MATRIZ DA SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARETH – CERRO LARGO, RIO GRANDE DO SUL
Situada na região das antigas missões jesuíticas, a colônia chamada Cerro Azul originou-se ao redor de uma pequena escola paroquial, fundada em 1903 pelo padre jesuíta Maximilian von Lassberg (Padre “Max”).
A partir de 1907, a comunidade passou a ser liderada pelos padres da Sociedade do Apostolado Católico (palotinos), e em 1913 iniciou-se o esforço para a construção de uma matriz, de um convento feminino, e de um seminário.
A população do local construiu a igreja em regime de mutirão, entre 1913 e 1921, com o auxílio financeiro de diversos padrinhos, que em sua maior parte eram comerciantes locais ou produtores rurais. Em 1919, o bispo de Uruguaiana criou uma paróquia no local, e o primeiro pároco foi o Pe. Guilherme Rademacker.
Entre 1921 e 1923, o local foi administrado por padres diocesanos, e entre 1923 e 1956, pelos jesuítas.
Segundo Almiro Spies, os quatro sinos foram comprados com doações de fiéis, e foram fundidos em Bochum, na Alemanha. Vieram de navio até Porto Alegre, pois foram importados através da firma Bromberg, daquela cidade. Depois, seguiram de trem até Santo Ângelo (época em que as ferrovias ainda eram vastas no Brasil), e a ultima etapa do transporte foi em carroça de bois.
Essa igreja é um belo exemplar de estilo neogótico, com linhas puras e decoração muito similar a igrejas alemãs, inclusive no que se refere ao retábulo entalhado em madeira. Os pórticos, a cantaria da fachada, bem como as colunas do interior, são feitos na mesma pedra avermelhada visível nas ruínas das igrejas dos Sete Povos das Missões.
Referências: Texto de Almiro Spies
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