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sábado, 8 de julho de 2023

Rubens Mendes de Moraes (Curitiba, 26 de setembro de 1924 - Curitiba, 10 de março de 2001)

 Rubens Mendes de Moraes (Curitiba26 de setembro de 1924 - Curitiba, 10 de março de 2001

Rubens Mendes de Moraes
Coronel da Polícia Militar do Paraná
Nome completoRubens Mendes de Moraes
Dados pessoais
Nascimento26 de setembro de 1924
Curitiba  Paraná
Morte10 de março de 2001 (76 anos)
Curitiba  Paraná
Nacionalidade Brasil
Vida militar

Rubens Mendes de Moraes (Curitiba26 de setembro de 1924 - Curitiba, 10 de março de 2001) foi uma personalidade polivalente. Ele foi policial militarprodutor de filmespoetapintor, trabalhou no serviço de inteligência, conheceu pessoalmente diversos presidentes, e até dançou com a Evita Perón.[1] Entretanto é mais conhecido pelas diversas composições musicais que realizou; com destaque: a Canção 10 de Agostocanção oficial da Polícia Militar do Paraná.[2]

Biografia

Rubens Mendes de Moraes nasceu em 26 de Setembro de 1924, na cidade de Curitibafilho de Francisco Mendes e Santina Dallicani. Casou-se com Esther Malucelli (30 de Novembro de 1922 - 11 de Setembro de 2003), em Morretes. Tinha como passatempos, com a família e amigos, o radioamadorismo (desde 1956), Prefixo PY5IM; a pescaria amadora, gostava de pescar no Rio Nhundiaquara, em Morretes; e também o ilusionismo.[1] Faleceu em 10 de Março de 2001, em Curitiba, com a idade de setenta e sete anos.

Formação acadêmica

Carreira militar

Rubens Mendes de Moraes incorporou à Polícia Militar do Paraná em 02 de março de 1942, como simples soldado. Permaneceu no serviço ativo até 28 de setembro de 1973 (trinta e um anos de atividade); passando para a reserva (aposentadoria) no posto de coronel,[5] na época o mais jovem oficial a ter atingido tal posição no Brasil.[6]

Promoções hierárquicas

Condecorações

Distintivo de especialisação do extinto Curso de Controle de Tumultos.

Cursos de especialização

Artista

Rubens Mendes de Moraes teve fortes vínculos com o setor cultural; tendo ativa participação no cinemapoesiapintura, música, etc.

Cinema

Rubens Mendes Moraes era uma pessoa apaixonada pelo cinema desde sua infância. Entre os anos de 1966 e 1969 ele ajudou a produzir no Paraná ao menos três filmesO Diabo de Vila VelhaMaré Alta e E Ninguém Ficou em Pé. Filmes primitivos em seu resultado final, mas realizados com honestidade, idealismo e entusiasmo. Estas obras, hoje praticamente perdidas (cópias incompletas tem sido, eventualmente exibidas em sessões especiais) mostram uma fase de nosso cinema.[6]

  • O Diabo de Vila Velha

Esse filme foi produzido por Nelson Teixeira Mendes, que teve entre seus diretores o catarinense Ody Fraga (1927-1987), José Mojica Marins e até Alfredo Palácios. Em 1964 esse filme teve seqüências de ação dirigidas por Rubens Mendes de Moraes, no qual também participou como ator.[18]

  • Maré Alta

Rubens Mendes de Moraes associou-se ao veterano ator da AtlântidaEugênio Contim, que havia feito uma ponta em Ganga Bruta de Humberto Mauro, e durante quatro meses acompanhou na Ilha do Mel e Paranaguá as filmagens de Maré Alta, que também acabou como um produto híbrido, ao qual juntaram-se Contim, o ator Egydio Eccio (1927-1979), Pena Filho e, especialmente José Vedovato (1921-1982). Essa produção quase consumiu todo o seu patrimônio, tais as dificuldades enfrentadas, e apenas lhe rendeu o suficiente para cobrir as despesas.[18]

  • E Ninguém Ficou em Pé

Rubens Mendes de Moraes associou-se a José Vedovato, que havia se radicado em Curitiba, e auxiliou na produção do faroesteE Ninguém Ficou em Pé, que teve locações em Campo do Tenente, Paraná.[19]

Compositor

Rubens Mendes de Moraes foi autor das letras de uma série de hinos e canções oficiais de unidades da Polícia Militar do Estado do Paraná; bem como de outras instituições.

Algumas das obras compostas:

Pintor

Na aposentadoria Rubens Mendes de Moraes passou a dedicar-se à pintura, utilizando-se unicamente da espátula. Produziu diversas telas, muitas representando paisagens de Morretes, terra natal de sua esposaEsther Malucelli, todas presenteadas a amigos.[26]

Cargos assumidos

Rubens Mendes de Moraes ocupou importantes cargos, tais como:

Círculo de Estudos Bandeirantes

Círculo de Estudos Bandeirantes (CEB) surgiu 1929, por inicativa de um grupo de intelectuais, a maioria de Curitiba, que reuniuram-se para o cultivo da cultura e da intelectualidade paranaense. O CEB contribuiu para fundar as duas mais importantes universidades de Curitiba: a Universidade Federal do Paraná (UFPR), cedendo a Faculdade de Filosofia, fundada com inspiração no Círculo; e, depois, cedendo a Faculdade Católica de Filosofia, Ciências e Letras, que foi a origem da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), erigida em 1959. Em 1986 o CEB passou a ser um órgão cultural da PUCPR, que desde então tem somado esforços em prol da cultura, do resgate da memória histórica do Paraná e do Brasil.[28]

Rubens Mendes de Moraes foi o associado número 564, admitido em 16 de novembro de 1988.[29]

Auditório Coronel Rubens Mendes de Moraes, auditório do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Paraná.

Auditório do Quartel do Comando Geral

auditório do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Paraná tem por designação, e homenagem, a denominação como: Auditório Coronel Rubens Mendes de Moraes.

Vulto Emérito de Curitiba

Através da Lei Municipal nº 8.845, de 21 de maio de 1996, Rubens Mendes de Moraes foi homenageado pela Câmara Municipal de Curitiba como Vulto Emérito da cidade.[30] Homenagem concedida pelo Vice-prefeito, em exercício do cargo de PrefeitoJosé Carlos Gomes Carvalho.

Bibliografia

  • Revista Integração N° 9, 1° semestre de 2006 - Revista de assunto profissionais produzida pela Associação da Vila Militar.[31]

Notas e referências

  1. ↑ Ir para:a b Página da família no FaceBook.
  2.  Portaria do Comando Geral n° 955, 1ª Seção do Estado Maior - 1982.
  3.  Diário Oficial da União, de 10 de maio de 1962.
  4. ↑ Ir para:a b c d Revista Integração N° 9 - Revista de assunto profissionais produzida pela Associação da Vila Militar.
  5.  Resolução n° 2.383 - Boletim do Comando Geral n° 060, de 13 de Março de 2001.
  6. ↑ Ir para:a b Rubens, um militar que ajudou o nosso cinema Tablóide Digital do jornalista Aramis Millarch.
  7.  Decreto Estadual n° 4.677.
  8.  Decreto Estadual n° 13.527.
  9.  Decreto Estadual n° 13.980.
  10.  Decreto Estadual n° 18.717.
  11.  Decreto Estadual n° 18.999.
  12.  Decreto Estadual n° 6.025.
  13.  Decreto n° 9.715, de 1957.
  14.  Decreto Estadual nº 1.082, de 12 de julho de 1999.[ligação inativa] Diário Oficial do Estado do Paraná.
  15.  Decreto n° 1.638, de 1966.
  16.  Decreto n° 20.511, de 1966.
  17.  Decreto n° 6.911, de 1967.
  18. ↑ Ir para:a b c As missões de Rubens Tablóide Digital do jornalista Aramis Millarch.
  19.  .. E ninguém ficou de pé (afinal na tela) Tablóide Digital do jornalista Aramis Millarch.
  20.  Página oficial do Município de Videira Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine..
  21.  Página oficial da Polícia Militar do Paraná.
  22.  Canção 10 de Agosto Página oficial da Polícia Militar do Paraná.
  23.  Portaria do Comando-Geral nº 995, de 20 de dezembro de 1982. Página oficial da Polícia Militar do Paraná.
  24.  Portaria do Comando Geral n° 551, 1ª Seção do Estado Maior/1982.
  25.  Canção da Polícia Rodoviária Página oficial da Polícia Militar do Paraná.
  26.  Pintando o 7 Tablóide Digital do jornalista Aramis Millarch.
  27.  As eleições coritibanas Tablóide Digital do jornalista Aramis Millarch.
  28.  «Página da Pontifícia Universidade Católica do Paraná». Consultado em 26 de junho de 2012. Arquivado do original em 8 de julho de 2012
  29.  «Associados do Círculo de Estudos Bandeirantes.» (PDF). Consultado em 26 de junho de 2012. Arquivado do original (PDF) em 7 de agosto de 2014
  30.  Página da Câmara Municipal de Curitiba
  31.  Página oficial da Associação da Vila Militar da PMPR.