"Pelo Telegráfo" – Quando o jornal era o coração da cidade
📰 "Pelo Telegráfo" – Quando o jornal era o coração da cidade
Há algo mágico em folhear uma página de jornal antiga como esta: cheia de colunas densas, manchetes em negrito, fotografias em preto e branco e um nome que já soa como um eco do passado — "Pelo Telegráfo".
Este não é só um jornal. É um diário da cidade. Um espelho do tempo, onde se refletem os sonhos, as preocupações, os eventos e até os pequenos detalhes da vida cotidiana.
Na primeira página, vemos uma foto de um grupo de homens sentados à mesa — provavelmente em reunião na Associação Comercial. Eles estão sérios, bem-vestidos, com gravatas e chapéus. O título diz: "Encontro de homens na Associação Comercial".
Mas o que realmente me encanta é a frase abaixo: "Por entre a mais severa disciplina instituída por lei..." — como se o mundo inteiro dependesse da ordem, da formalidade, do respeito às regras.
E lá, no canto direito, um artigo curioso: "A chegada dos 'tamboreiros de letreiro'". Sim, tamboreiros de letreiro. Uma profissão quase esquecida, mas tão importante quanto qualquer outra na época. Homens que caminhavam pelas ruas, batendo em tambores e anunciando eventos, produtos ou serviços com voz forte e ritmo marcante. Eles eram os anunciadores humanos do Brasil antigo.
Imagine: uma cidade sem rádio, sem internet, sem celulares. A informação vinha pela boca, pelo som, pelo olhar. E o tambor? Era o sinal de alerta, o chamado à atenção. Quem batia no tambor sabia que estava fazendo parte de algo maior: a vida pública da cidade.
E ainda tem um pequeno anúncio no canto inferior: "O Dia", outro jornal, talvez concorrente, anunciando sua edição. Um detalhe simples, mas revelador: a competição entre veículos de comunicação já existia. O jornal não era apenas fonte de notícias — era também um produto, uma marca, um poder.
Hoje, quando tudo é instantâneo, rápido, digital, talvez precisemos voltar a valorizar o ritmo do passado . A seriedade do encontro na associação. O som do tambor nas ruas. O cuidado com cada palavra escrita em papel.
Porque, afinal, o jornal não era só informação. Era identidade. Era memória. Era futuro.
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