Fonte: Arquivos da Federação Vêneta La Piave FAINORS
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta - Erechim RS Brasil
fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
O Universal Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Alvianil, do Bairro do Prado Velho, foi Fundado no dia 06 de Maio de 1931. Dois anos depois do seu surgimento o Universal fez fusão com a Ponte Preta, também do mesmo bairro, passando a se chamar: Ponte Preta Universal.
Contudo, essa união só durou dois anos e, em 1935, cada time retornaram o seu antigo nome e seguiram caminhos diferentes. Em 1948, o Universal se filiou a Federação Paranaense de Desportos (FPD) e participou do seu primeiro campeonato em 1950.
O Universal acumulou vários títulos na famosa ‘Série Branca’, onde o seu maior rival era o Vila Hauer Esporte Clube, ganhando a alcunha de: ‘Ciclone da Suburbana‘. Contudo, no supercampeonato, contra os campeões das outras séries a sorte sempre era adversa, principalmente quando enfrentava o Bangu, o temível ‘Rolo Compressor’ da Campina Grande. O Universal seguiu disputando as competições da Federação até 1963, quando fechou as suas portas e colocando um ponto final da sua história futebolística.
Fontes: Paraná Online e Jornal Correio da Noite
O Real Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Auri–cerúleo ou azul dourado foi Fundado no dia 11 de Junho de 1954. O primeiro grande triunfo aconteceu seis anos depois, quando se sagrou campeão do 1º Campeonato Amador do Paraná, em 1960 (vale observar que esta competição se tornou o embrião para a criação da Taça Paraná).
Dois anos depois o Real E.C. participou do II Campeonato do Interior em 1962. Por fim, a equipe curitibana disputou a histórica 1.ª Taça Paraná em 1964 representando condignamente o futebol amador da Capital, chegando até as semifinais. O Real acabou eliminado pelo Ferroviário, que depois se tornaria o grande campeão.
No primeiro jogo, em Curitiba, no dia 13 de dezembro de 1964, empate em 1 a 1. Uma semana depois, em União da Vitória, novo empate em 2 a 2. A partida foi para a prorrogação, mas sem gol. Então a decisão para se conhecer o grande finalista foi decidido nos pênaltis. E numa disputa dramática, o Real acabou derrotado pelo placar de 7 a 6.
Apesar dessa trajetória, o Real Esporte Clube acabou sucumbindo ano a ano até chegar ao fundo do poço, o que determinou de forma peremptória o seu fim. Dessa forma, em 1968, o Real fechou às portas para ficar na lembrança e no imaginário daqueles que conheceram o simpático clube.
Fontes e Fotos: Felipe Feitosa – Blog do Chicora
O Clube Esportivo Belmonte foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). A equipe alvi esmeraldina foi Fundado no dia 05 de Janeiro de 1939, e a sua primeira sede própria ficava localizada na Avenida John Kennedy, depois passou para a Avenida Guaíra, 615 – Vila Guaíra (atual bairro do Alto Tarumã Pinhais), na capital paranaense. O Belmonte chegou a iniciar as obras nas imediações da Vila Parolin, para a construção do seu estádio. Contudo, a obra foi embargada às vésperas da inauguração e nunca mais se falou no assunto.
Presidentes
Seu primeiro presidente foi o desportista Aleixo Rossi, substituído por Alfredo Kramer. Em 1941, o presidente era Mario Romanel, depois tiveram: Maurício Peplov; Herculano Rossa; Carlos Massuci; Guilherme Bittencourt; Algacir Fiorani, entre outros.
Títulos
O impulso que tornou o futebol amador teve o seu início praticamente em 1941 com a criação da Liga Suburbana de Curitiba (LSC). Sete anos depois ganhou novo comando com a Federação Paranaense de Futebol (PFP) passando a ditar as diretrizes da liga.
Logo no primeiro Campeonato Citadino, organizado pela Liga Suburbana de Curitiba (LSC), o Belmonte se sagrou campeão invicto de 1941, fazendo os seus jogos no saudoso Estádio do Britânia, no Parque Graciosa (Bairro Juvevê).
A campanha o Belmonte realizou 10 jogos com sete vitórias e três empates; marcando 32 gols e sofrendo 13; com um saldo de 19. Os resultados foram os seguintes: vitórias sobre o América (3 a 1); Paraná (4 a 1); Flamengo (3 a 2); Vera Cruz (4 a 2); Palestra Assungui (3 a 1); União Ahú (6 a 0); Primavera (4 a 1). Empates com o Rio Branco (1 a 1); Operário Ahú (1 a 1); Bloco Morgenau (1 a 1).
A equipe base do Belmonte, em 1941: Silvério; Dissenha e Neno; Jorge, Plácido e Custódio; Silvio, Merlim, Faéco, Altino e Domingos.
Em 1952, o time alvi esmeraldino voltou a levantar a taça de forma invicta, nos Aspirantes, equivalente a Segunda Divisão da FPF. Foi bicampeão do Torneio ACEP (Independência) em 1955 e 1956.
A equipe base do Belmonte, em 1955 e 1956: Barbosa; Titão e Carlito; Traíra, Mario e Dola; Vargas, Otávio, Braz, Vitorelli e Biaze.
Também foi campeão do Torneio Início da 1ª Divisão em 1965, com o seguinte time base: Maco; Arnaldo e Quirino; Laranjinha, Gentil e Serrinha; Miltinho, Bequinha, Feitosa, Laerte e Welington.
Celeiros de craques
Além das conquistas, o Belmonte também contribuiu para revelar talentos, que brilharam em grandes equipes, como os casos de Vitorelli e Merlim que foram os maiores ídolos do clube. Vitorelli jogou no Palestra Itália e depois teve passagem pelo Real, enquanto Merlim brilhou intensamente no Coritiba. O Clube Esportivo Belmonte existiu até 1968, quando acabou extinto.
Fontes: Tribuna do Paraná – Paraná Online
No Torneio Início realizado no dia 1° de março de 1942, o ex-Savoia enfrentou o Clube Atlético Paranaense e Coritiba FC com o nome de Avaí (nome que não vingou e logo depois da competição, passou a se chamar Esporte Clube Brasil). O Avaí jogou o Torneio Início de 1942 da seguinte forma: Laio; Tade e Ieiê; Militão, Mário e Mendes; Bolinha, Tute, Servilho, Ivan e Dudu.
Segundo o pesquisador Willian Sanfelice Bohlen, no Estatuto constavam alguns dados que deu a ideia de como seria o escudo do Avaí Futebol Clube.
1°. Substituição do nome do clube por outro que a assembleia
Geral aprovar;
2°. Oficialização da nova bandeira, escudo, sem alteração
das cores verde, branco e vermelho;
3°. Reforma dos estatutos no que se refere a troca de nome já mencionada.
Foi definido então o nome Avaí e a permanência das cores italianas do Savóia no novo clube, que teve uma vida efêmera.
FONTES: Willian Sanfelice Bohlen – Correio do Paraná
Na data de 7 de janeiro de 1921, na Sociedade Dante Alighieri de Curitiba, Ângelo Gorla, então superintendente do Banco Francês e Italiano, naquela cidade, se reuniu a Benedicto Gian Paoli, Afonso Prisco, Atílio Menolli, Davi Bartolomei e outros descendentes de italianos, para juntos fundarem o time da colônia, como também já havia ocorrido no ano de 1914, em São Paulo, e no ano de 1921, em Belo Horizonte.
A nova agremiação passou a se chamar Palestra Itália Futebol Clube.
A equipe se sagrou campeã nos anos de 1924, 1926 e 1932, e também conquistou dois vices campeonatos (1921 e 1952).
A base do time de 1924 foi: Em pé: Ílio, Elisio, Moacir Gonçalves, Hermógenes, Dario e Athayde Santos; Os atletas agachados são Coutinho, Canhoto, Mattana e Cunha.
Em seu primeiro ano de vida, o time trouxe nove jogadores de São Paulo. Apenas dois eram de Curitiba: o goleiro Hermógenes Bartolomei (reconhecido como um dos maiores goleiros paranaenses) e um italiano do Portão chamado Martelo. O Palestra brigou, de igual para igual, contra os melhores times em seu primeiro ano e terminou na ponta da tabela junto com a maior força futebolística da época: o Britânia. A decisão de quem seria campeão foi levada para o campo do bar Carola, no Juvevê, e o Britânia fez valer a sua experiência – meteu 6 x 0 e levou o caneco. Mas o Palestra não desistiu e três anos depois seria campeão.
Os números conspiram para dar ao Palestra Itália um lugar especial na história do futebol profissional do Paraná. O time palestrino é detentor das duas maiores goleadas registradas no campeonato estadual, história que começa em 1915, quando o Internacional foi campeão e o Paraná Sport Club vice. O time conhecido pelo grito de guerra “Nem que Morra” (apelido que ganhou devido a bravura de seus jogadores, em uma partida diante do Coritiba na década de 50) atropelou o Paranaense por 16 x 0 e passou por cima do Aquidaban por 15 x 2, ambas na temporada de 1931.
Durante a segunda grande guerra mundial, o Palestra Itália passou a se chamar Paranaense, depois Comercial, Palmeiras, e em 1950, voltou a se chamar Palestra Itália.
Gabardinho
Além destes números relevantes, o time dos italianos cravou o artilheiro da competição em cinco ocasiões: 1924 (Canhoto, 13 gols), 1927 (Canhoto, 8 gols), 1930 (Gabardinho, 10 gols), 1931 (Gabardinho, 28 gols) e em 1939 (Mário, 9 gols).
Um dos maiores nomes do Palestra Itália foi Rodolpho Patesko, que deixou os campos do Paraná e alcançou glória internacional. Disputou a Copa do Mundo de 1928, com a seleção brasileira e jogou no Nacional do Uruguai e no Botafogo do Rio, onde se sagrou campeão carioca em 1935. Ele disputou 34 partidas pela Seleção, somando 20 vitórias, 5 empates, 9 derrotas e marcou 11 gols.
Patesko, cujo verdadeiro nome era Rodolfo Barteczko, descendente de poloneses, nascido em Curitiba, jogou dois anos no Palestra e foi considerado um dos mais completos ponta-esquerdas do futebol brasileiro na sua época. Ofensivo, bom driblador e finalizador, foi o grande nome do “Nem que Morra”.
Fontes:
Parana-online.com.br
Doricoaopobre.com.br