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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

CLEVELÂNDIA ;História

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Desde o século XVII sabia-se da existência de extensos campos ao sul do Iguaçu, separados de Guarapuava por um sertão de poucas léguas de largura à margem daquele rio. As primeiras penetrações nos Campos de Biturunas, hoje Campos de Palmas, ocorreram quando as bandeiras paulistas tentavam atingir as regiões do Goyo-Eu ( rio Uruguai ) e iam ao ataque das Missões do Uruguai .
Em 1759, ao proceder-se à demarcação da fronteira, eram evidentes os sinais do domínio português na região de Palmas. Várias expedições foram organizadas com o objetivo de explorar o território e descobrir um caminho que ligasse os Campos de Guarapuava com o norte do Rio Grande do Sul.
Em 1839, as bandeiras de Joaquim Teixeira do Santos e Pedro de Siqueira Côrtes, oriundas de Guarapuava, penetraram no sertão e alcançaram os Campos de Palmas, dando início à fundação de fazendas. A disputa pela primazia do local conquistado trouxe a desarmonia entre os dois grupos, havendo, então , a necessidade de um árbitro para demarcar as terras de cada um. A 28 de maio de 1840, chegaram ao lugar da contenda dois árbitros, Dr. João da Silva Carrão e José Joaquim Pinto Bandeira, vindos de Curitiba. As terras em litígio foram divididas pelo ribeiro Caldeiras: as de Pedro de Siqueira Côrtes para o oeste ( Alagoas ou Lagoa ) e as de Joaquim Ferreira dos Santos para o leste ( Arrachamento Velho ).Dois fatores dificultavam grandemente os esforços dos primitivos ocupantes do lugar. De um lado, a pretensão argentina de estender os limites de seu domínio territorial; de outro, a hostilidade permanente dos indígenas. Em 1895, foi resolvida a Questão das Missões, graças à arbritagem do então Presidente da República dos Estados Unidos da América do Norte, Grever Cleveland, que reconheceu como território brasileiro a vasta região dos Campos de Palmas.
O povoamento dos Campos de Palmas de Baixo, onde hoje se localiza o Município de Clevelândia, data da época da Guerra do Paraguai, quando foi destacada uma força de Guarda Nacional para guarnecer a fronteira. Com o prolongamento da guerra, os alojamentos provisórios dos praças transformaram-se em habitações permanentes, as quais foram aumentando e dentro de alguns anos constituíram o Arraial.O município de Clevelândia que no início seu território se estendia desde seus limites com Palmas até Capanema, está situado na região de Palmas, que historicamente, foi percorrida pelos sertanistas à procura de um caminho que melhorasse a vazão do comércio de tropas pelos idos de 1839. Primitivamente habitada por indígenas e posteriormente por colônias militares, que foram criadas para defesa do território brasileiro de argentinos e paraguaios, Clevelândia teve origem em um alojamento provisório de soldados que com o tempo foi se transformando em habitações definitivas.
Pela atual Avenida Nossa Senhora da Luz, que no início era a única via, passaram os desbravadores e colonizadores da região sudoeste do Paraná, que a partir dos anos 1940, oriundos dos estados de Santa Catarina e mais principalmente do Rio Grande do Sul, vieram em busca de dias melhores para suas famílias. Formação Administrativa
  • Pela lei provincial nº 789, de 16-10-1884, foi criado o distrito com a denominação de Boa Vista de Palmas.
  • Pela lei estadual nº 28 de 28-06-1892, foi desmembrado de Palmas e elevado à categoria de vila com a denominação de
Boa Vista de Palmas.
  • Pela lei municipal nº 3, de 10-08-1908, confirmada pela lei estadual nº 862, de 29-03-1909, a vila de Boa
Vista de Palmas passou a ser denominada de Clevelândia.
  • Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede.
  • Pela lei estadual nº 2489, de 06-04-1927, foi elevado à condição de município com a denominação de Clevelândia.
  • Em divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937, o município aparece constituído de 4 distritos: Clevelândia,
Bom Retiro, Dionísio Cerqueira e Santana.Pelo decreto-lei estadual nº 7573, de 20-10-1938, os distritos de Bom Retiro, Santana e Santo Antônio (ex-Dionísio
Cerqueira, foram rebaixado a condição de zona e foram anexados ao distrito sede do município de Clevelândia.
  • No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído do distrito sede.
  • Pelo decreto-lei federal nº 5839, de 21-09-1943, Clevelândia passa a pertencer ao Território Federal do Iguaçu.
  • Pelo ato das disposições constitucionais transitórias, promulgada de 18-09-1946 (artigo 8º), foi extinto o Território de Iguaçu.
  • Pelo decreto-lei estadual do Paraná nº 533, de 21-11-1946, foi restabelecido o município de Clevelândia. Constituído do
distrito sede Instalado em 30-11-1946. Pela lei estadual nº 2, de 10-10-1947, é criado o distrito de Pato Branco e anexado ao município de Clevelândia.
  • Em divisão territorial datada de 1-07-1950, o município é constituído de 2 distritos: Clevelândia e Pato Branco.
  • Pela lei estadual nº 790, de 14-11-1951, foram criados os distritos de Mariópolis e Vitorino e anexados ao município de
Clevelândia. E ainda, desmembrado do município de Clevelândia o distrito de Pato Branco, elevado à categoria de município.
  • Em divisão territorial datada de 1-07-1955, o município é constituído de 3 distritos: Clevelândia, Mariópolis e Vitorino.
  • Pela lei estadual nº 4245, de 25-07-1960, são desmembrados do município de Clevelândia os distritos de Mariópolis e
Vitorino, elevados à categoria de município. Pela lei municipal nº 376, de 21-03-1961, é criado o distrito de Coronel Firmino Martins e anexado ao município de
Clevelândia.
  • Pela lei municipal nº 377, de 21-03-1961, é criado o distrito de São Francisco Sales e anexado ao município de Clevelândia.
  • Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído de 3 distritos: Clevelândia, Coronel Firmino Martins e
São Francisco Sales. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.** **