Ponta Grossa – Sede dos Escoteiros
O prédio da Sede dos Escoteiros, em Ponta Grossa-PR, foi construído em 1923, como residência do Sr. Abrahão Jorge Ajuz, imigrante sírio.
Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Sede dos Escoteiros
Localização: R. Tenente Hinon Silva, n° 470 – Ponta Grossa-PR
Processo: 21/2001
Descrição: Localizado na Rua Tenente Hinon Silva, o término da construção data 1923, pertenceu ao Sr. Abrahão Jorge Ajuz e sua esposa Salma Abrahão Ajuz, casal imigrantes sírios. A partir do ano de 1977 o prédio passou a pertencer ao Município de Ponta Grossa. Desde essa data, a ocupação do imóvel foi feita por entidades e associações. No ano de 1991, durante a gestão do Prefeito Pedro Wosgrau Filho, foi feita doação do imóvel á fundação Municipal de Promoção ao idoso de Ponta Grossa.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Descrição: O término da construção do imóvel data o ano de 1923. Pertenceu ao Sr. Abrahão Jorge Ajuz e sua esposa Salma Abrahão Ajuz, casal de imigrantes sírios. Na década de 1970, algumas ruas da cidade foram modificadas, entre estas a Rua Benjamin Constant, precisando ser realizados nesta, o alargamento e alinhamento. Para que as obras fossem viabilizadas, o então Prefeito Luiz Carlos Zuk desapropriou o imóvel em comum acordo com os proprietários. A partir do ano de 1977 o prédio passou a pertencer ao Município de Ponta Grossa.
Desde está dada, a ocupação do imóvel foi feita por entidades e associações, não se sabendo exatamente em quais períodos as mesmas fizeram uso da casa, mas durante a década de 1980, a Força Expedicionária Brasileira – FEB – realizava reuniões no local. Também houve a cessão do imóvel ao Distrito de Escoteiros Campos Gerais, permanecendo até os dias atuais uma placa de identificação á frente.
Já o porão, foi utilizado pelo Grupo de Teatro Lambe, para guardar seus cenários, bem como para realizar reuniões e ensaios semanais.
No ano de 1991, durante a gestão do Prefeito Wosgrau Filho, foi feita a doação do imóvel a Fundação Municipal de Promoção ao Idoso de Ponta Grossa.
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann e Claudine Cavalli Fontoura
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.
Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.
O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.
O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.
Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.
Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.
Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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