Mostrando postagens com marcador Ernesto Giesbrecht (Ponta Grossa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ernesto Giesbrecht (Ponta Grossa. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Ernesto Giesbrecht (Ponta Grossa, 27 de março de 1921 — São Paulo, 20 de julho de 1996)

 Ernesto Giesbrecht (Ponta Grossa27 de março de 1921 — São Paulo20 de julho de 1996)


Ernesto Giesbrecht
Ernesto Giesbrecht e Paschoal Senise.
Nascimento27 de março de 1921
Ponta GrossaParanáBrasil
Morte20 de julho de 1996 (75 anos)
São PauloBrasil
Alma materUniversidade de São Paulo
PrêmiosComendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (1995)
Orientador(es)(as)Heinrich Rheinboldt
InstituiçõesUniversidade de São Paulo
Campo(s)Química
TeseEstudo sistemático sobre o isomorfismo de éteres, sulfetos, selenetos e acíclicos (1947)

Ernesto Giesbrecht (Ponta Grossa27 de março de 1921 — São Paulo20 de julho de 1996) foi um químicopesquisador e professor universitário brasileiro.

Membro associado da Academia Brasileira de Ciências e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico,[1] foi professor titular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), de onde também foi diretor, entre 1974 e 1978. Hoje, o laboratório de química inorgânica do IQ-USP leva o seu nome.

Biografia

Ernesto nasceu na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, em 1921. Começou o então curso secundário em Curitiba, mas concluiu no Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, para onde se mudou em 1935. Lá também cursou o pré-politécnico, curso de dois anos preparatório para ingressar na Escola Politécnica.[2]

Formou-se na sétima turma de Química na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), da USP, em 1941. Em 1943, recebeu o título de bacharel em Química e permaneceu na faculdade, como assistente do professor Heinrich Rheinboldt, a convite deste. Tornou-se doutor em 1947, sob a orientação de Rheinboldt, com a tese "Estudo sistemático sobre o isomorfismo de éteres, sulfetos, selenetos e acíclicos",[3] livre-docente em 1952 e professor catedrático em 1962.[4]

Além de ter dirigido o IQ-USP (de cuja instalação da congregação foi signatário em 27 de fevereiro de 1970), foi também diretor da FFCL-USP em Ribeirão Preto, entre 1981 e 1984, e vice-diretor da Escola de Comunicações Culturais (1969-1970), do Instituto de Biociências (1978-1981) e do IQ-USP (1970-1974). Foi eleito membro da Academia Brasileira de Ciências em 1968 e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo em 1974.[4]

Coordenou ainda o Programa Multinacional de Química, patrocinado pela Organização dos Estados Americanos (1969-1975),[5] e o Programa NAS-CNPq, na área de química inorgânica, juntamente com o professor Henry Taube, "possibilitando a implantação de pesquisas modernas na área de reações inorgânicas na USP".[6] Além de Taube, trabalhou com outro vencedor de Prêmio Nobel, Paul Karrer.[6] Foi fundador da Sociedade Brasileira de Química,[7] fundador e editor de revista de educação e organizador de diversos simpósios internacionais, científicos e de educação, pela OEA, como membro da Comissão de Ensino de Química da IUPAC e como secretário geral da Federação Latino-Americana das Sociedades Químicas, FLAQ.[6]

Morte

Ernesto morreu em 20 de julho de 1996, em São Paulo, aos 75 anos, devido a um infarto. Ele era acometido pela Doença de Parkinson havia alguns anos.[4]

Referências

  1.  Associação Brasileira de Ciências (Setembro de 1995). «Correção da edição anterior». Notícias da ABC, Ano IV, edição 4, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 25 de março de 2022
  2.  Ernesto Giesbrecht, ed. (1994). «Ernesto Giesbrecht: o desenvolvimento do ensino da Química»Revista de Estudos Avançados da USP8 (22). doi:10.1590/S0103-40141994000300010. Consultado em 22 de março de 2022
  3.  Paschoal Senise, Origem do Instituto de Química da USP, São Paulo: Instituto de Química da USP, 2006, pág. A7
  4. ↑ Ir para:a b c Senise, Paschoal. «Origem do Instituto de Química da USP» (PDF). Instituto de Química da USP. Consultado em 22 de março de 2022
  5.  «Programa deixa SPO». Correio Braziliense, edição 4546, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 2 de setembro de 1974. Consultado em 25 de março de 2022
  6. ↑ Ir para:a b c Aécio P. Chagas e Henrique E. Toma (28 de junho de 1991). «Ernesto Giesbrecht, professor» (PDF). São Paulo: Sociedade Brasileira de Química/CNPq/Fapesp. Química Nova14 (3): 149-153. Consultado em 14 de março de 2010
  7.  «SBQ - Biênio 2002-2004, boletim eletrônico número 341». Sociedade Brasileira de Química. Consultado em 22 de março de 2022

Ligações externas