Sengés
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Município do Brasil | |||
Vista da Cachoeira do Corisco, em Sengés. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | sengeano | ||
Localização | |||
Localização de Sengés no Paraná | |||
Localização de Sengés no Brasil | |||
Mapa de Sengés | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraná | ||
Municípios limítrofes | Itararé (SP), Jaguariaíva, Doutor Ulysses, São José da Boa Vista e Bom Sucesso de Itararé (SP) | ||
Distância até a capital | 269 km | ||
História | |||
Fundação | 30 de março de 1917 (105 anos)[1] | ||
Emancipação | 8 de fevereiro de 1934 (88 anos)[1] | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Nelson Ferreira Ramos[2] (PSD, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total IBGE/2019[3] | 1 441,333 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2020[4]) | 19 385 hab. | ||
Densidade | 13,4 hab./km² | ||
Clima | subtropical (Cfb) | ||
Altitude | 623 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[5]) | 0,658 — médio | ||
PIB (IBGE/2018[6]) | R$ 457 802,74 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2018[6]) | R$ 23 760,98 | ||
Sítio | www www |
Sengés é um município brasileiro do Estado do Paraná. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 19 385[4] habitantes.
Etimologia
A denominação foi dada inicialmente à Estação Ferroviária, sendo posteriormente o nome dado pelo município.[7] É uma homenagem ao engenheiro Gastão Senges, responsável pela construção do trecho da antiga Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande que servia à localidade.[8]
História
É antiga a movimentação no atual município de Sengés, que está encravado no eixo central do antigo Caminho de Sorocaba, por onde se conduzia o gado rio-grandense, proveniente de Viamão até a feira de Sorocaba. Ao longo dessa estrada dezenas de importantes cidades foram fundadas, a partir de sua efetivação em meados do século XVIII.
Em 1893 chegam ao lugar do atual sítio urbano os pioneiros João Camilo Barboza e Manuel Alexandre. Vieram atraídos pela fertilidade do solo e pelas riquezas naturais existentes na região, estabelecendo-se às margens do Rio Jaguaricatu (rio das onças piscoso na língua tupi), onde se dedicaram às lavouras de subsistência e à criação de suínos.
Um fator de extrema importância para a formação do povoado, foi a instalação das primeiras casas de comércio, que permitiram a Joaquim Ferreira Lobo, Nicolau Barbosa e Olímpio Ferreira Lobo, venderem mercadorias aos tropeiros que debandavam do Rio Grande a Sorocaba.
O vilarejo crescia graças a sua posição estratégica. Em 1908, com a inauguração da estação da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, que recebeu a denominação de Sengés, novas levas de moradores afluíram ao lugar, com o fim de se a exploração de imensas reservas de araucárias que cobriam a região. Era o ciclo da madeira, que se posicionou entre o ciclo econômico do mate e do café. Foi efetivamente o período em que se devastaram os pinheirais do Estado do Paraná, o que em nome do progresso acentuado, era permitido.
Nesta leva de migrantes chegam ao povoado de Sengés as famílias de Antônio Maciel, Francisco Teodoro, Marciano Miranda, Martinho Jorge, Nenê Sobrinho e tantos outros.
Em 24 de dezembro de 1915, foi criado o Distrito Policial de Sengés, sendo elevado à categoria de distrito judiciário no ano de 1917, com território pertencente ao município de Jaguariaíva.
Através da Lei Estadual nº 2429, de 6 de abril de 1926, o Distrito Judiciário de Sengés teve sua denominação alterada para Jaguaricatu, nome do rio que corta a sede do atual município.
Em 8 de fevereiro de 1934, através do Decreto Estadual nº 269, foi criado o município, com a denominação de Sengés, com território desmembrado do município de Jaguariaíva, sendo devidamente instalado em 1 de março de 1934, com a posse do prefeito eleito e de todos os vereadores.[9]
Geografia
Situado na divisa do Paraná com o Estado de São Paulo, na borda do Segundo Planalto Paranaense, Sengés pertencendo à Mesorregião Centro Oriental Paranaense, que tem como pólo a cidade de Ponta Grossa.[10] Esta ao norte de Curitiba (capital do estado), distando desta cerca de 272 km, e sua sede municipal é cortada pelas rodovias PR-151 e PR-239. O território municipal possui uma superfície de 1.436,35 km², representando 0.6857 % do estado, 0.2425 % da região e 0.0161 % de todo o território brasileiro.[11] Situando-se no extremo leste da Mesorregião, onde faz fronteira com os municípios de São José da Boa Vista ao norte; Itararé e Bom Sucesso de Itararé, no estado de São Paulo, a leste; Jaguariaíva a oeste; e Doutor Ulysses ao sul. Esta a uma altitude de 623 metros acima do nível do mar, em latitude 24º06'46" sul e longitude 49º27'50" oeste.
Hidrografia
Sengés tem como limites o Rio Jaguaricatú, Rio Jaguariaíva, Rio Itararé, Rio Cajuru e Ribeirão da Égua Morta. Os cursos que cortam o território municipal são o Rio Jaguaricatú, Rio Pelame, Rio Funil, Rio dos Bugres, Rio Tucunduva, Rio Lajeado Grande, Rio Claro, Rio do Mosquito e Rio Alegre.[10]
- Rio Jaguaricatú
- Rio Itararé
- Rio Jaguariaíva
Demografia
Dados do Censo - 2010[12]
- População total: 18.414
- Urbana: 7.433
- Rural: 1.518
- Homens: 9.463
- Mulheres: 8.951
- Eleitores: 14.187 (Julho/2014)[13]
- Densidade demográfica (hab./Km²): 12,81
- Mortalidade infantil (por mil nascidos vivos): 20,83[9]
- Expectativa de vida (anos): 63,59
- Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,663[9]
- IDH-M Renda: 0,658
- IDH-M Longevidade: 0,811
- IDH-M Educação: 0,546
- Classificação nacional: 2.828º
- Classificação no Paraná: 341º
Governo e política
- Prefeito: Nelson Ferreira Ramos (2017/2024)
- Vice-prefeito: Luiz Carlos Giovanetti (2021/2024)
- Presidente da câmara: Hillebrand de Boer
Economia
A economia gira em torno da agricultura e da indústria madeireira, com um pólo de exportação de lâminas e compensados.[carece de fontes]
Turismo
Às margens do Rio Jaguaricatú, Sengés possuí um excelente potencial turístico devido ao relevo privilegiado da Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana.
Um dos pontos turísticos da região é a Cachoeira do Véu da Noiva, localizada no Bairro do Sobradinho e distante 17 km da sede.[carece de fontes]
Infraestrutura
Rodovias
Ferrovias
- Ramal de Pinhalzinho da antiga Fepasa[14]
- Tronco Principal Sul da antiga RFFSA
Cultura
Culinária
O prato típico do município de Sengés é o arroz com frango.[15]
Ver também
Referências
- ↑ ab «Sengés, Paraná - Histórico - Formação administrativa» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 21 de janeiro de 2020
- ↑ Nelson Pezinho, do PSD, é eleito prefeito de Sengés Portal G1 - acessado em 30 de dezembro de 2020
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019). «Área da unidade territorial - 2019». Consultado em 22 de dezembro de 2020
- ↑ ab «Estimativa populacional 2020 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2020. Consultado em 28 de dezembro de 2020
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 5 de junho de 2016
- ↑ ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2018». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 22 de dezembro de 2020
- ↑ FERREIRA, João Carlos Vicente (1996). O Paraná e seus municípios. Maringá, PR: Memória Brasileira. 666 páginas
- ↑ «História da Cidade de Sengés». City Brazil. Consultado em 4 de novembro de 2010
- ↑ ab c Caderno Estatístico - Município de Sengés. [S.l.]: Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. 2016
- ↑ ab «Plano Diretor Municipal - Volume I.» (PDF). Site do Município. Consultado em 30 de outubro de 2014
- ↑ Prefeitura Municipal de Sengés (2014). Levantamento de área do território municipal segundo o polígono disponibilizado pelo ITCG. Sengés, PR.: [s.n.]
- ↑ «IBGE | Cidades | Paraná | Sengés | Censo Demográfico 2010: Sinopse». cod.ibge.gov.br. Consultado em 5 de junho de 2016
- ↑ «Tribunal Superior Eleitoral». www.tse.jus.br. Consultado em 5 de junho de 2016
- ↑ «Pinhalzinho -- Estações Ferroviárias do Estado do Paraná». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2020
- ↑ Michele Pavoni (21 de abril de 2018). «Sabores dos Campos Gerais: receitas típicas para fazer em casa». Diário dos Campos. Consultado em 29 de setembro de 2019