sábado, 1 de novembro de 2025

Curitiba nos Anos 60: Um Retrospecto da Cidade que se Consolidava – Da Elegância dos Móveis Vogue ao Glamour das Bodas Sociais

 Curitiba nos Anos 60: Um Retrospecto da Cidade que se Consolidava – Da Elegância dos Móveis Vogue ao Glamour das Bodas Sociais

Curitiba nos Anos 60: Um Retrospecto da Cidade que se Consolidava – Da Elegância dos Móveis Vogue ao Glamour das Bodas Sociais

As décadas de 1960 em Curitiba foram marcadas por uma forte consolidação da cidade como um centro administrativo, cultural e comercial do Sul do Brasil. Era uma época de otimismo, modernidade e sofisticação, onde a classe média crescia, as empresas investiam em infraestrutura e a sociedade se organizava em torno de eventos sociais que refletiam o status e os valores da época. As fotos antigas aqui reproduzidas são uma janela para esse passado fascinante, mostrando desde a elegância dos móveis de escritório até o glamour das bodas sociais.


Página 1: Móveis Vogue – A Modernidade Chega ao Escritório Curitibano

A primeira página nos transporta para o mundo corporativo dos anos 60. A publicidade da Móveis Vogue Ltda., com sede na Rua Rio Grande do Sul, 344, é um verdadeiro manifesto da modernidade da época. O texto promete “o mesmo conforto do seu lar agora também é possível em seu escritório”, refletindo uma mudança de mentalidade: o espaço de trabalho não era mais apenas funcional, mas também um local de conforto e estilo.

As imagens mostram cadeiras de escritório com design arrojado — linhas retas, estruturas metálicas e assentos estofados — que seriam consideradas modernas até hoje. A menção à “grande sala de espera da majestosa Cine Vitória” como referência de conforto revela como os espaços públicos influenciavam o gosto dos consumidores. A Vogue, fornecedora oficial da Organização Comercial Parana-Santa Catarina (ORCOPA), posicionava-se como uma empresa de prestígio, atendendo às necessidades de uma nova elite empresarial que buscava modernizar seus escritórios.

Essa publicidade não é apenas um anúncio de produtos — é um retrato da ascensão econômica e social de Curitiba, onde o profissionalismo estava associado ao bom gosto e ao conforto.


Página 2: Enlace Roderian Carneiro – O Casamento da Alta Sociedade

Na segunda página, entramos no universo das bodas sociais, um dos pilares da vida curitibana nos anos 60. O casamento de Roderian Carneiro e Suzana Clio é descrito como um evento de grande pompa, realizado na Igreja Metropolitana e seguido por uma recepção na residência dos noivos.

O texto destaca a presença de personalidades importantes da sociedade paranaense, como o Dr. José Roderian, pai da noiva, e o Dr. Alcides Roderian, pai do noivo. A cerimônia foi oficiada pelo Pe. Manuel da Silveira Wilmes, e a recepção contou com a presença de convidados ilustres, incluindo o Dr. Luiz Fernando Batista e o Dr. Antônio Roderian.

As fotos capturam momentos íntimos e solenes: a noiva, radiante em seu vestido branco, sendo conduzida pelo pai; o casal trocando alianças; e os convidados reunidos em torno da mesa de doces. A descrição do vestido da noiva — “de renda fina e bordado com pérolas” — e da decoração da igreja — “flores raras e velas acesas” — revela o cuidado meticuloso com cada detalhe, refletindo o valor simbólico do casamento naquela época.

Esse enlace não era apenas um evento familiar — era um momento de afirmação social, onde a família demonstrava seu status e sua integração na elite curitibana.


Página 3: Enlace Costa Castro-Lins Santos – A Tradição e a Modernidade em Harmonia

A terceira página traz outro casamento emblemático: o de Costa Castro e Lins Santos. O texto descreve o evento como um “enlace tradicional”, realizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz, com a presença de autoridades civis e religiosas, incluindo o Bispo Dom Moacyr Grechi.

As fotos mostram a noiva, Edila, usando um vestido clássico, acompanhada por seu pai, o Dr. João Carlos de Souza Coelho Filho, e a cerimônia sendo oficiada pelo Padre Francisco Ferreira da Costa. A recepção, realizada na residência dos noivos, contou com a presença de convidados de destaque, como o Dr. Alcides Roderian e o Dr. Luiz Fernando Batista.

O texto destaca a “elegância discreta” da noiva e a “solenidade da cerimônia”, reforçando a importância dos rituais e tradições na sociedade da época. A menção aos “convidados ilustres” e aos “presentes de valor” revela como o casamento era também um momento de troca social e de fortalecimento de laços entre famílias.

Esse enlace mostra como a sociedade curitibana dos anos 60 combinava a tradição religiosa com a modernidade urbana, criando eventos que eram ao mesmo tempo solenes e festivos.


Página 4: Expresso Confiança – A Logística que Conectava o Brasil

Na quarta página, a ênfase muda para o mundo dos negócios e da logística. A publicidade do Expresso Confiança, fundado em 1917, é um testemunho da importância do transporte rodoviário para o desenvolvimento econômico do Brasil.

O texto destaca a expansão da empresa, que operava em todo o país, conectando Curitiba a outras capitais e regiões. As fotos mostram caminhões da marca, com a palavra “Confiança” pintada em letras grandes, e a fachada da sede da empresa, um prédio moderno e imponente.

O Expresso Confiança oferecia serviços de transporte de mudanças, cargas pesadas e mercadorias, atendendo tanto a clientes particulares quanto a empresas. A menção à “guarda-móveis e embalagens” revela como a empresa estava adaptada às necessidades dos consumidores urbanos, que precisavam de soluções completas para suas mudanças.

Essa publicidade não é apenas um anúncio de serviço — é um retrato da modernização da infraestrutura brasileira, onde o transporte rodoviário desempenhava um papel crucial na integração nacional.


Página 5: Enlace Tramujas Motzko Ricciardella de Godoy – O Glamour dos Anos 60

A última página traz o casamento de Tramujas Motzko e Ricciardella de Godoy, um evento que combina elegância, tradição e glamour. A cerimônia, realizada na Igreja de Santa Terezinha, foi descrita como “um dos mais simples da presente estação social”, mas a presença de convidados ilustres e a sofisticação dos detalhes revelam o contrário.

As fotos mostram a noiva, Edilza, usando um vestido branco com véu longo, sendo conduzida pelo pai, o Sr. José Ricciardella. O casal troca alianças sob os olhares atentos dos convidados, e a recepção, realizada na Sociedade Thalia, é descrita como um momento de celebração e alegria.

O texto destaca a presença de figuras importantes da sociedade curitibana, como o Dr. Lino Amaral e a Sra. Victor de Amaral Filho, e menciona os presentes de valor recebidos pelos noivos. A descrição da decoração da igreja — “flores raras e velas acesas” — e da recepção — “salão ricamente decorado” — revela o cuidado com cada detalhe, refletindo o valor simbólico do casamento naquela época.

Esse enlace mostra como a sociedade curitibana dos anos 60 combinava a tradição religiosa com o glamour da vida social, criando eventos que eram ao mesmo tempo solenes e festivos.


Conclusão: Curitiba nos Anos 60 – Uma Cidade em Ascensão

As páginas aqui apresentadas pintam um retrato vívido de Curitiba nos anos 60: uma cidade que combinava a modernidade dos móveis de escritório com o glamour das bodas sociais, que celebrava a tradição religiosa e a sofisticação urbana, e que se conectava ao Brasil através de empresas de transporte modernas.

Era uma época de otimismo, de crescimento e de transformação. Curitiba estava se tornando uma cidade moderna, mas sem perder sua identidade. E os jornais da época, com seus textos e fotos, são testemunhas valiosas desse processo.


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Curitiba nos Anos 70: Um Retrospecto da Cidade que se Modernizava – Do Sorteio Milionário à Inauguração do Cinema Vitória

 Curitiba nos Anos 70: Um Retrospecto da Cidade que se Modernizava – Do Sorteio Milionário à Inauguração do Cinema Vitória



Curitiba nos Anos 70: Um Retrospecto da Cidade que se Modernizava – Do Sorteio Milionário à Inauguração do Cinema Vitória

A Curitiba dos anos 1970 era uma cidade em plena transformação, marcada por grandes eventos, investimentos públicos e um espírito de modernização que buscava projetar a capital paranaense como um centro cultural e administrativo de destaque no Brasil. As páginas dos jornais da época, como as aqui reproduzidas, são uma janela para entender essa dinâmica, retratando desde sorteios milionários até inaugurações de cinemas luxuosos, passando por festas populares e recordes administrativos.


Página 1: “Seu Talão Vale Um Milhão” – O Sonho de Ficar Rico em Curitiba

A primeira página nos transporta para o mundo das promoções comerciais e do sonho de enriquecer rápido. O anúncio do concurso “Seu Talão Vale Um Milhão”, promovido pela empresa Alfano, captura a imaginação popular da época. Com prêmios que iam de R$ 500 mil a R$ 1 milhão (valores expressivos para a década de 70), o sorteio atraiu milhares de participantes, refletindo a cultura de consumo e a esperança de ascensão social.

O texto detalha os números sorteados e os ganhadores, com nomes como Antônio Martins Xavier e Aderlino Almico, que levaram para casa valores consideráveis. Além disso, a publicidade menciona a entrega de prêmios em dinheiro e bens, como carros e eletrodomésticos, reforçando o apelo ao consumidor. Era um tempo em que a publicidade era direta, colorida e cheia de promessas, e Curitiba estava totalmente engajada nesse movimento.


Página 2: Governo Ney Braga – Um Recorde Administrativo em Construção

Na segunda página, a ênfase muda para o poder público. O governo do então governador Ney Braga estabelece um novo recorde: a entrega diária de obras públicas. Em apenas 15 dias, foram entregues 191 obras, com um valor total de R$ 3.881.239,56 — um número impressionante para a época.

A lista das obras é extensa e diversificada: escolas, postos de saúde, estradas, pontes e até mesmo um “Grupo Escolar de Quatro Barras”. Isso revela uma política de desenvolvimento focada na infraestrutura básica, essencial para o crescimento urbano da capital. O texto também menciona que as obras foram realizadas sem aumentos salariais ou greves, o que sugere uma gestão eficiente — ou, pelo menos, uma comunicação estratégica com a população.

Esse recorde não era apenas uma conquista administrativa, mas um símbolo do progresso que Curitiba vivia. O governo queria mostrar que estava trabalhando, construindo e modernizando a cidade, e os jornais eram o canal perfeito para divulgar essa mensagem.


Página 3: Inauguração do Cinema Vitória – O Luxo Chega à Cidade

A terceira página marca um marco cultural: a inauguração do Cinema Vitória, descrito como “moderno e luxuoso”. Localizado na Avenida Presidente Kennedy, o cinema foi inaugurado pelo próprio governador Ney Braga, acompanhado de autoridades e celebridades locais, como o ator José Wilker e a cantora Ângela Maria.

O texto destaca o conforto e a tecnologia do novo espaço: poltronas macias, som estéreo, telão gigante e uma sala climatizada — tudo o que havia de mais moderno na época. A presença da Orquestra Sinfônica de Curitiba (ORCOPA) na cerimônia reforça o caráter cultural do evento, que não era apenas uma abertura de cinema, mas um espetáculo em si.

A imagem mostra o governador cortando a fita, cercado por figuras importantes da sociedade curitibana. Era um momento de orgulho coletivo: Curitiba estava se tornando uma cidade sofisticada, capaz de oferecer entretenimento de qualidade aos seus cidadãos.


Página 4: “Cine Vitória e a Excelência das Poltronas ‘Cimo’” – A Opinião da ORCOPA

Na quarta página, a Orquestra Sinfônica de Curitiba (ORCOPA) dá seu aval ao novo cinema. Em um texto elogioso, a orquestra afirma que o Cine Vitória é “um verdadeiro templo do entretenimento”, destacando especialmente as poltronas “Cimo”, que seriam “as mais confortáveis já vistas”.

Essa avaliação não é apenas técnica — é simbólica. A ORCOPA, como instituição cultural de prestígio, estava validando o cinema como um espaço de excelência. O texto também menciona a qualidade do som e da projeção, reforçando a ideia de que Curitiba estava se equipando com as melhores tecnologias disponíveis.

A presença da orquestra no evento e sua opinião favorável mostram como a cultura estava sendo usada como ferramenta de legitimação e prestígio. O Cine Vitória não era apenas um lugar para ver filmes — era um símbolo de modernidade e sofisticação.


Página 5: 3ª Festa da Cerveja – A Tradição Popular em Curitiba

A última página traz uma visão mais popular e festiva: a 3ª Festa da Cerveja, realizada no Club Concordia. O evento, inspirado nas festas bávaras, reunia centenas de pessoas para dançar, beber e se divertir. As fotos mostram grupos animados, vestidos com trajes típicos, e a atmosfera de celebração é palpável.

O texto descreve a festa como um sucesso, com muita música, comida e bebida. A presença de bandas e artistas locais, como a Banda “Polka”, reforça o caráter comunitário do evento. Era uma oportunidade para os curitibanos se divertirem, se conectarem e celebrarem a cultura germânica que faz parte da identidade da cidade.

A festa da cerveja não era apenas um evento de lazer — era uma afirmação da identidade local, uma forma de manter vivas as tradições e de fortalecer o senso de comunidade. E, claro, era uma ótima desculpa para se divertir!


Conclusão: Curitiba nos Anos 70 – Uma Cidade em Movimento

As páginas aqui apresentadas pintam um retrato vívido de Curitiba nos anos 70: uma cidade que combinava o sonho de ficar rico com a construção de uma infraestrutura moderna, que celebrava a cultura com a inauguração de cinemas luxuosos e que mantinha suas raízes populares com festas tradicionais.

Era uma época de otimismo, de crescimento e de transformação. Curitiba estava se tornando uma cidade moderna, mas sem perder sua identidade. E os jornais da época, com seus textos e fotos, são testemunhas valiosas desse processo.


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