segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Anúncios antigos de 1907: o que Curitiba vendia (e sonhava) no começo do século

 

Anúncios antigos de 1907: o que Curitiba vendia (e sonhava) no começo do século

📰 Anúncios antigos de 1907: o que Curitiba vendia (e sonhava) no começo do século

Segura o boné (ou o chapéu, já que na época todo mundo usava)! 🕰️

Acabamos de desenterrar uma página de jornal antigo de Curitiba, dos primeiros anos do século XX — e é uma verdadeira capsula do tempo cheia de charme, bigodes e muito espírito empreendedor.

Farmácias com cara de botica, madeireiras que construíam cidades, fornecedores de trens e até uma revistinha infantil com ilustrações adoráveis… Tudo isso já existia — e em plena Curitiba, antes do trânsito, do Wi-Fi e do “oi, tudo bem?” no WhatsApp.

Vem comigo nessa viagem ao passado — com parada garantida na nostalgia!


💊 Farmácia J. Volpi: onde o farmacêutico era quase um vidente

No canto superior esquerdo, lá está ela: a Farmácia J. Volpi, localizada na Rua São Augusto, nº 285 — um endereço que hoje pode até estar debaixo de um prédio moderno, mas que, na época, era ponto de referência.

Com tipografia elegante e bordas decoradas, o anúncio tem ar de sofisticação. E o nome? José Volpi — soa como um médico de novela italiana, de jaleco branco e bigode impecável.

Eles vendiam:

  • Remédios em frascos de vidro
  • Ervas medicinais
  • Produtos de higiene
  • E até fórmulas feitas na hora

Era o equivalente ao consultório + farmácia + conselho de vida. Você chegava com dor de cabeça e saía com um remédio, um conselho e um “cuidado com o frio”.


🪵 Zilma: a madeireira que construiu o Paraná

No centro da página, um nome que soa como um romance: Industria e Exportadora de Madeiras “Zilma”.

Sim, Zilma — talvez uma homenagem à esposa do dono, ou só um nome escolhido por ser moderno e bonito. Mas o negócio era sério.

Eles forneciam:

  • Madeiras de todas as espécies
  • Cortes especiais para construção
  • Materiais para embarques e transporte

Era a coluna vertebral da construção civil da época. Sem a Zilma, não tinha casa, não tinha ponte, não tinha futuro.
Era como se fosse a "Lojas Renner" da madeira — só que com serras, caminhões de bois e muito suor.


⚙️ J. Esteves: o “posto de gasolina” dos trens

No lado direito, um anúncio poderoso: J. Esteves, fornecedor geral de combustíveis e ferramentas para a Ferrovia Paraná-São Catharina.

O que eles vendiam?

  • Carvão (o “combustível” dos trens a vapor)
  • Óleo lubrificante
  • Peças de Retorno
  • Ferramentas para manutenção

Ou seja: eram os mecânicos oficiais do trem — garantindo que os bondes e locomotivas não quebrassem no meio da linha.

Localizada na Rua L. de Barros, nº 87 , a empresa era essencial para o transporte público da época. Sem eles, o trem parava… e a cidade parava junto.


🧒 Folhinha d'O Dia: a revista infantil que encantava com desenhos

No canto inferior esquerdo, um anúncio pequeno, mas cheio de alma: Folhinha d'O Dia , uma revista infantil com ilustrações divertidas e histórias leves.

O destaque? Um personagem com chapéu, bigode e ar de professor — talvez o mascote da revista, ou o “tio da leitura” que contava piadas e ensinava moral.

Era o primeiro passo da imprensa infantil no Brasil — um espaço onde as crianças podiam ler, rir e aprender, longe das aulas sérias da escola.

Parece até que ouvimos:

“Mamãe, posso comprar uma Folhinha ?”


🎨 Detalhes que contam histórias

Além dos grandes anúncios, há pequenos tesouros:

  • A Farmácia Moura , com foto do dono — um homem de barba, olhar sério e autoridade absoluta.
  • Um aviso sobre "Zig" , um produto misterioso (seria remédio? inseticida? xampu?).
  • E a presença de nomes próprios como J. Volpi, J. Esteves, Zilma — provando que, naquela época, o negócio era pessoal .

🌟Por que isso é tão incrível?

Porque mostra que Curitiba já era uma cidade com vida comercial pulsante em 1907. Porque prova que pequenos empreendedores moviam a economia — com ofício, honra e muito trabalho. E porque revelou que o passado tinha mais cor do que a gente pensa — mesmo em preto e branco.


🎉 Conclusão: o futuro era feito à mão

Hoje temos apps, entregas em 30 minutos e compras por voz. Em 1907, tínhamos:

  • Farmacêuticos que conheciam seus clientes
  • Madeireiras que construíram cidades inteiras
  • Fornecedores que mantêm os trens rodando
  • E revistas que faziam crianças sorrir com papel e tinta

Se o Paraná é hoje um estado moderno, produtivo e inovador, tudo começou com gente como J. Volpi, J. Esteves, o dono da Zilma e o criador da Folhinha d'O Dia.

E se você nunca viu um jornal assim? Agora sabe: O Brasil já era grande — mesmo antes de ser grande. 🇧🇷💛


📸 Imagem do anúncio:

Página de jornal histórico com anúncios de Curitiba, Paraná — início do século XX.


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