domingo, 7 de setembro de 2025

Ana Barbosa Monteiro (1740–1793) — Uma Senhora da Vila de Curitiba no Século XVIII

   Ana Barbosa Monteiro Nascida a 18 de maio de 1740 (quarta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil Baptizada a 26 de maio de 1740 (quinta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil Falecida a 6 de junho de 1793 (quinta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 53 anos

  • Nascida a 18 de maio de 1740 (quarta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil
  • Baptizada a 26 de maio de 1740 (quinta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil
  • Falecida a 6 de junho de 1793 (quinta-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 53 anos

 



📜 Ana Barbosa Monteiro (1740–1793) — A Senhora da Vila de Curitiba que Viveu entre Fé, Família e Silêncio

"Nenhuma linha de história a nomeou. Nenhum livro a celebrou. Mas nas entrelinhas dos registros paroquiais, seu nome resiste — como prova de que existe, amou, gerou e deixou raízes."

Ana Barbosa Monteiro nasceu em 18 de maio de 1740 , numa quarta-feira, na Vila de Curitiba — então um pequeno núcleo colonial sob o domínio português, cercado por matas, tropeiros e o zelo da Igreja Católica. Foi batizada apenas oito dias depois, em 26 de maio , na Matriz da vila — ritual que não apenas a colhia na fé, mas a inscrevia no rol dos “nascidos na ordem”, filha de uma das famílias mais influentes da região.

Faleceu em 6 de junho de 1793 , aos 53 anos , na mesma terra que a viu nascer. Viveu toda a sua vida entre as paredes de taipa, os sinos da igreja, os cuidados com os filhos e os deveres de uma mulher da elite colonial — discreto, porém essencial.


👨‍👩‍👧‍👦 Raízes: Filha de Pioneiros da Vila

Ana era filha de dois pilares da sociedade curitibana do século XVIII:

  • Francisco de Araújo Monteiro (c. 1680–1781) — patriarca de longa vida (viveu cerca de 101 anos!), homem de posse, provavelmente ligado à administração local, à posse de terras ou ao comércio de gado e mantimentos. Sua longevidade é um testemunho raro de resistência num tempo de pouca medicina e muitas doenças.
  • Isabel Barbosa de Castro (c. 1700–1780) — matriarca dedicada, que deu à luz numerosos filhos e ajudou a consolidar uma linhagem que marcaria a história da região.

👧 Uma Irmandade Numerosa

Ana cresceu em meio a uma prole extensa — prática comum entre famílias abastadas, onde cada filho era também um elo de poder, aliança ou herança. Entre seus irmãos, destacam-se:

  • Francisco de Araújo Monteiro (1732–c. 1816) — provavelmente os herdeiros diretos das terras e títulos familiares
  • Maria de Araújo Monteiro (1733–1815)
  • Isabel Mendes de Castro (c. 1734–1793) — falecida no mesmo ano que Ana
  • Getrudes Monteiro (1735–?)
  • Inácio Monteiro (1737–?)
  • Salvador Monteiro (1740–?) — nascido no mesmo ano que Ana
  • E irmãos que partiram cedo: Luísa de Araújo , Guiomar de Araújo , Maria de Araújo

Essa família não era apenas grande — era estratégica . Cada casamento, cada nascimento, cada batismo reforçava redes de influência numa vila que crescia lentamente, mas com firmeza.


💍 Casamento e Maternidade: O Destino de uma Mulher do Século XVIII

Aos 16 anos , em 22 de fevereiro de 1757 , Ana uniu-se em matrimônio a Manoel Manso de Avelar (c. 1725–?), homem de posição social compatível — como consolida a lógica das alianças coloniais. O casamento não era apenas afetivo: era político, econômico, religioso.

Desse matrimônio nasceram três filhas — todas registradas com nomes que carregam tradições familiares e devoções católicas:

  • Genoveva Soares (1768–?)
  • Joana Maria Barbosa (1770–1795) — partiu apenas dois anos após a mãe, aos 25 anos
  • Rosaura Soares (1777–?)

O uso do sobrenome “Soares” pode indicar que Manoel Manso de Avelar o adotou em documentos, ou que as meninas herdaram de algum avô ou padrinho — prática comum na época, quando os nomes serviam também como marcas de pertencimento.

Como mãe, Ana viveu os desafios de seu tempo: partos sem anestesia, mortalidade infantil, educação externa para virtudes domésticas e religiosas, e silêncio imposto às mulheres — essas coisas recentemente foram registradas além dos livros paroquiais.


🌆 O Mundo de Ana: Curitiba no Século XVIII

Ana viveu em Curitiba ainda distante dos centros do poder colonial — mas estrategicamente posicionada entre São Paulo e as missões do sul. Seu cotidiano se desenrolava sob:

  • O ritmo dos sinos da igreja — que marcavam as horas, os dias, as festas e os lutos.
  • O governo dos capitães-mores — que administrava a vila com mão de ferro e fé de pedra.
  • A economia do gado, da erva-mate e do extrativismo — sem fábricas, sem bancos, sem jornais.
  • A presença indígena e a escravidão africana — pilares invisíveis que sustentavam o conforto das famílias como a dela.

Não sabemos se Ana sabia ler. Não temos suas cartas, seus desejos, suas queixas. Mas sabemos que ela existe — e isso, por si só, já é um ato de resistência.


🕯️ Legado: O Eco de uma Vida Silenciosa

Ana não teve estátuas, nem ruas com seu nome. Não escrevi leis, nem comandou exércitos. Mas teve filhas . E nelas, plantou sementes.

Sua memória vive:

  • Nos registros de batismo e óbito da antiga Matriz de Curitiba.
  • Na descendência que carrega seu sangue — talvez até em você, que agora lê estas linhas.
  • Na história social do Paraná , que se construiu com mulheres como ela — invisíveis nos livros, mas fundamentais na vida real.

📖 Para Lembrar

"Ela não precisou de glória. Bastou-lhe existir — com dignidade, com fé, com amor. E no silêncio de seus dias, escreveu uma história que o tempo não apagou."

Ana Barbosa Monteiro foi uma dessas mulheres. E por isso, merece ser lembrada — não como personagem, mas como pessoa . Com nome. Dados de comunicação. Com dor. Com amor. Com legado.


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Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

 Notas

Notas individuais


_FSLINK: https://www.familysearch.org/tree/person/details/LY3K-13M
3. Manuel Manso de Avelar (Baltazar Soares) nasceu cerca de 1725 em Florianópolis-SC. Ele faleceu em 1815 em Tamanduá-PR.

Manuel casou-se com Ana Barbosa, filha de Francisco de Araújo Monteiro e Isabel Barbosa de Castro, em 2 fevereiro 1757 em Balsa Nova-PR (Tamanduá-PR). Ana nasceu em Curitiba-PR.

 Fontes


Cronologia de Ana Barbosa Monteiro

174018 maio
174026 maio
8 dias
174314 jan.
2 anos
175722 fev.
16 anos
176812 maio
27 anos
177012 ago.
30 anos

Nascimento de uma filha

 
Balsa Nova, Paraná, Brasil
17773 nov.
37 anos

Nascimento de uma filha

 
Balsa Nova, Paraná, Brasil
Baptismo a 3 de novembro de 1777 (Balsa Nova, Paraná, Brasil)
17801 out.
40 anos
178511 jun.
45 anos
1793
53 anos

Morte de uma irmã

17936 jun.
53 anos

Antepassados de Ana Barbosa Monteiro

    Antonio Bicudo ca 1540-1628 Isabel Rodrigues ca 1545-ca 1615 Diogo Pires ca 1570-1650 Isabel De Brito ca 1591- Belchior Da Costa †1625 Isabel Rodrigues  Domingos Dias ca 1565-/1613 Clara Diniz ca 1574-
    |- 1584 -| | | | | |- ca 1590 -|
    


 


 


 


    | | | |
    Antonio Bicudo 1580-1650 Maria De Brito ca 1590-1648 Manoel Da Costa Do Pinto 1601-1653 Antonia De Chaves ca 1614-ca 1640
    |- ca 1608 -| | |
    


 


    | |
    Bernardo Bicudo ca 1620-1653 Isabel Da Costa ca 1623-1659
    | |
    


    |
  Bartolomeu Barbosa De Castro ca 1670-ca 1730 Isabel Mendes Bicudo †ca 1725
  | |
  


  |
Francisco de Araujo Monteiro ca 1680-1781 Isabel Barbosa De Castro ca 1700-1780
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|
Ana Barbosa Monteiro 1740-1793



Descendentes de Ana Barbosa Monteiro

  













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