quinta-feira, 25 de setembro de 2025

O Primeiro Tiro da FEB: Quando o Brasil Fez a História Troar na Itália

 

O Primeiro Tiro da FEB: Quando o Brasil Fez a História Troar na Itália



O Primeiro Tiro da FEB: Quando o Brasil Fez a História Troar na Itália

Precisamente às 14h22 do dia 16 de setembro de 1944, sob um céu nublado nos contrafortes dos Apeninos italianos, o Brasil entrou na história da Segunda Guerra Mundial com fogo, honra e coragem.

Foi na encosta do Monte Bastione, região de Serchio, na Toscana, que os obuses do 1º Grupo de Artilharia de Campanha (1º GAC) — comandado pelo tenente-coronel Juracy Pinto da Costa e com a bateria sob responsabilidade do capitão Newton Lobato — dispararam o primeiro tiro oficial da artilharia da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em combate.

Esse estrondo não foi apenas um disparo de guerra.
Foi um grito de soberania, um ato de dignidade nacional, o som de um país distante, tropical e até então considerado periférico, dizendo ao mundo: “Estamos aqui. Lutamos ao lado dos livres.”

O alvo? Posições fortificadas das tropas alemãs da 148ª Divisão de Infantaria, que resistiam ferozmente na chamada Linha Gótica — a última grande defesa do Eixo no norte da Itália.

O tiro, disparado por um obus M2A1 de 105 mm, marcou o início da participação efetiva da FEB em operações ofensivas. Até então, os pracinhas haviam cumprido missões de patrulhamento e treinamento ao lado das forças americanas. A partir daquele momento, tornaram-se protagonistas da libertação europeia.


A Foto que Imortalizou o Espírito da FEB

Quase duas semanas depois, em 28 de setembro de 1944, um fotógrafo do U.S. Signal Corps registrou uma das imagens mais icônicas da campanha italiana:
O soldado Francisco de Paula, artilheiro da bateria do capitão Lobato, em plena ação, com o rosto sujo de pólvora, olhar firme e mãos firmes sobre o obus.

A fotografia — hoje preservada nos arquivos nacionais dos EUA e reproduzida em livros, museus e documentários — capturou mais do que um momento de combate.
Capturou a dignidade do soldado brasileiro, o esforço de um povo inteiro e o orgulho de uma nação que, apesar das distâncias, escolheu lutar pela liberdade.

Francisco de Paula tornou-se, sem saber, o rosto simbólico da FEB: um homem comum, vindo do interior do Brasil, vestindo farda surrada, mas com a alma erguida pela missão de defender ideais maiores que si mesmo.


Legado de Honra

O primeiro tiro da artilharia da FEB não apenas abriu fogo contra o inimigo —
abriu caminho para o Brasil no cenário mundial.
A FEB participaria de mais de 230 dias de combate, com 443 mortos, 2.000 feridos e 1.500 condecorações, incluindo a Medalha de Honra ao Mérito concedida pelo governo brasileiro e condecorações internacionais como a Bronze Star e a Croix de Guerre.

Mas além das estatísticas, o que permanece é o espírito daqueles homens:

“A FEB não foi enviada para morrer — foi enviada para vencer.”
— General Mascarenhas de Moraes

Hoje, o 16 de setembro é lembrado como um marco na história militar brasileira — não pelo estrondo da guerra, mas pelo eco da coragem que ainda ressoa nas gerações.


Em Memória e Gratidão

Que o nome de Francisco de Paula, do capitão Lobato, do tenente-coronel Da Camino e de todos os pracinhas da FEB nunca seja esquecido.
Porque quando o Brasil decidiu lutar, não foi com discursos —
foi com sangue, suor e um tiro preciso às 14h22.


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O 1º Tiro de Artilharia da FEB

Precisamente às 14h22, de 16 de setembro de 1944, a poderosa Artilharia fez troar seus obuseiros no sopé do Monte Bastione, na bateria do capitão Lobato, do Grupo Da Camino. Quase duas semanas mais tarde, um fotógrafo do U. S. Signal Corps registrou uma imagem icônica da campanha, que mostra o soldado Francisco de Paula, carregador de uma das peças, prestes a inserir um tiro de 105mm na culatra do seu obuseiro. Alguém escreveu no corpo do estojo e do projétil: “A cobra está fumando”.

A foto do simpático artilheiro estampou a capa de O Cruzeiro do Sul, com a legenda: “A nossa resposta: O tedesco, de vez em quando, despacha para as nossas linhas certos folhetos que procuram desvirtuar a nossa luta, dizendo que estamos errados, que não temos motivo de combater a Alemanha, que tudo é obra dos Estados Unidos. Mas nós, via de regra, também despachamos as nossas respostas. Aí vai uma: A COBRA ESTÁ FUMANDO”.

Francisco de Paula ganhou a fama de autor do primeiro tiro de Artilharia na campanha, graças à fotografia posada e de múltiplas perspectivas: um sorridente negro a bombardear os arianos nazistas — vingança sutil direcionada aos pessimistas

tupiniquins que desdenhavam e ironizavam a FEB.




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