Muito antes das empreguetes de "Cheias de Charme" em 2012, a Globo apresentou em 1977 a novela "Sem lenço, Sem Documento", trama que tinha também como protagonistas empregadas domésticas. Era a segunda experiência em novelas do autor Mário Prata, que vinha do grande sucesso de "Estúpido Cupido" (1976), e tentou mostrar uma nova proposta com uma trama que abordaria vários temas, sem personagens principais, apresentando uma série de perfis que se mostrariam com o desenrolar do enredo.
A trama que estreou no dia 13 de setembro, contava a história de Rosário (Ana Maria Braga) que deixa Olinda e vai tentar a sorte no Rio de Janeiro onde já trabalham, como domésticas, suas três irmãs mais velhas, Cotinha (Ilva Niño), Graça (Isabel Ribeiro) e Dorzinha (Arlete Salles). Na Cidade Maravilhosa, a moça vai trabalhar na casa de Carla (Bruna Lombardi), escritora e manequim. E acaba se apaixonando pelo complicado Zé Luís (Ricardo Blat).Ana Maria Braga, que fez a protagonista Rosário, nada tem a ver com a Ana Maria Braga apresentadora, ela é na verdade a irmã mais nova da Sônia Braga e mãe da também atriz Alice Braga. Sem Lenço, Sem Documento foi a única novela que a atriz fez. Depois da trama a atriz participou de alguns filmes e desde de 2009 abandonou a carreira.
Bruna Lombardi, então modelo de sucesso, também estreou como atriz na trama de Mário Prata. As poesias escritas pela personagem Carla na trama, eram escritas pela atriz. Outra estreia de "Sem Lenço, Sem Documento" se deu na direção da trama. Dennis Carvalho debutava como diretor da novela.
Abertura de "Sem Lenço, Sem Documento" apresentava uma história contada através de uma fotonovela. A temática foi escolhida devido ao fato das personagens domésticas da trama, e na época acreditava-se que eram elas o principal público das revistas de fotonovelas. "Alegria, Alegria" do Caetano Veloso foi o tema de abertura. A mesma música seria usada em 1992 para o tema de abertura da minissérie Anos Rebeldes, do autor Gilberto Braga.
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