quarta-feira, 4 de abril de 2018

A FAMILIA ROBERT CHEGA À COLÔNIA ARGELINA, CURITIBA



"Frederico José Cardais d'Araújo Abranches. Faço saber que tendo Jacques Robert requerido compra da casa n° 16 do lote de campo n° 16 e a da floresta n° 6, situados no núcleo colonial do Bacachery, mandei-lhe passar pela Secretaria desta Presidência o presente título provisório que será substituído pelo definitivo logo que o comprador se mostrar quite com a Fazenda Nacional. Vae este título por mim assignado e sellado com sello da mesma Secretaria. Palácio da Presidência do Paraná, em 22 de junho de 1874, (ass) Frederico José d'Araújo Abranches" (livro 62, acervo do Arquivo Público do Paraná).

Pelo título provisório acima, conseguimos saber que Jacques Robert adquiriu o lote n° 16 da Colônia Argelina. Não consegui nada a respeito do que seria o lote de floresta n° 6.


"Jacques Roberto. O Sr. Francisco Xavier da Silva Procurador do Estado, Faz saber que tendo Jacques Robert comprado o lote n° 16 da colônia Argelina (ilegível) a área de 80.000 m² (ilegível) 8,5 m (ilegível) com a Fazenda do Estado para a qual passaram (ilegível) direito de propriedade no dito terreno (ilegível) com a lei (ilegível), (ass) Fco Xavier" (sem local, sem data, acervo do ITCG)

A partir desse titulo provisório, conseguimos saber que o lote de Jacques Robert era de 80.000 m². Abaixo a localização do lote dentro da colônia e atualmente, dentro do aeroporto do Bacacheri.




O mapa da esquerda é da colônia Argelina e destaca o lote n° 16, de Jacques Robert, faz parte do acervo do ITCG. O mapa da direita é do IPPUC e está demarcada a região aproximada do lote de Jacques, localizado no terreno do aeroporto do Bacacheri. 

A imagem abaixo é do acesso principal ao lote de Jacques, atualmente dentro do aeroporto, marcado com o pino amarelo nos mapas acima.


Não sei até quando a família Robert permaneceu na colônia Argelina. Desde 1885 o lote 16 estaria com o italiano Pedro Zechin e contaria com uma casa de madeira, roça de milho, centeio e vinhas e mais 3 cabeças de gado. Em 1885 terminou a construção do trecho Curitiba-Paranaguá da estrada de ferro e a família pode ter se mudado para outro lugar, provavelmente no mesmo bairro. Arquivo Público do Paraná, livro códice 832, Estatísticas das colônias da Província do Paraná, organizada em dezembro de 1887.

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