10/01/1871 — Decreto imperial concede privilégio aos engenheiros Rebouças, Tourinho e Schwartz para construção da ferrovia Antonina-Curitiba.
10/01/1871 — Decreto imperial concede privilégio aos engenheiros Rebouças, Tourinho e Schwartz para construção da ferrovia Antonina-Curitiba.
Em 1870, o Império recebeu um pedido de concessão para a construção de uma ferrovia que ligasse o Litoral ao planalto curitibano. Francisco Monteiro Tourinho, Antonio Pereira Rebouças Filho e Maurício Schwartz, que tinham construído a Estrada da Graciosa, eram os responsáveis pela solicitação da concessão. A ideia era que a linha partisse de Antonina rumo à capital da província. O decreto de 10 de janeiro de 1871 deferiu o pedido de concessão.
Mas, a decisão acirrou os ânimos de outra importante cidade litorânea. Paranaguá não aceitava a decisão. O Visconde de Nacar e a família Correia, influentes politicamente, desejavam que o quilômetro zero estivesse em terras parnanguaras.
A pressão política não tardaria a surtir efeito. Os embates e disputas entre as cidades, a província e a Corte se arrastaram por quase quatro anos, até que um decreto imperial de 1.º de maio de 1875 pôs fim à discussão: o trem partiria de Paranaguá. O argumento utilizado para renegar Antonina foi a profundidade de sua baía, que não comportaria navios de grande porte.
Pesquisa: AlmirSS - 2022
Fonte: Gente Nossa, Coisas Nossas - A Estrada Paranaguá-Curitiba - Uma obra de arte. (Banestado)
Foto: Antônio e André Rebouças - Reprodução Instituto Militar de Engenharia do Exército Brasileiro