MOINHO DO ENGENHO VELHO
" Localizado no distrito de Rondinha, nas proximidades de Campo Largo, o chamado Engenho Velho tem sua construção datada de aproximadamente 1870
MOINHO DO ENGENHO VELHO
Suas características arquitetônicas são comparadas em boletim do SPHAN “às dos engenhos de açúcar e farinha do Recôncavo Baiano, por estar instalado no sopé de um morro, beneficiando-se de um curso d'água como força motriz”.
A construção se integra ao relevo acidentado da planície ocupando uma área aproximada de 21 hectares, e é descrita em certidão do cartório de registro de imóveis da comarca de Campo Largo, do seguinte modo:
' Um imóvel rural, constituído de partes de terras de campo, banhado e cultura, [...] contendo um moinho para a fabricação de fubá e outros derivados do milho, que data do século 19, o qual está sendo incorporado ao Patrimônio Histórico Nacional, em razão do tombamento Histórico. Tem uma casa residencial de alvenaria-tijolos, coberta com telhas de barro, acabamento normal medindo 72,00m2 de área construída; além de outras benfeitorias.' "
Transformações na estrutura do imóvel teriam sido realizadas em 1896 quando foi adquirido pelo agricultor Pedro Paulo Marchioratto, que “demoliu o forno, retirou a bateria de pilões, construiu um mezanino e alterou o telhado, para adaptar o programa de funcionamento do engenho de mate ao fabrico de milho”, e em cuja família permaneceu como propriedade até sua aquisição por parte do governo do estado do Paraná em 1978. [...]
Financiado pelo governo estadual, o plano de restauro previa numa primeira etapa a identificação, catalogação e restauro dos equipamentos utilizados no processamento da erva mate para com este material compor o acervo museológico de forma a reconstituir cada etapa do processo produtivo, constituindo esta a única aproximação de uma abordagem de interesse industrial.
As modificações feitas ainda no século XIX puderam ser revertidas após a identificação das antigas fundações, que permitiram a reconstituição da planta baixa da construção necessária para pautar o plano de reparos necessários no piso, cobertura, esquadrias das janelas, vedação e estrutura de sustentação do telhado, segundo projeto elaborado pelos arquitetos Cyro Corrêa de Oliveira Lyra e José La Pastina Filho. A degradada paisagem rural que circundava a área do engenho, nas imediações da BR 277, sofreu uma série modificações para acomodar certas facilidades necessárias à existência de um parque público. Estrutura com banheiros, churrasqueiras e um espelho d'água foram acrescentados ao espaço que passou a ser chamado Parque Histórico do Mate."
(Extraído de: memórias.ufpr.com.br).
Paulo Grani.
Casa de soque e roda d'água do Engenho de Mate anteriormente ao processo de restauração.
(imagem: Agência de Notícias do Estado do Paraná).
(imagem: Agência de Notícias do Estado do Paraná).
A casa de soque após a restauração, e o conjunto transformado no Parque Histórico do Mate.
(imagem: Secretaria de Turismo do Paraná).
(imagem: Secretaria de Turismo do Paraná).