Alexandre Leopoldino de Campos
Nascido em Pelotas Rio Grande do Sul em 1865, veio com seu pai que fincou raízes na cidade de Palmas foi comerciante ativo da sociedade Palmense, esteve envolvido diretamente nos acontecimentos de 1894, foi designado para a Comissão de Empréstimos de Guerra, e também esteve no “olho” do furacão que varreu a maçonaria no Paraná em 1902, tentaremos neste singelo texto descrever de forma resumidamente a vida deste irmão que teve grande importância para o desenvolvimento da região Oeste do Paraná, esteve a frente do comércio em Palmas por vários anos e faleceu com 70 anos em 1935 conforme atestado em anexo.
Foi Juiz Distrital substituto da Comarca de Palmas em 1892. Comerciante na cidade de Palmas no Ramo de Armarinhos tecidos teve grande influência no comércio local.
Foi Prefeito de Palmas em 1892 até 1894, nomeado em 1894 pelo General Gumercindo Saraiva para formar a Comissão de Empréstimos de Guerra, participou da Loja Caridade Palmense, até 1902.
Após isso deixou o Grande Oriente do Brasil, acredito que tenha sido expulso pelo decreto 212 por participar de um Grande Oriente Dissidente no Paraná, dai sim encontramos ele filiado a Loja Cruzeiro do Sul fundada em 7 de Setembro de 1902 em Palmas Paraná.
Em 1 de Maio de 1903 a Loja Cruzeiro do Sul Federada ao Grande Oriente e Supremo Conselho do Paraná, comunica posse da sua nova diretoria.
(Atas nº 2 pág. 05, da Loja Acácia Paranaense )
Foi um dos fundadores da Loja Cruzeiro do Sul na cidade de Palmas em 7 de Setembro de 1902, e participou do Grande Oriente do Paraná e Supremo Conselho (Dissidente) de Trajano Reis, era Vogal do Partido Republicano de 1904 até 1909.
Em 1904 disputou o cargo de camarista (vereador)
Foi fundador e Tesoureiro da Associação Recreativa “Clube Civico e Recreativo Palmense”, fundado em 19 de Agosto de 1906.
Palmas possuía um ótimo clube recreativo: Clube União Palmeirense, onde se reunia a sociedade palmense. Este clube tinha como presidente, em 1924, o Cel. Alexandre Leopoldino de Campos. O clube mantinha uma biblioteca regular, para seus associados – a Biblioteca Rocha Pombo – e um moderno e vasto Teatro, arrendado pela firma Donato Santos & Cia., que ali instalou o cinema. Fundou-se também e manteve-se ali uma excelente banda de música, composta de vinte figuras, sendo maestro Antônio Beviláqua e diretor o musicista Aristóteles Vieira. Existia, também nesta época, uma Associação Comercial, com o fim de zelar pelos interesses de sua classe, sendo a mesma presidida pelo Cel. Alexandre Leopoldino de Campos.
É importante ressaltar que a questão dos limites ensejou o início da Guerra do Contestado, o mais sangrento conflito social vivido pelo Brasil em sua história. Ainda que outros fatores tenham pesado na deflagração do confronto (a miséria dos colonos, a expropriação de suas terras, o desemprego provocado pelo fim da construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande), o abandono de uma enorme área territorial pelos governos criou as condições para uma guerra até hoje pouco conhecida pelos brasileiros. O conflito começou em 1912 e durou quatro anos, deixando quase 20 mil mortos, a grande maioria civis. O Contestado é considerado mais relevante do que a guerra de Canudos, e de três décadas para cá vem sendo objeto de intensos estudos, pesquisas e publicações que visam a tirar o assunto do limbo e torná-lo próximo das novas gerações.
Referências:
Hercule Spoladore História da Maçonaria Paranaense no século XIX
Rocha Pombo Para a História
Sampaio Ferreira Hamilton – Entre o Compasso e o Esuadro: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná de 1830- até 1930.
Wikipédia
http://palmas-pr131anosdehistriaehistrias.blogspot.com/2010/05/prefeitos-de-palmas-pr.html
Biblioteca Nacional
FamilySearch