🌿 Curitiba em 1890: O Sonho de Nhá Laura, a Chácara que Deu Origem a um Símbolo da Cidade — Uma História de Raízes, Perda e Renovação 🌿
Há imagens que não apenas mostram uma cidade. Elas contam uma vida.
E esta? Esta é a Curitiba do fim do século XIX — uma cidade pequena, tranquila, ainda se descobrindo, com telhados de barro, igrejas que tocavam o céu e ruas que pareciam feitas para caminhar devagar, com chapéu na mão e sorriso no rosto.
No primeiro plano, quase como uma bênção da natureza sobre a cidade, está a Chácara de Nhá Laura Borges — Laura Maria do Nascimento Borges. Uma mulher que, sem saber, estava plantando as sementes de um futuro que ninguém imaginava.
Essa chácara — tão simples, tão verde, tão cheia de vida — foi mais do que um pedaço de terra. Foi um lar. Um refúgio. Um sonho realizado por uma família curitibana que viveu intensamente os tempos pioneiros da cidade.
Mas o tempo, como sempre, não perdoa.
Em 1890, essa terra era ainda um campo aberto, com árvores esparsas, cercas de madeira e casas modestas ao fundo. E ali, em meio à tranquilidade, estava o coração da história que viria.
💔 A Desapropriação: Quando a Cidade Cresceu às Custas da Memória
O que você vê ali, no centro da imagem — aquele espaço aberto, quase desabitado — foi desapropriado anos depois para ampliar o Passeio Público. Sim. Aquele mesmo parque que hoje é símbolo da beleza e da cultura curitibana. Mas ele nasceu sobre o sonho de Nhá Laura.
Mais de 10.767 metros quadrados foram tomados — não por maldade, mas por necessidade. A cidade crescia. Precisava de espaço. De ar. De beleza pública. E assim, a chácara deu lugar ao verde que todos nós amamos.
Mais tarde, parte dessa mesma terra receberia a Casa do Estudante — um marco da educação. E, décadas depois, o Colégio Estadual do Paraná — um dos colégios mais tradicionais da cidade — ergueu-se ali, como um testemunho vivo da transformação.
👩🦳 A Herança de Nhá Laura: Mulheres que Construíram Curitiba
Nhá Laura não foi apenas dona de terra. Ela foi mãe. Foi avó. Foi memória.
Sua filha, Benedita do Sagrado Coração de Maria, herdou parte da propriedade e faleceu em 1911 — deixando um legado silencioso, mas poderoso. Depois, veio Alvaro José do Nascimento, neto de Nhá Laura, que manteve a chácara até a década de 1920, quando ela foi vendida a José Maria Pinheiro Lima — outro nome que entrou na história da cidade.
Hoje, quem passa pelo Colégio Estadual do Paraná, talvez nem saiba que ali, há mais de 130 anos, havia uma chácara com galinhas, hortas, crianças correndo entre árvores… e uma mulher chamada Laura, que olhava para a cidade e sonhava com o futuro.
✨ Por que essa imagem nos emociona?
Porque ela mostra que Curitiba não começou em concreto. Começou em terra. Em raízes. Em histórias de pessoas reais.
É fácil esquecer que cada prédio, cada parque, cada rua, tem um nome, um rosto, uma dor, uma alegria por trás. Essa foto é um lembrete: não somos só habitantes de uma cidade. Somos herdeiros de uma história.
📜 Uma Lição de Humildade e Respeito
A chácara de Nhá Laura nos ensina algo raro hoje: que progresso não precisa ser sinônimo de apagamento. Que podemos construir o futuro sem esquecer o passado. Que o verdadeiro desenvolvimento é aquele que honra quem plantou as sementes antes de nós.
👉 Compartilhe se você sentiu esse abraço do passado. Comente: você já ouviu falar da Chácara de Nhá Laura? Conhece alguém da família? Você acredita que devemos preservar essas histórias?
Curitiba não é só o que vemos hoje. É o que foi plantado, regado, colhido… e transformado. E nós, somos os guardiões dessa memória. 💚
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(Texto ideal para blog, Instagram, Facebook, grupos de história local ou páginas de patrimônio cultural. Adapte o tom conforme seu público — emocional, educativo ou nostálgico.)
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