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sexta-feira, 17 de março de 2023

O CURUPIRA E O TESOURO ESCONDIDO DO SENHOR QUEIRÓS

 O CURUPIRA E O TESOURO ESCONDIDO DO SENHOR QUEIRÓS


Pode ser uma imagem de montanha, corpo d'água e texto

O CURUPIRA E O TESOURO ESCONDIDO DO SENHOR QUEIRÓS

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A ilha do Corisco, situada na baía de Antonina, próxima ao porto do Cabral, é uma área de depósito constituído por materiais orgânicos, conhecida também por sambaqui. Os índios utilizavam o local como santuário, enterrando ali os seus mortos. Por isso, não é raro encontrar fósseis de animais e de humanos no interior da ilha.

Foi exatamente na ilha do Corisco que os primeiros moradores de Antonina se instalaram. Um dos primeiros moradores, o português Manoel Queirós, à época com 65 anos, um afortunado comerciante do vil metal, construiu uma casa na ilha no início de 1714 e lá escondeu parte de sua fortuna de ouro. Com sua morte cinco anos depois, e sem herdeiros, o tesouro ficou escondido, e diga-se de passagem, muito bem escondido.

18 de janeiro de 1993, 16:00.
Timóteo Winivski, 33 anos, e Sophia Winivski 29 anos, um casal de Guarapuava, chega na ilha para procurar o tão cobiçado metal.

O dia já ia se findando e o casal continuava as escavações. Próximo às 20:00, o Sol finalmente se escondeu e o casal interrompeu o trabalho.

O objetivo de Timóteo e Sophia era permanecer no local por três dias, mas mal sabiam eles que a passagem seria muito mais breve.

20:30
Timóteo terminava de montar a barraca enquanto Sophia cuidava da fogueira.

Já ao pé do fogo, ambos se protegiam dos terríveis mosquitos da região.

Após se alimentar, o casal tentara descansar, pois o objetivo era acordar ao raiar do dia para alimentar o sonho da riqueza. Os dois estavam dentro da barraca quando, repentinamente, lá fora, um vento forte apagou o fogo e balançava a cabana. Assustado, Timóteo saiu para ver o que estava acontecendo. Deu uma volta ao redor da barraca e nada encontrou. Quando retornou para dentro, Sophia não estava mais lá. Atônito, o homem pegou uma lanterna e saiu chamando pela mulher na mata, foi quando um ser parecido com o Curupira, arrastava Sophia entre as árvores. Apavorado, Timóteo ficou sem saber o que fazer e quando finalmente tomou a decisão de salvar a esposa, não mais a encontrou.

Hoje, Timóteo, com 60 anos, relata o fato e se emociona ao lembrar da "Branquinha", que era como ele, carinhosamente, chamava Sophia.

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— Por Jhonny Arconi