sábado, 1 de abril de 2023

Relembrando da Estrada da Graciosa, dos anos 20

 Relembrando da Estrada da Graciosa, dos anos 20


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***Atual Terminal Guadalupe em 1966 - *** João Negrão com Rua de pedra e sentido contrário do que é atualmente.

 ***Atual Terminal Guadalupe em 1966 - ***
João Negrão com Rua de pedra e sentido contrário do que é atualmente.


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CONHECENDO A SOCIEDADE DOS ATIRADORES ALEMMÃES

 CONHECENDO A SOCIEDADE DOS ATIRADORES ALEMMÃES

"Em 1°/03/1886, a Sociedade dos Atiradores Allemães (Deutsche Schützenverein), como outras associações alemães da época, constituiu-se primeiramente como uma sociedade de canto, enquanto os sócios aguardavam os procedimentos necessários para que pudessem dedicar-se à prática de tiro ao alvo, num local adequado e seguro. Mais tarde ficou conhecida pela abreviação STAC - Sociedade de Tiro ao Alvo Curitiba.
Foi adquirido um terreno próximo ao Rio Belém, além da linha férrea, que, por sua vegetação, passou a ser denominado de “Bosque dos Atiradores”. Em momentos predeterminados, o bosque transformava-se em área de lazer e confraternização, ideal para os passeios e piqueniques das famílias alemãs, ou em local de comemorações, quando os estampidos produzidos pelos exercícios de tiro concorriam com as algazarras infantis e os instrumentos musicais.
Em 30/05/1903, o jornal curitibano "A República " divulgava: "Realizam-se amanhã e depois de amanhã no bosque dos atiradores, grandes festas promovidas pela sociedade dos Atiradores Allemães. Haverá nesse logar, entre outras diversões, exercícios de tiro ao alvo. A Sociedade dos Atiradores, encorporada, irá a casa do rei, afim de leval-o ao local dos festejos".
Chamando a participação dos curitibanos, a nota referia-se à “Festa do Tiro de Rei”, que coincidia com o domingo da Páscoa, saudado desde o raiar da manhã. Esta festa continuava durante todo o dia de segunda-feira, com as “diversões” mencionadas pelo articulista, e havia iniciado no “sábado de aleluia”, com a participação de membros da colônia alemã, encarregados de seus preparativos.
Com vestimentas típicas – uniformes e chapéus característicos – e ostentando as medalhas conquistadas em anos anteriores, o rei aparece ao centro, com sua faixa indicando que havia vencido o último torneio. Antes de chegar ao local dos festejos, em meio aos quais se decidiria quem seria o vencedor do novo torneio, o grupo de atiradores costumava andar em marcha pelas ruas, em direção à casa do rei, para prestar-lhe a última homenagem, apanhá-lo e seguirem todos juntos à sede do clube, quando então a faixa seria repassada ao novo campeão. As armas ornadas de flores, “precedidos por uma banda de musica, pelo estandarte da sociedade e pelas figuras de costume: o porta alvo, o rei, os dois immediatos e o comandante” (Diário da Tarde, 8 abr. 1912), proporcionavam uma exibição estardalhante que desfilava seus símbolos e sua hierarquia, tornando mais visível a existência de uma alteridade.
Mais tarde mudou sua sede para o bairro das Mercês ocupando um terreno de 180.000 m2 na rua Jacarezinho.
Em 1956, a STAC comemorou os setenta anos de sua fundação, emitindo o selo comemorativo (foto), tendo emitida a seguinte nota em jornal:
"Eduardo Engelhardt, por diversas vezes "Rei e Príncipe ", tem prestado relevante serviços â STAC. Rendemos-lhe esta simples, porém sincera homenagem, a qual queremos estender aos seus dignos filhos. Eduardo 3°, nosso atual Vice-Presidente e Ewaldo, o nosso "Bruder", que não tem medido esforços para prestarem o seu auxílio à STAC. A família Engelhardt nos anais de nossa História é a mais tradicional, pois o atual Vice-Presidente é o 3° Eduardo, sendo o homenageado o 2° e seu progenitor, um dos fundadores, o 1°. Todos os Engelhardt tem dado seu integral apoio à STAC desde 1886 e ainda agora, 70 anos depois, estão em nosso meio, trabalhando pelo engrandecimento da Sociedade.
A STAC agradece, pois, ao Avô, Pai e Netos e espera que os Bisnetos estejam em breve em nosso meio, para glória da família Engelhardt."
Em 1975, seu patrimônio foi fundido com o Clube Concórdia e, depois, passou para o Clube Curitibano.
Relação dos 56 sócios fundadores que assinaram a Ata de Criação da STAC, em 1°/03/1886.
Adoalgo Basske
Adolfo Leifer
Adolfo Lindermann
Adolfo Mueller
Adolfo Schmidt
Adolfo Volk
Antonio G. dos Santos
Antonio Lohner
Augusto Canto
Augusto Eyrin
Augusto Gerhardt
Augusto Richter
Augusto Rossdeutscher
Augusto Schuenemann
Bernardo Weigang
Bertholdo Adam
Bruno Baer
Carlos Funke
Carlos Neumann
Eduardo Engelhardt
Eduardo Wendler
Ernesto Buschmann
Ernesto Kopsch
Ernesto Reuman
Ferdinando Mielke
Frederico Bandelow
Frederico Engelhardt
Frederico Metzger
Frederico Probst
Frederico Willmann
Gaspar Lambach
Germano Weigert
Guilherme Eschholz
Guilherme Hoeber
Guilherme Kraus
Guilherme Steinke
Guilherme Weigert Junior
Guilherme Wildt
H. Schwarz
Henrique Hatschbach
Henrique Henning
João Kork
João Tschannerl
João Zech
Jorge Enders
Jorge Richter
Jorge Sperber
Otto Schlenker
Reinaldo Kopsch
Ricardo Dorgut
Rodolfo Labsch
Romão Egg
Rudolfo Aders
Samuel Koblenz
Victor Trochmann
Wenceslau Glaser
(Fontes: gazetadopovo.com.br / memoria.bn.br)
Paulo Grani

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Primeiros sócios da Sociedade dos Atiradores Allemães (Deutsche Schützenverein), posam em frente à primeira sede, em algum lugar próximo do Rio Belém, que logo foi chamada "Bosque dos Atiradores.
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Grupo de sócios da agora STAC-Sociedade de Tiro ao Alvo de Curitiba, reúnem-se (data desconhecida).

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Em 1956, a STAC comemorou os setenta anos de sua fundação, emitindo o selo comemorativo (foto), tendo emitida a seguinte nota em jornal:

"Eduardo Engelhardt, por diversas vezes "Rei e Príncipe ", tem prestado relevante serviços â STAC. Rendemos-lhe esta simples, porém sincera homenagem, a qual queremos estender aos seus dignos filhos. Eduardo 3°, nosso atual Vice-Presidente e Ewaldo, o nosso "Bruder", que não tem medido esforços para prestarem o seu auxílio à STAC.

A família Engelhardt nos anais de nossa História é a mais tradicional, pois o atual Vice-Presidente é o 3° Eduardo, sendo o homenageado o 2° e seu progenitor, um dos fundadores, o 1°. Todos os Engelhardt tem dado seu integral apoio à STAC desde 1886 e ainda agora, 70 anos depois, estão em nosso meio, trabalhando pelo engrandecimento da Sociedade.

A STAC agradece, pois, ao Avô, Pai e Netos e espera que os Bisnetos estejam em breve em nosso meio, para glória da família Engelhardt."

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Taça ganha por Henrique Neumann (1° Príncipe de 1933) no torneio de tiro de 1932.
Foto: Acervo familiar de Alberto Henrique Neumann.

Evolução da Máquina de Costura

 Evolução da Máquina de Costura

Costura é a forma artesanal ou manufaturada de se juntar duas partes de um tecido, pano, couro, casca, ou outros materiais, utilizando agulha e linha.
É uma arte que existe há mais de 20 mil anos.
As primeiras agulhas de costura inicialmente eram feitas de ossos e chifres de animal, de marfim, mais precisamente, e foram desenvolvidas há mais de 30 mil anos atrás.
Já a tecelagem, apareceu a 5 mil anos quando o homem aprendeu a trançar e enredar fios feitos de pelos de animais.
1755 - A primeira patente ligada à costura mecânica foi realizada pelo alemão Charles Weisenthal.
1790 - Thomas Saint, patenteou uma máquina de costura para trabalhos em couro, sendo uma grande evolução para a costura com outro material, além de tecidos. A patente descreve um furador que fazia um buraco no couro através de uma agulha.
1807 – O Alfaiate austríaco Josef Madersperger , apresenta a sua primeira máquina de costura.
1830 – O alfaiate francês Barthelemy Thimonnier foi o primeiro a criar uma máquina realmente funcional,quando observava a forma de trabalhar das costureiras de Lyon, que empregavam uma técnica rapidíssima, com ponto em cadeia. A máquina usava apenas uma agulha de gancho. Dava 200 pontos por minuto, enquanto manualmente se faziam 30 pontos.
1841 – Por conta da criação desta máquina, artesãos enfurecidos destruíram as oficinas e máquinas do alfaiate, preocupados com a perda de seus empregos.
1846 – Elias Howe patenteou um modelo com lançadeira sincronizada com a agulha.
1851 – Cinco anos depois, ainda nos Estados Unidos, aparece a primeira máquina de costura com pedal, uma invenção de Isaac Singer, que ao introduzir uma série de outras melhorias fez com que a máquina passasse rapidamente a dominar o mercado. Isaac Singer fundou então a Singer, empresa que lançou o sistema de venda a prestações e deu visibilidade mundial a esta máquina..
Na atualidade – As máquinas de costura domésticas mais modernas já são capazes de fazer 1500 pontos por minuto, as máquinas de costura industriais podem atingir os 7000 pontos por minuto. Algumas máquinas de costura modernas vêm com pontos de bordado já embutidos, faz decoração em tecidos e costuras com agulha dupla.
(Pesquisa ...)
Paulo Grani

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DESCOBRINDO A CONFEITARIA UNIVERSAL

 DESCOBRINDO A CONFEITARIA UNIVERSAL

Durante uma pesquisa sobre a Curitiba de antigamente, deparei-me com essa interessante ficha à venda no Mercado Livre, com os dizeres "Confeitaria Universal de Roberto Bube". Logo a seguir localizei várias delas com os valores de 200, 300, 500, 1.000 e 2.000. Elas eram usadas como moeda de pagamento, após serem comprados no caixa da confeitaria.
Por trás daqueles simples pedaços de metais certamente havia uma bela história acontecida em nossa cidade:
Talvez a mais famosa e conceituada confeitaria de Curitiba no começo do século passado tenha sido a Confeitaria Universal, de Roberto Bube, inaugurada em 1894 e consagrada como ponto de encontro da sociedade curitibana, ficava na Rua XV de Novembro, 69.
Oferecia, além das instalações tradicionais para servir doces e pequenos lanches, um amplo salão para café, espaço que podia ser alugado para festas e recepções. O proprietário brindava seus clientes com concertos ao ar livre ou no ambiente coberto.
A Confeitaria era uma das grandes anunciantes nos periódicos da época; anúncios do tipo: "Confeitaria Universal de Roberto Bube, Rua XV de Novembro, 69. Tem sempre grande variedade de doces frescos e saborosos. Grande e escolhido sortimento de bebidas finas. Caixas a phantasia com doces chrystalisados; confeitos, etc. Recebe-se encommendas para bailes, casamento, baptisados, etc. Presteza e nitidez.".
Em 1895, o Jornal A República, comunicava a instalação do "Botequim do Bube", (junto ao Circo Europeu, que havia se instalado no Passeio Público), oferecendo doces, bebidas, comidas frias e, a grande novidade, "os apetitosos schopps, bebida nunca vinda ao Paraná! "
Em 1904 a casa vendia leite em pó, biscoitos Duchen, passas importadas, nozes, ameixas, figos, castanhas, amêndoas, vinho verde, confeitos em caixas para presente, enfeites para árvore de Natal, doces cristalizados, chocolate em pó e em táboas Moinho do Ouro.
Em um texto na internet consta que João da Tapitanga, um personagem da Curitiba dos anos 1920, que por suas falas atraía público à sua volta, tinha sido presenteado com uma "cadeira cativa" na Confeitaria do Bube, verdadeiro areópago e centro da boemia curitibana, localizado na antiga Rua das Flores.
Em 1931, Roberto Bube lançou o livro "Manual da Doceira", editado pela Livraria Mundial, reeditado outras duas vezes, cujas receitas eram produto da sua vasta experiência como confeiteiro. Na capa do livro ele apresenta-se como "Confeiteiro com attestado da Verband Selbststaendiger Deutscher Conditarem, Hamburgo, Altona", qualificação obtida em Hamburgo, antes de vir ao Brasil.
Em outro texto consta que Roberto Bube, em determinada época, trabalhou como confeiteiro da Padaria Triumphante, da família Marchand, situada na rua Desembargador Westphalen, 160, em Curitiba.
Paulo Grani

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O confeiteiro e empresário, década de 1920.
Foto: Mercado Livre

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Ficha da Confeitaria Universal, vendida no caixa antecipadamente para quitar compras ou ser usada posteriormente.
Foto: Mercado Livre

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Propaganda feita no folhetim "Olho da Rua", de 1899.

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Capa do livro Manual da Doceira publicado por Roberto Bube, em 1937.
Foto: Mercado Livre

Pode ser uma imagem de texto que diz "JONFEITARIA UNIVERSAL ROBERTO BUBE RUA 15 DE NOVEMBRO N. 69 Tem sempre grande varie- dade de Doces freseos esa- borosos. Grandee escolhido sorti- mentodebebidaš finas; caixas phantasia COT doces chrys- talisados; confeitos, etc. etc. ECEBE ENCOMMENDA PARĄ BAILES, CASAMENTOS, BAPTISADOS, ETC. PRESTEZA E"
Propaganda da Confeitaria Universal feita no Almanach do Paraná,mem 1896.

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Série de fichas utilizadas pela Confeitaria para compra antecipada ou pagamento no balcão.
Foto: Mercado Livre

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Série de fichas de diversos valores
Foto: Mercado Livre

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Bube com amigos embalam um animado fim de semana, em algum lugar dos arredores de Curitiba.
Foto: Catálogodasartes.com.br

O DESAFIO DE FABRICAR ... Penso que é difícil alguém saber exatamente todos os produtos fabricados pela empresa Mueller & Irmãos

 O DESAFIO DE FABRICAR ...
Penso que é difícil alguém saber exatamente todos os produtos fabricados pela empresa Mueller & Irmãos

O DESAFIO DE FABRICAR ...
Penso que é difícil alguém saber exatamente todos os produtos fabricados pela empresa Mueller & Irmãos, dado a empreitada que seus fundadores tiveram ao se deparar com todos os desafios que apareceram diante deles, naquele contexto em que a emergente sociedade paranaense carecia de suprir suas necessidades industriais, comerciais, serviços, transportes e edificações.
Com notoriedade, seus trabalhadores desenvolveram produtos de toda ordem, tendo a fundição como carro-chefe na produção e desenvolvimento de itens, somado à capacidade de seus profissionais que alcançavam solução para quaisquer desafios.
Lembro-me de entrar nos edifícios mais antigos da Capital e de outras cidades paranaenses e lá encontrar uma infinidade de instalações metálicas que, em algum cantinho, mostrava estampada em baixo relevo a marca Mueller ou Marumby.
Enfim, os itens mais lembrados da população são os fogões, tampas de bueiros, caixas de descarga, bombas d'água, moedores de grãos e ...
Pesquisei em vários periódicos e reuni os seguintes produtos lá fabricados, além de muitos outros que os textos somente diziam, etc, etc:
" Mueller & Irmãos - Companhia Industrial Marumby. Fábrica de máchinas, pregos e fundição: Pregos de todos os tamanhos, chapas para fogões, eixos, buzinas e buques para carroças. Máchinas a vapor, moendas para cana (de todos os tamanhos), máchinas e aparelhos modernos para engenhos de herva-matte, prensas automáticas para marcar e tampar barricas de hervamatte (invenção nova). Ferragens para moinhos e engenhos de serra, de construção moderna, aparelhos para fábricas de mandiocas, engenhos para beneficiar arroz, moinhos para cereais, secadores para cereais, máchinas para cabos de vassouras, máchinas elétricas para iluminação, máchinas para serrarias, olarias e marcenarias, para-raios, grades e portões de ferro fundido e batido, fornos, caldeiras, bombas a vapor, bombas para água e outros líquidos. Forjas, trilhos, postes, foices, chaminés, enxadas, machados, debulhadores de milho, ferros de passar roupa, vassourões, panelas de ferro, carneiros hidraulicos, estufas, fogões a lenha, bombas de água manual, fogareiros, morças, prensas de mordente, lareiras salamandra, lareiras italiana, martelos, bombas de poço. Sinos de bronze para igrejas (de todos os tamanhos), fogões econômicos, etc., etc."
Paulo Grani

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Primeiras instalações do empreendimento.
Foto: Arquivo Público do Paraná

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Um setor da produção fabril.
Foto: Arquivo Público do Paraná

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Folheto informativo da Máquina de Cortar Palha.

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Folheto informativo das bombas de sucção e pressão.

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Folheto informativo da máquina de cortar ferragem.
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