Curitiba nos Anos 60: Um Retrospecto da Cidade que se Consolidava – Da Elegância dos Móveis Vogue ao Glamour das Bodas Sociais
Curitiba nos Anos 60: Um Retrospecto da Cidade que se Consolidava – Da Elegância dos Móveis Vogue ao Glamour das Bodas Sociais
As décadas de 1960 em Curitiba foram marcadas por uma forte consolidação da cidade como um centro administrativo, cultural e comercial do Sul do Brasil. Era uma época de otimismo, modernidade e sofisticação, onde a classe média crescia, as empresas investiam em infraestrutura e a sociedade se organizava em torno de eventos sociais que refletiam o status e os valores da época. As fotos antigas aqui reproduzidas são uma janela para esse passado fascinante, mostrando desde a elegância dos móveis de escritório até o glamour das bodas sociais.
Página 1: Móveis Vogue – A Modernidade Chega ao Escritório Curitibano
A primeira página nos transporta para o mundo corporativo dos anos 60. A publicidade da Móveis Vogue Ltda., com sede na Rua Rio Grande do Sul, 344, é um verdadeiro manifesto da modernidade da época. O texto promete “o mesmo conforto do seu lar agora também é possível em seu escritório”, refletindo uma mudança de mentalidade: o espaço de trabalho não era mais apenas funcional, mas também um local de conforto e estilo.
As imagens mostram cadeiras de escritório com design arrojado — linhas retas, estruturas metálicas e assentos estofados — que seriam consideradas modernas até hoje. A menção à “grande sala de espera da majestosa Cine Vitória” como referência de conforto revela como os espaços públicos influenciavam o gosto dos consumidores. A Vogue, fornecedora oficial da Organização Comercial Parana-Santa Catarina (ORCOPA), posicionava-se como uma empresa de prestígio, atendendo às necessidades de uma nova elite empresarial que buscava modernizar seus escritórios.
Essa publicidade não é apenas um anúncio de produtos — é um retrato da ascensão econômica e social de Curitiba, onde o profissionalismo estava associado ao bom gosto e ao conforto.
Página 2: Enlace Roderian Carneiro – O Casamento da Alta Sociedade
Na segunda página, entramos no universo das bodas sociais, um dos pilares da vida curitibana nos anos 60. O casamento de Roderian Carneiro e Suzana Clio é descrito como um evento de grande pompa, realizado na Igreja Metropolitana e seguido por uma recepção na residência dos noivos.
O texto destaca a presença de personalidades importantes da sociedade paranaense, como o Dr. José Roderian, pai da noiva, e o Dr. Alcides Roderian, pai do noivo. A cerimônia foi oficiada pelo Pe. Manuel da Silveira Wilmes, e a recepção contou com a presença de convidados ilustres, incluindo o Dr. Luiz Fernando Batista e o Dr. Antônio Roderian.
As fotos capturam momentos íntimos e solenes: a noiva, radiante em seu vestido branco, sendo conduzida pelo pai; o casal trocando alianças; e os convidados reunidos em torno da mesa de doces. A descrição do vestido da noiva — “de renda fina e bordado com pérolas” — e da decoração da igreja — “flores raras e velas acesas” — revela o cuidado meticuloso com cada detalhe, refletindo o valor simbólico do casamento naquela época.
Esse enlace não era apenas um evento familiar — era um momento de afirmação social, onde a família demonstrava seu status e sua integração na elite curitibana.
Página 3: Enlace Costa Castro-Lins Santos – A Tradição e a Modernidade em Harmonia
A terceira página traz outro casamento emblemático: o de Costa Castro e Lins Santos. O texto descreve o evento como um “enlace tradicional”, realizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz, com a presença de autoridades civis e religiosas, incluindo o Bispo Dom Moacyr Grechi.
As fotos mostram a noiva, Edila, usando um vestido clássico, acompanhada por seu pai, o Dr. João Carlos de Souza Coelho Filho, e a cerimônia sendo oficiada pelo Padre Francisco Ferreira da Costa. A recepção, realizada na residência dos noivos, contou com a presença de convidados de destaque, como o Dr. Alcides Roderian e o Dr. Luiz Fernando Batista.
O texto destaca a “elegância discreta” da noiva e a “solenidade da cerimônia”, reforçando a importância dos rituais e tradições na sociedade da época. A menção aos “convidados ilustres” e aos “presentes de valor” revela como o casamento era também um momento de troca social e de fortalecimento de laços entre famílias.
Esse enlace mostra como a sociedade curitibana dos anos 60 combinava a tradição religiosa com a modernidade urbana, criando eventos que eram ao mesmo tempo solenes e festivos.
Página 4: Expresso Confiança – A Logística que Conectava o Brasil
Na quarta página, a ênfase muda para o mundo dos negócios e da logística. A publicidade do Expresso Confiança, fundado em 1917, é um testemunho da importância do transporte rodoviário para o desenvolvimento econômico do Brasil.
O texto destaca a expansão da empresa, que operava em todo o país, conectando Curitiba a outras capitais e regiões. As fotos mostram caminhões da marca, com a palavra “Confiança” pintada em letras grandes, e a fachada da sede da empresa, um prédio moderno e imponente.
O Expresso Confiança oferecia serviços de transporte de mudanças, cargas pesadas e mercadorias, atendendo tanto a clientes particulares quanto a empresas. A menção à “guarda-móveis e embalagens” revela como a empresa estava adaptada às necessidades dos consumidores urbanos, que precisavam de soluções completas para suas mudanças.
Essa publicidade não é apenas um anúncio de serviço — é um retrato da modernização da infraestrutura brasileira, onde o transporte rodoviário desempenhava um papel crucial na integração nacional.
Página 5: Enlace Tramujas Motzko Ricciardella de Godoy – O Glamour dos Anos 60
A última página traz o casamento de Tramujas Motzko e Ricciardella de Godoy, um evento que combina elegância, tradição e glamour. A cerimônia, realizada na Igreja de Santa Terezinha, foi descrita como “um dos mais simples da presente estação social”, mas a presença de convidados ilustres e a sofisticação dos detalhes revelam o contrário.
As fotos mostram a noiva, Edilza, usando um vestido branco com véu longo, sendo conduzida pelo pai, o Sr. José Ricciardella. O casal troca alianças sob os olhares atentos dos convidados, e a recepção, realizada na Sociedade Thalia, é descrita como um momento de celebração e alegria.
O texto destaca a presença de figuras importantes da sociedade curitibana, como o Dr. Lino Amaral e a Sra. Victor de Amaral Filho, e menciona os presentes de valor recebidos pelos noivos. A descrição da decoração da igreja — “flores raras e velas acesas” — e da recepção — “salão ricamente decorado” — revela o cuidado com cada detalhe, refletindo o valor simbólico do casamento naquela época.
Esse enlace mostra como a sociedade curitibana dos anos 60 combinava a tradição religiosa com o glamour da vida social, criando eventos que eram ao mesmo tempo solenes e festivos.
Conclusão: Curitiba nos Anos 60 – Uma Cidade em Ascensão
As páginas aqui apresentadas pintam um retrato vívido de Curitiba nos anos 60: uma cidade que combinava a modernidade dos móveis de escritório com o glamour das bodas sociais, que celebrava a tradição religiosa e a sofisticação urbana, e que se conectava ao Brasil através de empresas de transporte modernas.
Era uma época de otimismo, de crescimento e de transformação. Curitiba estava se tornando uma cidade moderna, mas sem perder sua identidade. E os jornais da época, com seus textos e fotos, são testemunhas valiosas desse processo.
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