segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Paranaguá – Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres

 

Paranaguá – Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres


A Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, em Paranaguá – PR, foi construída entre 1767 e 1770, no sopé do Morro da Baleia.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres
Cidade: Paranaguá-PR
Localização: Ilha do Mel – Paranaguá – PR
Número do Processo: 155-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 52, de 24/05/1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 92, de 24/05/1938

Descrição: Construída entre 1767 e 1770, no sopé do Morro da Baleia, a fortaleza insere-se no grupo das chamadas fortificações orgânicas por não obedecerem a uma forma rígida mas adaptaram-se às condições topográficas do sitio. Desenvolve-se em cinco lanços de espessas muralhas de alvenaria de pedra de 10 metros de altura e sua portada, voltada para o leste, apresenta um tratamento requintado em cantaria, com escultura brasonada sobre o portão principal, encimada por uma concha esculpida num único bloco de pedra.
Fonte: Iphan.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome atribuído:
 Antigo Colégio dos Jesuítas
Número do Processo: 38/72
Inscrição Tombo: 37-II, de 01/03/1972
Localização: R. XV de Novembro – Paranaguá-PR
Descrição: Ignora-se o nome do autor do projeto. Entretanto, não se afaste a hipótese de que tenha sido obra do então tenente-coronel José Custódio de Sá e Faria, então de retorno a São Paulo, depois de vários serviços d’El Rei nas capitanias de Santa Catarina e de São Paulo do Rio Grande. Não havendo engenheiros, provavelmente as plantas seriam fruto de trabalho amadorístico, o que não ocorreu (para tanto bastaria citar o trabalho que resultou no muro e no pórtico da fortaleza, concepção, inequívoca, de quem entende do riscado). No alto do pórtico, à direita de quem entra, colocou-se cartela com as armas do Reino de Portugal e, por baixo, o brasão dos Botelho. À esquerda, aberta sobre o lioz, uma inscrição fala da obra: “1770, Reinando em Portugal o Sereníssimo Senhor D. José I, mandou fazer esta Fortaleza o Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, Senhor da Vila de Ovelha, Morgado de Mateus, Fidalgo da Casa de Sua Majestade, Comendador da Ordem de Cristo, Governador da Fortaleza de Viana, Governador e capitão-general desta Capitania de São Paulo, no 4º ano de seu Governo, de 1769.” O custo das obras se elevou a 30 contos de réis em ouro, e ao ser dada por pronta, a fortaleza estava equipada com seis peças de ferro e bronze – duas de calibre 23; duas de calibre 18 e duas de calibre 12 -, as quais, juntamente com a munição e apetrechos, vieram de Santos. Em 23 de abril de 1769, pela primeira vez, saudando o término da construção, os canhões disparam em conjunto.
Com o passar do tempo, a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres teve vários períodos de inatividade. Desarmada em 1800, seus canhões foram levados de volta a Santos. Em 1802, por ordem do governador da capitania de São Paulo, a fortaleza passou por pequenas obras de reparos e reconstrução, e em 1820, já quase em ruínas, foi, ao que consta de documentação, novamente submetida a grandes reparos, concluídos dois anos depois. Essa reconstituição em muito alterou o aspecto geral inicial: calçadas, artilharia, portão e outras edificações. Em 1831, durante a Regência, incluída no plano geral de desarmamento, foi desativada. Durante o ano de 1846, sobre o terrapleno, na área fronteira da fortaleza, foi construído um farol, com o propósito de orientar os governantes. Em 1850, episódio relacionado à supressão do tráfico de escravos quase degenerou em séria questão diplomática entre o Brasil e a Inglaterra: um cruzador inglês, o HMS Cormorant adentrou a Baía de Paranaguá e apresou os brigues Sereia e Dona Anna, e a galera Campeadora, tidos, todos, como navios negreiros. Depois das formalidades exigidas pelo comandante inglês Herbert Schomberg, o cruzador, arrastando atrás de si os barcos apressados, tomou o rumo da barra, sendo, então, interceptado por salvas que partiam da fortaleza e que o danificaram bastante, deixando-o à deriva.
Na ocasião, a fortaleza era comandada pelo capitão Joaquim Ferreira Barbosa, posteriormente destituído do posto e submetido a Conselho de Guerra. A ação, entretanto, fora por ele desautorizada, mas levada a termo por exaltado grupo de parnaguaras que desejava revidar à descabida intromissão estrangeira em assuntos nacionais.
Após esse incidente, ainda em 1850, a fortaleza foi objeto de novas reformas. Construiu-se novo parapeito no terrapleno superior às prisões, muralhas interiores, novo portão, remanejamento da capela, e substituiu-se o soalho das prisões. No século XX, pouco foi feito: novo edifício para aquartelamento, em 1905, e pequenos melhoramentos em 1911 e 1913. A capela foi demolida.
Durante o ano de 1969, nela foram realizadas algumas obras de conservação, a cargo do IPHAN, e executadas consoante projetos do arquiteto Cyro Corrêa de Oliveira Lyra. Em 16 de maio de 1975, por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, o governo do Estado decretou o tombamento da Ilha do Mel, com o propósito de preservar-lhe a paisagem, a flora e a fauna, bem como conservar hábitos tradicionais de seus antigos habitantes e evitar a especulação imobiliária.
Fonte: CPC.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2
PANORAMA 360 GRAUS 3
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PANORAMA 360 GRAUS 5
PANORAMA 360 GRAUS 6

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Rodrigo Sartori Jabur
Patrimônio de Influência Portuguesa
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Paranaguá – Igreja de São Benedito

 

Paranaguá – Igreja de São Benedito


A Igreja de São Benedito, em Paranaguá-PR, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja de São Benedito
Localização: R. Conselheiro Sinimbu, s/n – Paranaguá – PR
Número do Processo: 455-T-1951
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 403, de 03/08/1967
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: Construída em alvenaria de pedra, muito singela característica da arquitetura setecentista da região. Torre única e frontão curvilíneo, encimado por cruzeiro. O interior da Igreja é também simples. No altar-mor está colocada a imagem se São Benedito, orago da Igreja e da irmandade.
Fonte: Iphan.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome atribuído:
 Igreja da Irmandade de São Benedito
Número do Processo: 222-02/62
Inscrição Tombo: 02-II, de 04/11/1962
Localização: R. XV de Novembro (esquina com R. Presciliano Correa) – Paranaguá-PR

Descrição: Trata-se de uma das melhores e mais autênticas edificações do estilo colonial brasileiro em solo paranaense. Sua construção em alvenaria de pedra divide-se em quatro corpos a saber: nave e coro, capela mor, sacristia e por último a torre lateral. No seu traçado em linhas simples, destaca-se o frontão curvilíneo com um óculo lobulado, encimado por um cruzeiro e a portada que tem seus umbrais em cantaria lavrada encimada por verga e sobreverga encurvadas. Além da igreja, posteriormente também foram tombadas imagens, crucifixos e missais que faziam parte do templo.
O fato de no pátio à direita da portada encontrar-se a lápide tumular de Antônio Morato, vem valorizar ainda mais a igreja que tem origem na Ermida das Mercês que foi um dos primeiros templos paranaenses, primeiramente edificada no outeiro Ilha da Cotinga por Manoel Lemes Conde, sendo que Morato conseguiu autorização no ano de 1700 para ela fosse instalada no continente.
A irmandade São Benedito nasceu na Igreja das Mercês e teve sua oficialização em 1710, ela era composta por escravos e alforriados. A construção da Igreja de S. Benedito teve início em 1784, no mesmo local onde ficava Igreja das Mercês. Portanto, a Igreja de S. Benedito de Paranaguá tem uma das mais longas raízes históricas da religiosidade paranaense datando sua origem primeva no séc. XVII.
Em 1962 deu-se o início ao processo de tombamento e às obras de restauro.
Fonte: CPC.

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Jacarezinho – Estação Ferroviária

 

Jacarezinho – Estação Ferroviária


A história da Estação Ferroviária de Jacarezinho-PR está envolvida com os acontecimentos da Revolução de 1930.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Estação Ferroviária de Jacarezinho
Localização: Av. Teixeira de Freitas, s/n – Vila Setti – Jacarezinho-PR
Número do Processo: 01/97
Livro do Tombo: Inscr. Nº 128-II

Descrição: A história da estação de passageiros e cargas da cidade de Jacarezinho, localizada na área urbana do município, está envolvida com os acontecimentos da Revolução de 1930, comandada pelo então candidato derrotado à Presidência da República, Sr. Getúlio Dornelles Vargas.
“(…) Devia ser inaugurada solenemente no dia 5 de outubro de 1930, conforme consta no calendário da Rede, mas a célebre Revolução de 1930 que rebentou no dia 4 do mesmo mês, esta festa não foi realizada e somente no 17 de outubro é que um trem com tropas revolucionárias e comandadas pelo General João Francisco é que aqui chegou com 118 homens tomando conta da cidade e aprisionando os antigos adeptos da velha e corrompida Política Administrativa onde o voto dos defuntos é que valia nas eleições.” (AIMONE. 1975: 104-105)
Estrada de ferro Paranapanema
Da vasta região do Norte do Estado do Paraná, a primeira a ser colonizada foi a região compreendida entre os rios Itararé, Tibagi e Paranapanema. Por esta razão convencionou-se a denominá-la como Norte Velho ou Norte Pioneiro.
Os colonizadores desta região, desde os tempos imperiais, já produziam o café, em quantidades inexpressivas. A expansão cafeeira penetrou no Paraná através de frentes migratórias, principalmente paulistas e mineiras. Tal fato levou ao surgimento de fazendas e núcleos urbanos.
A produção cafeeira da região só começou a expandir-se após o Convênio de Taubaté (25 de fevereiro de 1906), quando os governos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais celebraram acordo coibindo aumento de produção cafeeira. A transferência para o Paraná, onde não haviam restrições, foi a saída encontrada por muitos fazendeiros paulistas e mineiros. (FERREIRA. 1996: 87).
Na década de 1930 a produção paranaense de café atingia o 5º lugar no Brasil. De acordo com Wachovicz, a região era vista como o “El Dorado”, o “Paraíso da Terra Roxa”. Tornava-se cada vez mais imprescindível um sistema ferroviário que ligasse a produção agrícola do Norte, tanto para os centros consumidores paranaenses como para a exportação, via porto de Paranaguá. Até então este escoamento estava voltado para a economia paulista.
Contudo, desde a época provincial existiram planos para viabilizar tal ligação, mas por motivos políticos e econômicos não se concretizavam: eram as ferrovias “sonhadas”. Este fato só veio a ocorrer a partir da década de 1920, com a construção da Estrada de Ferro Paranapanema que passa entre outros pelos municípios de Jacarezinho, Joaquim Távora e Santo Antônio da Platina *.
Wachowicz analisa a questão da morosidade deste ramal ferroviário: “De anos em anos a construção do ramal dava uma arrancada e parava. Eram os desmaios (…) Dezoito anos foi o tempo gasto para a construção do ramal do Paranapanema (1912-1930), que possuía apenas 152 quilômetros de extensão. Isto equivale a apenas 8,4 Km de ferrovia construída, por ano. Este é um dado inequívoco de falta de real interesse do governo federal influenciado por São Paulo em construir o ramal. Feriam-se os objetivos expansionistas da economia paulista.
A lentidão da construção levou a população da região a descrer das iniciativas oficiais paranaenses, tornando-se até motivo de chacotas populares. Apelidaram a ferrovia de ramal dos desmaios. (Wachowicz. 1987: 111-112)
Fonte: CPC.

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Paranaguá – Casa Elfrida Lobo

 

Paranaguá – Casa Elfrida Lobo


A construção da Casa Elfrida Lobo deu-se no final do século XIX e início do séc. XX, em estilo eclético.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Casa Elfrida Lobo
Localização: R. Dr. Leocádio, esquina com R. Fernando Simas – Paranaguá-PR
Número do Processo: 21/90
Livro do Tombo: Inscr. Nº 120-II

Descrição: A Casa Elfrida Lobo está situada na área envoltória do centro histórico de Paranaguá, no cruzamento da Rua Dr. Leocádio com a Rua Fernando Simas. Sua construção deu-se no final do século XIX e início do século XX. Em estilo eclético, a casa abrigou durante três gerações (1930 a 1970) da família Lobo, o que lhe valeu a designação.
Atualmente o casarão pertence à Prefeitura Municipal de Paranaguá, tendo a denominação “Casa Elfrida Lobo”, figura ilustre da sociedade parnanguara que muito se preocupou com a conservação do imóvel.
Fonte: CPC.

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