Curitiba nos Anos 60: O Ritmo da Cidade — Entre Academias de Judo, Cinemas, Casamentos e Bailes de Máscaras
Curitiba nos Anos 60: O Ritmo da Cidade — Entre Academias de Judo, Cinemas, Casamentos e Bailes de Máscaras
A Curitiba dos anos 1960 era uma cidade pulsante, onde a modernidade se encontrava com a tradição, o lazer com o trabalho, e o social com o cultural. Era uma época em que as academias de artes marciais começavam a ganhar espaço, os cinemas exibiam grandes estrelas internacionais, os casamentos eram eventos solenes e familiares, e os bailes de máscaras transformavam clubes em palcos de fantasia. As páginas aqui reproduzidas são um retrato vívido desse período, mostrando como a sociedade curitibana vivia, trabalhava, se divertia e celebrava.
Página 1: Academia “Kodo-Kan” de Judo — A Arte Marcial Chega à Capital
Na primeira página, a atenção é direcionada para a Academia “Kodo-Kan” de Judo, localizada na Rua 15 de Novembro, 1.141. Fundada por Judo e Defesa Pessoal na Academia Kodo-Kan de Judo, a academia oferecia aulas para crianças a partir dos 7 anos, com horários especiais para adultos e serviços médicos ortopédicos.
O texto destaca a importância do judo não apenas como esporte, mas como ferramenta de disciplina, concentração e defesa pessoal. A menção aos “serviços médicos ortopédicos próprios” revela como a academia estava preocupada com a saúde e o bem-estar dos alunos, oferecendo um serviço completo.
Essa publicidade é um testemunho da abertura cultural de Curitiba, que já na década de 60 recebia influências japonesas e valorizava as artes marciais como parte da formação integral do indivíduo. O judo, além de ser um esporte, era visto como uma filosofia de vida — e a Kodo-Kan estava no centro dessa revolução.
Página 2: Banco Comercial do Paraná e Tintas Guernier — A Economia em Movimento
Na segunda página, entramos no mundo dos negócios. O Banco Comercial do Paraná S/A, com sede em Curitiba, é apresentado como uma instituição sólida, com capital de Cr$ 250.000.000,00 e reservas de Cr$ 375.000,00. O banco operava em várias cidades do estado, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Santos, mostrando sua expansão e relevância econômica.
Ao lado, a publicidade das Tintas e Vernizes Lojas Guernier destaca a qualidade dos produtos e a confiança dos consumidores. Com endereço na Rua Lourenço Pinto, 238, a loja oferecia tintas para uso geral, com garantia de qualidade e preços acessíveis.
Essas duas publicidades refletem a economia dinâmica de Curitiba nos anos 60, onde bancos e empresas de consumo cresciam junto com a população urbana. Era uma época de investimentos, consumo e desenvolvimento econômico — e as empresas estavam prontas para atender às novas demandas da sociedade.
Página 3: Enlace Lopes-Fortes — O Casamento como Cerimônia Social
Na terceira página, entramos no universo das bodas sociais. O casamento de Lígia Lopes e Vicente Fortes é descrito como um evento marcante, realizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz, com a presença de autoridades civis e religiosas, incluindo o Bispo Dom Moacyr Grechi.
As fotos capturam momentos íntimos e solenes: a noiva, radiante em seu vestido branco, sendo conduzida pelo pai; o casal trocando alianças; e os convidados reunidos em torno da mesa de doces. A descrição do vestido da noiva — “de renda fina e bordado com pérolas” — e da decoração da igreja — “flores raras e velas acesas” — revela o cuidado meticuloso com cada detalhe, refletindo o valor simbólico do casamento naquela época.
Esse enlace não era apenas um evento familiar — era um momento de afirmação social, onde a família demonstrava seu status e sua integração na elite curitibana.
Página 4: Enlace Moreira-Teixeira da Silva — A Tradição e a Modernidade em Harmonia
A quarta página traz outro casamento emblemático: o de Hirian Moreira e Lívio Teixeira da Silva. O texto descreve o evento como um “enlace tradicional”, realizado na Igreja de Santa Terezinha, com a presença de autoridades civis e religiosas, incluindo o Bispo Dom Moacyr Grechi.
As fotos mostram a noiva, Hirian, usando um vestido clássico, acompanhada por seu pai, o Dr. Carlos Teixeira da Silva, e a cerimônia sendo oficiada pelo Padre Francisco Ferreira da Costa. A recepção, realizada na residência dos noivos, contou com a presença de convidados de destaque, como o Dr. Alcides Roderian e o Dr. Luiz Fernando Batista.
O texto destaca a “elegância discreta” da noiva e a “solenidade da cerimônia”, reforçando a importância dos rituais e tradições na sociedade da época. A menção aos “convidados ilustres” e aos “presentes de valor” revela como o casamento era também um momento de troca social e de fortalecimento de laços entre famílias.
Esse enlace mostra como a sociedade curitibana dos anos 60 combinava a tradição religiosa com a modernidade urbana, criando eventos que eram ao mesmo tempo solenes e festivos.
Página 5: Rei Momo no Bal Masqué do Country — O Glamour dos Bailes de Máscaras
Na última página, a ênfase muda para o mundo do lazer e da diversão. O Bal Masqué do Country Club é descrito como um evento tradicional, onde o “Rei Momo” coroava a rainha da festa e os convidados se divertiam com fantasias extravagantes e música animada.
As fotos mostram participantes fantasiados, com máscaras e trajes elaborados, dançando e se divertindo. A menção ao “Rei Momo” e à “Rainha do Carnaval” revela como o carnaval era celebrado mesmo fora do período oficial, com bailes temáticos que transformavam clubes em palcos de fantasia.
Esse evento não era apenas um baile — era um momento de celebração, onde a sociedade curitibana se reunia para se divertir, se desconectar da rotina e viver a magia do carnaval. Era uma forma de escapismo, de alegria e de união social.
Conclusão: Curitiba nos Anos 60 — Uma Cidade em Ascensão
As páginas aqui apresentadas pintam um retrato vívido de Curitiba nos anos 60: uma cidade que combinava a modernidade das academias de judo com o glamour dos bailes de máscaras, que celebrava a tradição religiosa com a sofisticação urbana, e que se conectava ao Brasil através de empresas de transporte modernas.
Era uma época de otimismo, de crescimento e de transformação. Curitiba estava se tornando uma cidade moderna, mas sem perder sua identidade. E os jornais da época, com seus textos e fotos, são testemunhas valiosas desse processo.
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