quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Ribeirão Claro – Ponte Pênsil Alves Lima

 

Ribeirão Claro – Ponte Pênsil Alves Lima


A Ponte Pênsil, entre Chavantes-SP e Ribeirão Claro-PR, foi tombada por sua importância cultural.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Ponte Pênsil Alves Lima
Localização: Rio Paranapanema – Divisa dos Municípios de Ribeirão Claro-PR e Chavantes-SP
Número do Processo: 05/00
Livro do Tombo: Inscr. Nº 140-II, de 13/11/2001

Descrição: A ponte Alves Lima, que permite a ligação entre Ribeirão Claro (PR), e Chavantes (SP) é uma das três pontes pênseis construídas no Brasil. As mais famosas são: a Hercílio Luz, em Florianópolis, e outra, por sinal a mais antiga (inaugurada em 1914), situada em São Vicente, permitiu a ocupação e o desenvolvimento de Praia Grande e demais localidades do litoral sul de São Paulo.

Chama-se ponte pênsil aquela cujo tabuleiro é sustentado por cabos ancorados. Coincidentemente hoje as três pontes são bens tombados, visando assegurar a sua preservação. Também as três assistiram à construção de novas pontes nas suas proximidades, mais modernas, visando desafogar a grande demanda de tráfego que elas mesmas ajudaram a promover.

O Norte Pioneiro foi colonizado através de uma ocupação espontânea de levas de paulistas e mineiros, trazendo a cultura do café para o Paraná. A transposição dos rios, como o Paranapanema, representou uma dificuldade a mais, principalmente na hora de escoar a produção. Meios de transporte precários e a inexistência de estradas eram o tormento daqueles que se estabeleceram nas novas terras que, se por um lado eram dadivosas, por outro dificultavam a transferência de suas riquezas para os centros consumidores.

De início a transposição do rio Paranapanema era feita por balsa, que, além das dificuldades do transporte, não oferecia condições de segurança. Aumentando a produção cafeeira, os fazendeiros da região se movimentaram para superar as dificuldades, construindo uma estrada de ferro.

A construção de uma ponte ligando Ribeirão Claro a Chavantes ocorreu no início dos anos 20, tendo à frente Manoel Antônio Alves Lima, proprietário da fazenda Monte Claro, localizada nas proximidades e à margem esquerda da Paranapanema. Com auxílio financeiro do município de Ribeirão Claro, a ponte foi construída dentro dos planos de ligar essa cidade com a Estação Chavantes da Estrada de Ferro Sorocabana. Embora seja mais conhecida como “Ponte Pênsil de Chavantes”, sua denominação oficial é Ponte Alves Lima, em homenagem ao seu construtor.

Bastante estreita para os padrões atuais, ela representou a “salvação da lavoura” na época em que foi construída. Para comprovar a sua importância, a prefeitura de Ribeirão Claro chegou em 1926 a dar uma ajuda de três contos de réis para a construção da estrada, no Estado de São Paulo, ligando a ponte até Chavantes.

A ponte Alves Lima foi vítima de três fatalidades. Sua importância estratégica fez com que ela fosse abatida nas duas primeiras, tendo sucumbido pela terceira vez devido às forças da natureza. Foi destruída pela primeira vez em 1924, durante a Revolução Paulista, quando as tropas do capitão Alberto Costa invadiram a cidade de Chavantes. Laura Garrido, atualmente residente em Ribeirão Claro, lembra perfeitamente do fato: “Correu notícia na cidade de que a ponte estava queimando e viemos ver. Meus pais me trouxeram. Havia muita gente. Chegamos em tempo de ver as vigas caindo na água. Eu era pequena e sentia dó de tudo que estava acontecendo com nossa ponte”. Terminado o conflito, as obras de reconstrução foram iniciadas, terminando em 1928.

Novo confronto armado destruiu, desta vez com dinamite, a “ponte da esperança”. Foi durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Tropas gaúchas ficaram aquarteladas em Ribeirão Claro, requisitando alimentos da população. Pessoas como Manoel Pereira Garrido, dono de uma padaria, armazém e posto de gasolina, chegavam à falência, pois eram obrigados a prover a manutenção dos invasores. Forçados pelos gaúchos, os revolucionários paulistas recuaram e dinamitaram a ponte para impedir a passagem dos sulistas. O governo paulista só veio a reerguê-la em 1936. A terceira tragédia aconteceu em junho de 1983, vitimada pela maior enchente de que se tem notícia na região. Mas ela foi recuperada dois anos depois.

Na realidade ela é uma ponte mista: dos seus 164 m, apenas 82,5 m formam a parte pênsil, com 4,10 m de largura e 2,88 m livres na altura, o que só permite a passagem de veículos de pequeno porte. Uma placa, gravada em letras de chumbo, ilustra bem a trajetória histórica da única ponte pênsil do Paraná: “Em 1924 e 1932 revoluções armadas destruíram esta ponte. Em 1983 uma grande enchente a destruiu. Toda vez que um mal destruir um bem ele será reconstruído, para que não morra no coração dos homens a esperança. Jovens de Chavantes, 1985”.

Para o coroamento de sua história, através da resolução n.º 65, de 2/3/85 a ponte foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo.
Fonte: CPC.

BENS RELACIONADOS: O
Chavantes – Ponte Pênsil
Ribeirão Claro – Ponte Pênsil Alves Lima

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2

MAIS INFORMAÇÕES:
Estado do Paraná
Wikipedia

União da Vitória – Antigo Hotel Paraná [demolido]

 

União da Vitória – Antigo Hotel Paraná [demolido]


O Antigo Hotel Paraná, em União da Vitória – PR, foi tombado por sua importância histórica.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Antigo Hotel Paraná [demolido]
Localização: Atualmente Loja Ótima – Esquina Praça Coronel Amazonas c/ Av. Presidente Getúlio Vargas – União da Vitória-PR
Número do Processo: –
Livro do Tombo: Inscr. Nº –

Descrição: Hotel Paraná considerado uma das mais belas construções de alvenaria e madeira do Estado do Paraná (não se tem data precisa), construído possivelmente por autoridades do Governo, justamente para abrigar as muitas autoridades, que se dirigiam para a região a qual era integrante do território do contestado.

Imponente, belo, aristocrático, mas ao mesmo tempo misterioso e assustador e muitos comentavam até que o lugar era mal assombrado, pois ali ocorreram dois assassinatos e depois disso, nunca mais fora o mesmo, isso causava medo em algumas pessoas.

Mas dia 5 de junho de 1984, um incêndio criminoso que comprometeu a estrutura de alvenaria, acabou com aquele imponente sobrarão.

Segundo me contou uma das herdeira, uma testemunha chegou a ver um veículo branco com placas de Blumenau se invadindo do local em alta velocidade.

Havia o sonho de transformar o prédio em uma casa de cultura, mas isso não aconteceu.

A família Saade herdeira do Hotel Paraná, colocou a venda o terreno e na época segundo eles, foi pago o valor bem abaixo do que valia.

O tempo faz com que a história desapareça e com que se perca a verdade e os fatos se deturpem…
Texto: Mariano Filho.
Fonte: Rede social da Prefeitura Municipal.

FOTOS:

***Avenida João Pessoa (Luiz Xavier), vemos um desfile militar| *** Foto de 1932 Copyright © Gazeta do Povo.

 ***Avenida João Pessoa (Luiz Xavier), vemos um desfile militar| ***
Foto de 1932
Copyright © Gazeta do Povo.


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(Imagem aérea gravada em 1958 da Avenida Iguaçu para a Avenida Sete de Setembro, onde aparece parte do Colégio Santa Teresinha.)

 (Imagem aérea gravada em 1958 da Avenida Iguaçu para a Avenida Sete de Setembro, onde aparece parte do Colégio Santa Teresinha.)

Vista Parcial de Curitiba, destacando a Região do Bairro Água Verde.
(Imagem aérea gravada em 1958 da Avenida Iguaçu para a Avenida Sete de Setembro, onde aparece parte do Colégio Santa Teresinha.)
Copyright © Gazeta do Povo.

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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Guaratuba – Casa Abage

 

Guaratuba – Casa Abage


A Casa Abage, à Av. Coronel Afonso Botelho, em Guaratuba-PR, foi construída entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Prédio na Av. Coronel Afonso Botelho esquina com R. Prof. Gratulino
Outros Nomes: Casa Abage
Localização: R. Coronel Afonso Botelho, esquina com R. Prof. Gratulino de Freitas – Guaratuba-PR
Número do Processo: 17/66
Livro do Tombo: Inscr. Nº 17-II
Uso Atual: Secretaria Municipal da Cultura e do Turismo (2019)

Descrição: Não existe documentação a respeito do imóvel, um dos últimos remanescentes do período colonial, embora em termos iconográficos esteja registrado numa aquarela de Debret, de 1827, o que permite situar sua construção entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX. Trata-se de sobrado de planta quadrada, construído em alvenaria mista, pedra e tijolos, cobertura em telhado de quatro águas, telhas canal, arrematado por beira-seveira. Aberturas com requadros em cantaria, na fachada principal; nas laterais, em madeira, encimados por vergas curvas no primeiro e segundos pisos. Janelas em guilhotina, divididas em quadrículos, e divisórias internas em sistema de pau-a-pique com os vãos preenchidos com barro. Constitui-se, sem dúvida, em significativo exemplar da linhagem de sobrados edificados consoante o partido colonial espalhados pelo país.
O imóvel era utilizado para comércio e moradia. Abandonado em meados da década de 70, rapidamente se deteriorou. Em 1994 foi recuperado e adaptado para restaurante.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo

A PRAÇA CARLOS GOMES, em 1918

 A PRAÇA CARLOS GOMES, em 1918


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Trevo do Atuba, nos anos 90, em destaque a Antiga Garagem de Ônibus da Penha.

 Trevo do Atuba, nos anos 90, em destaque a Antiga Garagem de Ônibus da Penha.


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***Um dia calmo na 𝑹𝒖𝒂 𝑿𝑽 𝒅𝒆 𝑵𝒐𝒗𝒆𝒎𝒃𝒓𝒐. Poucos pedestres, apenas um carro estacionado, nenhum Bonde à vista. *** Década de 1920.

 ***Um dia calmo na 𝑹𝒖𝒂 𝑿𝑽 𝒅𝒆 𝑵𝒐𝒗𝒆𝒎𝒃𝒓𝒐. Poucos pedestres, apenas um carro estacionado, nenhum Bonde à vista. ***
Década de 1920.


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𝑹𝒖𝒂 𝑿𝑽 𝒅𝒆 𝑵𝒐𝒗𝒆𝒎𝒃𝒓𝒐, nos anos 40

 𝑹𝒖𝒂 𝑿𝑽 𝒅𝒆 𝑵𝒐𝒗𝒆𝒎𝒃𝒓𝒐, nos anos 40


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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Guaratuba – Igreja Matriz de Guaratuba

 

Guaratuba – Igreja Matriz de Guaratuba

A Igreja Matriz de Guaratuba, em Guaratuba-PR, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja Matriz de Guaratuba
Cidade: Guaratuba-PR
Número do Processo: 21-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 13, de 01/04/1938

Descrição: Pequena e singela Igreja Matriz da segunda metade do século XVIII. Nave única e Capela-mor com sacristia lateral e torre sineira construída sobre o corpo desta.
Fonte: Iphan.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome atribuído:
 Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso – Matriz de Guaratuba
Número do Processo: 35/72
Inscrição Tombo: 34-II, de 29/02/1972
Cidade: Guaratuba-PR
Localização:  Praça da Matriz – Paranaguá-PR

Descrição: Em 27 de abril de 1771 o tenente-coronel Afonso Botelho Sampaio de Souza erigiu solenemente a vila nova de São Luiz de Guaratuba como sede do novo termo desmembrado do de Paranaguá. No dia seguinte foi benta a igreja matriz e nela celebrada a primeira missa, pelo padre Bento Gonçalves Cordeiro.
De linhas coloniais muito simples, foi edificada em alvenaria de pedra argamassada e atualmente dividi-se em quatro corpos: nave, capela-mor, sineira, e sacristia. Enquadrada por cunhais, arrematados por coruchéus, ambos em cantaria, a fachada principal é rasgada por portada e das janelas à altura do coro. Todos os requadros da fachada são também em cantaria, vergas e sobrevergas arqueadas. O frontão é movimentado por graciosas curvas e contracurvas e vazado por óculos polilobulado. Encima a cruz também lavrada em cantaria.
Diferente do partido quase sempre adotado na região, a torre sineira, obra do século XIX, se fixa recuada, diante da sacristia, à qual dá aceso através de porta emoldurada por requadro em cantaria com verga e sobreverga arqueadas. Coroando a construção, dois coruchéus em cantaria arrematando empena, emoldurada em pedra lavrada, a qual, de certa forma, repete o motivo ornamental do frontão. ( Aquarela de Debret, feita em 1827, mostra a matriz ainda sem a atual sineira, o que comprova sua posterior edificação).
Nas fachadas laterais, três janelas altas e uma porta central. O interior da igreja é bastante simples, com o piso de tabuado e a nave, em abóbada de berço, tem forro de tábuas corridas, arrematado por cimalha. A igreja, coberta por telhado em duas águas, telha capa-e-canal, apresenta beiral em beira-seveira. Toda a cantaria utilizada na edificação foi trazida, já lavrada, da Ilha do Mel, onde na ocasião estava sendo construída a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, o que faz supor tenha sido o templo projetado pelo tenente-coronel Afonso Botelho Sampaio de Souza.
Fonte: Coordenação do Patrimônio Cultural.

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