quinta-feira, 1 de abril de 2021

Praça Tiradentes em 1870, vendo-se no centro o prédio da farmácia e Drogaria Stellfeld. Quadro a óleo de Lange de Morretes segundo uma fotografia da época

 


Estátua de Rui Barbosa Praça Santos Andrade

 


FICHA Nº1. DOCUMENTO: GAZETA DO POVO. DATA: 07/05/1984. LOCALIDADE: Curitiba. ASSUNTO: Rui Barbosa - Estátua (Pça Santos Andrade). TÍTULO: Um livro de livro de Ouro e a estátua. TRANSCRIÇÃO: "Construída em 1934 com recursos de um Livro de Ouro que percorreu quase todo o Brasil, este ano a estátua de Rui Barbosa, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, completa 50 anos de idade. A data exata em que foi inaugurada, as poucas pessoas que ainda estão vivas e que pertenceram ao movimento não sabem precisar, mas sabem que foi em 1934. Um dos que ainda está vivo e que trabalhou na pró-construção do monumento é o advogado Leoclides Pereira Macedo. Na época, Leoclides era estudante de Direito da Universidade Federal do Paraná e foi ele o presidente do Livro de Ouro. Acompanhado de uma Comissão de acadêmicos, foi até o Rio de Janeiro, então capital da República, em busca de adesões, chegando até o presidente Getúlio Vargas. Conforme Leoclides, "ele nos engrupiu, pois deu apenas 500 réis, enquanto que as outras pessoas menos importantes deram muito mais dinheiro". Conta ele que as dificuldades foram muitas e que poucos acreditavam que a estátua acabaria sendo construída. Inclusive na Bahia, terra natal de Rui Barbosa, estudantes tentaram um movimento para a construção de um monumento ao "Paladino da Liberdade", mas não conseguiram. O Livro de Ouro do Paraná foi uma idéia do professor Falcão Vieira mas antes já estavam há muitos anos arrecadando donativos. Para tal, foi criado o comitê acadêmico Pró-monumento de Rui Barbosa. No final das contas, quando a estátua já estava para ser construída, faltou dinheiro. Foi quando o deputado estadual Ulisses Vieira propôs na Assembléia Legislativa um auxílio do governo do Estado de 8 mil contos de réis e o então interventor Manoel Ribas deu o dinheiro. Foi realizado um concurso para a execução da obra e quem ganhou foi o paranaense João Turin. Conforme o advogado Leoclides, "este deve ser o maior monumento a Rui Barbosa erguido no Brasil". Ao pé da estátua está a frase: "Amou a Justiça, viveu o trabalho e não perdeu o ideal". A estátua foi inaugurada exatamente às 8 horas da manhã e a guarda de honra foi formada pelos alunos do Colégio Santa Maria. Agora vem a pergunta: por que a estátua de Rui Barbosa está na Praça Santos Andrade e não na praça que empresta o seu nome, a maior de Curitiba? Leoclides Pereira de Macedo explica dizendo que "naquele tempo não se chamava Praça Rui Barbosa, mas sim Plaça da República." ACERVO: BPP. DATA: 01/03/1999. RESP.: Milton Stanczyk Filho
Referências documentais: 
FICHA Nº2. DOCUMENTO: RUY BARBOSA. ASSUNTO: Ruy Barbosa. TRANSCRIÇÃO: Informações sobre João José Barbosa de Oliveira (Ruy Barbosa). Nasc: 1849 - Salvador. Fal: 1923 - Petrópolis. Atividades: ministro da Fazenda; senador; embaixador do Estado à conferência de Haia (Holanda); embaixador extraordinário e plenipotenciário; pertenceu à Academia Brasileira de Letras. ACERVO: CM. DATA: 08/06/1999. RESP.: Maurício N. Ouyama
Referências documentais: FICHA Nº 3. DOCUMENTO: Coluna Nostalgia. Curitiba, 28 de março de 1999. ASSUNTO: Estátua de Rui Barbosa. TÍTULO: Santos Andrade. TRANSCRIÇÃO: Estudantes da Faculdade de Direito fizeram uma campanha popular e erguerem a estátua de Rui Barbosa, que aparece com sua mão apontando para o nosso templo do saber..... ACERVO: Biblioteca da Casa da Memória. DATA: 05/02/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Referências documentais: FICHA Nº 4. DOCUMENTO: Pasta Monumetos. Jornal Indústria e Comércio. DATA: 15/04/1989. ASSUNTO: Estátua de Rui Barbosa. TÍTULO: Memória - Paraná (XXVII). TRANSCRIÇÃO: Grande solenidade cívica marcou, em 5 de novembro de 1937, na Praça Santos Andrade, a inauguração de monumento a Rui Barbosa.... Após 14 anos de lutas empreendidas por diversas comissões de acadêmicos de direito (1923 - 1937), concretizava-se o monumento a Rui Barbosa (inaugurado a 5-11-37). ....a "Águia de Haya", simbolizando Rui nas suas formidavéis vitórias obtidas durante o importante congresso de 1907. ACERVO: Biblioteca Pública do Paraná. DATA: 08/03/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Referências documentais: Ficha Nº 5. Documento: Almanaque Abril, 1995, pp 181. Data: 08/03/95. Assunto: Rui Barbosa. Título: Rui Barbosa de Oliveira. Transcrição: "Rui Barbosa de Oliveira. (1849-1923), jurista e estadista, nasce em Salvador, Bahia, formou-se em direito e cedo ingressa no jornalismo. Abolicionista, fica famoso em 1877 ao traduzir a obra O papa e o concílio, de Doelinger, contra o dogma da infalibilidade do papa. Faz da introdução do livro um libelo contra a chamada questão religiosa. Eleito deputado pela Bahia, participa da reforma eleitoral de 1881 e da reforma do ensino, em 1882 e 1883. Destaca-se na defesa da abolição, mas não se mostra um batalhador da República, embora critique as falhas da monarquia e ajude em sua derrocada. Ministro da Fazenda no primeiro governo provisório, recorre à inflação para financiar o crescimento econômico. Liberal, ajuda a redigir a constituição de 1891. Oposicionista no governo de Floriano Peixoto, é obrigado a exilar-se em 1894. Volta ao Brasil e ocupa uma cadeira no Senado. Ganha fama internacional ao defender os direitos das pequenas nações na 2a Conferência de Haia, em 1907. Propõe a igualdade entre as nações e sua interferência lhe vale o epíteto de "Águia de Haia". Em 1911, candidato civil à Presidência em oposição ao marechal Hermes da Fonseca, lidera a Campanha Civilista. Perde e volta a disputar a Presidência em 1919, numa campanha radical nas questões sociais. Novamente é derrotado, desta vez por Epitácio Pessoa. Deixa uma obra vasta, que inclui escritos e discursos sobre todas as questões da época." Data: 30/04/2001. Acervo: Biblioteca da Casa da Memória. Responsável: Edgar Cavalli Junior
Histórico: Monumento a Rui Barbosa. Rui Barbosa de Oliveira nasceu em Salvador, em 5 de novembro de 1849. Formou-se em Direito, em 1870, pela Faculdade de Direito de São Paulo. Ingressou na política oito anos mais tarde, ao tornar-se deputado provincial na Bahia. Destacou-se a favor da abolição da escravatura e da queda da monarquia. Com a Proclamação da República, em 1889, assumiu o Ministério da Fazenda, no governo de Deodoro da Fonseca. Também participou da elaboração da Constituição de 1891. Com a ascensão de Floriano Peixoto ao poder, foi obrigado a exilar-se no exterior. Retornou ao Brasil, em 1895, reassumindo sua cadeira no Senado. Célebre pelos discussões que travava com seus adversários políticos, Rui Barbosa participou da 2ª Conferência de Paz de Haia, em 1907. Ao defender a igualdade entre as nações, Rui manteve memoráveis debates com os representantes dos demais países, o que lhe valeu o cognome de Águia de Haia. Faleceu em 1º de março de 1923, aos setenta e quatro anos. Três anos mais tarde, o governo federal adquiriu a casa onde o famoso orador morou, no Rio de Janeiro, transformando-a em museu. Desde 1928, a instituição é conhecida como Casa Rui Barbosa, e visa desenvolver pesquisas e publicar suas obras. No final da década de 1920, o desejo de erigir-se um monumento a Rui Barbosa, movimentou o meio acadêmico paranaense. Para arrecadar donativos para a execução da obra, foi organizado um Livro de Ouro, que circulou por todo o Brasil. Após quatorze anos, e tendo o governo estadual contribuído com os oito mil contos de réis faltantes, foi organizado um concurso para a escolha de um protótipo da obra a ser confeccionada. O trabalho selecionado foi o do artista João Turin. O monumento ostenta a estátua de Rui Barbosa em posição de oratória, voltada para o prédio da universidade. Na base, uma águia, com as asas abertas, faz alusão ao título recebido por Rui Barbosa, em Haia. Fundido na oficina de Roque de Mingo, em São Paulo, o monumento foi inaugurado na Praça Santos Andrade na manhã de 5 de novembro de 1937. Durante a cerimônia, o professor Ulisses Vieira proferiu discurso, enaltecendo as qualidades do homenageado e a ação dos estudantes de Direito do Paraná, para a realização da obra.
Legendas Foto(s): Foto Capa (121e): Escultura Águia de Haia volta para a Praça Santos Andrade. Data: 20/08/2014. Acervo: Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba. Disponível em: . Acesso em 13 fev. 2019.

Herma de Plínio Alves Monteiro Tourinho Praça Santos Andrade

 


FICHA Nº 1. DOCUMENTO: Revista Rumo Paranaense. Pasta Biografias "VA-VE". Pág. 07. ASSUNTO: Herma de Plinio Alves Monteiro Tourinho. TÍTULO: Dario Vellozo - Vida e Obras - Notas - Hellê Ferandes e América da Costa Sabóia. TRANSCRIÇÃO : .....Muito diferente seria o destino do cadete Pínio. Desligado da Praia Vermelha, foi incluído no posto de cabo do Regimento de Artilharia de Bagé. Depois de dar baixa regressou a Curitiba, e foi residir com Dario Vellozo, até aproveitar-se da anistia para retornar às fileiras do Exército..... Plínio Tourinho nunca adotou o culto positivista. E até considerava ridícula a glorificação de Clotilde de Vaux, fato que nunca escondeu ao Dr. João Perneta, seu colega de magistério, na Faculdade de Engenharia e chefe da Igreja Positivista do Paraná... ACERVO : Biblioteca da Casa da Memória. DATA: 24/04/2001. RESP. : Cibele Carvalho
Referências documentais: 
FICHA Nº 2. DOCUMENTO: Gazeta do povo. Curitiba, 16 de agosto de 1992. DATA: 16/08/1992. ASSUNTO: Plínio Alves Monteiro Tourinho. TÍTULO: Ela é conhecida como a Praça da Cultura. TRANSCRIÇÃO: Plínio Alves Monteiro Tourinho, professor universitário, criador da primeira Faculdade de Engenharia e também um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná. Militar, foi um dos candidatos da Revolução de 1930 e teve sob seu comando a mocidade e o povo paranaense. Foi parlamentar e constituinte de 1934. Espírito evoluído apresentou a primeira emenda ao projeto de Constituição com objetivo de extinguir a injustificável indissolubilidade do contrato civil do casamento no Brasil, com a instituição do divórcio, como solução social altamente necessária. Suas atitudes eram comentadas nos corredores parlamentares. ACERVO: Biblioteca da Casa da Mémoria. DATA: 25/04/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Referências documentais: FICHA Nº 3. DOCUMENTO: Negrão, Francisco. Genealogia Paranaense. Volume 5. Curityba: Impressora Paranaense S.A., 1946. Pág. 356. TRANSCRIÇÃO: Filho de Maria Leocadia Alves Tourinho, casada em 1870, com o seu pai Dr. Francisco Antonio Monteiro Tourinho. O Tenente Coronel Plínio Alves Monteiro Tourinho nasceu em Curityba, a 8 de Fevereiro de 1882. Aos 17 anos incompletos, verificou praça como voluntátio, no 6 Regimento de Artilharia, da quarnição em Curityba, alcançando a promoção de Cabo, posto com o qual se matriculou, a 1 de Maio de 1899, na Escola Militar do Rio Pardo, Estado do Rio Grande do Sul. Com uma vida cheia de trabalhos, a sua actividade se fez sentir no meio civil, pelo concurso que há muitos annos vinha emprestado á Instrucção Secunária e Superior do nosso Estado. Ingressou em dezembro de 1912, na Universidade do Paraná. Com especial dedicação á Faculdade de Engenharia, parte integrante desse grande estabelecimento de cultura, Plínio Tourinho é cathedratico das cadeiras de Astronomia, Geodesia e Cartas. 6 de Agosto de 1931, o General Plínio Tourinho renuncia do lugar de Membro do Directório Revolucionário. Filiado ao Partido Liberal do Paraná, do qual era presidente o General Mario Alves Monterio Tourinho, foi incluido o nome de Plinio Tourinho na chapa desse Partido, sento eleito, por grande votação, na mais livre e moralisadora eleição, que jamais se realizou, no Paraná, para o cargo de Deputado á Assembléia Constituinte. Em 1934, foi reeleito para a Camara de Deputados, pela opposição. Em 1908, contraiu nupcias com esther Pereira Tourinho, teve onze filhos, um fallecido. ACERVO: Biblioteca da Casa da Memória. DATA: 08/05/2001. RESP. : Cibele Carvalho
Histórico: Herma de Plínio Tourinho. Plínio Alves Monteiro Tourinho nasceu em Curitiba, em 8 de fevereiro de 1882. Era filho do engenheiro Francisco Antonio Monteiro Tourinho e de Maria Leocádia Alves Tourinho. Com 17 anos ingressou no exército, no 6º Regimento de Artilharia da guarnição de Curitiba. Estudou na Escola Militar de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, transferindo-se, mais tarde, para a Escola Militar Superior da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Em 1910, matriculou-se na Escola de Engenharia Militar, graduando-se Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas e recebendo os diplomas de engenheiro militar e de oficial do Estado Maior. De espírito patriótico, a vida de Plínio Tourinho foi marcada pela dedicação à carreira militar e ao ensino. Lutou na Campanha do Contestado, em 1914, quando houve a disputa de terras entre o Paraná e Santa Catarina. Quatro anos depois, durante a I Guerra Mundial, o engenheiro foi encarregado de inspecionar as fortificações do litoral desses dois estados. Durante a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu a direção do País, Plínio Tourinho, membro do Diretório Revolucionário, comandou as Forças Revolucionárias do Paraná, organizando a rebelião no estado. Ainda na década de 1930, filiou-se ao Partido Liberal do Paraná, sendo eleito, por duas vezes, deputado. No Magistério, Plínio Tourinho ingressou na Universidade do Paraná, em dezembro de 1912. Na instituição, dedicou-se, especialmente, à Faculdade de Engenharia, onde ministrou aulas de Astronomia, Geodésia e Cartas. No período em que foi diretor da faculdade, implementou melhorias e fundou o Instituto Astronômico e Metereológico. Plínio Tourinho faleceu em Curitiba, em 29 de agosto de 1950. No ano seguinte, a pedido do corpo docente da Universidade, o artista Erbo Stenzel confeccionou a herma do ilustre professor, colocando-a no hall de entrada da Faculdade de Engenharia. Em 8 de fevereiro de 1969, data do aniversário de Plínio Tourinho, o monumento foi transferido para a Praça Santos Andrade, e instalado em pedestal de granito, como tributo da população curitibana a um dos fundadores e professores da afamada Universidade
Legendas Foto(s): Foto CAPA (108c): Plínio Alves Monteiro Tourinho. Data: 07/01/2017. Fotógrafo: Flavio Antonio Ortolan. Acervo: Blog Fotografando Curitiba. Disponível em: . Acesso em 06 fev. 2019.

Vista de Curitiba em 1870

 


Busto do Visconde de Guarapuava Praça Eufrásio Correia

 


FICHA Nº 01. DOCUMENTO: Diário da Tarde. DATA: 07/11/1947. LOCALIDADE: Curitiba. ASSUNTO: Visconde de Guarapuava. TRANSCRIÇÃO: Iniciaram-se hoje nesta capital, as comemorações do cinquentenário da morte do insigne paranaense Antônio de Sá Camargo, Visconde de Guarapuava. O Programa de hoje está assim redigido: (...); às 17 horas, inauguração da placa de bronze, comemorativa ao cinquentenário, sendo orador o ilustre deputado dr. Francisco Peixoto de Lacerda Werneck placa essa que se localizará na esquina da Avenida Visconde de Guarapuava com a rua Barão do Rio Branco. As solenidades culminarão no dia 14." ACERVO: BPP. DATA: 27/05/1999. RESP.: Milton
Referências documentais: 
FICHA Nº 02. DOCUMENTO: GAZETA DO POVO. DATA: 08/01/1947. LOCALIDADE: Curitiba. ASSUNTO: Monumento à Visconde de Guarapuava. TRANSCRIÇÃO: "50 aniversário de falecimento do Visconde de Guarapuava. Como parte das comemorações alusivas ao transcurso do 50 aniversário de falecimento de Antônio de Sá Camargo, Visconde de Guarapuava, teve lugar na tarde de ontem, a solenidade de inauguração de uma placa de bronze restaurando o nome de Visconde de Guarapuava a uma das avenidas de nossa capital. O ato solene com a presença do General Cordeiro de Faria comandante da 5 Região Militar, capitão Emílio do Vale, representando o governador do Estado, coronel Joaquim Pereira de macedo, deputados Júlio Rocha Xavier e Lacerda Werneck, dr. David Carneiro, numerosas pessoas grados e o povo em geral (...). Em seguida, o general Cordeiro de Faria, discerrou a placa de bronze que dá a denominação de Visconde de Guarapuava áquela avenida." ACERVO: BPP. DATA: 27/05/1999. RESP.: Milton
Referências documentais: FICHA Nº 3. DOCUMENTO: Nicolas, Maria. "Almas das Ruas" (Cidade de Curitiba). Curitiba, 1969. 1º Volume. Pág. 306. ASSUNTO: Visconde de Guarapuava. TRANSCRIÇÃO: O grande vulto paranaense Antônio de Sá Camargo, Visconde de Guarapuava, nasceu na Palmeira, a 25 de abril de 1808. Era filho do Cel. Antônio Joaquim de Camargo e de da. Maathilde Umbelina da Glória Araújo. Ainda muito moço, transferiu sua residência para Guarapuava, onde se fêz fazendeiro. Tendo conquistado grande fortuna, o Visconde de Guarapuava, auxiliou grandemente obras de caridade; a construção da igreja, a instrução primária; bibliotecas de clubes; a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba; teatro de Guarapuava. Fundou a sociedade "Paiquerê", organizou a bandeira de reconhecimento e descobrimento, que deu combate aos assaltos a Guarapuava por bandos armados. Pelos relevantes serviços prestados ao torrão natal e aos seus semelhantes, foi agraciado com o título de Barão e com o de Visconde por deferência do Governo Imperial. Com o cel. Amazonas Marcondes colaborou no desenvolvimento da emprêsa que explorava a navegação do rio Iguaçu. O segundo navio a navegar nas águas do caudaloso rio, recebeu-lhe o nome. É inegavél o auxílio que o Visconde de Guarapuava prestou à navegação fluvial. Tal empeendimento muito contibuiu para o desenvolvimento das povoações situadas às margens dêsse rio. Financiou a reconstrução da Biblioteca Pública do Paraná. Por várias vêzes exerceu o mandato de deputado provincial e o de vice-presidente do Estado. Concorreu com grandes somas de dinheiro para despesas da Campanha Paraguaia e outra parte para as famílias necessitadas dos militares que seguiam para os campos de batalha. Era coronel comandante superior da Guarda Nacional e, como tal, fardou e armou o 7º Batalhão de Cavalaria de fronteira com a Argentina, fundando Palmas de baixo. Espírito superior ao orgulho e à vaidade, era modesto e simples. Faleceu o tão prestativo cidadão a 2 de novembro de 1886, em Curitiba. "O Visconde de Guarapuava defendeu a sua terra com armas nas mãos; ajudou a construir hospitais; fundou cidades e escolas; rasgou estradas e caminhos; distribuiu esmolas; libertou escravos". Foi um grande e útil cidadão. ACERVO: Biblioteca da Casa da Memória. DATA: 13/02/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Referências documentais: FICHA Nº 4. DOCUMENTO: Almanaque Mercadorama. Curitiba: Editora Letra Viva, 1998. Ano I - Nº 7. Pág. 20. ASSUNTO: Visconde de Guarapuava. TRANSCRIÇÃO: ...O tenente Joaquim de Camargo participou de uma dessas expedições pela reconquista e ficou morando em Guarapuava, onde nasceu seu filho Antônio de Sá Camargo que, em 1880, receberia o título de Visconde de Guarapuava, nome de uma das avenidas mais importantes de Curitiba. O Visconde foi pecuarista e político eleito para a primeira legislatura da Câmara Municipal de Guarapuava e várias vezes deputado provincial. Em 1865 foi nomedo vice-presidente da província do Paraná. Teria sido um dos maiores doadores de recursos para a organização das tropas que lutariam na Guerra do Paraguai. Nasceu em 1808 e morreu em 1896. ACERVO: Biblioteca da Casa da Memória. DATA: 20/02/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Referências documentais: FICHA Nº 5. Jornal O Dia ? Ano XXIV, n° 7.704, Sexta-Feira, 05 de dezembro de 1947, p. 8. Disponível em: . Acesso em 22 fev. 2019. TRANSCRIÇÃO: ?Inauguração do busto do Visconde de Guarapuava? ? Fará parte das Comemorações do Dia do Paraná. A Inauguração do Busto do Visconde de Guarapuava, que deveria ter sido inaugurado no dia 14 de novembro último, conforme foi anunciado e que por circunstâncias não pode ser executado, ficou deliberado pela Comissão Organizadora das Comemorações para o dia 19 do corrente ? dia do Paraná. A cerimônia dar-se-á nesse dia, às 10 e meia horas da manhã, com a presença das altas autoridades civis e militares e terá cunho popular. O orador escolhido foi o conhecido escritor patrício, dr. David Carneiro e o discurso será irradiado por uma das nossas Estações de Rádio. O local será na esquina da Av. Visconde de Guarapuava com a Barão do Rio Branco, defronte ao Palácio da Assembléia Legislativa. DATA: 22/02/2019. RESP.: Bárbara Hlatki.
Histórico: Nas celebrações que marcaram os 50 anos do falecimento de Antonio de Sá Camargo, Visconde de Guarapuava, em 07 de janeiro de 1947, inaugurou-se uma placa de bronze com o nome do mesmo em uma das avenidas de Curitiba que o homenageia. RESP.: Alice de Almeida. Dimensões: BASE: Altura: 0,60m - 2,09m / OBJETO (bronze): 0,76 x 0,56m; Largura < 0,60m
Legendas Foto(s): Foto CAPA (1795): Bustos e estátuas de Curitiba ? Visconde de Guarapuava. Data: 27/04/2013. Fotógrafo: Washington César Takeuchi. Acervo: Circulando por Curitiba. Disponível em: . Acesso em 22 fev. 2019.
Legendas Foto(s): Fotos 1796; 1798; 179a: Monumento Visconde de Guarapuava - Detalhe do Busto, detalhes da Placa. Autor - João Turin. Data: 23/02/1988. Fotógrafo: BORNACIN, Almir C. Coleção: Fundo Casa da Memória. Acervo FCC/DPC, NG 7370.

Busto de Madre Maria dos Anjos Praça Rui Barbosa

 


FICHA Nº 1. DOCUMENTO: Nicolas, Maria. "Almas das Ruas" (Cidade de Curitiba). Curitiba, 1969. 1º Volume. Pág. 27. ASSUNTO: Madre Maria dos Anjos. TRANSCRIÇÃO: Madre Maria dos Anjos nasceu no burgo de Saint Maurice, França, no ano de 1865. No ano de 1883 professou votos de religiosa de São José, e, no de 1900, chegou a Curitiba. Prestou assistência aos lázaros da Colônia de Isolamento, situada na Ilhas das Cobras, em Paranaguá; dirigiu a Santa Casa da Misericórdia dessa cidade, a de Ponta Grossa por duas vêzes; deu início a construção do Hospital 16 de outubro, dessa cidade; prestou assistência aos operários e às suas famílias que trabalhavam na estrada Curitiba - Rio Negro; fundou o Hospital de Emêrgencia, hoje escola São José, por ocasião da gripe espanhola; acomodou em modesta casa os pequeninos órfãos, vítimas da citada gripe. Esteve à frente de sua direção, durante 20 anos. Hoje essa bemérita casa de caridade chama-se Asilo São Luís. Foi ainda superior a da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Mesmo alquebrada pelo cansaço, o corpo cansado pelas longas vigílias a amparava, auxiliando e guiando suas irmãs menos experientes. Recebeu as seguintes homenagens: Palmas Acadêmicas - Govêrno francês, Honneur, medalha de bronze - Aliança Francesa, de Curitiba. Placa de bronze - clínicos da Santa Casa por ocasião do seu jubileu de Diamante. Cidadã Honerária de Curitiba - Câmara Municipal. Placa de Bronze - Povo de Curitiba. Medalha de Prata - Clube Curitibano. Medalha de Prata - Diário do Paraná. Medalha de Prata - Estado do Paraná. Medalha de Prata - Diário da Tarde. Medalha de Prata - O Dia. Medalha de Prata - Banco Comercial do Estado do Paraná. Medalha de Prata - Remington Rnad do Brasil. Honra ao Mérito - Academia de Letras José de Alencar. Cruz de ouro - A voz do povo - Rádio Tingui. Faleceu a caridosa e compreensiva Irmã a 15 de julho de 1959. ACERVO: Biblioteca da Casa Memória. DATA: 13/02/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Referências documentais: 
FICHA Nº 2: DOCUMENTO: Gazeta do povo. DATA: 06/09/1996. ASSUNTO: Madre Maria dos Anjos. TÍTULO: Madre Maria, a ajuda ao próximo. TRANSCRIÇÃO: Nascida no burgo de Saint Maurice, na França, no ano de 1856, Madre Maria dos Anjos professou votos de religiosa de São José em 1883 e, em 1900, chegou a Curitiba. Prestou assistência aos lázaros da Colônia de Isolamento, situada na Ilha das Cobras, na Baía de Paranaguá, dirigiu a Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá e de Ponta Grossa, iniciando à construção do Hospital de Emergência, depois denominado Escola São José, por ocasião da gripe espanhola, deu origem ao Asilo São Luís. Foi ainda superiora da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Pelo seu trabalho, recebeu diversas homenagens, inclusive do governo francês. Faleceu a 15 de julho de 1959. ACERVO: Biblioteca Pública do Paraná. DATA: 12/03/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Histórico: Dimensões: Base: Altura .: 1,68m / Largura max: 0,65m / Largura min: 0,36m / Profundidade: 0,65m / Pedra - Objeto: 0,70 X 0,60m / Bronze
Legendas Foto(s): Fotos 1c99 e 1c9a: Madre Maria dos Anjos. Data: 18/12/2016. Fotógrafo: Flavio Antonio Ortolan. Acervo: Fotografando Curitiba. Disponível em: . Acesso em 11 mar. 2019.

Busto de Leôncio Correia Praça Osório

 


BUSTO DE LEÔNCIO CORREIA. Localizado na Praça Osório, o monumento que homenageia o poeta e escritor Leôncio Correia foi inaugurado em 1º setembro de 1960. A iniciativa para a realização da obra partiu de Leocádio Cysneros Correia, primo de Leôncio, um dos mais destacados literatos da época. Para angariar fundos, Leocádio formou uma Comissão Pró-Monumento a Leôncio Correia, nomeando como presidente o historiador e escritor Valfrido Piloto. Segundo relato do Sr. Valfrido, além de particulares, diversas instituições colaboraram fazendo doações em dinheiro, como a Academia Paranaense de Letras, o Centro de Letras do Paraná e o Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Paraná. O governo municipal, então representado pelo prefeito Iberê de Mattos, contribuiu com a importância de R$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros). Para a execução da obra foi contratado o escultor Hermes Gonçalves, radicado em Curitiba na época. Apesar de concluído em julho de 1960, o monumento, formado por uma herma em bronze sobre pedestal em mármore, foi inaugurado apenas dois meses depois, por ocasião do aniversário de nascimento do poeta. Através dos jornais, toda a população foi convidada a prestigiar o evento: A comissão pró-monumento a Leôncio Correia tem o prazer de convidar os intelectuais paranaenses, através de todas as suas agremiações e órgãos de classe. As autoridades civis e militares representativas dos poderes municipais, estaduais e federais; o professorado público e particular; os estudantes das escolas primárias, secundárias e superiores. Os componentes das diversas classes produtoras e o público em geral, para a inauguração do busto de Leôncio Correia, às 16 h de hoje, na Praça Osório. Instalado na Praça Osório, o monumento de Leôncio Correia compõe um harmonioso conjunto com os de outros renomados poetas paranaenses, como Emílio de Menezes, Emiliano Perneta e Domingos Nascimento, existentes no logradouro desde 1922. Pesquisa: Aparecida Vaz da Silva Bahls. Guilherme Gouveia. Milton Stanczyk Filho Texto: Aparecida Vaz da Silva Bahls. 4 - BUSTO DE LEÔNCIO CORREIA Autoria: Hermes Gonçalves. Assinatura do autor: Hermes - Curitiba - Julho/1960. Data: 12/09/1960 Técnica: Escultura em Bronze. Altura: 0,68m Largura: 0,56m. BASE: Altura: 1,47m. Largura: 0,65m. Inscrição: "O meu desejo sempre foi /diariamente ouvir o nome/ do Paraná falado, criticado,/ caluniado, elogiado, combatido,/ difundido, motejado, engrandecido,/ malsinado, mas nunca esquecido!/ Leôncio Correia / * 1-9-1865 + 19-6-1950 / Inaugurada em 12-9-1960". Texto: Cassiana Lícia de Lacerda. Dimensões: Base: Altura: 1,47m / Largura max: 0,65m / Profundidade: 0,32m - Objeto: Altura: 0,68m / Largura max: 0,56m / Largura min: 0,13m / Profundidade: 0,65m.

Cortejo funebre do Coronel Joao Gualberto em 1912, subindo a rua do Rosario proximo a praca Garibaldi

 


Busto de Santos Andrade Praça Santos Andrade

 



FICHA Nº1. DOCUMENTO: Gazeta do Povo. DATA: 27 de junho de 1950. LOCALIDADE: Praça Santos Andrade. ASSUNTO: Herma de Santos Andrade. TÍTULO: José Pereira dos Santos Andrade / Inaugurado seu busto, na praça da Universidade. - Homenagens a sua ilustre memória. TRANSCRIÇÃO: Transcorreu à 25 do corrente, domingo passado portanto, o 50º aniversário do passamento do saudoso e ilustre paranaense Dr. José Pereira dos Santos Andrade, figura profundamente ligada a períodos heróicos da história araucariana. (...). Por ocasião do transcurso do cinqüentenário do falecimento do insígne conterrâneo, resolvesse prestar justa homenagem à memória daquele que em vida, deu o melhor de suas forças por este Paraná; que hoje constitue verdadeiro motivo de orgulho para seus filhos. E esta homenagem, singela embora, visto a grandiosidade do homenageado, se constituiu na inauguração do busto de Santos Andrade na praça que lhe tomou o nome. A herma primoroso trabalho do escultor patrício Erbo Stenzel, foi, domingo, solenemente inaugurada pelo Dr. Lineu Ferreira do Amaral, prefeito da cidade. (...) ACERVO: MAP. DATA: 11/02/99. RESP.: Guilherme Gouvêia
Referências documentais: 
FICHA Nº2. DOCUMENTO: SANTOS ANDRADE. ASSUNTO: Santos Andrade. TRANSCRIÇÃO: Informações sobre Santos Andrade. Nasc: Paranaguá -1842. Fal: Curitiba - 15 de Junho de 1900. Atividades: Bacharel em Direito; deputado provincial em diversas legislaturas; Senador; presidente do Paraná (1896-1900). Comandante do 7º batalhão da Guarda Nacional. ACERVO: CM. DATA: 08/06/1999. RESP.: Maurício N. Ouyama
Referências documentais: FICHA Nº 3. DOCUMENTO: Negrão, Francisco. Genealogia Paranaense. Volume IV. Curityba: Impressora Paranaense S. A., 1929. Pág. 150. ASSUNTO: Bibliografia de Santos Andrade. TRANSCRIÇÃO: Nasceu em 9 de abril de 1842, em Paranaguá. Filho do Comendador Antõnio Ricardo dos Santos, Comendador Dodóca, segundo Francisco Negrão e dona Cordula Maria dos Santos. Fez estudos preparatótios em São Paulo, em 1860, por três anos. Advogou em Minas Gerais, por alguns annos até que em 1866 foi para Recife, ali recebendo o título de Bacharel em Direito. Em 1875, foi nomeado promotor público em Antonina. Nesse período, rejeitou o cargo de juiz Municipal de uma cidade mineira. Após deixar a promotoria, dedicou-se ao comércio, conforme desejo do pai, grande industrial de herva-matte e abastado capitalista em Morretes e mais tarde em Curityba. Foi deputado provincial, senador federal e um dos paranaenses a assinar a constituição de 1891(?). Deixou a cadeira no Senado em 1895, por ter sido empossado no cargo de Presidente do Estado em 1896, cargo para o qual foi eleito. Foi comandante do 7º Batalhão da Guarda Nacional, em 1894. Casado com Anna Martins de Andrade. Deixou a administração do Estado a 25 de fevereiro de 1900, veio a fallecer 4 mezes depois, a 15 de junho desse anno, em sua fazenda do Bariguy. ACERVO: Biblioteca da Casa da Memória. DATA: 08/05/2001. RESP.: Cibele Carvalho
Histórico: Busto de Santos Andrade. José Pereira dos Santos Andrade nasceu em Paranaguá, em 9 de abril de 1842. Filho do Comendador Antonio Ricardo dos Santos e de Cordula Maria dos Anjos, desde cedo foi entregue aos cuidados de uma tia. Em sua cidade natal, freqüentou a escola primária. Realizou seus estudos preparatórios em São Paulo e, em 1866, foi para Recife, onde formou-se Bacharel em Direito. Atuou como advogado em Minas Gerais. Retornando ao Paraná, assumiu o cargo de promotor público, em Antonina. Dedicou-se, especialmente, à carreira pública, sendo deputado provincial em várias legislaturas e senador federal, quando votou e assinou a Constituição de 1891. Abandonou o Senado, quatro anos depois, para, no ano seguinte, assumir a Presidência do Paraná, cargo que ocupou até fevereiro de 1900. Durante sua administração, Santos Andrade trabalhou para recuperar o Estado, dos problemas deixados pelas forças de Gumercindo Saraiva, resquícios da Revolução Federalista, ocorrida em 1894, quando os maragatos tentaram derrubar Floriano Peixoto do poder. Faleceu em junho de 1900, em sua fazenda, no Barigüi, quatro meses após deixar a presidência do Estado. Nessa mesma região, em 1º de Maio de 1918, foi fundada a Sociedade Operária Beneficente Santos Andrade, que tinha como finalidade prestar auxílio aos mais necessitados. Logo, a Sociedade atraiu muitos adeptos, admiradores de Santos Andrade que, antes de ser governador do Paraná, já era conhecido na comunidade, pela ajuda que dava às pessoas carentes. Por sua atuação política, foi dado seu nome à antiga Praça Tereza Cristina. Relembrando os cinqüenta anos de seu falecimento, em 25 de junho de 1950, o político foi homenageado, com a colocação de um monumento, na praça que tem o seu nome. Oferecida pela Sociedade Santos Andrade, a obra, de autoria do escultor Erbo Stenzel, é formada pelo busto, em bronze, de Santos Andrade, sobre pedestal em granito.

Planta de Curitiba em 1850 [centro] Publicado no Boletim do arquivo do Parana, ano 6, n.9, 1981. p. 19