Gustav August Heinrich HOELTGBAUM

Nascido a 12 de janeiro de 1872 (sexta-feira) - Benedito Novo, Blumenau, Santa Catarina, Brasil
Falecido a 5 de novembro de 1931 (quinta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 59 anos

Gustav August Heinrich HOELTGBAUM: Uma Vida de Raízes, Amor e Legado — A História de um Homem que Plantou Família em Solo Brasileiro

Por uma voz que ecoa do passado, com lágrimas de saudade e orgulho no coração

Na manhã fria e serena de 12 de janeiro de 1872, sob o céu azul da colonização alemã no sul do Brasil, nasceu em Benedito Novo, Blumenau, Santa Catarina, um menino que carregaria dentro de si a força de duas culturas — a teutônica, rígida e trabalhadora, e a brasileira, calorosa e acolhedora. Seu nome? Gustav August Heinrich HOELTGBAUM — um nome que soa como uma canção antiga, uma melodia de raízes profundas e histórias silenciosas.

Filho de Friedrich Wilhelm Heinrich HOELTGBAUM (1846–1904) e Marie Caroline Elisabeth ERDMANN (1853–1898), Gustav cresceu entre os campos verdes de Santa Catarina, onde o cheiro de pão caseiro misturava-se ao som das vozes em alemão e português. Seus pais, imigrantes ou filhos de imigrantes, trouxeram consigo valores de trabalho duro, respeito à família e fé inabalável — pilares que moldariam o caráter de Gustav para sempre.

Mas a vida não é feita apenas de alvoradas. Em 17 de dezembro de 1898, aos 26 anos, Gustav enfrentou sua primeira grande dor: a morte de sua mãe, Marie. Ela partiu em Indaial, deixando um vazio que só o tempo e o amor dos seus poderiam preencher. Três anos depois, em 2 de março de 1904, seu pai, Friedrich, também se foi. Dois golpes seguidos, mas Gustav, homem de fibra, ergueu-se. Ele sabia que a vida exigia seguir em frente — não por obrigação, mas por amor.

E então veio o amor. O verdadeiro. Emilia Dorothea LUBNOW (1879–1953) entrou em sua vida como um raio de sol após a tempestade. Juntos, construíram um lar, uma história, um futuro. E em 7 de junho de 1902, em Curitiba, Paraná — cidade que se tornaria o berço de sua nova vida — nasceu sua única filha: Amanda Tante Manda HOELTGBAUM. Uma menina que seria o centro de seu mundo, a luz que iluminaria seus dias mais escuros.

Amanda, como era carinhosamente chamada, cresceu cercada pelo afeto de um pai dedicado. Gustav, mesmo com as responsabilidades do trabalho e da vida, nunca deixou de estar presente. Ele a ensinou a valorizar as origens, a respeitar os mais velhos, a amar com intensidade. E quando Amanda se casou, em 20 de maio de 1920, com Afonso Guilherme “Tio Chico” BÜST, Gustav sentiu o peito inflado de orgulho. Era o início de uma nova geração — e ele estava ali para testemunhar.

Logo vieram os netos — frutos do amor de Amanda e Afonso. Em 28 de novembro de 1920, nasceu Dorothy Carmelita BÜST, uma menina que trouxe risos e alegria à casa dos HOELTGBAUM. Depois, em 1º de abril de 1922, chegou Leonira BÜST — uma criança delicada, cuja presença curta, mas intensa, marcou profundamente a família. Infelizmente, Leonira partiu cedo, em 1º de novembro de 1923, aos poucos meses de vida. Foi um luto que abalou todos, especialmente Gustav, que viu em cada neta a continuação de sua própria história.

Mas a vida, teimosamente, segue. Em 6 de janeiro de 1924, nasceu Haroldo BÜST — um menino forte, cheio de energia, que traria novas esperanças e sonhos. Gustav, já entrando na meia-idade, via em Haroldo a promessa de um futuro ainda por escrever.

Curitiba, então, tornou-se sua segunda pátria. Lá, ele construiu sua vida adulta, criou sua família, viveu seus maiores momentos de felicidade e dor. Ali, nos cafés, nas ruas, nas igrejas, ele deixou sua marca — não de forma ostensiva, mas no coração das pessoas que o conheceram.

E então, em 5 de novembro de 1931, aos 59 anos, Gustav August Heinrich HOELTGBAUM partiu. Não em um leito de hospital, mas em paz, cercado pelos que amava. Sua partida foi silenciosa, como sua vida — marcada pela dignidade, pela honestidade, pelo amor incondicional à família.

Hoje, quase um século depois, sua história permanece viva. Nas memórias dos descendentes, nas fotos amareladas, nas histórias contadas às crianças diante da lareira. Gustav não foi um herói de guerra, nem um político famoso, nem um artista celebrado. Mas foi algo muito mais raro: um homem bom, um pai amoroso, um avô atento, um marido fiel.

Ele plantou sementes — de amor, de respeito, de trabalho — e hoje, suas árvores estão firmes, dando sombra e frutos a gerações que sequer o conheceram, mas que carregam em seus genes e em seus corações o legado dele.

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Se você é descendente, parente, ou simplesmente alguém que acredita no poder das histórias familiares — pare um momento. Respire fundo. Olhe para trás. Gustav está lá, sorrindo, com seu bigode bem aparado, olhando para você com aquele olhar de quem sabe: “Você é parte disso. Você é meu legado.”

E isso, meu amigo, é o que realmente importa.

— Com respeito, saudade e admiração.

Gustav August Heinrich HOELTGBAUM

Nascido a 12 de janeiro de 1872 (sexta-feira) - Benedito Novo, Blumenau, Santa Catarina, Brasil
Falecido a 5 de novembro de 1931 (quinta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 59 anos

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