quinta-feira, 28 de setembro de 2023

A HISTÓRIA DA CASA EDITH

 A HISTÓRIA DA CASA EDITH


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A HISTÓRIA DA CASA EDITH
Se existisse uma máquina do tempo e pudéssemos voltar para a capital paranaense do início do século passado, encontraríamos uma Praça Generoso Marques muito distinta da que conhecemos hoje, com bondes elétricos ecoando nos trilhos e o vaivém de políticos em torno da antiga sede da prefeitura no Paço da Liberdade. Um estabelecimento na esquina da praça, entretanto, continuaria praticamente o mesmo até os dias atuais: a Casa Edith, uma das mais antigas lojas em atividade em Curitiba.
Ali, as vitrines permanecem imunes às tendências efêmeras da moda. O mix de produtos clássicos voltados para o público masculino — incluindo chapéus, cartolas, suspensórios, gravatas-borboletas, bengalas e ceroulas — continua quase o mesmo desde 1917, quando o libanês Kalil Karam abriu o comércio, batizado em homenagem a sua primeira filha, Edith Karam. A loja matriz, fechada na década de 1930, funcionava na Praça Tiradentes, onde é hoje a Pernambucanas. Em 1925, Kalil inaugurou a filial no casarão azul que existe até hoje.
A marca da folia
Na época de carnaval, a Casa Edith virava uma festa. O espaço que era destinado aos artigos masculinos era totalmente ocupado por fantasias e apetrechos festivos. Uma chuva de confetes e serpentinas jogadas pelas crianças da família Karam das janelas do andar superior do casarão faziam a alegria de quem passava pela frente da loja, que era conhecida como “QG do Momo”. Regina Maria Karam, uma das netas de Kalil, recorda aquele tempo com saudosismo.
“Nós, as crianças, ficávamos na parte de cima da loja enchendo saquinhos de tule com confete para serem vendidos. A gente também ficava na porta controlando a entrada, porque era muita gente. E sempre estávamos fantasiados”, relembra. O lança-perfume, que fez sucesso nos carnavais brasileiros por décadas, era vendido aos montes. A Casa Edith foi revendedora exclusiva do produto no Paraná até 1961, quando ele foi proibido no país pelo presidente Jânio Quadros.
A partir de 1949, com o falecimento de Kalil, a loja passou a ser administrada por seus oito herdeiros, até que, depois de uma década, foi vendida para Virgil Trifan e Franklin Rodrigues. Com 90 anos de idade, Trifan continua sendo o proprietário da Casa Edith. Nascido na Romênia, o imigrante chegou ao Brasil aos vinte anos, procurando vida nova após ter perdido grande parte da família durante a Segunda Guerra Mundial. Desembarcou no país sem nada, mas batalhou por anos vendendo roupas de casa em casa até conseguir juntar a quantia necessária para a compra da Casa Edith.
O comerciante optou por manter o nome do estabelecimento, que já era famoso entre os curitibanos. No início dos anos 1970, com o declínio do carnaval da cidade, encerrou os festejos da loja e doou o estoque remanescente de fantasias à prefeitura da cidade. O casarão de estilo neoclássico, construído em 1879, é tombado pelo Patrimônio Histórico e passou por poucas reformas ao longo das décadas. Apesar da máquina do tempo não existir, entrar ali é como se pudéssemos, por um instante, voltar ao passado.
(Gazeta do Povo/Stephanie D'Ornelas)

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