devido a proximidade da cidade com a fronteira Argentina, a necessidade de garantir o território motivou a instalação dessa instituição. Algo similar ao que ocorre hoje com as bases brasileiras próximo as fronteiras da amazônia.
Logo uma estrada foi aberta ligando a vila a outra localidade, a Vila Ampére, essa estrada era denominada Estrada do Picadão.
O rápido progresso demandou a instalação de um município, fato consolidado em 14 de novembro de 1951, quando desmembrou-se de Clevelândia a área que hoje pertence a Beltrão. O nome da cidade foi escolhido em homenagem ao engenheiro Francisco Beltrão, uma das primeiras pessoas a passar pela cidade. A instalação oficial deu-se em 14 de dezembro de 1952, sendo esta data atualmente feriado comemorativo da criação da cidade.
A distribuição das terras criou logo um conflito entre os colonos que moravam nas terras mas não possuíam escritura e Companhias de Terras que alegavam ser as proprietárias legais. Esse conflito eclodiu no dia 10 de outubro de 1957 e ficou conhecido como A revolta dos posseiros. Neste dia centenas de colonos tomaram a sede da CITLA, e expulsaram a companhia da cidade. Foi um marco na história do município este movimento.
Economia
Composição do PIB municipal (2015)[6] | |
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Setor | Participação (%) |
Primário | 5,8 |
Secundário | 20,2 |
Terciário | 51,1 |
Administração Pública | 12,6 |
Impostos | 10,3 |
A economia beltronense é a segunda maior na mesorregião, com um PIB de R$ 2.621.480.000,00, o que perfaz um PIB per capita de R$ 30.306,48.[6] Por ser o maior município da região, a cidade acaba concentrando a maior parte dos serviços e do comércio da região. As atividades econômicas que mais geram empregos são a indústria de produtos alimentícios, a indústria têxtil, o comércio varejista e a administração pública. Entre os anos de 2000 e 2007 o PIB do município apresenta uma expansão real de 43,62%, ou uma expansão geométrica anual de 5,30%, acima da média do estado e do país, no mesmo período. Como um dos resultados diretos do bom momento econômico, o emprego formal cresce velozmente. Entre Janeiro de 2000 e Novembro de 2006, de acordo com dados do MTE/CAGED, foram gerados 7657 novos empregos formais, um incremento muito significativo para uma População Economicamente Ativa estimada em 42 mil habitantes.
- Setor primário
A extensa área territorial e o latossolo roxo de excelente qualidade contribuem para que a agricultura e a pecuária tenham expressiva importância na formação do PIB municipal. Todavia o relevo é algo acidentado em boa parte do território, impedindo um melhor aproveitamento do potencial agrícola. Na agricultura as duas principais culturas são a soja e o milho. No ano de 2004 a cultura da soja, mesmo criticamente prejudicada pela severa estiagem, gerou R$ 18,8 milhões em dividendos para o município, em uma área plantada de 12 mil hectares (algo como um sexto da área total do município). No mesmo ano o milho, que é cultivado na mesma época da Soja, também sofreu com a estiagem, e acabou gerando apenas R$ 23,1 milhões para a economia municipal. em uma área de 20 500 hectares plantados (um quarto da área municipal). A produção que em anos regulares costuma gerar em torno de 9 000 kg/ha (360 sacas/alqueire), neste ano de 2004 acabou sendo apenas, em média, 4 512 kg/ha (180 sacas/alqueire). O impacto foi profundo na economia municipal, e o pib cresceu apenas 3,1% em relação ao ano anterior (2003-2004), uma queda de 8 p.p. em relação ao crescimento verificado entre 2002-2003. Ainda sim a variação das culturas produzidas no município foi suficiente para colocar Francisco Beltrão na 99° posição nacional no quesito PIB agropecuário, representando 0,12% da produção nacional.
No município também são cultivados comercialmente aveia, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, mandioca, trigo e uva. Nos anos de 2004 e 2005 secas castigaram severamente a região quebrando a produção de algumas culturas, notadamente soja e milho. Esta ocorrência climática deve contribuir ainda mais para a retração da população rural, que já vinha caindo a taxas de 2,66% ao ano, pois com as secas as condições financeiras de boa parte dos pequenos produtores rurais agravaram-se. Sem dinheiro e atolados em dívidas, os produtores organizaram protestos no ano de 2006 tentando sensibilizar o governo federal sobre a sua situação. A safra de verão 2006/2007 tem boas chuvas e promete uma recuperação econômica forte ao município.
Na pecuária as principais atividades são a bovinocultura, a suinocultura, a avicultura, a produção de leite, de mel e de ovos de galinha e codorna. A avicultura ocupa lugar de destaque na composição do PIB do setor primário, devido a existência de uma unidade industrial da Sadia, que absorve uma expressiva parcela da População Economicamente Ativa municipal (cerca de 8%) e ainda mantém cerca de 800 aviários em toda a região, sendo de grande importância para o município.
Na indústria extrativista a produção mineral se concentra basicamente em dois tipos de produtos, argila e pedra-brita (basalto).
- Setor secundário
No setor secundário destacam-se o pólo de confecções de vestuário, com mais de 100 empresas do ramo na mesorregião, o setor moveleiro concentrando um pequeno pólo do ramo, o setor de metal-leve (produtos de alumínio e outras chapas leves), além do setor da agroindústria que consta com grandes empresas como a Sadia e a Perdigão. Existem atualmente 4 distritos industriais delimitados (Romano Zanchet, Ulderico Sabbadin, CONAB, e São Miguel).
- Setor terciário
O setor terciário tem grande importância não só a nível municipal, mas também a nível regional, sendo que na cidade de Francisco Beltrão está instalado boa parte da área de segurança publica da região (com o I.M.L responsável por 27 municípios da região de Francisco Beltrão, juntamente com uma Seção Técnica da Polícia Científica que abrange um total de 42 municípios da região sudoeste do Paraná, com o Centro de Detenção e Ressocialização CDR), com a concentração regional de serviços médico-hospitalares (Policlínica São Vicente de Paula, Hospital Regional, Hospital São Francisco, Centro de Oncologia, diversas clínicas e laboratórios), serviços automotivos (peças e concessionárias), além de um comércio varejista diversificado e diversos órgãos governamentais.
Geografia
Francisco Beltrão está localizado bem ao centro do Sudoeste do Paraná, na latitude 26°04'20"S e longitude 53°03'20"W. Fica situado a cerca de 130 km ao Sul de Cascavel, a 290 km de Foz do Iguaçu, a quase 492 km da Capital do Estado]], Curitiba, 70 km a leste da divisa com a Argentina, e cerca de 30 km ao norte da divisa com o estado de Santa Catarina.
Compõem o município cinco distritos: Francisco Beltrão (sede), Jacutinga, Nova Concórdia, São Pio X e Secção Jacaré[7].[8]
A porção rural do município é formada pelas seguintes comunidades e bairros[9]: Comunidade Divisor, Comunidade Km 23, Comunidade Linha Eva, Comunidade Linha Macagnan, Comunidade Linha Hobold, Comunidade Linha São Paulo, Comunidade Linha Volpato, Comunidade Rio do Mato, Comunidade Rio Guarapuava, Comunidade Rio Tuna, Comunidade São Pio X - Km 20, Comunidade Secção Progresso, Comunidade Vila Lobos, Comunidade Volta Grande Do Marrecas, Comunidade Assentamento Missões, Comunidade Jacutinga (Distrito), Comunidade Lageado Grande, Comunidade Linha Formiga, Comunidade Linha Santa Rosa - Km8, Comunidade Linha Triton, Comunidade Nova Concórdia (Distrito), Comunidade Rio Erval - Km 15, Comunidade Rio Pedreirinho, Comunidade Santa Bárbara, Comunidade São João, Comunidade Secção Jacaré (Distrito), Comunidade Secção São Miguel, Comunidade Vila Rural Gralha Azul, Comunidade Vila Rural Água Viva, Comunidade Linha Nova União, Comunidade Linha Gaúcha, Comunidade Linha Jandira, Comunidade Linha Piracema, Comunidade Linha Rio Gaiola, Comunidade Linha Rio 14, Comunidade Olaria, Comunidade Rio Predreiro, Comunidade Linha Rio Quebebe, Comunidade Rio Macaco, Comunidade Menino Jejus, Comunidade Linha São Marcos, Comunidade Alto Do Jacutinga, Comunidade Barra do Jacutinga, Comunidade Barrinha do Jacutinga.
Clima
O clima predominante de Francisco Beltrão na Classificação de Köppen é Cfa (temperado, com invernos amenos cuja temperatura é superior a -3 °C e inferior a 18 °C e verões quentes com temperatura superior a 22 °C). Entretanto no extremo oeste do município, nas áreas acima de 850 m de altitude ocorre a classificação climática Cfb. Em termos quantitativos, podem ocorrer em dias de condições atmosféricas semelhantes, gradientes de até 5 °C entre as baixadas no nordeste do município (450 m de altitude) e as terras altas da Serra no oeste (até 950 m). Os dados climatológicos exibidos nesta página são da estação do IAPAR, que fica a 650 m de altitude, em uma região a cerca de 2 km do centro da cidade, junto a estação de tratamento de água da Sanepar.
Graças à distância de cerca de 400 km do oceano, a amplitude térmica anual é de 9 °C, sendo uma das maiores do estado. Com isso os invernos tendem a ser mais frios e os verões mais quentes que regiões com latitude e altitude semelhantes, porém localizadas em lugares mais próximos ao mar.
A parte urbana da cidade sofre pouca ação dos ventos, pois está localizada em uma espécie de "bacia", sendo totalmente cercada por morros com altitudes de cerca de 100 m superiores ao da área central. Deste modo o vento costuma ser de fraca intensidade, e ventos fortes só são registrados durante tempestades.
[Esconder]Dados climatológicos para Francisco Beltrão (1974-2015) | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 36,4 | 37,6 | 37,4 | 33,8 | 31,9 | 31,0 | 30,0 | 34,0 | 35,7 | 36,4 | 38,3 | 38,2 | 38,3 |
Temperatura máxima média (°C) | 30,2 | 29,9 | 29,2 | 26,1 | 22,3 | 20,8 | 21,1 | 23,4 | 24,4 | 26,8 | 28,4 | 29,7 | 26,0 |
Temperatura média (°C) | 23,6 | 23,2 | 22,2 | 19,2 | 15,6 | 14,2 | 14,2 | 16,0 | 17,5 | 20,1 | 21,7 | 23,1 | 19,2 |
Temperatura mínima média (°C) | 18,4 | 18,3 | 17,0 | 14,1 | 10,7 | 9,4 | 9,0 | 10,3 | 11,9 | 14,6 | 15,9 | 17,7 | 13,9 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 8,0 | 8,7 | 3,4 | 1,0 | −0,2 | −4,2 | −5,0 | −2,4 | −0,4 | 3,3 | 4,8 | 8,6 | −5,0 |
Precipitação (mm) | 189 | 170 | 130 | 169 | 186 | 170 | 140 | 110 | 167 | 253 | 180 | 175 | 2 046 |
Dias com precipitação | 14 | 13 | 11 | 10 | 9 | 10 | 10 | 8 | 11 | 12 | 11 | 12 | 131 |
Umidade relativa (%) | 74 | 76 | 76 | 78 | 80 | 81 | 77 | 71 | 70 | 71 | 69 | 72 | 74,7 |
Horas de sol | 220 | 193 | 215 | 189 | 172 | 146 | 172 | 197 | 181 | 201 | 224 | 226 | 2 331 |
Fonte: IAPAR[10] 24 de Março de 2016. |
O verão é muito quente e chuvoso, muitas vezes a temperatura passa dos 30 °C, raramente passando de 35 °C. Todavia já foram registados até 38,3 °C em Novembro de 1985, recorde máximo para a cidade desde 1974.[10] No verão são comuns as chuvas de fim de tarde, quando a umidade associada ao calor gera nuvens pesadas com chuvas de curta duração. Nos dois últimos verões (2004-2005 e 2005-2006) têm sido de chuvas irregulares, causando grandes perdas a agricultura, principalmente as culturas de milho e soja.
O inverno apresenta-se como uma estação um pouco mais seca que o verão, chovendo apenas com a passagem de frentes frias. Junto com a chuva vem geralmente o frio, que pode chegar a até -5 °C, conforme registrado em Julho de 1975, ano inclusive em que foi registrada a última queda de neve na cidade (no dia 20 de Julho).[10] De modo geral pode-se dizer que nesta época os dias são amenos, sendo relativamente frio no início da manhã e depois que o sol se põe.
As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano com maior incidência na Primavera e Outono e a menor durante o inverno (em volume). Já considerando-se os dias chuvosos, observa-se uma média de 11 a 14 dias chuvosos por mês entre os meses de Setembro até Março e de 8 a 10 dias entre Abril até Agosto.[10] A precipitação anual é superior a 2 mil milímetros, mas costuma variar bastante, principalmente devido a eventos como o El Niño. Em alguns anos foram registradas grandes enchentes devido às Chuvas excessivas causadas por este fenômeno, como em 1983 e 1997. A maior precipitação já registrada foi de 183,6 mm em 24 horas no mês de Junho de 1991.[10] Apesar da boa regularidade pluviométrica, secas e períodos de pouca precipitação são registradas periodicamente, sendo que no triênio 2003-2005 os meses de verão foram especialmente secos, causando elevadas perdas em produtividade na agricultura. Na região um período superior a 30 dias sem chuvas já podem ser considerado como seca, períodos superiores a 60 dias sem precipitação são considerados como seca severa.
Geologia
O município encontra-se sobre um derrame basáltico antigo, no Terceiro Planalto do Paraná, ou Planalto de Guarapuava. A composição do solo é basicamente Latossolo Distrófico Roxo de textura argilosa.
Relevo
O relevo do município é bastante variável, indo de áreas praticamente planas, principalmente ao leste e ao centro, até áreas com acentuados declives, principalmente ao oeste, próximo a divisa com o município de Manfrinópolis, na chamada Serra do Jacutinga. A altitude varia entre 450 m nas partes planas ao nordeste, até 950 m nas partes altas da serra. Na área urbana a altitude predominante gira ao redor de 560 m, sendo nas partes mais baixas de 530 m e nas partes mais altas, até 670 m.
Hidrografia
O município é servido por duas bacias hidrográficas distintas. A maior, em área, e mais importante é a do Rio Marrecas, que serve como fonte primária de captação de água para a parte urbana. Este Rio corre de Oeste para leste, corta a cidade ao meio, onde sua largura é aproximadamente 20 metros com profundidade inferior a um metro, e que deságua no Rio Chopim, que por sua vez deságua no Rio Iguaçu. Já na parte Oeste do município, a bacia hidrográfica é a do Rio Jaracatiá, que desagua diretamente no Rio Iguaçu, próximo ao município de Nova Prata do Iguaçu.
A captação de água é realizada pela Sanepar, no Rio Marrecas, pouco antes deste entrar na área urbana da cidade. O tratamento é realizado no Morro da Sanepar, que fica a 640 m de altitude, cerca de 70 metros acima da maior parte da área urbana, facilitando assim a distribuição.
Vegetação
A cobertura vegetal original do município é considerada como Floresta Ombrófila Mista. As árvores nativas mais comuns são o Pinheiro-do-paraná, Angico, Cedro, Ipê-roxo, Ipê-amarelo, Canafístula, Cerejeira entre outras. Atualmente a cobertura vegetal está bastante diminuída em relação a 20 anos antes, porém ainda existem muitas áreas cobertas por mata nativa, principalmente nas partes de relevo mais acidentado. Durante as últimas décadas, extensas áreas cobertas por eucaliptos e pinheiros vêm sido plantadas, sendo que estas duas espécies representam hoje duas das principais espécies vegetais encontradas no município, sendo muito utilizadas como lenha e para produção de papel. Já na área urbana a cobertura vegetal é razoavelmente boa, sendo as espécies mais disseminadas o ligustro, a ana-cauíta, os ipês e a canela. Durante o inverno parte da vegetação perde as folhas, mas muitas espécies ainda conservam a folhagem verde, característica do clima subtropical, moderadamente temperado.
Demografia
Indicadores principais
Conforme o último censo demográfico, o município cantava com 78 943 habitantes.
Francisco Beltrão possuía no ano 2000 um IDH de 0,683, sendo o 17° melhor dentro do estado do Paraná. Em 2010 o IDH havia evoluído para 0,774 e o município passou a ocupar a 7ª posição dentro do estado. Segundo os mesmos dados do IBGE, compilados pelo PNUD, a expectativa de vida em 2010 era de 75,7 anos e o Índice de alfabetização em adultos acima de 18 anos era de 93,96%.
Crescimento populacional
População (1960-2014) | |
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Ano | Habitantes |
1960 | 55.253 |
1970 | 36.730 |
1980 | 48.762 |
1990 | 61.781 |
1996 | 65.730 |
2000 | 67.118 |
2007 | 72.409 |
2010 | 78.957 |
2014 | 85.486 |
Segundo o IBGE, a taxa de crescimento demográfico é de 1,1% ao ano (2000-2007), próxima a média estadual. O município atravessou a sua fase de maior crescimento nas décadas de 1960 e 1970, quando grandes contingentes de imigrantes gaúchos e catarinenses chegaram a região, se fixando muitos no próprio município de Francisco Beltrão como também em outros da região, período que muitos pequenos municípios foram então emancipados. Na década seguinte o fluxo se inverteu e um grande número de habitantes deixou a cidade em direção ao Centro-Oeste e Norte do país, a taxa de crescimento desacelerou, contudo continuou positiva. Nas duas décadas seguintes (1990) a população voltou a crescer, a taxas pequenas. Desde 2000 o crescimento populacional acelerou-se e atualmente está na casa de 1,3% a.a.. Ao longo do último meio século a cidade transformou-se de predominantemente rural para predominantemente urbana. Atualmente a taxa de urbanização é superior a 80%.
Composição étnica
Segundo dados do Censo de 2000, dos 67 118 habitantes recenseados a época, 81,7% eram brancos, 15,9% eram pardos, 1,9% eram negros, 0,2% eram amarelos, 0,1% eram indígenas e 0,2% não declararam sua raça. Os dados refletem o grande número de descendentes de europeus imigrantes, que primeiro haviam se fixado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e que depois migraram novamente para a região.
Educação
Segundo dados do PNUD do ano 2000, a taxa de analfabetismo em pessoas com mais de 25 anos de Francisco Beltrão neste mesmo ano era 9,4% uma redução de 43,5% em relação a 1991, quando a taxa era de 16,7%. A média de anos de estudo em pessoas acima de 25 anos subiu de 4,6 para 6,0 anos. O IDH-Educação da cidade nesta pesquisa é de 0,918, uma melhoria de 13,6% em relação a 1991, quando o índice era 0,809. O quesito educação é inclusive, entre os três que compõem o IDH, o que mais contribuiu para o incremento do IDH Municipal de Francisco Beltrão entre os anos de 1991 e 2000. Abaixo segue uma tabela sobre a composição educacional da população do município.
Evolução do Nível Educacional da População (1991-2000) | ||||||||||
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Faixa Etária (anos) | Instrução Escolar (%) | |||||||||
Analfabeto | Inferior a 4 anos | Inferior a 8 anos | Superior a 12 anos | Estudando | ||||||
1991 | 2000 | 1991 | 2000 | 1991 | 2000 | 1991 | 2000 | 1991 | 2000 | |
7 a 14 | 6,9 | 3,3 | - | - | - | - | - | - | 90,5 | 97,7 |
10 a 14 | 1,9 | 0,7 | 49,4 | 20,9 | - | - | - | - | 87,8 | 97,4 |
15 a 17 | 3,0 | 0,8 | 15,2 | 4,7 | 71,0 | 33,8 | - | - | 56,3 | 83,6 |
18 a 24 | 2,9 | 1,8 | 12,4 | 6,3 | 60,2 | 26,6 | 4,2 | 8,1 | 4,1¹ | 10,5¹ |
acima de 25 | 16,7 | 9,4 | 38,3 | 27,0 | 78,5 | 63,5 | 6,0 | 8,0 | 1,1¹ | 1,4¹ |
1 - Foram considerados somente estudantes do nível superior. |
No teste nacional conhecido como Prova Brasil, realizado em 2006, Francisco Beltrão conquistou um dos melhores resultados estaduais no nível de quarta série primária. Ao nível de oitava série o resultado também foi superior a média estadual.
Ensino Superior
Matrículas no Ensino Superior (2000-2012) | ||||
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Ano | Estadual | Federal | Privada | Total |
2000 | 1.228 | 0 | 0 | 1.228 |
2001 | 1.230 | 0 | 486 | 1.716 |
2002 | 1.132 | 0 | 1.092 | 2.224 |
2003 | 1.186 | 0 | 1.516 | 2.702 |
2004 | 1.327 | 0 | 1.804 | 3.131 |
2005 | 1.440 | 0 | 2.226 | 3.666 |
2006 | 1.411 | 0 | 2.216 | 3.627 |
2007 | 1.283 | 0 | 2.288 | 3.571 |
2008 | 1.242 | 46 | 2.419 | 3.707 |
2009 | 1.113 | 221 | 2.252 | 3.606 |
2010 | 1.006 | 293 | 2.509 | 3.808 |
2011 | 994 | 410 | 2.878 | 4.282 |
2012 | 944 | 385 | 3.374 | 4.703 |
2013 | 959 | 479 | 3.843 | 5.281 |
2014 | 1.085 | 539 | 4.596 | 6.220 |
2015 | 1.145 | 657 | 5.052 | 6.854 |
Francisco Beltrão conta com algumas Instituições de Ensino Superior: UNIOESTE, UTFPR, UNIPAR, UNISEP, CESUL, Uninter, Facinter e Unopar. Ao fim de 2012 o setor privado era o responsável pela maior parte das matrículas ativas no município, com 3.374 matrículas. O setor teve forte crescimento na última década, saindo de nenhum aluno no começo de 2001, para o número atual. Por outro lado o setor público vem perdendo participação já há longo tempo. Ao fim de 2013, a Unioeste possuía 944 matrículas, quase 500 matrículas abaixo do seu pico de 1.440 alunos em 2005. A federal UTFPR, que foi estabelecida em 2007, possuía ao fim de 2012, 385 matrículas ativas, não obstante seja uma universidade ainda com vários cursos com turmas nos anos iniciais.
No começo de 2010 o município fez forte lobby político junto ao governo estadual para angariar o curso de Medicina para o campus local da UNIOESTE. O curso foi instalado e a primeira turma iniciou as aulas em 2013. Francisco Beltrão tornou-se assim, a sexta cidade do Paraná a contar com a graduação.
- Renda
A renda per capita média no ano de 2011, em valores correntes do mesmo ano, era de R$ 1471,41, contra R$ 307,97 do ano de 2000, portanto 478% maior. A pobreza, considerada pela pesquisa como porcentagem de pessoas que vivem com rendimento inferior a meio salario mínimo, caiu 42% entre estes dois períodos, diminuindo de 37% para 8% da população. Apesar da melhoria nos rendimentos médios da população, o índice Gini permaneceu estabilizado em 0,580. O índice da razão entre a renda média dos 10% mais ricos da população e a renda média dos 40% mais pobres era, em 2000, 19,76, uma melhoria insignificante diante do índice de 19,77 do ano de 1991. Francisco Beltrão é o 243° município (de 1159) mais desigual do Sul do Brasil, e o 112° (de 399) no estado do Paraná, portanto entre os mais desiguais dessas regiões. Em 1991 ocupava respectivamente a 249° e a 87° posições.
Turismo
Abaixo listam-se alguns dos principais pontos de turismo e lazer:
- Cristo Redentor: estátua erguida no Morro do Calvário, é um ponto de peregrinação religiosa na época da Páscoa, a partir do alto da estátua tem-se visão panorâmica do centro de vários bairros da cidade.
- Torre da Concatedral: torre na praça central da cidade, com 100 metros de altura, possui um deck a 78 metros de altura que possibilita a visualização de grande parte da cidade.
- Museu do Colonizador: localizado no Parque de Exposições Jaime Canet Júnior, abriga vasto acervo fotográfico e de utensílios utilizados na época do início da colonização do sudoeste do Paraná. O prédio que abriga o museu foi uma das primeiras casas da cidade.
- Parque Alvorada: localizado na parte oeste do município, é atualmente o parque mais visitado da região, possui um lago no centro, uma ATI e o restaurante Voga Bistro.
- Parque de Exposições: instalado no sudoeste da cidade o Parque de Exposições Jaime Canet Junior é uma imensa área verde que, assim como o Parque Alvorada, é muito frequentado pelos moradores da região para caminhadas. Além disso conta com pista de Kart, Centro de Convenções, diversos barracões para feiras e eventos, além de palco para shows e casa para leilões. É utilizado bienalmente nos meses de Março para a realização da EXPOBEL. As atrações da Expobel são os diversos stands de empresas da região que expõe seus produtos e ofertam seus serviços. Todas as noites ocorrem shows e nos finais de semana inclusive com artistas de grande renome. Na 24° edição realizada em março de 2010 a feira atingiu o público de 263 mil visitantes.
Infraestrutura
Segurança Pública
Polícia Militar
- 21° Batalhão de Polícia Militar.
- 3º Subgrupamento Independente do Corpo de Bombeiros.
- 3° Pelotão da 6ª Companhia de Polícia Rodoviária.
- 3° Pelotão da 4ª Companhia de Polícia Ambiental.
Polícia Civil
- 19° SDP (Sub divisão policial da Polícia Civil do Estado do Paraná)
Energia
Em 2007 o consumo de Energia Elétrica em Francisco Beltrão foi da ordem de 178,5 mil Mwh, aproximadamente 78% superior ao consumo de dez anos atrás (100,6 mil Mwh, em 1997). O consumo residencial alcançou, neste mesmo ano, 34,990 mil Mwh, distribuídos entre os 20.073 consumidores residenciais urbanos, perfazendo assim uma média 145,3 Kwh mensal por domicílio.
O consumo industrial totalizou 86,93 mil Mwh, sendo que destes, 63,83 mil Mwh foram consumidos pela unidade industrial da Sadia, existente no município, caracterizando esta como a principal consumidora deste.
O consumo comercial totalizou 23,567 mil Mwh, distribuídos entre 2.558 consumidores.
O consumo rural totalizou 20,482 mil Mwh, distribuídos entre 3.762 consumidores e, por fim, outras classes (consumo não identificado em nenhuma das classes anteriores) foram responsáveis por 12,530 mil Mwh consumidos.[11]
Transporte
Veículos particulares
Segundo dados do Detran/PR, em agosto de 2014 Francisco Beltrão estava contando com uma frota de 52.493 veículos registrados, sendo a maior frota da mesorregião. Os carros totalizavam 29.100 unidades, motos e motonetas eram 11.291 e mais os veículos de grande porte (como tratores, caminhões, caminhonetes, ônibus e micro-ônibus) totalizam 9.519 veículos.[12] Considerando uma população de 85.486 habitantes (estimativa de 2014), a proporção de veículos fica em 614 veículos por grupo de mil habitantes, compatível com a das capitais mais motorizadas do país.[13]
Entre 1998 e 2007 a frota subiu 108,8%, de tal modo que hoje o trânsito de Francisco Beltrão constitui um dos mais graves problemas urbanos do município, visto o elevado número de acidentes e mortes ocorridos anualmente.[11]
No ano de 2005 foi criado o Departamento Municipal de Trânsito, responsável por regulamentar esta atividade a nível municipal. Os principais desafios do departamento são resolver a falta de vagas no perímetro urbano, agilizar o fluxo de veículos e diminuir o grande número de acidentes urbanos registrados no município. Todavia, até o momento o departamento somente logrou êxito em melhorar o número de vagas na área central. A crescente lentidão continua um problema cada vez mais grave, e o índice acidentes urbanos vem mantendo patamares elevadíssimos de 348/10 mil veículos (2007),[14] ante números anteriores de 354/10 mil veículos (2006)[15] e 336/10 mil veículos (2005).[16] Tal índice coloca o município entre os dez piores trânsitos do estado, sendo que em 2007 o município ocupava a 4° posição.
Rodovias
Por ser um dos municípios de referência da região, existem rodovias partindo em praticamente todas as direções, sendo o município um entroncamento rodoviário regional. Do oeste vem a PR-483 (antes BR-163 e PR-182), proveniente de Cascavel que também serve como ligação para os municípios do oeste da região. Do leste vem a PR-566, que liga a cidade até Itapejara d'Oeste, Coronel Vivida e Chopinzinho. Do nordeste vem a PR-475, fazendo a ligação do município de Verê e o distrito beltronense de Nova Concórdia. Do norte vem a PR-180 que atravessa o município e chega até a cidade de Marmeleiro, fazendo conexão com a BR-280.
A PRT-280 serve também como ligação entre o município e Pato Branco, sendo a mais movimentada da região com fluxo diário superior a 4 mil veículos.
Ferrovias
O sudoeste como um todo não conta com ferrovias, porém ao longo do ano de 2008 foi levantado pelo Governo Estadual do Paraná o interesse deste em transversar a região com uma linha férrea, a qual faria ligação do Oeste do Paraná com o Oeste de Santa Catarina. A ferrovia seria construída pela Ferroeste e ainda não está certo o trajeto definitivo, mas os trilhos poderiam cortar o município de Francisco Beltrão. Atualmente estão sendo feitas discussões com diversas entidades da região, visando definir a possibilidade ou não da instalação de tal ferrovia.
Transporte aéreo
A cidade de Francisco Beltrão é servida pelo Aeroporto Dr. Paulo Abdala (FBE / SSFB). Situado a 640 m de altitude, com pista de revestimento asfáltico de 1400 x 30 m e designativo das cabeceiras magnéticas 07/25, o aeroporto possui balizamento noturno e está habilitado para operações diurnas e noturnas. O município conta com serviço aéreo regular pela companhia aérea gaúcha NHT Linhas Aéreas. No ano de 2009 o aeroporto foi totalmente reestruturado pela prefeitura municipal. Com investimentos de cerca de R$ 1,5 milhões o município buscou adequar a infraestrutura aeroportuária do local às normas da ANAC. Devidamente homologado pela ANAC, o Aeroporto Dr. Paulo Abdala conta com 5 voos semanais de segunda a sexta-feira nos dias uteis, ligando Francisco Beltrão à Curitiba - PR com escala em Chapecó - SC, todos operados pela NHT Linhas Aéreas, atualmente a companhia opera com uma aeronave LET L-410 para 19 passageiros.
Cultura
Museus
O município conta com o Museu do Colonizador, localizado no Parque de Exposições Jaime Canet Jr. No local estão expostos artefatos e fotografias do período de colonização do município, datados da época das décadas de 1940 até 1960.
Esporte
O esporte desempenha importante papel na cultura do município, que conta com diversas associações desportivas que disputam anualmente torneios estaduais. No futebol, a cidade conta com o Francisco Beltrão Futebol Clube e o Clube Esportivo União, que participam do Campeonato Paranaense de Futebol e no passado, também participou o Real Esportivo e Recreativo Beltronense. O estádio onde ocorrem jogos de futebol, profissional é o Anilado.
No futsal a cidade é representada pelo Marreco Futsal, que disputa a Série Ouro do Paranaense de Futsal e a Liga Nacional de Futsal, a principal competição do salonismo brasileiro, manda seus jogos no Ginásio Arrudão, com capacidade para cerca de 4500 pessoas.
No automobilismo, a cidade conta com um representante na Fórmula Truck, o beltronense Wellington Cirino.
Ver também
Referências
- ↑ «Paraná - Francisco Beltrão - Dados gerais do município». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2016. Consultado em 11 de dezembro de 2016
- ↑ Prefeito e vereadores de Francisco Beltrão tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ ab «estimativa_dou_2019.xls». ibge.gov.br. Consultado em 28 de agosto de 2019
- ↑ «Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 29 de dezembro de 2013
- ↑ ab c d «Produto Interno Bruto dos Municípios 2015 - Francisco Beltrão». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 de março de 2018
- ↑ «Igreja Seção Jacaré». Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão. Consultado em 9 de outubro de 2019
- ↑ «Francisco Beltrão». IBGE Cidades. Consultado em 23 de março de 2022
- ↑ «Bairros e Comunidades - Prefeitura de Francisco Beltrão»
- ↑ ab c d e «ESTACAO: FRANCISCO BELTRAO / CODIGO: 02653012 / LAT: 26.05 S / LONG: 53.04 W / ALT: 650 M PER.:1974/2017». IAPAR. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ ab «Base de Dados do Estado - BDE». Base de Dados do Estado do Paraná. Energia Elétrica (1997-2007). Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES. 2008. Consultado em 9 de novembro de 2008
- ↑ «Frota do Paraná» (PDF). FROTA DE VEÍCULOS CADASTRADOS NO ESTADO DO PARANÁ - POSIÇÃO EM SETEMBRO 2012. Departamento de Trânsito do Paraná (DETRAN/PR). Setembro de 2012. Consultado em 27 de novembro de 2012
- ↑ «"Curitiba tem mais carros por pessoa do que qualquer capital"». Jornal Gazeta do Povo. 26 de setembro de 2008. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ «Anuário Estatístico» (PDF). Detran / PR. 2007. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ «Anuário Estatístico» (PDF). Detran / PR. 2006. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ «Anuário Estatístico» (PDF). Detran / PR. 2005. Consultado em 31 de outubro de 2018