quarta-feira, 30 de março de 2022

Em 1896, foi criado em Curitiba o Colégio Intermacional, o primeiro educandário adventista aberto no Brasil, localizado no então Largo do Rosário.

 Em 1896, foi criado em Curitiba o Colégio Intermacional, o primeiro educandário adventista aberto no Brasil, localizado no então Largo do Rosário.


Nenhuma descrição de foto disponível.ANTIGO COLÉGIO INTERNACIONAL

Em 1896, foi criado em Curitiba o Colégio Intermacional, o primeiro educandário adventista aberto no Brasil, localizado no então Largo do Rosário. Começou atendendo famílias de imigrantes que chegavam à região Sul do país ministrando educação formal e a preparação de missionários.

O marco inicial da obra educacional no país se deu em outubro de 1895 quando Huldreich F. Graf foi enviado ao Brasil. Já em solo brasileiro, ele tomou a iniciativa de fundar na cidade de Curitiba a primeira escola adventista do Brasil.

Para liderar essa instituição, Graf chamou Guilherme Stein Junior, um jovem de 25 anos, filho de imigrantes suíços e alemães que era fluente em diversas línguas e que havia estudado por cerca de cinco anos na Escola Alemã de Campinas (SP).

Pouco depois, Guilherme Stein Junior foi para Santa Catarina prosseguir com a criação de outra escola e e foi substituído por Paul Kramer.

Em 1974, esse edifício, conhecido como "Palacete Wolf", foi desapropriado pela Prefeitura Municipal de Curitiba e, hoje, abriga o Instituto Municipal de Turismo.
(Fonte e Fotos: Revista Adventista)

Paulo Grani

CANJA DE GALO CAPÃO " Em 1966, inaugurei o Hospital-Maternidade do Tarumã, localizado no bairro do mesmo nome, mais precisamente na Vila Higienópolis, nos fundos do Hipódromo do Tarumã, nesta cidade de Curitiba.

 CANJA DE GALO CAPÃO
" Em 1966, inaugurei o Hospital-Maternidade do Tarumã, localizado no bairro do mesmo nome, mais precisamente na Vila Higienópolis, nos fundos do Hipódromo do Tarumã, nesta cidade de Curitiba.


Nenhuma descrição de foto disponível.CANJA DE GALO CAPÃO

" Em 1966, inaugurei o Hospital-Maternidade do Tarumã, localizado no bairro do mesmo nome, mais precisamente na Vila Higienópolis, nos fundos do Hipódromo do Tarumã, nesta cidade de Curitiba.

Havia começado sua construção três anos antes, quando ainda trabalhava no Hospital Nossa Senhora das Graças, em São Carlos do Ivaí, no norte do Estado do Paraná. Foi um acontecimento especial para os moradores da região, pois na época a assitência médica mais próxima dali era o Hospital São Lucas, no Juvevê.

Credenciado que era, pelo INAMPS, como Médico ginecologista e obstetra, comecei a receber as primeiras parturientes para exames pré-natal.
Os outros médicos também se apressavam a internar seus pacientes e o hospital já ia ganhando "status".

Numa certa madrugada, escutei batidas na porta do meu apartamento, anexo ao hospital.
Era a enfermeira do plantão da noite, que me disse: " Doutor, venha logo que é uma parturiente em trabalho de parto". Era o primeiro nascimento a ocorrer no hospital e, portanto, representava algo de importante para mim.

Aprontei-me rapidamente, e em poucos minutos corri pelo corredor em direção à sala de parto. Notei, porém, antes de adentrá-la, a presença de um homem corpulento, barbudo, trajando roupas modestas, calças sustentadas por largos suspensórios e calçando coturno como sapatos. Era o futuro pai do bebê. E parecia-se com um montanhês.

O parto foi um sucesso e Dona Maria não se continha de tanta alegria, afagando o filho debruçado sobre seu colo. Nascera um robusto menino. No corredor, dei a boa notícia ao pai, que arregalou os olhos e explodiu de contentamento, dando-me duas pancadas fortes nas costas e dizendo: "Doutor, não sei como lhe pagar, mas agradeço-lhe de coração".

No entardecer daquele dia, o homenzarrão, feliz papai do bebê, bateu na porta do meu consultório e pediu para falar comigo. Permiti que entrasse e observei que ele segurava um saco de estopa, contendo algo volumoso, com a mão direita.

Por trás da espessa barba, mostrando dentes alvos e quase sorrindo, falou-me: "Doutor, não tenho carteira do INAMPS, não tenho dinheiro, mas vou lhe pagar com o maior capão do meu terreiro!".

Naquele Natal de 1966, os doentes internados no Hospital Tarumã fizeram a melhor ceia de suas vidas, tomando cheirosa e substanciosa canja de galo capão. Depois de ficar três meses na ceva, a ave era tão grande que a sopa deu para mais de trinta pacientes."

(Texto do médico Fernando Wolff, publicado em Histórias de Curitiba / Foto ilustrativa, Pinterest)

Paulo Grani 

O Seminário São José, na década de 1920. Foto: Arquivo Gazeta do Povo

 O Seminário São José, na década de 1920.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo


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Imediações do agora Colégio Marista Paranaense, década de 1940. Foto: Foto: Arquivo Público do Paraná

 Imediações do agora Colégio Marista Paranaense, década de 1940.
Foto: Foto: Arquivo Público do Paraná


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Histórica foto da primeira década de 1900, apresenta os Bombeiros Voluntários de Curitiba a postos sobre as viaturas adaptadas sobre carroças tracionadas por dois pares de mulas.

 Histórica foto da primeira década de 1900, apresenta os Bombeiros Voluntários de Curitiba a postos sobre as viaturas adaptadas sobre carroças tracionadas por dois pares de mulas.


Nenhuma descrição de foto disponível.Histórica foto da primeira década de 1900, apresenta os Bombeiros Voluntários de Curitiba a postos sobre as viaturas adaptadas sobre carroças tracionadas por dois pares de mulas. Erven menciona em sua obra que "haviam exercícios diários (no início da Saldanha Marinho) e escala de prontidão para fogo, próximo a Catedral Metropolitana de Curitiba. Foi possível, com as doações espontâneas feitas, dotar de materiais e uniformes os voluntários do combate a incêndios. Tinham carros com tração executada pelos próprios bombeiros na falta de animais com escadas de madeira, mangueiras e uma pequena bomba."

" Nos anos 50, Urbano, um faquir que jejuava trinta dias encerrado numa urna de vidro, esteve em Curitiba.

 " Nos anos 50, Urbano, um faquir que jejuava trinta dias encerrado numa urna de vidro, esteve em Curitiba.


Nenhuma descrição de foto disponível.UM FAQUIR EM CURITIBA ANTIGAMENTE

" Nos anos 50, Urbano, um faquir que jejuava trinta dias encerrado numa urna de vidro, esteve em Curitiba.

Instalou-se num terreno baldio da esquina da Ébano Pereira com a Avenida João Pessoa, numa improvisada construção de madeira, mal e porcamente apoiada nas bordas do canal do Rio Ivo, cujo fedor de carniça se harmonizava e complementava a esquálida figura do faquir dentro de uma caixa de vidro.

O caixão de vidro era fechado por inúmeros cadeados, cujas chaves, que se presumiam únicas, ficavam sob guarda dos notáveis da cidade; chefe de polícia, prefeito, jornalistas, garantindo a lisura do jejum.

Seja por pura picardia, seja porque considerássemos sua fome ostensiva uma concorrência desleal a nossa, intimista, mas não menos intensa, Urbano conquistou instantaneamente a antipatia dos estudantes da CEU, a casa do Estudante Universitário, então localizada na Avenida, entre o Cine Ópera e o 'show-room' do faquir.

Cotizamo-nos e, na seção de 'Perdidos e Achados' da Gazeta, publicamos um anúncio: "Perdeu-se uma carteira de dinheiro no trajeto entre o Cine Ópera e o Restaurante Elite. Quem devolvê-la será regiamente recompensado. Procurar o faquir Urbano".

Depois criamos uma comissão de fiscalização que, revezando-se, vigiava o faquir 24 horas por dia. Passados alguns dias, devido ao alto custo da operação, para não falar no sono e na preguiça, a comissão de fiscalização dissolveu-se...

Num sábado de madrugada, voltando o Ernani Farias e eu de algumas incursões na 'Zona da Coréia', paramos no Bar Triângulo, compramos um cachorro quente e fomos comê-lo na tenda do faquir. A urna de vidro repousava sobre dois cavaletes cobertos por veludo vermelho. Dentro dela, vestindo um pijama de seda preta com gola "roulé"nbranca e sapatilhas vermelhas, o faquir repousava numa cama de pregos e acariciava uma jibóia.

À primeira dentada no cachorro quente, o cheiro da mostarda espalhou-se pelo recinto... O Urbano ficou mais amarelo ainda, virou o rosto para o lado e, com um grunhido agônico capotou. A assistente chamada Íris, com sotaque argentino, nos expulsou aos berros.

No dia seguinte formalizou uma queixa à presidência da CEU, que nos proibiu de repetir a proeza sob ameaça de expulsão.

Hoje, quarenta anos passados, ao reunir estas lembranças, uma dúvida tardia me assalta:
- Como é que eles faziam para dar comida para a jibóia ? "

(Texto do engenheiro Paulo da Nova, publicado em Histórias de Curitiba)

Paulo Grani

À direita, em foto da década de 1910, vemos a nova edificação erigida no mesmo local da antiga Matriz, construída entre 1876 e 1893, tendo recebido o título de Catedral em 1894.

 À direita, em foto da década de 1910, vemos a nova edificação erigida no mesmo local da antiga Matriz, construída entre 1876 e 1893, tendo recebido o título de Catedral em 1894.


Pode ser uma imagem de texto que diz "pjc M0r c Antiga Matriz de Curytiba Photographada na oceasião da chegada dos voluntarios da Patria, da guerra de Paragua, em Abril de 1870 መንዜች A Cathedral actual de Curytiba Estado do Paraná- E.stadodoParaná-Brazil - -Brazil acervo Paulo José da Costa paulodongaro.blogspot.com"Hoje, dando continuidade à série Cartões Postais de Curitiba, vamos apreciar este histórico CP editado nos anos 1910, no qual o autor enquadra a antiga Igreja Matriz de Curitiba, em foto de abril de 1870, por ocasião da chegada dos Voluntários da Pátria, em Curitiba, após a Guerra com o Paraguai.

À direita, em foto da década de 1910, vemos a nova edificação erigida no mesmo local da antiga Matriz, construída entre 1876 e 1893, tendo recebido o título de Catedral em 1894.

Para melhor entender sua existência na passagem dos séculos, lembramos que ela foi o ponto geográfico do início da cidade, conforme veremos neste breve histórico:

Em 1668, uma pequena capela foi edificada no local onde, hoje, está a Praça Tiradentes, com a denominação de Igreja de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, época em que foi levantado o pelourinho na vila. Como era comum à época, essa primeira igreja se resumia a uma construção de pau a pique no estilo colonial.

No dia 29/03/1693, o povo da vila se reuniu para a instalação da Câmara Municipal, a fim de eleger as primeiras autoridades locais, marcando a fundação oficial da Vila de Nossa Senhora da Luz e do Bom Jesus dos Pinhais, hoje Curitiba, capital do Paraná.

Anos mais tarde essa pequena capela deu lugar a uma construção maior, em pedra e barro, denominada Igreja Matriz, que foi concluída em 1721.

Em 1854, por ordem do Presidente Zacarias, foram iniciadas obras na Igreja para elevação de duas torres, as quais foram terminadas em 1858. Em uma das torres foi colocado um relógio, implantado pelo ourives M. Nicourd. A nave possuía "altares adornados de ricas e preciosas entalhações. A nave era "iluminada por lindos lustres de pingentes de vidro e por uma rica lâmpada de prata".

Pouco tempo depois, apareceram rachaduras nas paredes e nas torres, colocando em perigo os fiéis. Assim, por sua vez, a igreja foi demolida entre os anos de 1875 e 1880, para que finalmente fosse edificada a atual Catedral, cujas obras ocorreram entre 1876 e 1893, seguindo o projeto neogótico do francês Alphonse Conde de Plas, com pequenas modificações feitas pelo engenheiro Giovani Lazzarini, responsável pela execução da obra.

A catedral foi construída em estilo neogótico - ou gótico romano - inspirada na Catedral da Sé de Barcelona, na Espanha. As pinturas existentes são dos artistas italianos Carlos Garbaccio e Anacleto Garbaccio.

No plano original, uma de suas duas torres comportaria um sino e um relógio, enquanto a outra um observatório meteorológico dotado com um barômetro, que jamais foi instalado, em razão dos altos custos.

No dia 07/06/1993, cem anos após sua inauguração, a Catedral foi elevada ao grau de Basílica Menor, em reverência à Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, a santa padroeira da capital paranaense, recebendo o nome de Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

(Fontes: Haus Engenharia, catedralcuritiba.com / Foto: Acervo Paulo José Costa)

Paulo Grani

terça-feira, 29 de março de 2022

Vista do Bairro Cabral, em 1928, quando nevou pela primeira vez. Ao lado esquerdo aparece a casa do Velho Puppi, com bonecos de neve

h3 style="text-align: left;"> Vista do Bairro Cabral, em 1928, quando nevou pela primeira vez. Ao lado esquerdo aparece a casa do Velho Puppi, com bonecos de neve

O Cine Radium, primeiro do Bairro Portao. Da familia Bettega [Casa que aparece de frente]

 O Cine Radium, primeiro do Bairro Portao. Da familia Bettega [Casa que aparece de frente]


Madeireira. Fazenda Rio Grande, de João Bettega - 1912

 Madeireira. Fazenda Rio Grande, de João Bettega - 1912