segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Num click, eternizou-se um momento especial de filhos e pai, na Curitiba dos anos 1950.

 Num click, eternizou-se um momento especial de filhos e pai, na Curitiba dos anos 1950.

ENTRE BALÕES E O TEMPO
Num click, eternizou-se um momento especial de filhos e pai, na Curitiba dos anos 1950. O fotógrafo, perspicaz, capta a singularidade do momento em que um pai dedicado escolhe balões a seus filhos. Naquele tempo, chamávamos de bexigas. Refletindo a educação familiar da época, os meninos com as mãos para traz, aguardam o brinquedo que lhes alegrará muitas horas de lazer.
A cena ainda revela outro momento ímpar, quando uma carrocinha da Gelo Cristal, que vendia gelo em barras, está passando. O gelo era vendido à bares e, por encomenda, aos curitibanos apreciadores de chopp, que gelavam os barrís em meio à serragem, em suas comemorações, antes de inventarem as serpentinas de gelamento.
O Posto São Jorge ficava na rua Presidente Faria esquina com Carlos Cavalcanti, em frente ao Passeio Público.
(Foto: Irineu Bonato, acervo Rogerio Troidi Bonato)
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.

O PIRATA INGLÊS QUE ESCOLHEU SER CURITIBANO "Já ouviu falar sobre uma lenda de um pirata que teria vivido em Curitiba?

 O PIRATA INGLÊS QUE ESCOLHEU SER CURITIBANO
"Já ouviu falar sobre uma lenda de um pirata que teria vivido em Curitiba?

O PIRATA INGLÊS QUE ESCOLHEU SER CURITIBANO
"Já ouviu falar sobre uma lenda de um pirata que teria vivido em Curitiba?
Mas, de acordo com Marcos Juliano Ofenbock, 41 anos, economista por formação e arqueólogo por uma espécie de destino, não se trata de uma lenda. O pesquisador conseguiu documentos que comprovam que o pirata Zulmiro, de origem inglesa, último pirata do século 19, não somente existiu como, também, morou no bairro Pilarzinho, vivendo incógnito durante 40 anos, e está sepultado desde 1889, em Curitiba.
A história é conhecida na cidade e, em novembro de 2018, Marcos Juliano fez com que ela deixasse de ser apenas um conto e passasse a ser reconhecida por Adam Paul Patterson, cônsul honorário do Reino Unido em Curitiba.
O ano é 1880, o inglês Edward Stammers, recém-chegado ao Brasil, conhece um velho, de 80 anos, morando em um pequeno casebre no bairro Pilarzinho, em Curitiba. De origem inglesa, uma breve amizade surge entre os dois e o senhor, conhecido como Pirata Zulmiro, resolve contar a história da sua vida para o jovem inglês.
“Como eles falavam o mesmo idioma, Zulmiro logo se identifica e conta que, junto com outros dois piratas, ele escondeu um grande tesouro na Ilha da Trindade, no Espírito Santo. Com muita educação e perfeito vocabulário, Edward logo suspeita que ele era estudado e descobre que o pirata nasceu em Cork, na Irlanda – na época fazia parte da Inglaterra – e que tinha estudado em um escola para príncipes. Depois de se formar, ele entra para a Marinha Britânica. Mas, por conta de uma briga, em que matou um capitão, ele resolveu fugir e se tornar um pirata”, explica Marcos Juliano.
Depois de ouvir toda a história fantasiosa do pirata, Edward faz um pacto e promete que só irá contá-la quando Zulmiro morrer. Após alguns anos, Edward se muda para o Rio de Janeiro com a esposa e cinco filhos e, desde a mudança, passou a acreditar que tudo não passou de uma grande mentira e que na verdade o ‘velho era doido’. Mas essa ideia mudaria em breve. Um belo dia acorda, pega o jornal para ler e encontra uma reportagem sobre um pirata, conhecido como Zarolho, publicada na edição. Assim que lê, percebe que esse era o pirata que fazia parte de um trio juntamente com Zulmiro e José Sancho.
Chocado com a descoberta, manda um telegrama para Curitiba e descobre que Zulmiro tinha falecido há sete anos. Com o pirata morto, Edward finalmente poderia revelar a história e, claro, o roteiro do tesouro. Decidido e muito empolgado, ele manda diversas cartas ao jornal e tem a sorte de todas serem publicadas. No entanto, a alegria durou pouco. Edward escondia o roteiro dentro de um baú e com a publicação das cartas, bandidos ficaram interessados no grande mapa e acabaram invadindo a casa do inglês. Na época, poucos entenderam a morte do jovem inglês, já que levou dois tiros no peito sem motivo aparente. Com as cartas publicadas, expedições brasileiras foram em busca do tesouro.
Todos queriam o tesouro do pirata russo Zarolho, do inglês Zulmiro e do espanhol José Sancho. O pirata Zarolho teria entregado o mapa aos britânicos antes de morrer, em 1850. O tesouro era fruto de um roubo, que aconteceu em 1821, onde o trio teria roubado o grande tesouro da Catedral de Lima, no Peru. Apesar das buscas, pelo que se sabe até o momento, o tesouro ainda permanece escondido no Espírito Santo.
Anos se passaram e o arqueólogo Marcos Juliano, fascinado pela história de Zulmiro, que ainda era conhecida como lenda, conseguiu comprovar a existência dele por meio de documentos ingleses, depois de 15 anos de pesquisa. A descoberta surgiu por meio de uma pesquisa no livro de registros do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, em Curitiba. Na lista de sepultamentos de 24/07/1889, João Franciso Inglês, nome que Zulmiro adotou quando chegou à capital, aparece registrado. Além desse documento, Marcos Juliano também localizou documentos sobre o pirata, da época em que ele vivia na Inglaterra.
Em 1798, a cidade de Cork, na Irlanda, ainda fazia parte da Inglaterra e foi neste lugar que Francis Hodder, que mais tarde se tornaria o pirata Zulmiro, nasceu. De família rica e com privilégios, estudou na Etton College, uma escola interna para garotos, fundada em 1440 por Henrique VI da Inglaterra. Atualmente, a instituição educa mais de 1.300 alunos, com idades entre 13 e 18 anos. Quando entrou na escola, Francis Hodder, como se identificava, tinha apenas 13 anos e foi li que se formou. Anos se passaram e ele entrou para a Marinha Britânica, mas acabou matando um oficial e fugiu para não ser morto.
“Por conta dessa morte, ele iria para a corte marcial e seria enforcado, porque matou outro oficial. Por isso, ele desertou, abandonou e resolveu ir até o porto da Flórida e embarcou como imediato em um navio negreiro. Naquela época, o tráfico de escravos e a pirataria estavam ligados e eles resolveram fazer um motim, onde hastearam uma bandeira preta. Na ocasião, o pirata trocou de nome e passou a se chamar Zulmiro. Ele resolve abandonar o passado e faz um acordo com outros dois piratas, José Sancho e um russo, com uma cicatriz na cara, chamado de Zarolho. Eles roubam esse grande tesouro no Peru e resolvem esconder a fortuna na Ilha da Trindade”, detalhou.
Logo depois de esconderem o tesouro, cada um seguiu seu rumo e, em 1838, Zulmiro acaba capturado por um navio de guerra inglês, H.M.S Childers, que tinha como capitão Henry Kappel. Acontece que o capitão e Zulmiro se conheceram durante o tempo em que o pirata estava na Marinha. “Como eles eram amigos naquela época, Henry disse à ele, ‘vou simular sua fuga, mas, você tem que me prometer que nunca mais irá aparecer e que vai deixar de ser um pirata’. Ele liberou Zulmiro e lhe deu 50 libras, que valia muito dinheiro naquela época, para ele não morrer de fome, e mais alguns livros para que ele tivesse o que fazer. Ele foi solto no Litoral do Paraná e nove dias depois ele chegou à Curitiba e ao Pilarzinho, onde comprou uma escrava e passou a viver em Curitiba”, contou Marcos Juliano."
Marcos Juliano Ofenbock, escreveu um livro sobre esta história intitulado "As Aventuras do Pirata Zulmiro, tendo sido prestigiado em seu lançamento com a presença do prefeito de Curitiba.
O prefeito Greca não apenas ratificou a história como se comprometeu a mandar esculpir uma estátua do pirata e colocá-la em um parque da cidade.
(Extraído da Gazeta do Povo)
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.

Nenhuma descrição de foto disponível.Nenhuma descrição de foto disponível.
Edital da venda dos terrenos públicos no Pilarzinho, contendo o nome de João Francisco Inglez, usado por ZULMIRO enquanto morou em Curitiba.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Capa do livro escrito por Marcos Juliano Ofenbock, sobre a epopeia do Pirata Zulmiro.

Nenhuma descrição de foto disponível.
O desmoronamento que houve em parte da ilha soterrou justamente o local indicado pelo Zulmiro", lamenta. "Só por isso o Tesouro de Lima ainda não foi encontrado", assegura Marcos Juliano Ofenbock.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Ilustração baseada nos relatos do pirata ZULMIRO, quando ele e os colegas esconderam o tesouro na Ilha da Trindade.

Os Romani chegaram a Paranaguá por volta de 1870

 Os Romani chegaram a Paranaguá por volta de 1870

OS ROMANI EM CURITIBA
Os Romani chegaram a Paranaguá por volta de 1870. Em Curitiba, inicialmente instalaram-se na Praça Tiradentes, ao lado da Catedral.
Em 1891, fundaram a firma Emilio Romani & Cia., com o comércio de secos e molhados e, ainda no século 19, a família passou a se dedicar na industrialização de arroz e refino de açúcar.
O prédio foi demolido para alargamento da rua.
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.
Foto: Acervo Cid Destefani, decade de 1910.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Foto: Almanaque Mercantil e Industrial, de 1912.

Em 1914 o Mercado Municipal que funcionava no Largo do Mercado (hoje praça ...) foi fechado e demolido para dar lugar ao Paço Municipal.

 Em 1914 o Mercado Municipal que funcionava no Largo do Mercado (hoje praça ...) foi fechado e demolido para dar lugar ao Paço Municipal.

O MERCADO PROVISÓRIO DE CURITIBA
Em 1914 o Mercado Municipal que funcionava no Largo do Mercado (hoje praça ...) foi fechado e demolido para dar lugar ao Paço Municipal.
Assim, o Mercado Municipal foi transferido provisoriamente para o "Largo do Nogueira" (atual Praça 19 de Dezembro), onde funcionou até 1915, sendo chamado Mercado Provisório.
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.
Foto de 12/04/1914, mostra o grande barracão edificado onde hoje é a Praça Dezenove de Dezembro, em caráter provisório.

Nenhuma descrição de foto disponível.
O barracão ainda em construção.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Ao fundo o Mercado Provisório após inaugurado, tendo à direita da foto a Escola Alemã.

domingo, 14 de agosto de 2022

VISITA DA MISS BRASIL MARTHA ROCHA A CURITIBA

 VISITA DA MISS BRASIL MARTHA ROCHA A CURITIBA

VISITA DA MISS BRASIL MARTHA ROCHA A CURITIBA
Em dezembro de 1954, a Miss Brasil Martha Rocha daquele ano visita Curitiba, dentro de sua programação de compromissos.
Dentre as atividades previstas, ela foi recebida no Palácio Iguaçú pelo então governador Bento Munhoz da Rocha e sua esposa Flora Munhoz da Rocha; participou de baile no Clube Concórdia e foi a maior atração no Grande Premio do Paraná, no Jockey Club de Curitiba.
"Uma tarde de luz e beleza no Jockey Clube Paranaense", assim expressou-se a manchete da revista "A Divulgação", referindo-se à presença da elegante Miss Brasil 1954, Marta Rocha, por ocasião de sua visita ao Jockey Clube Paranaense, em 08/12/1957.
No baile oferecido à ilustre Miss, realizado no Clube Concordia, a Revista Época flagrou o momento que Martha Rocha dança com o sr. Pedro Alípio Camargo, diretor do Jockey Clube.
Paulo Grani

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e pessoas em pé
Dentre as atividades previstas, ela foi recebida no Palácio Iguaçú pelo então governador Bento Munhoz da Rocha e sua esposa Flora Munhoz da Rocha; participou de baile no Clube Concórdia e foi a maior atração no Grande Premio do Paraná, no Jockey Club de Curitiba.

Pode ser uma imagem de 3 pessoas
Martha Rocha no Clube Concordia.

Pode ser uma imagem em preto e branco de 2 pessoas e pessoas em pé
Marta Rocha dança com Pedro Alípio Camargo, diretor do Jockey Clube à época.
Foto: Revista A Divulgação.

Pode ser uma imagem de 3 pessoas e pessoas em pé
Dentre as atividades previstas, ela foi recebida no Palácio Iguaçú pelo então governador Bento Munhoz da Rocha e sua esposa Flora Munhoz da Rocha; participou de baile no Clube Concórdia e foi a maior atração no Grande Premio do Paraná, no Jockey Club de Curitiba.

Pode ser uma imagem de 3 pessoas e pessoas em pé
Dentre as atividades previstas, ela foi recebida no Palácio Iguaçú pelo então governador Bento Munhoz da Rocha e sua esposa Flora Munhoz da Rocha; participou de baile no Clube Concórdia e foi a maior atração no Grande Premio do Paraná, no Jockey Club de Curitiba.

Pode ser uma imagem de 1 pessoa
A beldade acompanha a histórica disputa naquela reta final. Os animais Canavial e John Araby realizaram uma disputa sensacional, com o resultado conhecido apenas no photochart, quando foi revelada a vitória de Canavial, montado por Luiz Rigoni.
Foto: Revista A Divulgação.

Armazém de Secos e Molhados no Bairro do Pilarzinho, nos anos 30

 Armazém de Secos e Molhados no Bairro do Pilarzinho, nos anos 30


Pode ser uma imagem de cavalo e ao ar livre

sábado, 13 de agosto de 2022

— Parte da Rua Ubaldino do Amaral, no Alto da Rua XV. — 1930

 — Parte da Rua Ubaldino do Amaral, no Alto da Rua XV.
— 1930

Pode ser uma imagem de ao ar livre

— Construção do Colégio Estadual do Paraná. — Final dos anos 1940

 — Construção do Colégio Estadual do Paraná.
— Final dos anos 1940

Pode ser uma imagem de ao ar livre

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

A SAUDOSA FÁBRICA DE FITAS VENSKE

 A SAUDOSA FÁBRICA DE FITAS VENSKE

A SAUDOSA FÁBRICA DE FITAS VENSKE
Gustavo Venske chegou da Alemanha, junto com seu pai e suas duas irmãs, ao interior de Santa Catarina na metade do século XIX. Ainda jovem foi trabalhar no Rio de Janeiro como representante comercial de uma firma alemã importadora de tecidos. Em 1889, encontrava-se em Curitiba onde fundou uma loja de armarinhos, no atual Largo da Ordem. Na cidade fundiu interesses com outra família alemã, os Mueller, ao casar-se com Anna Mueller.
Com a experiência do comércio de fitas compreendeu que o mercado apresentava oportunidades para a instalação de uma fábrica. Esta foi inaugurada em 6 de novembro de 1907 nos fundos da casa de Gustavo (rua Assungui , fundos da Metalúrgica Mueller). Sem capital suficiente contou com o apoio financeiro de seu cunhado - Oscar Charles Mueller - que lhe emprestou 30 contos de réis.
Com o dinheiro, Gustavo comprou teares de segunda mão do técnico industrial Scheier, o qual se comprometia a fazer a instalação e ainda a preparar a primeira equipe de operários.
A fábrica permaneceu na rua Assungui até 1912, quando foi transferida para os fundos da loja de armarinhos, no largo da Ordem. Os motivos que, aparentemente, impulsionaram a mudança foram a falta de um espaço maior e a possibilidade de concentrar as atividades de comércio e indústria em um só local. Até antes dessa transferência, a fábrica possuía cinco teares, passando, no novo endereço, a trabalhar com dez teares.
Alfredo Venske, filho mais velho do fundador, ao retornar da Europa em 1913, depois de estudar tecelagem na Alemanha e Suíça, veio trabalhar na indústria trazendo novos conceitos e qualificação.
Em 1917 a fábrica muda-se para a primeira sede própria no centro da cidade, com incorporação de novas técnicas produtivas, novos teares, inclusive instalados nas casas de algumas tecelãs.
Em 1938 a Fábrica Venske muda-se para a sua sede definitiva, à rua Ubaldino do Amaral, no Alto da XV, com 10.000m2 de área construída, onde chegaria, após ampliações, a 16.000m2 funcionando amplamente até 1980, quando a empresa parou de funcionar.
A Venske sempre fabricou produtos de excelente qualidade, tendo grande aceitação em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais . Apesar da liderança na produção de fitas e bandeiras, a Venske não suportou a concorrência da indústria européia, moderna e dinâmica do pós-guerra que entrou no mercado.
A impossibilidade de modernização do parque industrial e a passagem da segunda para a terceira geração da família Venske que sempre foi uma empresa familiar, seriam as causas principais para o encerramento das atividades da tão conceituada Fábrica de Fitas Venske!
(Fonte: afabrika.com.br. Fotos: pinterest).
Paulo Grani.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Fachada dos barracões, década de 1940.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Maquinários da linha de produção.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Funcionárias na expedição.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Pode ser uma imagem de 4 pessoas
Parque fabril tocado pelas tecelãs, cuja maioria delas iniciava com quatorze anos como aprendizes.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Funcionários posam em frente à fabrica, na comemoração do 40° aniversario da fábrica, em 1947.