ORIGENS ITALIANAS DO BAIRRO ÁGUA VERDE
Desfile cívico da banda da Polícia Militar percorrendo a antiga Estrada do Portão, hoje Avenida República Argentina, no dia da inauguração da Sociedade Internacional Água Verde, em 1905. Ao fundo, o espaço da atual Praça do Japão.
Antigo Quarteirão dos Paiva. Ao fundo a torre da Igreja da Água Verde.
Colonos da antiga Colônia Dantas. Foto de Eliane Andretta.
Sede da Sociedade Operária Beneficente Água Verde, década de 1940.
Trecho da Av. Republica Argentina, década 1980.
Estádio do Atlettico e parte da quadra da atual Praca Afonso Botelho.
Praça do Japão, 1962.
Seu nome deve-se ao rio "Água Verde" que cortava suas fazendas e chácaras, o qual tinha algas que formavam massas verdes e davam uma coloração esverdeada à água doce, hoje ele está totalmente canalizado e deságua no Rio Belém.
Esses imigrantes, que compunham grande parte da população do Água Verde, naquele início, reuniam-se quase todo fim de semana no bosque da residência da família Moletta, onde é hoje o início da Avenida República Argentina, esquina com a Iguaçu, para festejos com direito a churrasco e danças.
Desta união, surgiu a iniciativa de fundar a sociedade, que iria auxiliar esses operários e suas famílias com atividades culturais e de recreação. Assim, no dia 1º de janeiro de 1905, foi fundada a Sociedade Internacional Água Verde, mais tarde mudada para Sociedade Operária Beneficente Água Verde, cujo clube, popular pelos bailes tradicionais de quinta a domingo, guarda a história do bairro e das comunidades de imigrantes italianos. Na ocasião havia, também, famílias de alemães, poloneses, portugueses e espanhóis.
A região era então uma área agrícola e tinha o nome de Colônia Dantas. De sua configuração antiga, restou apenas o cemitério (em parte) e a Capelinha da Água Verde.
Dentre os sobrenomes, na sua grande maioria de origem Vêneta, que se instalaram na Colônia Dantas, estão muitos que vieram de um difícil período passado nas colônias formadas no litoral paranaense, localizadas em torno de Paranaguá e Morretes, como as Colônias Nova Itália e Alexandra – a mais antiga, chamada por eles, "o purgatório".
Assim, as famílias nominadas a seguir se estabeleceram no local por volta de 1879. Observe-se que algumas famílias ali permaneceram por pouco tempo, indo se fixar em outras colônias italianas então em formação em Curitiba ou em cidades vizinhas como Colombo (que se chamava de Colônia Alfredo Chaves), Umbará, Santa Felicidade, ou mesmo em Piraquara (Colônia Santa Maria do Novo Tirol).
Pela ordem alfabética, eis as famílias pioneiras: Alberti, Alessandrini, Andreoli, Andretta, Antonietti, Antonietto, Baggio, Baglioli, Baptista, Baronti, Barusso, Bassan, Bassani, Basso, Beghetto, Belinari, Belon, Benedetti, Benetello, Berno, Bertoli, Bertollini, Bettega, Bizotto, Bobbato, Bonilaure, Borsato, Bortoletto, Bot, Bozza, Bozzi, Bruneto, Brunetti, Buso, Buzzato, Cantorida, Cardon, Carnieri, Carraro, Casagrande, Castellano, Cavichiolo, Ceccato, Ceccon, Celli, Ceschin, Cemin, Colleone, Conte, Contogna, Cortadelli, Cortiano, Costa, Costacurta, Cunico, Dalazuana, Dalcol, De
Carli, De Costa, De Cristiani, De Lazzari, De Mio, De Pauli, De Poli, Deconto, Demetrio, Denico, Derosso, Destefani, Dorigo, Fabris, Foltran, Fontana, Francechini, Fressatto, Fruet, Gabardo, Gagno, Giacomazzi, Gianini, Giovannoni, Girardi, Gottardi, Granatto, Grossi, Gusso, Guzzi, Honorio, Lanzoni, Lazarini, Lazzari, Lavorato, Lorenzi, Lazzarotto, Levorato, Lorenzi, Magrin, Maito, Maragno, Marchesini, Marchetti, Marchioro, Marcobon, Marcon, Marconi, Marello, Marodin, Marosin, Massolin, Massuci, Mattana, Meller, Melnai, Meneguzzo, Merlin, Micheletto, Moletta, Molinari, Moreschi, Motta, Nadalin, Nardino, Negrello, Orso, Pace, Pansolin, Parolin, Pasello, Pellissari, Percegona, Perfetti, Perolla, Piazetta, Piccoli, Pichette, Pierini, Pierobon, Pinton, Pizzato,
Poitevin, Pontello, Pontoni, Postai, Prin, Razzolin, Rigoni, Rissetti, Romanel, Rossetto, Salsi, Sandri, Sartori, Scaramuzza, Schiavon, Scotti, Scremin, Scrocaro, Segalla, Senegaglia, Serafin, Solieri, Stevan, Stocco, Stofella,
Tasca, Tedeschi, Tedesco, Thá, Tiepo, Thomaz, Todeschini, Tomazzi, Toniolo, Torquatto, Tortato, Tosin, Trevisan, Turin, Valente, Valentini, Vardanega, Veltorazzo, Vendrametto, Vendramin, Veronese, Vollatore, Zagonel, Zanardi,
Zanardini, Zandona, Zanetti, Zaniollo, Zonta.
Fonte: gazetadopovo.com.br,
Paulo Grani.