segunda-feira, 14 de setembro de 2020

OS FILHOS DE JACQUES ROBERT - LUIZ

OS FILHOS DE JACQUES ROBERT - LUIZ


O sétimo filho de Marie Louise e Jacques Robert foi Luiz Robert. Nascido em Curitiba dia 10 de novembro de 1879. Tal como os demais, não encontrei o assentamento de seu batismo (e portanto nascimento) em nenhum dos livros procurados, se quiser ajudar, clique aqui.



Luiz casou com Otília Catucci, provavelmente em Morretes-PR cidade natal da noiva (??), e com ela teve cinco filhos:

1. Leudetti (nasc. em Curitiba, out 1904, aqui)  casada com Pedro Gotardello
2. Irene Emília (nasc. em Curitiba, janeiro 1907) casada com Fernando Álvares
3. Aracy Luiza (nasc. em Curitiba em nov. 1908, aqui) casada com Priscilio Corrêa Jr.
4. Denizart Renato (nasc. em Curitiba, em jan. 1912, aqui) casado com Estela Demeterco
5. Alice Onilda (nasc. em Curitiba dia 20 nov 1914) casada com Antônio Maggioni

A família morou próximo às "tias francesas", Júlia e Bebê, na rua Silva Jardim, veja aqui.

Para ver algumas fotos da família de Luiz Robert, clique aqui. Se você tiver outras fotos, aceito contribuição ...

Luiz faleceu aos 77 anos de idade, dia 07 de julho de 1957.

A pesquisa dos filhos de Otília e Luiz Robert foi feita por Ruth Ceschin.

JOÃO GERBER - parte 2

JOÃO GERBER - parte 2




Albertine Bunde e Johann Gerber, casados em 1875, tiveram  9  filhos:

Ferdinand, ou Fernando Gerber, (*1876) o primogênito, casado com Josephina Mugiatte
Helene Alwine Gerber, (*1878) minha bisavó, casada com Antônio Robert
Carl, ou Carlos Gerber, (*1880) o terceiro filho, casado com Ágatha Wippel
Adelhaide Margarete Wilhelmine Henriette Gerber, (*1882) casada com Alfredo Zaze
Friedrich Gerber, (*1883) casado com Maria Hachem e em segundas núpcias com Rosa Werneck Wacheleski
Luise Anna Gerber, (*1887) casada com José Dombrowski
Louis Wilhelm Johann Gerber (*1889)
Anna Emilie Gerber, (*1890) casada com Pedro Ceschin
Wilhelm Wenzel Gerber, (*1892) casado com Elizabeth Casagrande

Não consegui encontrar nenhuma referência ao local de residência da família Gerber em Curitiba. O filho caçula Wilhelm Wenzel, nascido em 1892, foi registrado no 1º Cartório de Curitiba, na região central da cidade. Os casamentso das filhas Helene (1900), Adelaide (1907) e Luise Anna (1907)  foram assentados no Cartório do Bacacheri e geralmente eles são realizados no cartório da região de residência da noiva. O óbito de Johann, em 1905, também foi assentado no Cartório do Bacacheri. Por este motivo, penso que a família Gerber residia na região do bairro do Bacacheri.

Encontrei um pedido do casal à Camara Municipal de Curitiba, pedido esse foi foi indeferido na sessão de 29 de abril de 1885 e  publicado no jornal  Dezenove de Dezembro de 05 de maio de 1885, veja aqui. Acredito tratar-se de um pedido de terreno em alguma colônia, talvez Colônia Argelina no bairro Bacacheri, já que tornar-se colono era mais interessante para os estrangeiros. A confirmar.

Johann Friedrich faleceu dia 30 de agosto de 1905, aos 56 anos de idade, vítima de uma hepatite crônica, veja aqui.

Albertine faleceu dia  16 de novembro de 1920, com 67 anos de idade, vítima de nefrite crônica. Faleceu na rua Cabral nº 59, no centro de Curitiba, provavelmente na residência de uma das filhas, o declarante foi José Dombrowski, marido da filha Luise, veja aqui.

Ambos foram sepultados no Cemitério Luterano de Curitiba, no bairro do Alto da Glória, em local não identificado.

O casamento de Johann e Albertine, os batismos dos filhos e mesmo cultos pelo óbitos, foram oficiados na Igreja Luterana de Curitiba.

FERDINAND - filho de Albertine e Johann Gerber

FERDINAND - filho de Albertine e Johann Gerber


Como já vimos aqui, Albertine Bunde e Johann Gerber tiveram 9 fihos. O primeiro foi FERDINAND (ou Fernando) GERBER.

Fernando Gerber como era conhecido, nasceu Ferdinand Gerber em homenagem ao tio Ferdinand August Gerber, seu padrinho. Nasceu em Curitiba, dia 9 de fevereiro de 1876 e foi batizado na Igreja Luterana de Curitiba dia 15 de fevereiro do mesmo ano. Além do tio, foram seus padrinhos: Auguste Mallmstrom, Ferdinand Gerber (tio, irmão caçula de seu pai), Julius Bunde e Minna (provavelmente Wilhelmine) Bunde.



Livro de Batismos, acervo da Igreja Luterana de Curitiba.

Na foto abaixo, Ferdinand com a mão no casaco, os pais, a irmã Helena (minha bisavó) e o bebê Carl Gerber, provavelmente em 1881.



 

Não possuo a foto, apenas essa cópia tipo xerox. Se por acaso você tiver o original, poderia escanear e me enviar ? aljcastelhano@gmail.com. Muito obrigada !!!

Em janeiro de 1896, com 20 anos de idade, começou a trabalhar na farmácia de José Ricardo Pereira Pitta, a farmácia Pereira Pitta, localizada na atual rua XV (anteriormente rua Imperatriz n° 75). Provavelmente anteriormente trabalhou ajudando o pai na ferraria.


Jornal A República de 14 de janeiro de 1896

A rua da Imperatriz na época em que Ferdinand começou a trabalhar na farmácia Pereira Pitta, daqui.


Em meados de 1903 Fernando pediu licença para prático de farmácia.


Jornal A República, Curitiba dia 24 de julho de 1903, ed. 164, pg.1

Dois anos depois, em 05 de julho de 1905, casou em São José dos Pinhais-PR com Josephina Muggiatte, veja aqui.





Igreja Matriz de São José dos Pinhais, de madeira, em 1908. Foto disponibilizada no grupo FB "Antigamente em Curitiba".

Em setembro de 1907, nasceu seu primeiro filho, Arolde. Em 1914 nasceu a filha Maria Albertina, cartório do Portão, veja aqui, falecida precocemente.

A familia se instalou no bairro do Portão. Para saber mais clique aqui

Leia aqui um caso do farmaceutico Ferdinand Gerber !!

Farmácia - Museu de Artes e Ofícios - BH

Fernando faleceu dia 18 de maio de 1924, aos 48 anos de idade,  vítima de angina pectoris, tendo sido sepultado no Cemitério Municipal do bairro São Francisco em Curitiba.

AU REVOIR, JACQUES ET MARIE LOUISE

AU REVOIR, JACQUES ET MARIE LOUISE



Je vous remerci.

Jacques Robert faleceu em Curitiba no dia 02 de junho de 1907, com 64 anos de idade, vítima de câncer do estomago. Cartório do Bacacheri, registro 14.408, folha 35, veja aqui.


Jornal A República, Curitiba 13 de junho de 1907, ed. 139, pg.2, aqui. No mesmo anúncio, duas ocorrências da família, o nascimento da neta Lydia e o falecimento de  Jacques.


Diário da Tarde, 3 de junho de 1907, aqui
O assentamento do óbito foi feito no cartório do Bacacheri, Ele deixou bens a inventariar, provavelmente o lote no Bacacheri. O inventário foi aberto na 1ª Vara Cível em Curitiba, acredito que esteja no Arquivo Judicial na av. Marechal Floriano, bairro da Vila Hauer. (a pesquisar, se for buscar pelo inventário, procure na 2ª Vara também).




Jornal A República, Curitiba 08 de julho de 1907, ed. 153, pg.2, aqui.

Marie Louise faleceu dia 03 de outubro de 1925 em Curitiba, com 82 anos de idade, vítima de arterio esclerose. Ela era viúva de Jacques há 18 anos, seu filho mais velho, Leonard, já havia falecido (1907), o segundo, Joseph, estava na França ou em Cerro Azul, e o filho Antônio, meu bisavô, também já tinha falecido (1923). O óbito foi declarado pelo meu avô, Fernandes Robert.
Marie Louise faleceu na casa de Antônio, provavelmente cuidada pela nora Helena Gerber, na rua Silva Jardim 171. 
O assentamento do óbito foi feito no 1° cartório de Curitiba, centro, registro 33.789, folha 176 verso, veja aqui.

Tanto Jacques quanto Marie Louise foram sepultados no cemitério municipal do bairro São Francisco em Curitiba, entrando pela rua principal, depois da pracinha, 2ª ou 3ª rua a esquerda.


A REVOLUÇÃO FEDERALISTA - parte 1

A REVOLUÇÃO FEDERALISTA 


Gustav e Tecla casaram em Blumenau e fugiram da revolução para Curitiba."
Helena Rüher, no início da década de 1970.

Depois da Proclamação da República em 1889, várias vozes se levantaram por todo o país contra o novo regime instalado, alguns queriam a volta da monarquia, outros uma república com mais força para os estados, outros o parlamentarismo, outros ainda a separação do Rio Grande do Sul do resto do país. Apesar de não formarem um grupo coeso, no sul do país começou o que conhecemos como a “Revolução Federalista”.

De 1893 a 1895, as terras do sul serviram de cenário aos violentos combates da Revolução Federalista, travados entre os partidários de dois oligarcas gauchos, Gaspar Silveira Martins (federalistas, conhecidos como “maragatos”, eram os que usavam o “lenço vermelho”, os revoltosos) e Júlio de Castilhos (legalistas, conhecidos como “pica-paus”, eram os que usavam o “lenço branco”). 

Essa foi uma das Revoluções mais violentas, radicais e passionais do país, marcada por saques, incêndios, estupros, castrações, também conhecida como a Revolta da Degola. Pode-se citar como exemplo os combates de Rio Negro e Boi Preto. No combate do Rio Negro o chefe “maragato” Joca Tavares madou degolar mais de 300 homens jogando-os nos rios, alguns meses depois na batalha do Boi Preto o chefe “pica-pau” Firmino de Paula condenou a degola mais ou menos 300 federalistas também. Segundo Sandra Jatahy Pesavento, a degola “consistia, na sua forma mais usual, em matar a vítima tal como se procedia com os carneiros: o indivíduo era coagido a, de mãos atadas nas costas, ajoelhar-se. Seu executor, puxando sua cabeça para trás, pelos cabelos, rasgava sua garganta, de orelha à orelha, seccionando as carótidas, com um rápido golpe de faca”. Era considerada uma execução rápida, eficaz e barata, já que não se gastava nem mesmo pólvora.

Abaixo a representação da degola por um CTG (Centro de Tradições Gaúchas) de Pelotas-RS em 2010 (nos primeiros 3 minutos do vídeo). Os de lenço vermelho são os federalistas do Rio Grande do Sul, o de lenço branco o florianista.




A partir de janeiro de 1893 o ambiente político estava cada vez mais pesado, em meados de 1893 os “maragatos” atingem o estado de Santa Catarina. Os embates políticos tornam-se ataques.


Maragatos em Santa Catarina
Prefeitura de Braço do Norte - SC

Em 14 de outubro de 1893 a cidade de Desterro (Florianópolis) foi tomada pelos revoltosos que formaram um Governo Provisório dos Estados Unidos do Brasil que se considerava separado da União e somente em abril de 1894 a cidade foi retomada.


Maragatos - Acervo da Casa da Memória - Curitiba

No Paraná, o cerco da Lapa foi a batalha mais importante entre os federalistas do sul e os legalistas. A ação começou em 13 de janeiro de 1894 e durou 26 dias. Quando a cidade se rendeu era dia 10 de fevereiro de 1894. Eram 1.200 maragatos contra pouco mais de 300 legalistas. Da cidade da Lapa os federalistas rebeldes vitoriosos pegaram o trem para Curitiba com os oficiais capitulados e suas famílias. As coisas começaram a mudar na cidade, ocorreram  degolas nos muros do Cemitério Municipal do São Francisco e também nas proximidades do antigo Paiol de Pólvora, começaram arrecadações “voluntárias” entre os comerciantes para o provimento da guerra. O governador do estado, Sr. Vicente Machado, transfere a capital provisoriamente para a cidade de Castro (Decreto Estadual n° 24, de 18 de janeiro de 1894) e Curitiba fica sem governo.


Entrada dos federalistas em Curitiba, Alm. Custódio de Mello e Gal. Gumercindo Saraiva
Acervo do Museu Paranaense

Como o Almirante Custódio de Mello entrou em Curitiba dia 20 de janeiro de 1894 vindo por Paranaguá, provavelmente esta foto foi tirada na chegada do General Gumercindo Saraiva na cidade, vindo da Lapa, em fevereiro de 1894 (a confirmar).

A 10 de maio de 1894 os legalistas entram e retomam a cidade de Curitiba, que ficou sob comando dos revoltosos por cerca de cinco meses.


Em suma, partindo do Rio Grande do Sul, a Revolução Federalista foi atingindo os estados do sul, Santa Catarina e depois Paraná. No Paraná teve seu ápice e também o início do fim. 


Mapa do Brasil em 1895 (parte) - daqui


Todas as cidades, em regiões de passagem das colunas, se não envolvidas diretamente nos combates, presenciaram de perto a agitação da revolução. Observe no mapa acima (alterado), o traço em vermelho representa o alcance da revolução, apenas o extremo oeste dos atuais estados de Santa Catarina e Paraná escaparam dos combates federalistas, praticamente toda a região, de Curitiba ao sul, sofreu influência do confronto.

O fim do conflito ocorreu em fins de agosto de 1895 com assinatura de um acordo de paz com o então presidente Prudente de Moraes.


Mapa do Brasil de 1895 - daqui

continua ....

OS FILHOS DE JACQUES ROBERT - LEONARD

OS FILHOS DE JACQUES ROBERT - LEONARD


Leonard Robert foi o primogênito de Jacques e Marie Louise. Nasceu na França, em Saint-Etiènne, dia 21 de agosto de 1864.



Para visualizar, Archives de la Loire, Etat civil, Saint-Etiènne, naissance, 1864, pp. 212/313.

Em 1873, com 9 anos de idade, imigrou com a família para o Brasil, indo para a colônia Argelina em Curitiba.


Em 1890, com 26 anos de idade, casou com Amanda Schultz, filha de Jorge e Guilhermina Schultz.

Proclama do casamento de Leonard e Amanda, jornal A República, ed. 213, de 13 de setembro de 1890, veja aqui.

Casaram no cartório do Bacacheri, em Curitiba, no dia 18 de outubro de 1890, veja aqui.
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Em 02 de junho 1900, no mesmo cartório, Leonard foi  testemunha no casamento de seu irmão Antônio e na ocasião declarou ser empregado na estrada de ferro, veja aqui.

Leonard Robert e Amanda Schultz tiveram 4 filhos:

1. Leonardo, foi para Cerro Azul-PR
2. Jorge Eugênio, nascido em  25 de dezembro de 1896. Casou em 22 de dezembro de 1917, com Rosalina Bordignon Mion, quando declarou ser mecânico por profissão, veja aqui (provavelmente trabalhava na estrada de ferro como o pai, tio, avô e primos). Filhos:
     1. Armando
     2. Carmem
     3. Leonidas Ernesto
     4. Lauro Montalvo
     5. Nelson
     6. Alzira Amanda
     7. Yolanda
     8. Judith Amanda
3. Luiz, nascido em 10 de dezembro de 1899, veja aqui. Casado com Julieta Fritolli.
     1.Luiz
     2.
     3.
4. "Nenê" casada com Leopoldo Schwarz

Em Curitiba, Leonard Robert participou da Loja Maçônica Fraternidade Paranaense n° 0.555, junto com o cunhado André Legat, veja aqui e aqui.

Faleceu em janeiro de 1907, vítima de apoplexia cerebral (AVC), com apenas 42 anos de idade, seis meses antes de seu pai Jacques Robert. O assentamento de seu óbito foi feito no 1° cartório de Curitiba, Centro,  livro 27 folha 140 verso.


"Agradecimento - Amanda Schultz Robert, seus filhos e mais parentes, agradecem penhoradíssimos a todas as pessoas que acompanharam os restos mortaes do seu inolvidável esposo e pae LEONARDO ROBERT, a seu último jazigo, bem como a todas aquellas que durante a sua enfermidade o auxiliaram a mitigar os seus padecimentos. 
No rude golpe por que acabamos de passar não podemos deixar de salientar as inestimáveis provas de caridade e confraternidade prestadas pelas respeitáveis Lojas Maçonicas da Capital, Diretoria da Estrada de Ferro e seo pessoal, Sociedade Giuseppe Garibaldi (alto S. Francisco) e Federação Operária do Paraná.
A todos o nosso eterno reconhecimento,
Curityba, 16 de janeiro de 1907"
Jornal A Notícia de 16 de janeiro de 1907, pg.3, ed. 363, aqui.

Parece ter sido uma situação bastante traumática para a família.


Jornal A República de 26 de janeiro de 1907, ed. 2, pg. 2,  aqui.

Amanda Robert ficou por um tempo cuidando de um pequeno negócio na rua Mal. Floriano 107, no centro da cidade de Curitiba.

Jornal A República, Curitiba, 01 de fevereiro de 1908, pg. 2, veja  aqui.


Rua Mal.Floriano no início do séc. XX, disponibilizado na grupo FB Antigamente em Curitibaaqui

A mulher de Leonard, Amanda Schultz faleceu em 1915, conforme declarado no casamento de seu filho Luis Robert com Julieta Fritolli, veja aqui.

Após o falecimento dos pais, os filhos menores foram cuidados pelas tias Júlia e Bêbe (Eugênia), conforme declarou a bisneta de Leonard, Cláudia Fonseca.

A irmã de Amanda, Rosalina Schultz, era casada com o maquinista Alberto Bunde, filho de Friedrich Bunde e Bertha Lasanki,  primo de Helena Gerber Robert. Curitiba dia 08 de maio de 1897, veja aqui.

SUBINDO A SERRA DO MAR .... QUANDO ?

SUBINDO A SERRA DO MAR .... QUANDO ?



" ... só os arredores de Curitiba já contam com 1.000 alemães, cuja maioria mudou-se da colônia para lá ..."
Do 20º Relatório da Direção da Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo em dezembro de 1871, onde fazia-se referência aos muitos colonos que saiam da colônia Dona Francisca (Joinville) e seguiam para Curitiba em busca de melhores oportunidades e clima mais ameno.


“Os resultados satisfatórios alcançados na colonização das cercanias de Curitiba, atrairam ainda maior afluência de reimigrantes de outras regiões do Paraná e mesmo de outras Províncias, os quais se dispersaram pelas colônias já existentes ou formaram colônias particulares ou ou ingressaram nas atividades artesanais e industriais da cidade".
Pilatti Balhana, Pinheiro Machado, Westphalen - História do Paraná, Grafipar, 1969, pg. 168

Johann Friedrich Gerber casou em Curitiba com Albertine Bunde em 1875. Ele e parte da família Bunde, de quem falaremos brevemente,  sairam de Joinville em Santa Catarina  e se estabeleceram em Curitiba no Paraná.

Dos 3 irmãos Gerber, o único que foi morar em Curitiba, foi Johann Friedrich Gerber. Dos outros dois irmãos não tenho notícias. Todos os Gerber documentados na Igreja Luterana de Curitiba são descendentes de Johann Friedrich.

Quanto aos Bunde, apenas  Ferdinand e Carl Bunde subiram a Serra do Mar em direção ao planalto curitibano, com as respectivas famílias.

Quando eles teriam subido a serra ? 

É mais difícil precisar quando Johann Friedrich Gerber subiu a Serra. Ele estaria na colônia Dona Francisca (Joinville) até 1863 aos 13 anos de idade, quando foi feita a confirmação de seu batismo. Casou em Curitiba em 1875, portanto foi entre esse período que mudou de cidade, entre 1863 e 1875. Teria ido sozinho, acompanhando alguma família, talvez a própria família Bunde ? Não tenho idéia ....

A família Bunde ainda estava na colônia Dona Francisca (Joinville) em 1872. Nesse ano, Albertine foi madrinha de batismo do filho de Heinrich Bunde. 

O filho mais velho de Ferdinand, Friedrich Bunde,  precedeu a todos na ida a Curitiba. Em seu casamento em Joinville em 1872 declarou ser residente em Curitiba.  No mesmo ano nasceu, ainda em Joinville, sua irmã caçula Emilie Auguste. Foi a partir de 1872 que a família inteira se mudou para a capital paranaense.


de João Leão Pallière, sem data,  daqui

Para ir de Joinville, no litoral catarinense, para Curitiba, no 1º planalto paranaense, sobe-se a Serra do Mar. Nesse periodo, existiam alguns caminhos possíveis. Mas por qual deles vieram os Bunde e Johann Friedrich ?

A FAMÍLIA DE FERDINAND BUNDE

A FAMÍLIA DE FERDINAND BUNDE



Ferdinand Bunde desembarcou em 1869 com a mulher Caroline Lilye e 6 crianças. Desembarcaram com o casal a filha Wilhelmine com 16 anos, Wilhelm com 14, Carl com 12, Franz com 9, Johanne com 6 e Albert com 3 anos de idade.

Sophie Bunde, que na época contava com 62 anos de idade, nascida portanto em 1807, acompanhou o filho nessa jornada.

Caroline Lilye nasceu aproximadamente em 1829 e era de Semerow, Schiefelbein, Köslin, Pomerânia. Ela faleceu em Curitiba dia 04 de novembro de 1885, veja aqui.
Ferdinand nasceu aproximadamente em 1825 em Koseeger, Kolberg-Körlin, Pomerânia. Faleceu após sua mulher Caroline.
  
Os filhos do casal:

1. Wilhelmine Justine Friedrike, nascida em 1853 na Pomerânia. Wilhelmine casou em Curitiba dia 19 de outubro de 1878 com Christian Friedrich Vosgerau também nascido em 1853 e filho de Carl Johann Friedrich e Margaretha Catharine Dorothee geb. Gotsch. Foram padrinhos no casamento, Johann Vosgerau e Wilhelm Bunde  (irmão da noiva), veja aqui. Aqui a mãe da noiva é Caroline Lilye.

Christian Vosgerau foi declarante do óbito da sogra, Caroline Lilye, onde declarou ser pedreiro de profissão, aqui.

2. Wilhelm Bunde, nascido aproximadamente em 1855. Saiu de Curitiba e foi para Botucatu-SP onde casou na Catedral Sant'Ana em 07 de dezembro de 1886 com Benedikta Sauer, veja aqui. Provavelmente saiu de Curitiba em busca de trabalho na ferrovia, é interessante observar que em Botucatu existiu uma colonia de alemães. O casal teve ao menos 4 filhos, João (27.9.1887), Helena (23.2.1890), Eduardo (24.5.1893) e August. Wilhelm faleceu aos 44 anos de idade em Botucatu dia 10 de fevereiro de 1899. 

Um dos filhos do casal era August Bunde, nascido em Botucatu em 1892 (aproximadamente), ferroviário, casado em Itatinga-SP na Igreja São João Batista dia 06 de maio de 1916 com Joanna Marson veja aqui, falecido em Ourinhos-SP.

(Informações fornecidas por Rubens Damião, trisneto de Wilhelm, muito obrigada Rubens).

3. Carl Bunde, nascido aproximadamente em 1857.

4. Franz (ou Hans) Bunde, nascido em 05 de setembro de 1861, fez a confirmação (nº28) na Igreja Luterana de Curitiba em 09 de abril de 1876, veja aqui.

5. Johanna Bunde, nascida em 1862. Johanna casou na Igreja Luterana de Curitiba dia 18 de setembro de 1880 com Johann D. (Dellef ?) Vosgerau, nascido em ~1857, irmão e padrinho de casamento do marido de Wilhelmine Justine. Leia aqui

Duas irmãs casadas com dois irmãos. Wilhelmine Bunde & Christian Vosgerau e Johanna Bunde & Johann Vosgerau.

6. O último filho do casal Ferdinand Bunde e Caroline Lilye nascido na Pomerânia foi Albert. Nascido em 06 de julho de 1866.

Casou com Matilde Sauer, dia 30 de dezembro de 1893 na Paróquia de Sant'Anna em Botucatu, veja aqui e nessa pagina do site Geni. Uma  filha de Albert e Matilde, Josephina, nasceu em Botucatu dia 17 de novembro de 1895, veja aqui.

Mais dois irmãos casados com duas irmâs. Wilhelm Bunde & Benedita Sauer e Albert Bunde & Matilde Sauer.

7. Depois da chegada ao Brasil e ainda em Joinville, o casal teve mais uma menina. Em 24 de maio de 1872 nasceu Emilie Auguste Wilhelmine, que foi batizada na Igreja Luterana de Pirabeiraba em Joinville dia 16 de junho do mesmo ano, foram seus padrinhos Friedrich Bibow, Emilie Bunde (provavelmente a irmã de Albertine) e Bertha Bunde (a mulher de Friedrich). Na ocasião a família declarou residência em Piraythal. Veja aqui, reg, 203. 

Emilie casou dia 08 de julho de 1890 em Curitiba com o jovem Alwin Hermann Bräscher, nascido no Rio Grande do Sul em 1866, filho de Michel e Maria geb. Roth, foram padrinhos do casamento Abraham Glaser e Julius Koch, veja aqui.


Ferdinand e família mudaram da colônia Dona Francisca (Joinville) para Curitiba, para saber quando e como, clique aqui e aqui.



Foi indispensável para a organização das famílias de Carl Bunde e Ferdinand Bunde, o acesso às fichas de pesquisa do professor da UFPR, Sérgio Odilon Nadalin. Muito obrigada !