fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
domingo, 30 de janeiro de 2022
No inicio do Século XX o terreno onde hoje funciona a Rodoferroviária de Curitiba, teve um importante empreendimento, que era a Usina Termoelétrica do Capanema. Construídas nas terras do Barão de Capanema, de Frente para a Av. Capanema, que hoje se transformou na conhecida Avenida Presidente Affonso Camargo. Este mesmo local, anos mais tarde foi vendido para uma empresa Francesa, inaugurando em 1913 os bondes na capital, local onde saiam os bondes elétricos que operavam algumas linhas instaladas na cidade de Curitiba. Já em meados do século XX, ali se instalou as oficinas da RFFSA. No inicio de 1970 a União repassou o terreno para a Prefeitura Municipal de Curitiba, que iniciou a construção da rodoviária, tendo sua conclusão e inauguração em 13 de novembro de 1972.
No inicio do Século XX o terreno onde hoje funciona a Rodoferroviária de Curitiba, teve um importante empreendimento, que era a Usina Termoelétrica do Capanema.
Contestado. União da Vitória. 1912/1916 Foto: Claro Jansson
Contestado.
União da Vitória.
1912/1916
Foto: Claro Jansson
Contestado, União da Vitória 1912/1916 Foto: Claro Jansson
Contestado, União da Vitória 1912/1916
Foto: Claro Jansson
Povo acompanhando o funeral de João Gualberto, comandante do Regimento de Segurança, morto na Batalha do Irani, quando do conflito do Contestado.
Povo acompanhando o funeral de João Gualberto, comandante do Regimento de Segurança, morto na Batalha do Irani, quando do conflito do Contestado.
EM PRIMEIRO PLANO A PRAÇA RUI BARBOSA E ADJACÊNCIAS DÉCADA - 1970
EM PRIMEIRO PLANO A PRAÇA RUI BARBOSA E ADJACÊNCIAS
DÉCADA - 1970
VISTA DE CURITIBA- EM PRIMEIRO PLANO A PRAÇA SANTOS ANDRADE E ADJACÊNCIAS 1964
VISTA DE CURITIBA- EM PRIMEIRO PLANO A PRAÇA SANTOS ANDRADE E ADJACÊNCIAS
1964
Quando foi inaugurado, em 1947, o estádio Durival Britto era o terceiro maior do país. Seu nome homenageia o superintendente da Rede responsável por sua construção. (Foto: coleção Cid Destefani)
Quando foi inaugurado, em 1947, o estádio Durival Britto era o terceiro maior do país. Seu nome homenageia o superintendente da Rede responsável por sua construção. (Foto: coleção Cid Destefani)
MARIA POLENTA *1880, Itália + 1959, Curitiba, Paraná, Brasil, no bairro da Água Verde
MARIA POLENTA
*1880, Itália
+ 1959, Curitiba, Paraná, Brasil, no bairro da Água Verde
MARIA POLENTA, uma lição de vida.
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Ela ‘consertava até ossos’, era a preferida dos jogadores de futebol e virou uma lenda curitibana. ” (GAZETA DO POVO - Reportagem de José Carlos Fernandes e Rosy de Sá Cardoso – 18/03/2007 Curitiba/Paraná/Brasil)
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“Clélia Mari Tortato Contin, 58 anos, era ainda uma guria de saia plissada quando pegou de jeito sua turma de liceu. Ao fazer uma redação apontando quem era seu ídolo, não respondeu Roberto Carlos ou Wanderley Cardoso, a exemplo das garotas papo-firme. Apontou a caneta e disparou orgulhosa o nome de Maria Polenta, sua ‘nonna’. Até hoje tem sido assim. Clélia faz parte de uma espécie de confraria em que se abrigam os admiradores dessa que é uma das figuras mais curiosas do panteão curitibano – Maria Trevisan Tortato, a italiana da Água Verde que por pelo menos meio século tratou fraturas dos que batiam palma no portão de sua casa – no alto da Rua Ângelo Sampaio – principalmente jogadores de futebol, fossem eles do Atlético, do Britânia, Savóia ou do Palestra Itália.
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A existência dessa legião é um dos mistérios de Curitiba. Muitos personagens marcam a vida da capital. Só de Marias, o pesquisador Valério Hoerner Júnior, em seu livro Ruas e Histórias de Curitiba, aponta cinco fora a Polenta: Maria Balão, Maria Sete, Maria Pelanca, Maria Desenhista, Maria do Cavaquinho. Mas poucas figuras cativam tanto quanto Maria Polenta, cuja história ainda corre de boca em boca, apesar de ter morrido em 22 de abril de 1959 – há 48 anos – merecendo um dos maiores funerais que a cidade já viu. ‘A cidade foi pequena. Quando o corpo chegou no Cemitério da Água Verde, ainda tinha gente saindo em fila da casa dela’, lembra a sobrinha Geni Tissot Massocin, 83 anos, sobre o cortejo de aproximados cinco quilômetros.
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Maria era popular entre os "sem-médico", mas também cortejada pela nata. Tinha como vizinhos Guido Viaro, Erasmo Piloto e João Turin. Poty Lazzarotto – que não morava perto – chegou a pintar-lhe um retrato, de memória, por sugestão do médico Luiz Carlos Sobania. Não por menos, um ano depois de sua morte, em 1960, o celebrado escultor Erbo Stenzel – o mesmo da Praça 19 de Dezembro –, fundiu o busto da "curadora de ossos", hoje instalado numa pracinha que leva o nome dela, na Avenida República
Argentina com a Getúlio Vargas. Não lhe faltaram homenagens. Na década de 70, Maria virou nome de rua no Novo Mundo – via que, aliás, faz cruzamento com a Maria Bueno – a santa não-oficial da capital; nos anos 80, seu nome batizou a unidade de saúde da Rua Carneiro Lobo – no Batel.
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Popularidade
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Mas as obras dedicadas a Maria Polenta não justificam sua popularidade. Parte do fascínio que a personagem exerce vem justamente do nome engraçado, desses que gera gracejos e hipóteses absurdas. "Tem gente que pensa que ela era polenteira", brinca a neta Alba Gabardo, 76 anos, a que conviveu mais tempo com a nonna. O apelido veio de contrabando. Antônio, irmão mais novo de Maria, era funcionário da Todeschini e teria substituído um cozinheiro da fábrica. Como mandou muito bem na polenta, passou a ser chamado de Antônio Polenta. No Capão da Amora – hoje bairro Seminário – onde parte da família Trevisan Tortato morava, o clã ficou conhecido como os Polenta, o que se estendeu à aguaverdeana Maria.
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Os dez filhos da italiana detestavam ver a mãe ser chamada pelo apelido. A implicância passou e hoje faz parte do anedotário da família. Ainda riem ao lembrar que Nilo, um dos garotos, foi abordado por um grupo que pedia informações sobre a casa de Maria Polenta. Irritado, não só disse que nunca tinha ouvido falar como desceu num ponto depois na Avenida Iguaçu, para não deixar pistas. Sem sucesso. Ao chegar em casa, deu de cara com os visitantes. Não faltou quem lhes informasse onde ficava o endereço mais movimentado do antigo Borghetto – como a Água Verde era então chamada.
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As descendentes de Maria não arriscam chutar quantas pessoas ela ajudou, mas calculam que pelo menos 15 pacientes/dia passavam o portão da velha casa de madeira dos Tortato. Multiplicados por 50 anos, tempo estimado em que atuou – a conta ultrapassaria 2 milhões de consultas. O ritual era quase sempre o mesmo. Ela puxava conversa, perguntava o nome e ia passando o polegar esquerdo na área ferida. De repente – dava um puxão. "A gente só ouvia o grito", lembra Alba. Em seguida, passava água vegetal canforada, fazia uma tala de cavaco com algodão e gaze – material comprado no laboratório Antisardina, logo em frente. Depois, revestia com celofane. Com sorte, servia uma pratada de sopa de carne, ou o taiadelli – uma receita típica de macarrão. Antes de se despedir, perguntava se o paciente tinha dinheiro para o bonde. Se não, sacava do que recebia de doações espontâneas.
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Como a fama de generosa de Maria Polenta tinha se espalhado por Araucária, São José dos Pinhais e na distante Santa Felicidade, a mulher deu de financiar o retorno do paciente, o que poderia acontecer mais de uma vez. Tinha quem voltasse dessa para tirar a tala e aprender a fazer o que hoje se chama de fisioterapia. Podia ser uma série de exercícios de peso, pondo um tijolo em cada mão, ou massagem à base de talco. Depois, alta.
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Maria é descrita como uma senhora de hábitos monásticos. Era pequena, usava vestidos até os pés – costurados por ela –, de pouca fala e temperamento cordial. "Só mudava na hora de dar conselho: ela era curta e grossa", diz a neta Clélia. Numa enquete da reportagem pelos espaços em que foi homenageada é comum encontrar quem não saiba exatamente o que fazia – como Marlene Moreira, moradora da esquina da Rua Maria Trevisan Tortato com a Maria Bueno. "A Maria Polenta botou muita gente no mundo", garante, sobre a parteira que Maria nunca foi. Mas ninguém erra no essencial. "Essa mulher fazia o bem para muita gente", diz a portuguesa Carla Rocha, há oito meses no Brasil, vendedora de garapa de cana na Praça Maria Polenta. Ela inclusive garante que a homenageada morava ali perto, na casa onde hoje funciona o Centro de Valorização da Vida (CVV) – o que não é verdade. Mas bem que podia.
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Dona de uma banca de revistas na mesma pracinha, Ana Paula Pereira, 35 anos, faz parte dos que não economizam na hora de explicar por que essa Maria é diferente. "Muita gente vem me perguntar quem era ela. Como minha mãe a conheceu, explicou que a Maria foi uma mulher muito boa", garante. O mesmo vale para o empresário do setor de transportes Fernando Cascardo, há 17 anos atuando na área em que o busto feito por Stenzel desperta curiosidade. Ele lembra que até hoje, a velha-guarda do Clube Curitibano, logo ali, costuma dar um pulinho na Praça Maria Polenta, gabando-se de ter um dia curado uma luxação com a personalidade que dá nome ao logradouro.
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Os familiares não pestanejam em apontar a gentileza com que a antepassada recebia as pessoas como a fonte de sua longevidade no imaginário curitibano. Sua sobrinha Geni Tissot, 83 anos, passou um tempo de convalescença na casa da Ângelo e lembra do impacto de ver tanta gente recorrer aos préstimos da tia. A neta Alba cresceu assistindo a esses rituais. Tanto que detesta ver a nonna ser classificada como uma benzedeira. As "costuras" para as quais era solicitada eram tratadas com leituras da Bíblia. "Acho que o que acontecia com minha vó só a parapsicologia explica. Ela tinha um olho no polegar, enxergava o que ia por dentro e arrumava. Nunca soube de ninguém que tenha reclamado", explica Alba. Nem os médicos. Um deles, Wagner do Nascimento, convenceu Ida, uma das filhas de Maria, a se tratar argumentando que a Polenta era citada até em aulas na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
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A mulher do Bépi
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Maria Trevisan chegou no Brasil em 1892, aos 12 anos de idade, e não se sabe em que colônia viveu com os pais e os sete irmãos até se casar, aos 18, com José Tortato, o Bépi Érico. Ele foi tão famoso quanto a mulher, mas não pelo dom da cura. Era um daqueles pedreiros italianos de elite, chamados para construir igrejas, a exemplo do Imaculado Coração de Maria, no Rebouças. Também erguia túmulos no cemitério, a ponto de ser confundido com o coveiro – até porque adorava pegar carona com carrocinha fúnebre. O resto fica por conta de ter sido o bebedor "mais conhecido da região", como brinca Celso Gabardo, 76 anos, marido de Alba, também ele, um dia, cliente de Maria. "Tive uma dor de dente terrível e meu pai me levou lá. Até nisso ela dava jeito", diverte-se, sobre a popular que chegou a tratar da pata de um cavalo do Atuba. O bicho, conta-se, não foi sacrificado.
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Uma das dúvidas que ronda a Polenta é sobre o exato momento em que tudo começou. É consenso que um filho se machucou. Ao passar o polegar, ela botou a fratura no lugar. Maria também teria sonhado com um cadáver – diante do qual recebeu todas as informações sobre o funcionamento do corpo humano. Para Alba, a nonna entendeu o acontecido como uma manifestação divina, à qual teria de retribuir fazendo caridade. A informação, claro, espalhou feito rastilho de pólvora e só não atraiu a desconfiança dos padres porque Maria era católica de missa e piedade. Dizem que o vigário Francisco Stajinski chegou a bater no portão para saber se ela realmente benzia. Não precisou passar um sabão. Ao ver que lia a Bíblia não tocou mais no assunto.
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Epílogo
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Nas cinco décadas em que Maria Polenta atuou, as filas de carroças no trecho da Ângelo Sampaio, entre a Sete de Setembro e a Silva Jardim, onde ela morava, foram substituídas por carros. A saúde da italiana ficou arisca. Tinha erisipela e uma artrose infernal. Como se negou a usar a cadeira de rodas que os filhos lhe compraram, apoiava-se numa cadeira de cozinha, com a qual andava pela casa – como mostra a reportagem "Um dia com Maria Polenta", publicada no jornal O Estado do Paraná em 19 de fevereiro de 1952. Morreu aos 79 anos de idade, em 1959. Seu túmulo no Cemitério de Água Verde fica na quadra 177. Tem cerca de 30 agradecimentos por graças recebidas. Reza a lenda, não passa dia sem que ali se coloque um ramo de flor. "Grato Maria Polenta."
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Fonte: “GAZETA DO POVO - Reportagem de José Carlos Fernandes e Rosy de Sá Cardoso – 18/03/2007 Curitiba/Paraná/Brasil”.
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Adendo:
Em postagens anteriores, “Yara Bonat, casada com um dos sobrinhos de Maria Polenta, comentou que Maria Trevisan Tortato, veio com seus pais Giuseppe Francisco de Moretto Trevisan e Tereza de Bortoli, da cidade de Mira, perto de Veneza, na Itália, em 1892.
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Fotos: De 15 de fevereiro de 2012- Busto de Maria Polenta, homenageada com a Praça que recebeu o seu nome “Praça Maria Polenta”, entre a Avenida Getúlio Vargas/ República Argentina e Carneiro Lobo, no bairro da Água Verde – Da Internet
RUA BARÃO DO SERRO AZUL - sua origem, sua história, o seu patrono
RUA BARÃO DO SERRO AZUL - sua origem, sua história, o seu patrono
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Quem desejasse ir mais além da rua Fechada, que com certeza nada teria a fazer por lá, afora as narcejas que ali posavam com regularidade se a intenção dos aventureiros fosse caçá-las, teria de esgueirar-se pelas laterais da capela através de uma picada feita a foice, não permitindo sequer passagem a animais de carga, de tão estreita. Mas se dobrasse à direita em frente à capela, iria dar numa estreita rua que começava ao lado da matriz e que começava a ser conhecida por rua do Louro.
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Esta denominação prevaleceu até o dia 31 de março de 1863, quando o presidente provincial Antônio Barbosa Nogueira, não se sabe porque cargas d’água, resolveu transferir a sede do governo para uma casa de sua propriedade, localizada na esquina da rua Louro com a rua do Saldanha, a qual depois veio a tomar nomes de Serrito e conselheiro Barradas, sucessivamente, até fixar o nome Carlos Cavalcanti que perdura até hoje. Ficou ali pouco tempo a sede do governo, já em seguida instalada na rua da Entrada, depois Aquidabã e hoje Emiliano Perneta. Mas serviu, essa efêmera hospedagem, para mudar o nome da rua, passando a ser conhecida como do Nogueira.
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A implantação, porém, da Estrada da Graciosa, por questão de circunstância urbanística, fez que se lhe mudasse mais uma vez o nome. E, naturalmente, sem o concurso da respeitável edilidade da época, que por certo ainda não havia descoberto o filão de ouro que representa a bajulação, para mudar o nome da rua com a finalidade de agradar o beneficiário, tomou o nome de rua da Graciosa, desde a Matriz até a atual praça Dezenove de Dezembro, por encontrar-se justamente em perímetro urbano.
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Dali em diante ficaria conhecida por estrada da Graciosa, dado que cortava a serra de mesmo nome. A rua alargou-se e sofreu as perturbações do processo. Travessas se abriam em sua extensão. No final dela, mais propriamente no comecinho da estrada, instalou-se a fundição Gottlieb Mueller, que somente deixaria o local na década de 80, para dar lugar ao Shopping Mueller.
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Na altura da Paula Gomes, instalou-se o moderno restaurante de Carlos Remmers, que não se descuidava da divulgação de seus acepipes dignos de nota, mui especialmente se em conta fosse levada a modicidade dos preços. Na esquina da praça Dezenove de Dezembro, há algum tempo instalara-se a Escola Alemã e em seguida a Escola Tiradentes, mas esta na esquina da atual Carlos Cavalcanti. Funilarias, marcenarias, cocheiras e uma bem montada selaria, faziam da rua um pequeno centro comercial.
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Mas como o progresso é implacável e Curitiba ainda se ressentia da necessidade de homenagear o grande paranaense vitimado de forma brutal na guerra dos pica-paus e maragatos, não foi preciso muito esforço para atribuir à Graciosa, em caráter de substituição, o nome do Barão do Serro Azul*, que ao assumir as funções manteve a dignidade da antiga denominação, assistindo o vertiginoso crescimento de seu refúgio no decorrer dos anos seguintes. "
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Nota:
*ILDEFONSO PEREIRA CORREIA - O Barão de Serro Azul - um ilustre paranaense, nascido aos 06 de agosto de 1845, em Paranaguá, no Paraná, e falecido, tragicamente, com apenas 49 anos, aos 20 de maio de 1894, na serra, em Morretes, também no Paraná.
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Ildefonso foi um visionário. Desde criança se dedicava à sua comunidade em atividades sociais. Tornou-se um grande industrial da erva mate, em nível internacional, levando o bom nome do Brasil a muitos e muitos países, onde recebeu vários títulos em razão de suas ideias industriais, sociais e caritativas.
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Fundou várias entidades, como a Associação Comercial do Paraná, o Clube Curitibano, das quais foi seu presidente, assim como, tantas outras sociais e caritativas.
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Exerceu altos cargos políticos, sempre com elevado amor pela sua pátria, chegando a vice-governador do Paraná. Para melhor conhece-lo, sugiro a leitura de duas postagens – dia 20 e 22 de maio próximo passado - neste mesmo Grupo “Antigamente em Curitiba”.
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Fonte do texto que encima a “Nota”: Livro “Ruas e histórias de Curitiba”, 2ª Edição, de Valério Hoerner Júnior, da editora “Artes & Textos” (2002), páginas 30 e 31.
Valério Hoerner Junior (*29.06.1943 +27.04.2015), curitibano, era advogado e jornalista, contista, cronista, ensaísta e historiador.
Fotos:
1 – Inicio da rua Barão do Serro Azul, em 1930), (“br.pinterest.com”)
2 – Lado oposto do mesmo local (“circulandoporcuritiba.com.br/2009/08)
3 – Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, o patrono. ("amantesdaferrovia.br")
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