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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

VAPOR "CURITIBA"

 VAPOR "CURITIBA"

Na foto da primeira década de 1900, o vapor "Curitiba" navegando no rio Iguaçu tendo por torcida ribeirinha a criançada que ansiosamente aguardava a passagem dos vapores.
O vapor "Curitiba" foi o quarto vapor a navegar no rio Iguaçu, lançado em 1893, com casco de fundo chato, roda traseira, tinha 19 metros de comprimento e 4,5 metros de largura, potência de 45 HP, e pertencia à firma Burmester Thom & Cia.
O Curitiba era destinado ao transporte de passageiros, mas levava alguma carga. Nos períodos de estiagem vários barcos encalhavam nos baixios, porém, o Curitiba tinha fundo chato que permitia trafegar nos períodos de estiagem.
A navegação estava apenas no início, pois os barcos pertenciam a empresários, em sua maioria ligada ao ramo da erva-mate. Porém, a navegação estava limitada ao período das safras, parando quase que completamente no período da entressafra, além disso, os longos períodos de estiagem, em que o rio diminuía seu nível, comprometiam a navegação dos demais vapores que não tinham fundo chato, obrigando-os a interromper o transporte nesses períodos.
Com isso, a tripulação dos vapores, mão-de-obra especializada composta por pilotos, maquinistas, marinheiros e mecânicos não poderia ser dispensada a todo o momento, tendo o risco de não poder contar com eles diante da normalidade das atividades. Isso representava um custo muito elevado aos proprietários das embarcações, forçando-os a operar como empresa de transportes gerais, alternativa que não convinha ao industrial do mate.
Os vapores não possuíam grandes proporções por causa da imposição das características dos rios pelos quais navegavam. Aos poucos os vapores foram evoluindo. Do transporte de mercadorias, principalmente madeira (quando iniciada a indústria madeireira no Vale do Iguaçu) e erva-mate, paulatinamente foram se adaptando ao transporte de passageiros, instalando-se cabines e refeitórios razoavelmente confortáveis para a época. As variações de condições da navegabilidade do rio e o agenciamento de transporte de cargas e de passageiros causavam aborrecimento aos donos dos vapores, obrigando os mesmos a adaptarem seus barcos conforme determinada demanda.
Paulo GraniNenhuma descrição de foto disponível.