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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Isabel da França Nascida em 1295 - Paris, França Falecida a 22 de agosto de 1358, com a idade de 63 anos Rainha consorte da Inglaterra

 

 Isabel da França 

F  Isabel da França

  • Sosa : 2.359.305
    • Nascida em 1295 - Paris, França
    • Falecida a 22 de agosto de 1358, com a idade de 63 anos
    • Rainha consorte da Inglaterra
    1 ficheiro disponível

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Notas

Notas individuais

  • Nota (1):

    Isabel da França (Paris, 1295 – Castle Rising, 22 de agosto de 1358), as vezes chamada de a Loba da França, foi a esposa do rei Eduardo II e Rainha Consorte do Reino da Inglaterra de 1308 até 1327.

    Era a filha mais nova e a única mulher sobrevivente do rei Filipe IV da França e sua esposa a rainha Joana I de Navarra.

    Isabel chegou na Inglaterra aos doze anos de idade durante um período de conflito cada vez maior entre o rei e seus barões. Seu marido era famoso pelo enorme padronado que dava a seu favorito Piers Gaveston, Conde da Cornualha, porém a nova rainha acabou apoiando Eduardo nos primeiros anos, formando uma relação de trabalho com Gaveston e usando sua relação com a monarquia francesa para ganhar poder e autoridade. Entretanto, após o assassinato de Gaveston em 1312 nas mãos dos barões, o rei encontrou um novo favorito na forma de Hugo Despenser, o Jovem, e tentou se vingar, resultando na Guerra Despenser e um período de repressão interna. Isabel não tolerava o favorito e seu casamento com Eduardo chegou num ponto de ruptura em 1325.

    Ela viajou para a França alegando estar em uma missão diplomática. Lá começou a ter um caso com Rogério Mortimer, 1.º Conde de March, e os dois concordaram em depor Eduardo e a família Despenser. Isabel retornou para a Inglaterra em 1326 com um pequeno exército mercenário. As forças do rei acabaram deserdando e ela conseguiu depor o marido em janeiro do ano seguinte, tornando-se regente de seu filho Eduardo III junto com Mortimer. Muitos acreditam também que Isabel ordenou o assassinato de Eduardo II. Seu novo regime com Mortimer logo começou a ruir, parcialmente por seus enormes gastos, mas também porque a rainha conseguiu, de forma impopular, resolver duradouros problemas como as guerras contra a Escócia.

    Eduardo III tomou o poder a força em 1330 e assumiu autoridade sobre o reino, executando Mortimer por traição. Isabel não foi punida e viveu por muitos anos em conforto considerável, fora da corte do filho, até morrer em 1358. Ao longo dos anos ela se tornou uma figura "mulher fatal" popular em peças de teatro e obras de literatura, geralmente representada como uma personagem linda, porém cruel e manipuladora.

    Casamento[editar | editar código-fonte] Casou-se na Catedral de Notre Dame de Bolonha, em Bolonha-sobre-o-Mar, em 22 de janeiro de 1308, com o futuro rei Eduardo II, filho de Eduardo I de Inglaterra e de Leonor de Castela.

    Seu marido era tido como homossexual, o que não impediu o nascimento de quatro filhos do casal.

    Filhos: 1. Eduardo III ( 13 de novembro de 1312 – 21 de junho de 1377) sucessor do pai como rei, foi marido de Filipa de Hainault, pai entre vários filhos de João de Gante, fundador da Dinastia de Lencastre, e de Edmundo de Langley, fundador da Casa de Iorque; 2. João de Eltham, Conde da Cornualha (15 de agosto de 1316 - 13 de setembro de 1336) foi duque da Cornualha, e por um tempo, herdeiro do trono. Não teve descendência; 3. Leonor de Woodstock (18 de junho de 1318 - 22 de abril de 1355) foi condessa de Gueldres como esposa de Reginaldo II de Gueldres, com quem teve filhos; Joana de Inglaterra (5 de julho de 1321 — 7 de setembro de 1362) foi rainha da Escócia como esposa de David II. Não teve filhos.

    Atuação política

    Em 1325, Isabel decidiu tomar uma atitude na complicada política inglesa, então dominada pelo conflito entre o rei e os seus aliados. os Despenser. com o resto da nobreza. O país vivia em semi-anarquia há alguns anos e o poder dos Despenser já tinha causado execuções e exílios. A pretexto de uma visita ao irmão, Carlos IV, Isabel abandonou a Inglaterra e levou Eduardo, o herdeiro da coroa.

    No continente aliou-se a nobres exilados e, em particular, a Rogério Mortimer, 1.º Conde de March, que se tornou seu amante. Em setembro de 1326, desembarcou em Inglaterra à frente de numeroso exército, para libertar o país dos Despenser. Nos meses seguintes, capturou e executou Hugo Despenser e seu filho e mandou prender Eduardo II. O parlamento obrigou Eduardo II a abdicar em prol do filho em janeiro de 1327. Uma vez que Eduardo III tinha apenas 14 anos, Isabel foi nomeada regente em conjunção com Roger Mortimer.

    Mas seu poder não estaria seguro enquanto o marido estivesse vivo. A morte natural do marido, em setembro de 1327, no Castelo de Berkeley, permitiu-lhe exercer a regência de fato com Mortimer. Segundo uma crónica atribuída por alguns autores a Thomas de la Moore e por outros a Geoffrey le Baker,[1] o rei terá sido assassinado a mando da rainha e de Mortimer, de uma maneira particularmente cruel: no meio da noite, sua cela foi invadida por homens que o amarraram sobre uma mesa. Seus intestinos foram perfurados por vara de ferro incandescente, introduzida em seu ânus através de um chifre de boi, para, assim, não restarem marcas externas do suplício. Em 1330, seu filho Eduardo III tomou o poder, mandou executar Mortimer por regicídio e encerrou a mãe no castelo de Norfolk no norte do país, onde ela morreu em 1358 ainda exilada.

    Foi personagem política da maior importância no século XIV, não só pela sua iniciativa em vida, mas também pela ligação à coroa de França. Morto o pai, três dos seus irmãos foram reis de França mas nenhum conseguiu assegurar a continuidade da dinastia Capeto. Em 1328, seu primo afastado Filipe VI de França tornou-se no primeiro rei da dinastia de Valois. Eduardo III, no entanto, considerou que suas próprias pretensões à coroa francesa eram de valor superior, por via de sua mãe Isabel. Em 1337 declarou guerra ao rei de França e iniciou a Guerra dos Cem Anos.

    Na cultura popular

    Filmes Isabel de França foi interpretada por Sophie Marceau no filme Braveheart de Mel Gibson, sobre a revolta escocesa liderada por William Wallace. Visto que Isabel só se tornou parte da família real inglesa em 1308, três anos depois de Wallace ter sido executado, a sua presença nesta história é um anacronismo. Em Edward II de 1991, filme baseado na peça de mesmo nome, a rainha é interpretada por Tilda Swinton.

    Livros Por outro lado, muitos livros foram escritos sobre sua vida, inclusive a famosa série de «Os Reis Malditos», de Maurice Druon, pois um dos volumes se intitula justamente «A Loba da França». A rainha também aparece no livro World Without End do autor galês Ken Follett, e foi interpretada pela atriz Aure Atika na série baseada no livro de mesmo nome.

    Peças de teatro Isabel é protagonista na peça Edward II do escritor do século XVI, Christopher Marlowe, durante o Período elisabetano.

 Fontes

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