Mostrando postagens com marcador na Maternidade do Hospital Dr. Sílvio Bittencourt. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador na Maternidade do Hospital Dr. Sílvio Bittencourt. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 17 de março de 2023

O BEBÊ-DIABO DE ANTONINA ••• Tudo teve início em 25 de dezembro de 1965, na Maternidade do Hospital Dr. Sílvio Bittencourt, em Antonina, litoral do Paraná.

 O BEBÊ-DIABO DE ANTONINA
•••


Tudo teve início em 25 de dezembro de 1965, na Maternidade do Hospital Dr. Sílvio Bittencourt, em Antonina, litoral do Paraná.

Pode ser uma imagem de ao ar livre
O BEBÊ-DIABO DE ANTONINA

•••

Tudo teve início em 25 de dezembro de 1965, na Maternidade do Hospital Dr. Sílvio Bittencourt, em Antonina, litoral do Paraná.

Apesar de ser um dia festivo – era Natal –, os 12 mil habitantes da pequena cidade, na época, esqueceram do dia do nascimento de Cristo e voltaram os olhos para o nascimento de outro personagem, Jabulânio, o bebê-diabo.

Eram exatamente 6 horas, 6 minutos e 6 segundos da manhã de um sábado, e após um parto muito complicado, que havia durado 10 horas, a enfermeira Matilde saia do quarto onde acabara de nascer Jabulânio, primogênito de Maria Aparecida e José Gaspar, moradores do Jardim Maria Luiza. Em pé, na porta do quarto, o olhar de espanto misturado com terror da enfermeira Matilde denunciava que algo de ruim havia acontecido no parto do menino. O que seria? O menino havia nascido morto? Maria Aparecida havia batido as botas?

Eu diria que havia acontecido algo pior do que a própria morte. Mas o que, então, seria pior do que a morte naquelas circunstâncias? Um bebê-diabo?

Matilde logo tratou de chamar outras enfermeiras e até mesmo a polícia para ajudar com aquela "coisa", foi como a enfermeira descreveu o bebê.

Quando outras três enfermeiras e dois policiais entraram no quarto com Matilde, lá estava a criatura devorando a própria mãe. Vendo aquela cena horripilante, todos ficaram com medo. Matilde ainda tentou salvar Maria, mas já era tarde, ela foi estripada pelo bebê, que bebia seu sangue.

Os policiais na tentativa de prender o bebê com uma corda, não lograram êxito. O bebê saiu pulando e se grudou na parede, até chegar no telhado do hospital, de onde rosnava feito cachorro, e ainda falava grosso e ameaça de morte a todos.

– Saiam daqui, seus desgraçados. Me deixem, se não eu mato vocês. (Gargalhada).

Não demorou muito e o reboliço já estava em toda a cidade. Ninguém mais ficou em paz. Na boca do povo, principalmente no Jequiti, o assunto era: "Nasceu o Anticristo do Apocalipse em Antonina". Os crentes diziam: "Jesus virá ainda essa semana".

Chamaram um grupo de escoteiros para pegar o bebê. Também não conseguiram. O tinhoso conseguiu fugir para o morro da Laranjeira e por lá ficou.

O relato do acontecimento sobrenatural logo se tornou notícia em todo o canto do Brasil e até mesmo em outros países. Na época, Antonina ficou conhecida como "A cidade do bebê-diabo".

Após o ocorrido, nunca mais ninguém havia visto a criatura, até que no ano 1998, um casal de adolescentes, que estudava no colégio Moysés Lupion, e tinha subido à "Pedra Santa" após gazear aula para fumar maconha e namorar, teve um encontro com o bebê. Passados 33 anos de seu nascimento, o bebê continuava o mesmo, um par de chifres, um rabo fino, orelhas e nariz pontiagudos, boca de carpa e olhos como chamas de fogo. Infelizmente, somente Marquinhos conseguiu escapar do bebê-diabo. Ele voltou para contar a macabra e assustadora história da morte da jovem e bela Mariana.

Com uma criatura diabólica percorrendo a região, ninguém mais ousava subir ao mirante desde que o diabo fugiu para lá. Marquinhos e Mariana subiram pois se achavam corajosos, e deu no que deu. Hoje, muitas pessoas sobem para se exercitar e ver a linda paisagem, mas poucas pessoas conhecem a história que há naquele lugar. Eu mesmo, que me acho forte, bravo e corajoso – uma mistura de Ragnar Lodbrok e Sansão – evito até olhar para aquele lugar.

Inúmeros antoninenses e até mesmo turistas afirmam ter visto o bebê-diabo com a cara toda ensanguentada e rosnando como pinscher nervoso. Seria sangue de animais ou de gente como a gente? Fato é que há muitos desaparecidos.

– Por Asterix Wilson