Paranaguá – Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres
A Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, em Paranaguá – PR, foi construída entre 1767 e 1770, no sopé do Morro da Baleia.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres
Cidade: Paranaguá-PR
Localização: Ilha do Mel – Paranaguá – PR
Número do Processo: 155-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 52, de 24/05/1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 92, de 24/05/1938
Descrição: Construída entre 1767 e 1770, no sopé do Morro da Baleia, a fortaleza insere-se no grupo das chamadas fortificações orgânicas por não obedecerem a uma forma rígida mas adaptaram-se às condições topográficas do sitio. Desenvolve-se em cinco lanços de espessas muralhas de alvenaria de pedra de 10 metros de altura e sua portada, voltada para o leste, apresenta um tratamento requintado em cantaria, com escultura brasonada sobre o portão principal, encimada por uma concha esculpida num único bloco de pedra.
Fonte: Iphan.
CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome atribuído: Antigo Colégio dos Jesuítas
Número do Processo: 38/72
Inscrição Tombo: 37-II, de 01/03/1972
Localização: R. XV de Novembro – Paranaguá-PR
Descrição: Ignora-se o nome do autor do projeto. Entretanto, não se afaste a hipótese de que tenha sido obra do então tenente-coronel José Custódio de Sá e Faria, então de retorno a São Paulo, depois de vários serviços d’El Rei nas capitanias de Santa Catarina e de São Paulo do Rio Grande. Não havendo engenheiros, provavelmente as plantas seriam fruto de trabalho amadorístico, o que não ocorreu (para tanto bastaria citar o trabalho que resultou no muro e no pórtico da fortaleza, concepção, inequívoca, de quem entende do riscado). No alto do pórtico, à direita de quem entra, colocou-se cartela com as armas do Reino de Portugal e, por baixo, o brasão dos Botelho. À esquerda, aberta sobre o lioz, uma inscrição fala da obra: “1770, Reinando em Portugal o Sereníssimo Senhor D. José I, mandou fazer esta Fortaleza o Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, Senhor da Vila de Ovelha, Morgado de Mateus, Fidalgo da Casa de Sua Majestade, Comendador da Ordem de Cristo, Governador da Fortaleza de Viana, Governador e capitão-general desta Capitania de São Paulo, no 4º ano de seu Governo, de 1769.” O custo das obras se elevou a 30 contos de réis em ouro, e ao ser dada por pronta, a fortaleza estava equipada com seis peças de ferro e bronze – duas de calibre 23; duas de calibre 18 e duas de calibre 12 -, as quais, juntamente com a munição e apetrechos, vieram de Santos. Em 23 de abril de 1769, pela primeira vez, saudando o término da construção, os canhões disparam em conjunto.
Com o passar do tempo, a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres teve vários períodos de inatividade. Desarmada em 1800, seus canhões foram levados de volta a Santos. Em 1802, por ordem do governador da capitania de São Paulo, a fortaleza passou por pequenas obras de reparos e reconstrução, e em 1820, já quase em ruínas, foi, ao que consta de documentação, novamente submetida a grandes reparos, concluídos dois anos depois. Essa reconstituição em muito alterou o aspecto geral inicial: calçadas, artilharia, portão e outras edificações. Em 1831, durante a Regência, incluída no plano geral de desarmamento, foi desativada. Durante o ano de 1846, sobre o terrapleno, na área fronteira da fortaleza, foi construído um farol, com o propósito de orientar os governantes. Em 1850, episódio relacionado à supressão do tráfico de escravos quase degenerou em séria questão diplomática entre o Brasil e a Inglaterra: um cruzador inglês, o HMS Cormorant adentrou a Baía de Paranaguá e apresou os brigues Sereia e Dona Anna, e a galera Campeadora, tidos, todos, como navios negreiros. Depois das formalidades exigidas pelo comandante inglês Herbert Schomberg, o cruzador, arrastando atrás de si os barcos apressados, tomou o rumo da barra, sendo, então, interceptado por salvas que partiam da fortaleza e que o danificaram bastante, deixando-o à deriva.
Na ocasião, a fortaleza era comandada pelo capitão Joaquim Ferreira Barbosa, posteriormente destituído do posto e submetido a Conselho de Guerra. A ação, entretanto, fora por ele desautorizada, mas levada a termo por exaltado grupo de parnaguaras que desejava revidar à descabida intromissão estrangeira em assuntos nacionais.
Após esse incidente, ainda em 1850, a fortaleza foi objeto de novas reformas. Construiu-se novo parapeito no terrapleno superior às prisões, muralhas interiores, novo portão, remanejamento da capela, e substituiu-se o soalho das prisões. No século XX, pouco foi feito: novo edifício para aquartelamento, em 1905, e pequenos melhoramentos em 1911 e 1913. A capela foi demolida.
Durante o ano de 1969, nela foram realizadas algumas obras de conservação, a cargo do IPHAN, e executadas consoante projetos do arquiteto Cyro Corrêa de Oliveira Lyra. Em 16 de maio de 1975, por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, o governo do Estado decretou o tombamento da Ilha do Mel, com o propósito de preservar-lhe a paisagem, a flora e a fauna, bem como conservar hábitos tradicionais de seus antigos habitantes e evitar a especulação imobiliária.
Fonte: CPC.
FOTOS:
PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2
PANORAMA 360 GRAUS 3
PANORAMA 360 GRAUS 4
PANORAMA 360 GRAUS 5
PANORAMA 360 GRAUS 6
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Rodrigo Sartori Jabur
Patrimônio de Influência Portuguesa
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