segunda-feira, 4 de abril de 2022

Praça Tiradentes - 1935

 Praça Tiradentes - 1935


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A PRAÇA DO JAPÃO. Ao fundo a esquerda a torre da Igreja Água Verde. Ao fundo a direita o Ginásio de esportes do Clube Curitibano. Anos 60.

 A PRAÇA DO JAPÃO. Ao fundo a esquerda a torre da Igreja Água Verde. Ao fundo a direita o Ginásio de esportes do Clube Curitibano. Anos 60.


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Casarão que existia entre o Jardim Schaffer e o Pilarzinho (Atualmente está no local um Posto de Combustível). Anos 70

 Casarão que existia entre o Jardim Schaffer e o Pilarzinho (Atualmente está no local um Posto de Combustível).
Anos 70


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Alto São Francisco. Belvedere e o Palácio São Francisco, que foi Sede do Governo Estadual em 1947.

 Alto São Francisco.
Belvedere e o Palácio São Francisco, que foi Sede do Governo Estadual em 1947.


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A Igreja São Vicente de Paulo, na Avenida Jaime Reis 531, no Alto são francisco, é uma unidade de Interesse de Preservação. Foi construída em 1932. Imagem da década de 1940

  • A Igreja São Vicente de Paulo, na Avenida Jaime Reis 531, no Alto são francisco, é uma unidade de Interesse de Preservação. Foi construída em 1932.
    Imagem da década de 1940


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O P E N E T R A "Os 'penetras' de clubes sempre renderam boas histórias. No Graciosa Country Club, a atual Diretoria quebrou o hábito dos associados de não portar carteira social. Agora só passa pela portaria com a carteirinha.

 O P E N E T R A
"Os 'penetras' de clubes sempre renderam boas histórias. No Graciosa Country Club, a atual Diretoria quebrou o hábito dos associados de não portar carteira social. Agora só passa pela portaria com a carteirinha.


Pode ser uma imagem de 1 pessoa, em pé e textoO P E N E T R A

"Os 'penetras' de clubes sempre renderam boas histórias. No Graciosa Country Club, a atual Diretoria quebrou o hábito dos associados de não portar carteira social. Agora só passa pela portaria com a carteirinha.

Pegou muita gente de surpresa e não foi raro assistir alguns episódios de prepotência.
Broncas homéricas que geralmente partiam dos próprios penetras.

Lembro do Clube Curitibano em noite de festa. Naquele começo de década de 1950 fazia parte da administração do Clube, instalado em sua magnífica sede, na Barão do Rio Branco. Na época era a maravilha da cidade.

Quando tinha baile, a entrada do Clube ficava tão cheia que até impedia a passagem do barulhento bonde que por ali trafegava. Os grandes bailes a rigor transformavam o salão de festas do 2° andar. Não era rara, também, a figura do "penetra", quase sempre detectada pelos antigos funcionários do Clube.

Eolo, Pedro, Bóris... Eles chegavam para mim e diziam "O Sr. está vendo aquele casal, dançando naquele lugar? O vestido da moça é de tal cor, está vendo ? Pois é... aquele cara não é sócio". Geralmente as observações eram feitas da galeria que dominava o salão.

Discretamente, mandava chamar o "cara" e disparava a clássica pergunta: "O senhor é sócio do clube?... 'e retirava o "penetra'. Sempre nos preocupávamos em saber como ocorrera a entrada dele. Até aí, tudo igual, como acontece em qualquer clube. Mas teve uma vez que um penetra ficou marcado, tal a astúcia utilizada para furar bloqueio da portaria.

Era um rapaz, estudante de medicina recém chegado na cidade. Havia deixado o interior de São Paulo, para fazer Universidade em Curitiba. Sempre alimentara desejo de saber como era uma 'festa de grã-fino'.

'Habituê da galera' que ficava na Barão do Rio Branco, em várias noites de sereno, ele descobriu que o serviço de bar do Curitibano era o mesmo que o usado pela 'Caverna Curitiba', uma boca que havia no sub-solo do Clube.

Todos os garçons eram os mesmos. E, para completar, o Clube não tinha entrada de serviço, os funcionários passavam do sub-solo ao bar do Salão de Festas pela mesma entrada dos sócios, ou seja, a porta principal.

Estava tudo ao seu favor.

Pressionado, acabou contando toda a trama: "Arranjei esta beca na Riachuelo", disse, referindo-se ao 'smoking', um pouco surrado. "Na minha pensão peguei uma toalha de prato, coloquei no braço e, como os garçons, entrei tranqüilo", continuou. "E onde está a toalha?", interroguei. "Joguei na privada do 4º andar", concluiu.

Hoje, o ex-penetra é renomado médico em Curitiba e acabou sendo sócio do Curitibano.
Virou 'grã-fino'. "

(Autor: Antenor Vieira Barradas, hoje é empresario do ramo imobiliário em Curitiba / Extraído de: 300 Histórias de Curitiba)

Paulo Grani

SOPA DE TARTARUGA " Em Curitiba, há vários clubes de cozinheiros, mas, nenhum se destaca com tanta criatividade culinária como o Bandeirantes, no bairro do Ahú. Originalmente agrupados pelo Bolão (boliche) do antigo Operário Sport Club do Ahú, atual Urca, seus integrantes passaram a se dedicar ao novo 'esporte'.

 SOPA DE TARTARUGA
" Em Curitiba, há vários clubes de cozinheiros, mas, nenhum se destaca com tanta criatividade culinária como o Bandeirantes, no bairro do Ahú. Originalmente agrupados pelo Bolão (boliche) do antigo Operário Sport Club do Ahú, atual Urca, seus integrantes passaram a se dedicar ao novo 'esporte'.


Pode ser uma imagem de jabutiSOPA DE TARTARUGA

" Em Curitiba, há vários clubes de cozinheiros, mas, nenhum se destaca com tanta criatividade culinária como o Bandeirantes, no bairro do Ahú. Originalmente agrupados pelo Bolão (boliche) do antigo Operário Sport Club do Ahú, atual Urca, seus integrantes passaram a se dedicar ao novo 'esporte'.

Eles descendem de uma gama enorme de etnias. Seus ancestrais vêm de todo o mundo, principalmente da Itália. Entre eles, conheci um estória interessante de um prato invulgar, sendo privilegiado com a receita secreta.

Carlão é dedicado a comidas exóticas e se comprometeu a fazer uma sopa de tartaruga. Animal protegido pelas autoridades é de difícil comercialização, principalmente para fins de culinária. Marcado o dia e hora, alguns participantes deixaram seus afazeres, outros encurtaram suas viagens, e os demais não viam o dia chegar.

O custo, nestes encontros, é rateado entre os participantes, mas Carlão assegurara que não incluiria a tartaruga, pois a ganhara de um parente do Nordeste, embora fosse grande e pesada. Assegurou que era nova, tendo saído da última desova. Comentou as dificuldades da pesca, do preparo e principalmente do tempero.

Os participantes, fascinados pela descrição dos pormenores, respiravam com ansiedade e falavam rapidamente pretendendo prová-la antes da hora. Os comentários sobre a sopa se fizeram ouvir por todo o bairro. Alguns já tinham provado e asseguravam o extraordinário sabor daquela iguaria.

Os demais, com 'água na boca', não se continham na espera daquela delícia. Chegada a hora, Carlão repetia os comentários, enquanto os demais, enfileirados com os pratos, colheres e pães à mão, se empurravam na fila como fiéis em procissão, brigando pelo pouco espaço.

Enquanto isso, exalava do caldeirão extraordinário e insuperável aroma dos condimentos, o que por si só elevava o apetite de tanto comensais que, durante o dia, nada comeram para melhor saborear aquela sopa.

Todos foram servidos por Carlão, que não permitia chegassem ao caldeirão para não conhecer o segredo, e quando a concha arranhava, respondia que se tratava da carapaça do animal. Carlão ainda, confirmava que o cozinheiro se dera desde cedo para melhor amaciar a carne.

Quando todos terminaram, Carlão levou-os para mostrar a tartaruga, ou o que sobrou dela.

Quase foi linchado.

É que, a dita tartaruga, por certo, deve estar fazendo falta em algum cruzamento de trânsito."

(Autor: Paulo Habith, magistrado / Extraído de: 300 Histórias de Curitiba)

Paulo Grani 

domingo, 3 de abril de 2022

começo da década de 1910, que contempla a "Alameda de Palmeiras - Capanema", entrada da chácara do Barão de Capanema, hoje bairro Jardim Botânico.

 começo da década de 1910, que contempla a "Alameda de Palmeiras - Capanema", entrada da chácara do Barão de Capanema, hoje bairro Jardim Botânico.


Nenhuma descrição de foto disponível.Hoje, na série Cartões Postais de Curitiba, veremos este histórico CP de Curitiba com foto de Arthur Wischral, do começo da década de 1910, que contempla a "Alameda de Palmeiras - Capanema", entrada da chácara do Barão de Capanema, hoje bairro Jardim Botânico.
O nome Capanema, foi uma homenagem ao antigo dono de grande parte da área pertencente ao bairro, pois ainda no final do século 19, a região pertencia a Guilherme Schüch, figura histórica na política brasileira, conhecido como o Barão de Capanema.
Respeitado cientista e amante da natureza, o barão cultivava em sua chácara um belíssimo horto com pomares e plantas exóticas, considerado na época da visita do Imperador D. Pedro II a Curitiba, em 1880, como um dos melhores que possuía o Império.
Em 1992, houve mudança de nome para "Jardim Botânico", decidido em um plebiscito popular, fazendo referência ao Jardim Botânico de Curitiba instalado no local.
Paulo Grani

datado de 1915, onde o autor da foto enquadrou a chegada do Bondinho Elétrico que fazia a linha Batel, trafegando em direção ao seu ponto na Praça Tiradentes.

datado de 1915, onde o autor da foto enquadrou a chegada do Bondinho Elétrico que fazia a linha Batel, trafegando em direção ao seu ponto na Praça Tiradentes.


Nenhuma descrição de foto disponível.Continuando a série Cartões Postais de Curitiba, hoje apreciaremos este lindo CP datado de 1915, onde o autor da foto enquadrou a chegada do Bondinho Elétrico que fazia a linha Batel, trafegando em direção ao seu ponto na Praça Tiradentes. Os bondes elétricos haviam chegado em Curitiba três anos antes e ajudaram a dinamizar o crescimento da cidade, conforme veremos:

No início de 1912, chegaram os primeiros bondes; eram 29 carros, importados da Bélgica e possuíam dois motores de 25 Hp cada. Vieram também 16 carros para carga, 03 para carne e um para o correio.

Em 07/01/1913, o jornal A República anunciava: "Começaram a trafegar hoje na linha do Batel dous bondes electricos, conduzindo avultado numero de passageiros. Hoje, até as 6 1⁄2 da tarde houve trafego para o Portão, de 1⁄2 em 1⁄2 hora, e amanhã continuara esse serviço, bem como será encetado o trafego na linha Matadouro. Dentro de 3 dias será feita a electrificação geral para o funccionamento de todas as linhas, ficando assim a nossa capital dotada do melhoramento há tanto tempo almejado."

Mais tarde, foram feitas novas experiências com os bondes que saíram da praça do Ouvidor, indo até o Portão. "No ponto final da linha, aguardavam a chegada dos bondes inúmeras pessoas que levantaram vivas ao governo do Estado, sendo oferecido a ele por uma criança do povo, um ramo de flores. No regresso à cidade, foi servido no próprio carro elétrico uma taça de champanhe às pessoas presentes", registrava o jornal A República.

Em Janeiro de 1913, começaram os serviços parciais de bondes elétricos. As primeiras linhas foram:

- Linha do Portão (circulava pelas ruas da cidade e terminava na região central);
- Linha Estação Batel – Seminário (ponto final defronte à mansão do Dr. Leão);
- Linha Juvevê (Saia do Paço Municipal, ia pela Mansão das Rosas e terminava no Juvevê).

Mais tarde, outras linhas serviram à cidade:

- Linha Polícia - América;
- Linha Estação – Fontana;
- Buenos Ayres – Fontana;
- Linha Asylo – cemitério (passava pela praça Garibaldi e pela rua Trajano Reis).

O serviço de Bondes, encerrou as atividades em Curitiba em Junho de 1952, com a última viagem percorrendo os trilhos da linha Portão.

Após a desativação, os bondes belgas foram vendidos aleatoriamente e desapareceram de Curitiba, porém, o bonde Birney nº 110, de algum modo sobreviveu nos fundos de uma garagem na Rua Barão do Rio Branco, local de uma oficina mecânica. Ele foi restaurado e colocado na Praça Tiradentes como decoração em novembro de 1999. Infelizmente, o bonde 110 foi removido da Praça Tiradentes em 2003 e agora está em um depósito.

(Cartão Postal, acervo IHG do Paraná)

Paulo Grani 

primeira década de 1900, com o título "Curityba - Avenida Luiz Xavier", tendo a avenida com três pistas separadas por duas fileiras de árvores recém-plantadas. Na pista central, os trilhos dos velhos bondinhos ainda puxados por burros.

 primeira década de 1900, com o título "Curityba - Avenida Luiz Xavier", tendo a avenida com três pistas separadas por duas fileiras de árvores recém-plantadas. Na pista central, os trilhos dos velhos bondinhos ainda puxados por burros.


Nenhuma descrição de foto disponível.Dando continuidade à série Cartões Postais de Curitiba, hoje contemplamos este histórico Cartão Postal, da primeira década de 1900, com o título "Curityba - Avenida Luiz Xavier", tendo a avenida com três pistas separadas por duas fileiras de árvores recém-plantadas. Na pista central, os trilhos dos velhos bondinhos ainda puxados por burros.

Nunca imaginei que essa alameda um dia tivesse tido essa concepção que permitiu até dois canteiros plantados com árvores que, se mantidas, hoje seriam frondosas e, certamente, teriam importância suficiente para sua preservação, o que mudaria completamente o aspecto atual do logradouro.

À direita da foto, sobressai a "Pharmacia Cypriano", pouco citada nos anais da história curitibana, porém, muito importante pela sua localização. Hoje falaremos de sua existência e de seus fundadores:

No jornal curitibano "A Notícia", de 1907, encontramos publicidade dela com atendimento médico "grátis aos pobres".

A "Pharmacia Cypriano", onde hoje está o Edifício Garcez, foi montada na primeira década de 1900, pelo farmacêutico Cypriano Gonçalves Marques e pelo seu filho Gastão Pereira Marques, também farmacêutico, graduado pela Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro, major da PMPR e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Paraná.

Em 1909, a Pharmacia Cypriano recebeu em seu quadro de sócios o farmacêutico Antiocho Pereira, sobrinho de Cypriano, logo após sua transferência do Rio de Janeiro para Curitiba.

Paulo Grani