A VERDADE SOBRE ABELARDO, O ANJO
Abelardo morava em Antonina, e se ainda hoje vivesse, teria 80 anos, mas a vida o despiu aos 33 anos.
A VERDADE SOBRE ABELARDO, O ANJO
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Abelardo morava em Antonina, e se ainda hoje vivesse, teria 80 anos, mas a vida o despiu aos 33 anos.
Mas a realidade é que o tal sempre guardou um segredo dentro de si, um segredo tão guardado que "ninguém" até hoje o sabe. Bom, ninguém entre aspas, pois o narrador que irá vos contar a história abaixo é onisciente, sabe de tudo, tim tim por tim tim.
Já se passavam das 3 horas da manhã, quando no dia 25 de dezembro de 1939, Natal, Abelardo chegou ao mundo. Ele nasceu na casa onde seus pais moravam, na Ilha do Rolim, em Antonina. O caso é que sua mãe não sabia que estava grávida e por isso não recorreu à maternidade da cidade.
Abelardo, então, nasce com 25 semanas de gestação. Algo muito raro.
Naquele dia, estavam na casa Isabel e Rubner, pais de Abelardo, além de Rute e Abgail, irmãs do menino.
Cinco minutos após o nascimento do bebê, um homem de aproximadamente 33 anos bate na porta da casa onde o menino estava com a família e entrega a Isabel, mãe do garoto, uma esfera branca, do tamanho de uma bolinha de bete-ombro. Após entregá-la, o rapaz diz:
— Guarde essa esfera, pois dela depende minha vida.
Isabel, assustada, pergunta quem era aquele jovem e qual era o significado daquela esfera. Ao que, o visitante apenas disse:
— Não te preocupes, mulher, pois este que de ti procede, é desde já, uma luz que passa no meio das multidões, mas ninguém consegue enxergá-la, pois cegos são os que vivem no escuro. Eu o conheço como a mim mesmo e sei o que lhe sucederá.
Isabel, sem entender, continua:
— Meu jovem, sou de pouco conhecimento, por favor, me explique.
O jovem, sem dizer mais nada, vira-se e caminha até a porta de saída, quando então, fora dos olhares humanos, cria asas e voa em direção à estrela mais brilhante de qualquer que seja a noite.
Dentro da casa, os pais de Abelardo ficam se perguntando quem era o rapaz e o que simbolizava a esfera branca.
A mulher guardou a esfera por 3 anos, porém, perdeu-a num naufrágio, quando vinha de mudança para a cidade.
Por conta da irresponsabilidade de sua mãe, no cuidado da esfera, o destino cobrou duramente o menino, que viveu toda sua vida com uma loucura em sua alma.
Os anos se passaram e, com exatos 33 anos e louco, no dia 25 de dezembro de 1972, Abelardo teve um encontro com a enigmática esfera branca num cenário bastante sugestivo. Ele estava no cemitério da Igreja do Senhor Bom Jesus, e era sepultamento de Rubner, seu pai. Todos já tinham deixado o lugar, mas o destino fez com que Abelardo permanecesse por mais alguns minutos em frente ao sepulcro onde Rubner estava sepultado. Foi aí então que o jovem recebeu a dádiva angelical. A partir de então, Abelardo soube que o ser que entregou a esfera a sua mãe no dia de seu nascimento era ele próprio.
Aquele dia, 25 de dezembro de 1972, foi o dia em que o anjo Abelardo criou asas e voou em direção à estrela mais brilhante de qualquer que seja a noite.
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— Por Jhonny Arconi
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Abelardo morava em Antonina, e se ainda hoje vivesse, teria 80 anos, mas a vida o despiu aos 33 anos.
Mas a realidade é que o tal sempre guardou um segredo dentro de si, um segredo tão guardado que "ninguém" até hoje o sabe. Bom, ninguém entre aspas, pois o narrador que irá vos contar a história abaixo é onisciente, sabe de tudo, tim tim por tim tim.
Já se passavam das 3 horas da manhã, quando no dia 25 de dezembro de 1939, Natal, Abelardo chegou ao mundo. Ele nasceu na casa onde seus pais moravam, na Ilha do Rolim, em Antonina. O caso é que sua mãe não sabia que estava grávida e por isso não recorreu à maternidade da cidade.
Abelardo, então, nasce com 25 semanas de gestação. Algo muito raro.
Naquele dia, estavam na casa Isabel e Rubner, pais de Abelardo, além de Rute e Abgail, irmãs do menino.
Cinco minutos após o nascimento do bebê, um homem de aproximadamente 33 anos bate na porta da casa onde o menino estava com a família e entrega a Isabel, mãe do garoto, uma esfera branca, do tamanho de uma bolinha de bete-ombro. Após entregá-la, o rapaz diz:
— Guarde essa esfera, pois dela depende minha vida.
Isabel, assustada, pergunta quem era aquele jovem e qual era o significado daquela esfera. Ao que, o visitante apenas disse:
— Não te preocupes, mulher, pois este que de ti procede, é desde já, uma luz que passa no meio das multidões, mas ninguém consegue enxergá-la, pois cegos são os que vivem no escuro. Eu o conheço como a mim mesmo e sei o que lhe sucederá.
Isabel, sem entender, continua:
— Meu jovem, sou de pouco conhecimento, por favor, me explique.
O jovem, sem dizer mais nada, vira-se e caminha até a porta de saída, quando então, fora dos olhares humanos, cria asas e voa em direção à estrela mais brilhante de qualquer que seja a noite.
Dentro da casa, os pais de Abelardo ficam se perguntando quem era o rapaz e o que simbolizava a esfera branca.
A mulher guardou a esfera por 3 anos, porém, perdeu-a num naufrágio, quando vinha de mudança para a cidade.
Por conta da irresponsabilidade de sua mãe, no cuidado da esfera, o destino cobrou duramente o menino, que viveu toda sua vida com uma loucura em sua alma.
Os anos se passaram e, com exatos 33 anos e louco, no dia 25 de dezembro de 1972, Abelardo teve um encontro com a enigmática esfera branca num cenário bastante sugestivo. Ele estava no cemitério da Igreja do Senhor Bom Jesus, e era sepultamento de Rubner, seu pai. Todos já tinham deixado o lugar, mas o destino fez com que Abelardo permanecesse por mais alguns minutos em frente ao sepulcro onde Rubner estava sepultado. Foi aí então que o jovem recebeu a dádiva angelical. A partir de então, Abelardo soube que o ser que entregou a esfera a sua mãe no dia de seu nascimento era ele próprio.
Aquele dia, 25 de dezembro de 1972, foi o dia em que o anjo Abelardo criou asas e voou em direção à estrela mais brilhante de qualquer que seja a noite.
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— Por Jhonny Arconi