OS MOINHOS ANTIGAMENTE EM CURITIBA
Até meados do século 20, os moinhos tiveram grande importância para os moradores do entorno de Curitiba, uma vez que muitos cereais para serem consumidos deviam ser moídos, como era o caso do trigo e do milho. Os moinhos também serviam para a produção de energia elétrica para consumo do proprietário.
Em torno de 1870, nem todos os moradores próximos da cidade dispunham dos serviços de um moinho. Esta situação se agravava e era notória na colônia Lamenha, cujos colonos solicitaram no início de 1880 ao governo da Província "peças e pedras de moinho”, tendo sido indeferido o pedido em 24 de abril de 1880 por falta de verba devido a mesma não ter sido contemplada no orçamento de “Terras públicas e colonização” daquele ano.
Mesmo sem o investimento do governo imperial e estadual para construção de um moinho na colônia, os colonos não desistiram do projeto. Alguns colonos empreenderam a construção de moinhos particulares.
No Taboão, o imigrante alemão Carlos Weigert construíu em 1892 um moinho em sua propriedade, próxima à atual ponte do Taboão, na divisa do município às margens da Estrada do Assunguy, o qual era impulsionado pelas águas do Rio Barigui e que, além de moer grãos, também produzia energia elétrica.
Segundo informações do “Almanak Laemmert, 1910 – Estados Unidos do Brasil - Capítulo Paraná”, o sr. Gaspar Cunha também possuía um moinho na cidade, no final da década de 1910.
Segundo consta no livro “Coletoria Federal da Vila de Tamandaré", em 1928, João Grabovski possuía um moinho, no Botiatuba, que ao falecer deixou de herança para Maria Grabovski (viúva), Izidoro Goinski e esposa Tereza Grabovski, João Goinski e esposa Polonia Grabovski, Francisco Graboski e Alexandre Grabovski.
Antônio Stocchero Sobrinho, na data de 06 de abril de 1934, construíu um moinho na localidade de Tranqueira.
Jacob Hass, em 03 de abril de 1920, instalou um moinho na Lamenha Pequena.
Na região do município de Almirante Tamandaré foram encontrados ainda os seguintes registros:
- Antonio Gedeão Tosin, no Sumidouro;
- Tertuliano Raimundo, no Pacotuba;
- Frederico Manfron, no Capivara;
- Família Sandri, no Juruqui;
- José Osorio Machado, em Campo Magro;
- Bonifácio Cruz, na Barra de Santa Rita.
A grande maioria desses moinhos era movido por força hídrica, outros, no entanto, eram movidos por tração animal.
Paulo Grani
Engenho de Mate Rondinha, em outra tomada.
(Foto: histórico.aen.pr.gov.br)
(Foto: histórico.aen.pr.gov.br)
Antigo Minho da família Stocchero em Itaperuçu, construído em 1934.
Antigo Engenho do Lago Azul (revitalizado), região do Umbará.
No Taboão, o imigrante alemão Carlos Weigert construíu em 1892 um moinho em sua propriedade, próxima à atual ponte do Taboão, na divisa do município às margens da Estrada do Assunguy, o qual era impulsionado pelas águas do Rio Barigui e que, além de moer grãos, também produzia energia elétrica. Moinho da família Weigert. Ao fundo a ponte de madeira do Taboão construída pelo sr. Carlos Weigert.
(Foto: Acervo família Wilson Weigert)
(Foto: Acervo família Wilson Weigert)
Antigo Engenho de Mate de Rondinha.
(Foto: Jera.site)
(Foto: Jera.site)