quarta-feira, 5 de julho de 2023

HARRY LUHM E A SALA PERFUMADA "A inauguração do Cine Luz marcaria para sempre o menino Harry Luhn, que tinha 9 anos na época.

 HARRY LUHM E A SALA PERFUMADA
"A inauguração do Cine Luz marcaria para sempre o menino Harry Luhn, que tinha 9 anos na época.


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"Flor de Maçã", da Helena Rubinstein, da época.
Foto: http://xn--fragrncia-f2a.com/

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Inauguração do Cine Luz, 19/12/1939.
Foto: Domingos Fogiatto, gazetadopovo.com.br
HARRY LUHM E A SALA PERFUMADA
"A inauguração do Cine Luz marcaria para sempre o menino Harry Luhn, que tinha 9 anos na época. Harry era um dos filhos de Erich Luhn, proprietário da perfumaria “Lá no Luhn”, na XV de Novembro, única especializada em Curitiba, na época.
A empresa Helena Rubinstein, cujos produtos eram comercializados na perfumaria, procurava lançar no mercado curitibano sua mais nova essência, a Flor de Maçã. A intenção era criar uma ação promocional de grande impacto, que superasse os tradicionais anúncios em jornais e rádios ou a exibição dos frascos nas vitrines da loja.
Erich Luhn percebeu que todas as atenções da cidade estavam direcionadas para a inauguração do Luz, então reuniu-se com Henrique Oliva, dono do cinema, e a primeira idéia que ocorreu a ambos foi produzir e projetar um filme para ser exibido antes do filme "A Meia Noite". Logo concordaram, que a ação não seria sequer lembrada após o filme. Assim, partiram para uma promoção mais sensorial.
Na tarde de 19 de dezembro de 1939, Erich levou todos os seus funcionários e filhos para o Luz. Munidos de uma bomba de flit com a nova essência, o grupo espalhou o perfume Flor de Maçã por todo o cinema, incluindo o balcão. Assim que as portas se abriram para as sessões da noite, as senhoras e senhoritas receberam um cartão de congratulação do novo cinema e um lencinho com o perfume Flor de Maçã. Antes da exibição do filme e para sorte do novo produto, foi exibido um curta que mostrava imagens coloridas de jardins floridos ao som de Schubert.
Após a trabalhosa operação de “flitar” o cinema, Erich e os filhos foram conhecer a cabine de projeção. Foi neste instante que o pequeno Luhn ficou maravilhado com a tecnologia alemã, ainda em testes finais de funcionamento. A partir daí fez amizade com os projecionistas e passou a freqüentar o cinema no mínimo três vezes por semana, assistindo aos filmes da cabine, enquanto desempenhava pequenas tarefas, como ajudar a rebobinar as fitas.".
(Extraído de: Usp/dissertação de Fabio Luciano Francener Pinheiro. - Fotos: Pinterest, gasetadopovo.com).
Paulo Grani

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