As imagens originalmente postadas no Discord foram apagadas pelo britânico. Sobrou somente um agradecimento de Thomsen aos elogios. No dia 26, ele havia publicado uma selfie gerada por IA de Abraham Lincoln comemorando uma vitória.
As fotografias geradas por computador demonstram os sorrisos característicos das selfies. A distorção dos rostos causada pela proximidade da lente e o brilho alto característico das câmeras frontais também aparecem no resultado final.
Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Thomsen afirma que demorou meses para desenvolver a formulação ideal do pedido à inteligência artificial, o que os técnicos chamam de prompt. Só com a técnica certa, ele pôde alcançar o resultado que buscava. “O segredo está na descrição absoluta.”
No canal da plataforma de bate-papo Discord do Midjourney, é possível encontrar outras dicas do editor de vídeos: “desligue funções como ‘unreal engine’, ‘8k’ e outras. Selecione ‘estilo primeiro’, no topo do prompt. Não use vírgulas”.
Ele também afirma que uma série de comandos de ajustes de luminosidade fazem as imagens parecerem mais originais.
Alguns erros típicos dos retratos gerados por IA, todavia, persistem. Personagens têm mais de cinco dedos nas mãos ou dentes de sobra, como a Rainha Elizabeth 1ª.
As artes ultrarrealistas criadas com o Midjourney chamaram atenção na semana passada, após estarem no centro de uma onda de desinformação. Imagens de Papa Francisco com uma jaqueta inflável, Trump sendo preso e Macron em manifestações viralizaram como se fossem reais.
Por outro lado, Thomsen disse, ao DailyMail, esperar que trabalhos como o dele sejam usados em sala de aula para aproximar crianças de outros contextos históricos. Ele afirma que a semelhança estética das imagens pode gerar uma conexão com a atual geração.
O editor de filmes está acostumado a tratar de temas históricos, uma vez que edita documentários para a BBC, em seu trabalho como freelancer.