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sábado, 14 de outubro de 2023

Dom Afonso III o Bolonhês Nascido a 5 de maio de 1210 - Coimbra, Leiria, Portugal Falecido a 16 de fevereiro de 1279 - Alcobaça, Portugal, com a idade de 68 anos Conde de Bolonha; Rei de Portugal e Algarve

 

Dom Afonso III o Bolonhês 

M  Dom Afonso III o Bolonhês

  • Sosa : 4.718.592
    • Nascido a 5 de maio de 1210 - Coimbra, Leiria, Portugal
    • Falecido a 16 de fevereiro de 1279 - Alcobaça, Portugal, com a idade de 68 anos
    • Conde de Bolonha; Rei de Portugal e Algarve
    1 ficheiro disponível

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

 Notas

Notas individuais

  • Nota (1): Afonso III (Coimbra, 5 de maio de 1210 – Alcobaça, 16 de fevereiro de 1279), apelidado de "o Bolonhês" por seu casamento com Matilde II, Condessa de Bolonha, foi o Rei de Portugal de 1249 até sua morte, e também o primeiro monarca português a utilizar o título de Rei de Algarve.

    Além disso, ele foi Conde de Bolonha de 1238 até 1253 em direito de sua esposa. Era o segundo filho do rei Afonso II e sua esposa Urraca de Castela, tendo ascendido ao trono depois de depôr seu irmão mais velho Sancho II.

    Como segundo filho, Afonso não deveria herdar o trono destinado a Sancho e por isso viveu em França, onde se casou com Matilde II, Condessa de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde jure uxoris de Bolonha, onde servia como um dirigente militar, combatendo em nome do Rei Luís IX de França e seu primo.

    Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV nesse mesmo ano despacha a Bula Inter alia desiderabilia que prepara a deposição de facto do monarca.

    O papado, através de duas Breves, ainda aconselha Afonso, Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. Mas a 24 de julho, a Bula Grandi non immerito depõe oficialmente Sancho II do governo do reino, e Afonso torna-se regente.

    Os fidalgos levantam-se contra Sancho, e Afonso cede a todas as pretensões do clero no "Juramento de Paris", uma assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino.

    Abdicou imediatamente das suas terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos últimos dias do ano, onde se fez coroar rei em janeiro do 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.

    Até à morte de D. Sancho e a sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino. Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e repudiou Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas. Por este procedimento, Afonso III ficou conhecido também como o pai do "Estado Português", distribuindo alcaides pelos castelos e juízes pelas diferentes vilas e terras. O objectivo era a implantação de um poder legal com o qual todos os habitantes do Reino português mantivessem uma relação de igualdade.

    Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do édito de várias cartas de foral.

    Em 1255, transferiu a capital do Reino de Portugal de Coimbra para Lisboa. Foram por sua ordem feitas as Inquirições Gerais, iniciadas em 1258, como forma do rei controlar, não só o grande poder da Nobreza, mas também para saber se lhe estavam a ser usurpados bens que, por direito, pertenciam à Coroa.

    Em 1253, o rei desposou D. Beatriz, popularmente conhecida por D. Brites, filha de D. Afonso X de Castela, O Sábio. Desde logo isto constituiu polémica pois D. Afonso era já casado com Matilde II de Bolonha.

    O Papa Alexandre IV respondeu a uma queixa de D. Matilde, ordenando ao rei D. Afonso que abandone D. Beatriz em respeito ao seu matrimónio com D. Matilde. O rei não obedeceu, mas procurou ganhar tempo neste assunto delicado, e o problema ficou resolvido com a morte de D. Matilde em 1258. O infante, D. Dinis, nascido durante a situação irregular dos pais, foi então legitimado em 1263.

    O casamento funcionou como uma aliança que pôs termo à luta entre Portugal e Castela pelo Reino do Algarve. Também resultou em mais riqueza para Portugal quando D. Beatriz, já após a morte do rei, recebe do seu pai, Afonso X, uma bela região a Este do Rio Guadiana, onde se incluíam as vilas de Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla. Tamanha dádiva deveu-se ao apoio que D. Brites lhe prestou durante o seu exílio na cidade de Sevilha.

    Primeira esposa, Matilde II de Bolonha, sem descendência.

    Segunda mulher, infanta Beatriz de Castela (1242-1303): 1. Branca de Portugal (1259 –1321), senhora do Mosteiro de Las Huelgas em Burgos; 2. Dinis de Portugal (1261-1325), sucessor do pai no trono, casou-se com a rainha Santa Isabel de Aragão; 3. Afonso de Portugal (8 de fevereiro de 1263–2 de novembro de 1312), senhor de Portalegre, casou-se com a infanta Violante Manuel, senhora de Elche e Medellín, filha do infante Manuel de Castela e de Constança de Aragão; 4. Sancha de Portugal (2 de fevereiro de 1264-Sevilha 1302); 5. Maria de Portugal (21 de novembro de 1264–6 de junho de 1304), monja no mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. 6. Maria de Portugal (1265-c. 1266), que faleceu antes de um ano; 7. Vicente de Portugal (22 de janeiro de 1268–1268), faleceu no mesmo ano de seu nascimento, segundo a inscrição no seu túmulo no Mosteiro de Alcobaça. 8. Fernando de Portugal, segundo Figanière, morreu em 1262 e foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça, embora, "a única vez que é referido na documentação reporta-se ao ano 1269, pelo que terá nascido e morrido no mesmo ano";

    Em algumas crônicas antigas, menciona-se outra filha, Constança, no entanto, não há provas da sua existência segundo Figanière. Esta suposta filha, segundo outros historiadores, morreu muito nova em Sevilha e foi sepultada no Mosteiro de Alcobaça. No entanto, "esta referência deve (...) aplicar-se à infanta Sancha (que deve), embora com diferentes nomes, ter sido uma única infanta".[16]

    Filhos naturais:

    Havidos de Madragana Ben Aloandro, depois chamada Mor Afonso, filha do último alcaide do período mouro de Faro, o moçárabe Aloandro Ben Bakr: 1. Martim Afonso Chichorro; (1250-1313) 2. Urraca Afonso de Portugal (c. 1260- depois de 1290) casada por duas vezes, a primeira em 1265 com Pedro Anes Gago de Riba de Vizela e a segunda em 1275 com João Mendes de Briteiros, filho de Mem Rodrigues de Briteiros.

    Havidos de Maria Peres de Enxara: 1. Afonso Dinis (1260-1310);

    Havida em Elvira Esteves: 1. Leonor Afonso (m. 1259), freira no mosteiro de Santa Clara em Santarém,;

    De outras senhoras: 1. Fernando Afonso, cavaleiro hospitalário; 2. Gil Afonso (1250-1346), cavaleiro hospitalário; 3. Rodrigo Afonso (1258-1272), prior de Santarém; 4. Leonor Afonso (1250), senhora de Pedrógão e Neiva, casada por duas vezes, a primeira com D. Estevão Anes de Sousa, senhor de Pedrógão e a segunda em Santarém em 1273 com D. Gonçalo Garcia de Sousa filho de Garcia Mendes de Sousa; 5. Urraca Afonso (m. 4 de novembro de 1281), viveu no mosteiro de Lorvão;

 Fontes

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