O terceiro navio a vapor lançado no Rio Iguaçu em 1891 foi o "Potinga", de propriedade de José Marques, adquirido de Francisco Fasce Fontana
VAPORES DO RIO IGUAÇU
O VAPOR POTINGA
Tinha 22 metros de comprimento, 5,5 metros de largura e maquinário a vapor com potência de 60 HP. Foi o primeiro com roda propulsora na popa e serviu de modelo para os demais barcos fabricados em Porto Uniao.
Em 1915, foi vendido à Companhia Lloyd Paranaense e seu nome mudado para "Vitória". Em 1943, foi remodelado e repassado para o estaleiro Schiffer & Soldi.
A navegação a vapor no Rio Iguaçu teve início em 1882. Esses barcos movidos com maquinário a vapor, ficaram conhecidos por “vapores”. A partir desta data, foram seis décadas de muitas viagens deles pelo rio Iguaçu, assim poeticamente cantado por Jandir Bianco:
O porto estava lotado
E o povo andando apressado
Era aquele vai e vem
A viagem era embarcada
Quase não existia estrada
Ainda não havia o trem
Ouvi o apito apitar
Era hora de zarpar
Do cais de Porto Amazonas
Ali na primeira curva
O marujo até se encurvava
Para dar adeus à sua dona.
Os barcos a vapor subiam o rio levando erva-mate e madeira, ligando Porto Amazonas a Porto Vitória. Nesse período, a navegação fluvial era um dos principais sustentáculos do desenvolvimento da região. Os barcos também faziam o transporte de passageiros, trazendo os imigrantes europeus para a região, como os poloneses que vieram para São Mateus do Sul. ��
Paulo Grani
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