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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Casa Casemiro

 

Ponta Grossa – Casa Casemiro


A Casa Casemiro, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1934, em linguagem de arquitetura da imigração alemã. Propriedade do Sr. Casemiro Pacoski.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Casa Casemiro
Localização: R. João Cecy Filho, n° 600, esquina com R. Campos Salles – Ponta Grossa-PR
Processo: 42/2001

Descrição: Localizado nas ruas João Cecy Filho e Rua Campos Salles. Propriedade do Sr. Casemiro Pacoski, construído em 1934, cujo terreno foi adquirido em do Sr. Elias Hoffmann. A princípio, serviu de residência e, mais tarde, passou a ser ponto comercial, encerrando as atividades com o falecimento de seu dono. O edifício é de um pavimento só, e conta com o aproveitamento de um sótão sendo sua linguagem de arquitetura da imigração alemã.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O imóvel em questão está localizado na Vila Ana Rita, entre as Ruas João Cecy Filho e Campos Salles. Foi propriedade do Sr. Casemiro Pacoski e construído em 1934 em cujo terreno fora adquirido do Sr. Elias Hoffmann. A princípio serviu de residência e mais tarde passou a ser ponto comercial, encerrando as atividades como falecimento de seu dono.

A região denominada Ana Rita era um conjunto de chácaras onde residiam imigrantes italianos. Aos poucos iniciou-se um processo de loteamento, principalmente quando foram abertas as ruas com delimitação da Vila, através do decreto Lei de 02 de Julho de 1940.

Após a abertura das ruas, construções foram levantadas nos locais das antigas chácaras e campos limpos, ocupando espaços cujos moradores na maioria eram pessoas que trabalhavam no centro de Ponta Grossa ou pessoas da cidade que possuíam imóvel na Vila.

Além de aumentar o número de residência e também de casas comerciais, principalmente bares e armazéns (tipo secos e molhados) que atendiam ás necessidades dos moradores, foram criadas serrarias e oficinas que tiveram a participação do desenvolvimento econômico local.

A Casa Casemiro – como era conhecida pelos moradores da Vila – enquadra-se nessa etapa do processo e expansão da urbanização, já que era um armazém que atendia a comunidade e pessoas que trabalhavam nos estabelecimentos da região.

Contudo, a urbanização também ocasionou o aumento da população e do consumo, impulsionando a criação e o aumento dos supermercados, refletindo negativamente aos armazéns que vendiam em pequenas quantidades e pouca variedade de produtos.

Com o passar dos anos, os armazéns que foram perdendo os fregueses, que passaram a comprar nos grandes mercados, e muitos proprietários daqueles estabelecimentos mudaram de atividade. O Sr. Casemiro passou a atender simplesmente com um pequeno bar de bebidas.
Informações: Certidão Jus in ré – Transcrição 9.298 – 1° registro de Imóveis.
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS: