fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
sexta-feira, 6 de maio de 2022
Vista aérea da região do Guabirotuba e arredores de Curitiba, anos 1960, mostrando o Complexo Arquitetônico do Centro Politécnico, o Hospital Erasto Gaertner e parte da Av. Comendador Franco. (Foto: DERPr.) Paulo Grani
Vista aérea da região do Guabirotuba e arredores de Curitiba, anos 1960, mostrando o Complexo Arquitetônico do Centro Politécnico, o Hospital Erasto Gaertner e parte da Av. Comendador Franco.
(Foto: DERPr.)
Um dia de verão das décadas de 1960/70 na praia de Guaratuba, em um tempo em que chegávamos com nosso automóvel ou ônibus fretado, até juntinho da areia da praia.
Um dia de verão das décadas de 1960/70 na praia de Guaratuba, em um tempo em que chegávamos com nosso automóvel ou ônibus fretado, até juntinho da areia da praia.
Um dia de verão das décadas de 1960/70 na praia de Guaratuba, em um tempo em que chegávamos com nosso automóvel ou ônibus fretado, até juntinho da areia da praia.
Ainda não havia poluição das águas e os usuários não jogavam plásticos, copos, canudinhos, vasilhas, garrafas e outros lixos na praia. Todos tínhamos educação familiar que, de forma natural, respeitávamos o meio-ambiente e o espaço do próximo.
Ah, quanto aos carros ... não havia ladroes, nem flanelinhas, nem guardadores oportunistas e nem guardinhas multando. Saudades daqueles tempos.
(Foto: pinterest)
Paulo Grani.
Ainda não havia poluição das águas e os usuários não jogavam plásticos, copos, canudinhos, vasilhas, garrafas e outros lixos na praia. Todos tínhamos educação familiar que, de forma natural, respeitávamos o meio-ambiente e o espaço do próximo.
Ah, quanto aos carros ... não havia ladroes, nem flanelinhas, nem guardadores oportunistas e nem guardinhas multando. Saudades daqueles tempos.
(Foto: pinterest)
Paulo Grani.
Vista do início da Av. Luiz Xavier, Curitiba, fotografada a partir da Praça Osório, no início da década de 1910.
Vista do início da Av. Luiz Xavier, Curitiba, fotografada a partir da Praça Osório, no início da década de 1910.
Vista do início da Av. Luiz Xavier, Curitiba, fotografada a partir da Praça Osório, no início da década de 1910.
Na esquina à direita, vê-se a "Pharmacia Cypriano", localizada onde, mais tarde, foi construído o Edifício Garcez.
Naquele momento a avenida estava dividida em três eixos separados por árvores recém-plantadas, tendo ao centro os trilhos dos bondinhos.
(Foto: Acervo Fabio Furtado Pereira)
Na esquina à direita, vê-se a "Pharmacia Cypriano", localizada onde, mais tarde, foi construído o Edifício Garcez.
Naquele momento a avenida estava dividida em três eixos separados por árvores recém-plantadas, tendo ao centro os trilhos dos bondinhos.
(Foto: Acervo Fabio Furtado Pereira)
Rara foto da Praça Tiradentes de Curitiba, década de 1930, apresentando um paisagismo de seus canteiros pouco conhecido. Foto: Acervo Gazeta do Povo Paulo Grani.
Rara foto da Praça Tiradentes de Curitiba, década de 1930, apresentando um paisagismo de seus canteiros pouco conhecido.
Foto: Acervo Gazeta do Povo
Paulo Grani.
PRAÇA RUI BARBOSA Em 1880, após a abertura da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, aquele descampado em frente dela passou a ser chamado Largo da Misericórdia.
PRAÇA RUI BARBOSA
Em 1880, após a abertura da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, aquele descampado em frente dela passou a ser chamado Largo da Misericórdia.
PRAÇA RUI BARBOSA
Em 1880, após a abertura da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, aquele descampado em frente dela passou a ser chamado Largo da Misericórdia.
Com a queda do Império seu nome foi alterado para Praça da República. Apenas na década de 1920 recebeu o nome de Praça Rui Barbosa.
Na foto da década de 1930, a população curitibana reunida na Praça Rui Barbosa, comemorando uma data de festejos.
(Foto: pmc.pr.gov.br)
Paulo Grani.
Em 1880, após a abertura da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, aquele descampado em frente dela passou a ser chamado Largo da Misericórdia.
Com a queda do Império seu nome foi alterado para Praça da República. Apenas na década de 1920 recebeu o nome de Praça Rui Barbosa.
Na foto da década de 1930, a população curitibana reunida na Praça Rui Barbosa, comemorando uma data de festejos.
(Foto: pmc.pr.gov.br)
Paulo Grani.
Curitibanos aproveitam o Passeio Público de Curitiba, em 1958, para um passeio de canoa a remo, um dos poucos lugares de lazer, naquela época.
Curitibanos aproveitam o Passeio Público de Curitiba, em 1958, para um passeio de canoa a remo, um dos poucos lugares de lazer, naquela época.
Corajosos, remavam em pé e vestidos de terno! Coisa de Curitibano.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
Paulo Grani
Av. República Argentina, bairro do Portão, Curitiba, em 1952. A avenida ainda estava macadamizada e o trilho dos bondes ainda seguia no leito primitivo, tendo ao lado, a valeta de águas pluviais a céu aberto.
Av. República Argentina, bairro do Portão, Curitiba, em 1952. A avenida ainda estava macadamizada e o trilho dos bondes ainda seguia no leito primitivo, tendo ao lado, a valeta de águas pluviais a céu aberto.
Av. República Argentina, bairro do Portão, Curitiba, em 1952. A avenida ainda estava macadamizada e o trilho dos bondes ainda seguia no leito primitivo, tendo ao lado, a valeta de águas pluviais a céu aberto.
Ao lado esquerdo da foto, vemos parte do pátio do tradicional Posto São José, funcionando sob a bandeira da saudosa Texaco. Logo mais adiante, a Igreja Católica da Paróquia do Portão.
(Foto: Acervo Gazeta do Povo)
Paulo Grani.
CONHECENDO A CASA DO PEQUENO JORNALEIRO No dia 17/05/1942, o jornal “O Dia” noticiava o lançamento da campanha para a construção, uma iniciativa patrocinada pela Dona Anita Ribas, esposa do interventor Manoel Ribas.
CONHECENDO A CASA DO PEQUENO JORNALEIRO
No dia 17/05/1942, o jornal “O Dia” noticiava o lançamento da campanha para a construção, uma iniciativa patrocinada pela Dona Anita Ribas, esposa do interventor Manoel Ribas.
Fachada do prédio construído com o suor da população destinado aos Pequenos Jornaleiros de Curitiba, em foto de 1962.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Os Pequenos Jornaleiros desfilam pelo centro da cidade no dia da inauguração da sede construída.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
Os Pequenos Jornaleiros, devidamente uniformizados e calcados, postam-se enfileirados, diante da sede de um dos jornais da capital, para pegar a sua cota diária de jornais.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Um Pequeno Jornaleiro flagrado em seu trabalho atravessando a rua Muricy, década de 1950.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
Foto 4, os meninos em sala de aula
Foto 1, uma imagem do dormitório com a descrição “dormitório simples, mas limpo”. Os lençóis, fronhas e travesseiros eram produzidos por funcionárias da instituição, “fazer a cama” e deixá-la organizada era uma tarefa que cabia aos internos.
Foto 3, do refeitório os meninos posaram para a fotografia, de forma mais descontraída para demonstrar seu “momento de folga”, como informa a legenda.
Foto 2, se vê um menino em oração na capela, um dos propósitos, a educação cristã.
Apresentação do coral dos Pequenos Jornaleiros em festejos juninos, década de 1960.
(Foto: Curitiba.pr.gov.br)
(Foto: Curitiba.pr.gov.br)
Os Pequenos Jornaleiros em foto de Domingos Fogiatto, em 1944.
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
O prédio da Casa do Pequeno Jornaleiro, abandonado pelas últimas administrações municipais.
CONHECENDO A CASA DO PEQUENO JORNALEIRO
No dia 17/05/1942, o jornal “O Dia” noticiava o lançamento da campanha para a construção, uma iniciativa patrocinada pela Dona Anita Ribas, esposa do interventor Manoel Ribas. Na mesma notícia o jornal informava que já havia sido arrecadado 7:418$800 referente a venda de mesas no “Casino do Aú”, na noite anterior. Sessenta mesas a 50$000 cada mais 4:418$800 já em banco referentes a outras doações.
Depois disso houve uma grande mobilização de arrecadação de fundos, com contribuições de empresas, pessoas físicas, clubes, times de futebol, escolas, igrejas, sindicatos, associações beneficentes e outros. O pessoal promoveu rifas, festas, bailes, enfim, uma grande mobilização em prol da causa. Devidamente incentivados pelos jornais da época. O lançamento da pedra fundamental foi no dia 25 de dezembro de 1942. A Casa do Pequeno Jornaleiro foi construída no prédio Anita Ribas, tendo duas frentes: uma para a Rua Saldanha Marinho e outra para a Rua Cruz Machado. O prédio foi construído, em terreno doado pelo estado.
A inauguração começou com uma concentração dos jornaleiros que saíram em desfile até a Catedral, onde foi celebrada missa solene. Depois os jornaleiros sempre em fórma, dirigiram-se para a séde do estabelecimento, levando um grande cartaz onde se liam palavras de agradecimento ao povo curitibano. Depois disso ocorreu hasteamento da bandeira, benção do edifício e os discursos de praxe. Em seguida foi servida aos presentes saborosa chicara de café, do qual participaram os empregados da limpeza pública de Curitiba. E por último, realizou-se então novo desfile dos jornaleiros pelas ruas da cidade. Todos uniformizados, com muito garbo e disciplina, percorreram diversas ruas da cidade, sob o comando do snr. Marciano Marques, inspetor dos jornaleiros.
A logística da Casa do Pequeno Jornaleiro-CAPEJO tinha capacidade de abrigar 100 meninos. A organização da assistência aos meninos dividia-se em departamentos, voltados à educação, à religiosidade, à saúde, já que desde sua fundação, a CAPEJO tinha como objetivo amparar os jornaleiros, prestando assistência “material, moral e intelectual”. O material tinha por função suprir as necessidades básicas dos meninos, sobretudo a alimentação; o intelectual em oferecer a oportunidade de estudo e a moral uma educação cristã.
Para tanto, contava com a seguinte estrutura física: o prédio localizado na Rua Saldanha Marinho, n° 155, bem no coração do centro de Curitiba, dispunha de três andares, que comportavam dormitórios, almoxarifado, cozinha, sala de aulas, gabinete médico e dentário, serviço sanitário, além de uma sala de recreio e outras instalações, destinadas à administração e possuía também uma sala de cabeleireiro e costureiras para a confecção dos fardamentos, lençóis e fronhas.
Localizada no centro de Curitiba, ficava próxima às ruas e praças mais movimentadas da capital. Sua localização também facilitava o deslocamento dos meninos em sua ida ao trabalho e retorno à instituição, deslocamento este realizado todo a pé.
Na fotografia 1, uma imagem do dormitório com a descrição “dormitório simples, mas limpo”. Os lençóis, fronhas e travesseiros eram produzidos por funcionárias da instituição, “fazer a cama” e deixá-la organizada era uma tarefa que cabia aos internos.
Na foto 2, se vê um menino em oração na capela, um dos propósitos, a educação cristã.
Na foto 3, do refeitório os meninos posaram para a fotografia, de forma mais descontraída para demonstrar seu “momento de folga”, como informa a legenda.
Na foto 4, os meninos em sala de aula.
A estrutura da CAPEJO era bastante elogiada nos jornais e revistas, salientando-se seu ambiente limpo e arejado. A administração da CAPEJO, por meio de seus relatórios, informava a oferta de “alimentação sadia, com suficiencia não racionada”, além de:
"Assistência Escolar; Assistencia Medica; Assistência Dentária e Assistencia Religiosa. Para isso dispõe de ampla e arejada sala de aulas; Competente e equipada sala Médica, com Gabinete aparelhado; Dentista permanente bem aparelhado e bastante capaz, dispondo de um Gabinete Dentário bem aparelhado com Cadeira Moderna; - Lndissima (sic) Capela com duas professoras religiosas da Escola de Assistencia Social e Colegio Divina Providencia, Refeitório, Cozinha, Copa, Amplo e Arejado Dormitório, Engraxataria, Almoxarifado, Serviços Higiênicos diversos com Privadas, Banheiros e Chuveiros etc.".
Departamento Religioso - A cargo da Arquidiocese de Curitiba, responsabilizava-se por ensinar os princípios católicos para as crianças. Eram celebradas missas com frequência e “Solenidades de Batismo, Primeira Comunhão e Comunhão Geral” - era comum que, por ocasião de celebrações de primeira comunhão principalmente, fossem convidadas autoridades através de um pequeno convite assinado pelo próprio interno.
Departamento de Saúde e Higiene - O departamento de saúde e higiene, por sua vez, envolvia os cuidados médicos e dentários. Esse departamento era responsável por cuidar da saúde de cada criança e tinha como profissionais a Médica Aglaé Taborda Dutra e como Cirurgiã-dentista, Glicinia de França Borges, exerceram atividades entre os anos de 1956 e 1962.
O Departamento de Educação da CAPEJO - Oerecia o ensino primário aos menores, cujo objetivo era, além de alfabetizar as crianças, ensinar os valores patrióticos aos pequenos jornaleiros. Foi criado um grupo escolar dentro da instituição, denominado Escola Manoel Ribas, que no início dos anos 1960 já contava com uma equipe de onze professoras, muito elogiadas nos relatórios oficiais da CAPEJO. No final de cada ano letivo eram realizados os exames e a cerimônia de entrega de certificados e diplomas. O trecho a seguir relata uma dessas cerimônias:
"Prestaram exames, todos os pequenos jornaleiros e Engraxates, com grande aproveitamento, o que é bem justificado, porque, residindo na Instituição, não podem os alunos faltarem as aulas, o que muito lhes favorecem no adiantamento. Provas orais e escritas, foram levadas a efeito, desde dia 28, 29 e 30 de novembro e 1o de dezembro, e, à 2, dia seguinte, encerramento do ano letivo, entrega de diplomas e certificados. Para esta última cerimônia, foram reunidas na sala principal de aulas, tôdas as professôras da Instituição, alunos e diretores da Casa. [...] Falou em seguida, o Presidente da Instituição, que se congratulou com o corpo de professôras da Casa, tecendo os maiores elogios pelos resultados demonstrados na instrução e educação dos Pequenos Jornaleiros e Engraxates, os quais, na sua quasi totalidade, foram alfabetizados, mesmo os retardatários, que tiveram professôra especializada para seus preparos, a fim de que alcançassem as suas classes, para não perderem ano. [...] Terminadas as cerimônias, as professôras ofereceram aos seus alunos, em ambiente de alegria e satisfação, salgados, doces e refrigerantes [...]".
Disciplina e rigor na CAPEJO - Conforme os relatórios, o horário das refeições era estabelecido da seguinte maneira: "[...] às 6 horas havia café, leite e pão, às 11 horas havia o almoço e finalmente das 18 horas às 19 horas o jantar”. Havia horário para comer, banhar-se, dormir, estudar, até mesmo o tempo para o lazer era regulado. Logo cedo saiam então com seus uniformes e jornais a tiracolo.
O uso de uniforme os homogeneizava, os fazia pertencer àquela instituição e os identificava como internos da CAPEJO para o restante da sociedade. Além de identificá-los perante a sociedade,,favorecia a organização e disciplina, nas ruas inclusive. A Revista Odisseia em certa ocasião escreveu: "Atualmente, os meninos são encontrados diariamente, ainda cedo, nos principais pontos do centro de Curitiba, vestidos sempre com seu uniforme tradicional azul-escuro, inclusive o boné. [...] chama a atenção [...] a educação e a higiene dos garotos, ao contrário de centenas de outros jovens que transitam pelas principais praças e ruas de Curitiba.".
Segundo conta Nicolle Taner de Lima em sua dissertação de mestrado a “Casa do Pequeno Jornaleiro existiu entre os anos de 1942 e 2002. [...]"
Até pouco tempo atrás, o prédio estava abandonado como pode se ver na ultima foto.
(Baseado no TCC de Mestrado de Nicole Taner de Lima, publicado em: faed.udesc.br)
Paulo Grani
Obras de infraestrutura da Av. Candido de Abreu, em 1944, para consequente asfaltamento. (Foto: Arthur Wischral, Acervo curitiba.pr.gov.br) Paulo Grani
Obras de infraestrutura da Av. Candido de Abreu, em 1944, para consequente asfaltamento.
(Foto: Arthur Wischral, Acervo curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani
RECORDANDO A CHAPELARIA VÊNUS Esta foto foi publicada no "Almanak Laemmertz - 1918/19" pela Chapelaria Vênus que, à época, vendia ao público chapéus, guarda-chuvas, armarinhos, calçados, etc.
RECORDANDO A CHAPELARIA VÊNUS
Esta foto foi publicada no "Almanak Laemmertz - 1918/19" pela Chapelaria Vênus que, à época, vendia ao público chapéus, guarda-chuvas, armarinhos, calçados, etc.
RECORDANDO A CHAPELARIA VÊNUS
Esta foto foi publicada no "Almanak Laemmertz - 1918/19" pela Chapelaria Vênus que, à época, vendia ao público chapéus, guarda-chuvas, armarinhos, calçados, etc.
Era uma epoca em que todo precavido curitibano tinha um bom chapéu, um bom guarda-chuva, um bom sobretudo, uma boa manta e, ainda, um par de galochas.
Situava-se à Rua XV de Novembro, nº 18, em Curitiba, neste histórico edifício.
Paulo Grani
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