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terça-feira, 9 de maio de 2023

Poucos curitibanos já ouviram falar do bloco carnavalesco "As Vassourinhas" que já houve em Curitiba e, também, desconhecem a história do contexto do seu início.

 Poucos curitibanos já ouviram falar do bloco carnavalesco "As Vassourinhas" que já houve em Curitiba e, também, desconhecem a história do contexto do seu início.


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CONHECENDO O BLOCO DAS "VASSOURINHAS"
Poucos curitibanos já ouviram falar do bloco carnavalesco "As Vassourinhas" que já houve em Curitiba e, também, desconhecem a história do contexto do seu início.
Hoje, vamos descrever como tudo começou:
Passava-se o ano de 1903, quando Alexandre Marchioro, homem dinâmico e empreendedor, vindo do Rio Grande do Sul, conheceu Curitiba, para comercializar a produção de chapéus de palha que representava. Já de início gostou da cidade e anteviu o bom mercado que havia em Curitiba para colocação do seu produto. Os chapéus de palha eram fabricados pelo pai de sua esposa Libera Marchioro.
Em Curitiba ainda não havia qualquer fábrica desse produto, então, Alexandre decidiu estabelecer-se na cidade com uma casa comercial. Primeiramente morou no Batel e depois na Praça Osório.
Em 1914, comprou um terreno na Água Verde e lá fundou uma indústria. Progrediu, ampliou os seus negócios, fábricando chapéus, vassouras,móveis de junco e de vime, bolsas de palha, escovas e artefatos de madeira. Foi a primeira fábrica deste ramo no estado do Paraná.
Quando Alexandre foi morar na Água Verde, havia ali poucas casas. Toda a região era coberta de matas e campos, nem havia calçamento.
A rua Bento Viana ia até a igreja, depois seguia-se por um caminhozinho cercado de mato de lado a lado, ermo e deserto, sem nada. Era chamado "Mato do Meira". O Mato do Meira era uma facha longa que se estendia até ao atual Estádio Joaquim Américo.
Marchioro cuidava da indústria e sua esposa Libera, além de cuidar dos nove filhos, cuidava também das cerca de sessenta moças que trabalhavam na fábrica. De sangue italiano, gostavam de música e festas religiosas, assim era o clima que permeava o ambiente de trabalho daquelas mulheres e alguns rapazes.
Logo, Alexandre formou um coral que ele mesmo ensaiava, integrado por mulheres e homens, o qual apresentava-se nas festas da igreja católica da Água Verde.
Assim, o grupo de trabalhadores da fábrica era muito unido e, de festa em festa, alguém teve a idéia de formarem um bloco de carnaval para saírem participar do carnaval curitibano. O nome não podia ser outro - "As Vassourinhas" - então, moças e rapazes, logo estavam produzindo suas fantasias e, naqueles idos da década de 1910, o bloco foi às ruas apresentar suas musicas e fantasias.
(Foto ilustrativa do pinterest)
Paulo Grani