sexta-feira, 5 de agosto de 2022

AS PRIMEIRAS COLÔNIAS DE IMIGRANTES NO LITORAL DO PARANÁ

 AS PRIMEIRAS COLÔNIAS DE IMIGRANTES NO LITORAL DO PARANÁ

AS PRIMEIRAS COLÔNIAS DE IMIGRANTES NO LITORAL DO PARANÁ
As primeiras colônias no litoral paranaense eram de particulares, subvencionados pelo governo Imperial, responsáveis por introduzir e estabelecer os colonos. A idéia de colocar os colonos no litoral veio da esperança de que a proximidade com o porto de Paranaguá propiciaria produtos mais baratos para o mercado europeu crescente. Duas dessas colônias foram marcantes na história da imigração italiana para o Paraná: a colônia Alexandra e a colônia Nova Itália.
A colônia Alexandra foi a mais desastrada de todas. O proprietário da colônia foi o italiano Sabino Tripotti, que ganhou um contrato do governo imperial logo depois que chegou ao Brasil em 1871. Em fevereiro de 1872 foi fundada a colônia Alexandra. O terreno de má qualidade, os aspectos climáticos, muito diferentes do que os imigrantes estavam acostumados, os insetos típicos do clima tropical, que afetavam não somente os colonos, mas também suas plantações, já eram fatores que dificultavam o progresso da colônia. Somado a isso, a principal cláusula do contrato não havia sido cumprida: a construção da estrada que ligava a colônia ao porto não havia sido realizada.
Não bastassem todos esses complicadores, Tripotti alegou que havia algumas falhas no contrato. Entre elas, não estava claro quem pagaria as despesas iniciais até o assentamento dos colonos. Mesmo depois que o contrato foi reescrito, houve um erro de cálculo que diminuía pela metade o reembolso dessas despesas iniciais. Por conta disso, Tripotti racionou, dentre outras coisas, a comida dos colonos que muitas vezes passaram fome. Essa situação precária da colônia, somada às revoltas dos imigrantes ainda na Itália contra os agentes de Tripotti, fez com que, em 1877, o contrato fosse cancelado, além de todos os seus bens confiscados pelo governador.
Para resolver a questão do assentamento das famílias descontentes que estavam abandonadas na colônia Alexandra, os imigrantes foram transferidos para Morretes e Porto de Cima, e lá foi fundada a colônia Nova Itália. O município de Morretes, contava com oito núcleos de assentados: América de Cima, América de Baixo, Sesmaria, Rio do Pinto, Sitio Grande, Anhaia, Rio Sagrado e Nossa Senhora do Porto. Ó município de Porto de Cima, ficou com cinco núcleos de assentados: Marques, Ipiranga, Bananal, Cari e Esperança.
Mesmo assim, os colonos sofriam muito com o clima quente do verão, com a febre amarela, com as moscas, os mosquitos e os bichos-de-pé, com a falta de comida e agasalho, com o mau uso do dinheiro pelos funcionários responsáveis pela colônia, etc. Os abrigos provisórios só começaram a ser construídos quando já havia mais de mil imigrantes na colônia.
Depois de instalados, finalmente, nos lotes prometidos, os imigrantes deveriam plantar e desmatar mil braças quadradas, construir uma morada permanente de pelo menos 400 palmos quadrados, abrir caminho que delimitasse seus lotes e manter um desmatamento periódico até o final dos primeiros seis meses. Caso não cumprissem essas obrigações estabelecidas por contrato, oficialmente, eles perderiam os melhoramentos e as parcelas já pagas.
Como o governo demorava até mais de seis meses para sequer demarcar os lotes, essas exigências não eram cobradas rigorosamente. Além disso, os imigrantes que conseguiram colher alguma coisa o faziam com a ajuda dos negros e caboclos, que ensinavam aos recém-chegados a técnica da queimada, davam-lhes alimentos e os ajudavam na escolha da madeira e na construção de casas.
Por contrato, os imigrantes tinham o direito de trabalhar seis meses na construção de estradas de ferro, o que servia de uma renda alternativa. Em alguns casos os seis meses acabavam e os imigrantes ainda não estavam instalados em seus lotes, e quando tomavam posse definitiva destes, já não tinham mais o direito de trabalhar nas ferrovias. Sem nenhum tipo de renda, eles dedicavam-se exclusivamente para a agricultura de subsistência.
No final de 1877, mais de 800 famílias estavam na miséria na colônia Nova Itália, sem roupas e sem sementes para plantar. Os colonos estavam muito descontentes, alguns queriam voltar para a Itália, outros exigiam serem assentados em outros locais. Buscando alternativa para resolver o problema, a Província do Paraná, disponibilizou carroças para que os imigrantes pudessem subir a serra pela Estrada da Graciosa. Algumas poucas famílias ainda ficaram no litoral, enquanto outras voltaram, de fato, para a Itália.
Chegando em Curitiba, estabeleceram-se como agricultores em vários núcleos coloniais da região, que posteriormente deram origem aos atuais bairros de Pilarzinho, Água Verde, Umbará e Santa Felicidade. Com o passar do tempo adotaram outras atividades, incluindo industriais e comerciais.
Além dos municípios da Microrregião de Paranaguá e a capital, outras cidades no entorno de Curitiba também receberam imigrantes italianos, como São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo, Piraquara, Cerro Azul e Colombo, assim como do interior receberam significativo número de imigrantes. Atualmente representam cerca de 40% da população paranaense, sendo o estado sulista com maior população descendente de italianos.
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.
A primeira Capela construída em tábuas, na Colônia Nova América.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Registro fotográfico de italianos da região do Veneto, embarcando com destino ao Brasil.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Estação de Alexandra, em foto da primeira década de 1900, cerca de 30 anos após o êxodo dos imigrantes italianos, em direção à Morretes.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

— Em primeiro plano o Antigo complexo do Chá Mate Real. ***— Ano - 1976 — Rua João Negrão, 1285. Hoje é o IFPR. (Instituto Federal do Paraná) *** ***— Foto - Kalkbrenner Fotografias ***

 — Em primeiro plano o Antigo complexo do Chá Mate Real.
***— Ano - 1976
— Rua João Negrão, 1285. Hoje é o IFPR. (Instituto Federal do
Paraná) ***
***— Foto - Kalkbrenner Fotografias ***


Nenhuma descrição de foto disponível.

Momento da construção do Palácio Avenida na Av. Luiz Xavier, Curitiba, em 1928. (Foto: Curitiba.pr.gov.br) Paulo Grani.

 Momento da construção do Palácio Avenida na Av. Luiz Xavier, Curitiba, em 1928.
(Foto: Curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani.


Pode ser uma imagem de 6 pessoas

RELEMBRANDO A ANTIGA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE CURITIBA

 RELEMBRANDO A ANTIGA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE CURITIBA

RELEMBRANDO A ANTIGA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE CURITIBA
Era o ano de 1965, tinha dez anos de idade, lembro-me que fui levado até a Estação Rodoviária de Curitiba, por meu tio Armando Greinert que havia vindo de Paranaguá buscar-me de umas férias escolares, que eu havia passado na casa da minha madrinha Iracema Henze.
Enquanto aguardávamos o horário de partida do ônibus, ele levou-me até um box da estação onde serviam cafés e sanduíches e pediu dois cafezinhos para nós. Logo fomos servidos no balcão, então ele adoçou o meu cafezinho e serviu-me.
Era acostumado a tomar o café caseiro que era passado no coador e depois ficava no bule esperando os membros da família chegarem à mesa. Então, inexperiente com as tecnologias da capital, levei a xícara à boca e dei um bocado como aquele que fazia em casa. Instantaneamente senti o café queimar a boca; desesperado, pensei, não posso dar vexame, então, deixei o café pelar.
Até a pele do céu da boca, soltou-se! Depois, percebi que o café era feito numa máquina toda brilhante, que saía vapor, leite quente e café pelando, coisa estranha e desconhecida para um menino do interior, não sabia que aquele café era servido quase fervendo.
Mas, voltando para a Estação Rodoviária, naquela oportunidade pude conhecê-la rapidamente. Lembro-me que ela tinha varias boxes, onde eram vendidos produtos e alguns serviços prestados. Além do balcão de sanduíches e café queeeente, lembro-me das agências de passagens, banca de jornais e revistas, frutaria, barbearia, pequeno armazém, mercearia, farmácia, etc.
Pois bem, aquela importante edificação fica no local que já foi conhecido como Largo do Ventura e hoje chama-se Praça Senador Correia, tendo como principal cruzamento as ruas João Negrão e André de Barros.
A Estação Rodoviária foi projetada pelo célebre arquiteto Rubens Meyster, inaugurada em 1956, e cumpria sua maior finalidade recepcionando os ônibus que faziam as linhas municipais para as grandes cidades paranaenses e até algumas capitais do país.
À frente dos boxes, havia um amplo corredor e, mais à frente, havia uma pequena mureta que, por fora, abrigava uma fileira de bancos de concreto, desenhados anatomicamente, onde os usuários podiam aguardar seu ônibus.
Logo à frente dos bancos, os ônibus estacionavam enfileirados em diagonal ao meio-fio de alinhamento e, lado-a-lado, formavam os pontos de embarque/desembarque, os quais eram parcialmente abrigados por uma laje que projetava-se do centro da edificação.
À frente dessa linha, abria-se um amplo pátio calçado com paralelepípedos, que servia para circulação e manobra dos ônibus e que ia até a divisa da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, adjacente ao conjunto.
A Estação Rodoviária funcionou assim até 1972, quando foi construída a Estação Rodoferroviária de Curitiba, para onde migraram todas as linhas de ônibus estaduais e interestaduais.
Nos anos 1980, esse pátio foi replanejado e ao meio dele recebeu um novo eixo coberto, paralelo aos antigos pontos de embarque, cujo conjunto passou a receber os ônibus das linhas que seguem para as cidades da região metropolitana de Curitiba.
Assim, ela passou a ser chamada de Terminal Guadalupe, por onde, hoje, passam cerca de 270 mil pessoas.
class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;">
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.
A Estação Rodoviária em 1956, ainda em construção. Vista a partir da rua João Negrão.
Foto: Pinterest

Nenhuma descrição de foto disponível.
A Estação Rodoviária com vista para a área de embarque/desembarque, inicio anos 1960.
Foto: Cartão Postal de Curitiba, acervo do Arquivo Público do Paraná.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Os ônibus estacionavam em diagonal, uma forma de otimização do aproveitamento da área de embarque/desembarque.
Foto: facebook.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Vista mais ampla da Estação Rodoviária, em 1957.
Foto: pinterest
Nenhuma descrição de foto disponível.
A Estação Rodoviária já reconfigurada, anos 1990.
Foto: pinterest

Nenhuma descrição de foto disponível.
A Estação Rodoviária de Curitiba,em 1966.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Histórica foto dos anos 1960, mostra a entrada da Estação Rodoviária, com ponto de embarque/desembarque de automóveis e uma passarela de acesso ao conjunto. Ilustrando os costumes da época, um funcionário da Prefeitura Municipal e seu "carrinho de lixo", com a configuração de a lixeira poder ser rotacionada sobre seu eixo, uma forma que facilitava a sua remoção.
Foto: Arquivo Público do Paraná.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Aqui, a nova configuração do conjunto, anos 2000, Já voltada ao embarque rápido de usuário para a região metropolitana de Curitiba.
Foto: curitiba.pr.gov.br

REDESCOBRINDO A CHRYSTALLARIA BRAZILEIRA

 REDESCOBRINDO A CHRYSTALLARIA BRAZILEIRA

REDESCOBRINDO A CHRYSTALLARIA BRAZILEIRA
Dia destes, pesquisando, descobri esta histórica foto apresentando um estabelecimento industrial do passado de Curitiba, que em sua fachada lê-se "Christallaria Brasileira", que funcionou desde os anos 1910 na Rua Vinte e Quatro de Maio, nº 32.
Então, aprofundei a pesquisa e descobri este significativo anúncio feito no Almanach do Paraná, de 1929, redigido pelo versátil historiador Romário Martins:
" [...] são confeccionados também vidros para vitrines e pára-brisas para automóveis tão superiores como os do estrangeiro. Os crystaes lapidado são bisotados, da fábrica do sr Guelmann, são também feitos sob encommenda, de qualquer tamanho, ou formato [...]
Esse estabelecimento modelo, é o mais afreguesado do Estado e tem entrado em concorrência com os mais importantes estabelecimentos congêneres do Rio, Rio Grande do Sul e São Paulo, conseguindo sempre a preferência, pela perfeição de trabalho, superioridade de material empregado e modicidade dos preços.
É gerente deste modelar estabelecimento artístico o jovem Moysés Guelmann, moço de aprimorada educação technica industrial, e um perfeito gentleman, vindo dahi a preferência do público em fazer compras na Casa Salomão Guelmann, uma das mais procuradas desta capital.
O sr Salomão Guelmann soube desde logo se impor na galeria dos nossos industriais estudando de perto o gosto artístico de nosso povo. [...]."
Em outro texto de propaganda percebe-se a maior amplitude da gama de produtos que a Chryslallaria fabricava: "Fabrica de vidros de todas as qualidades, como sejam: cálices, chaminés para lampeão, vidros para confeitaria, vidros para conservas, depósitos para lampeão, garrafas brancas e de côres, frascos para pharmacia, isoladores, tubos para caldeiras, etc. etc.".
As fotos da equipe de trabalhadores e dos diversos setores da empresa mostram a grandeza que a fábrica de cristais e congêneres alcançou, antes de ser ampliada para o ramo da fabricação de móveis.
(Fotos: Almanach Paraná 1929 / Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani.

style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Nenhuma descrição de foto disponível.
Fachada da Chrystallaria Brasileira, década de 1910.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Setor de Estoques e embalagens.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Setor de fabricação e fornos.
Pode ser uma imagem de 10 pessoas
Setor de sopro e fornos.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Equipe de funcionários na década de 1910.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Nenhuma descrição de foto disponível.
O jovem Moysés Guelmann, gerente.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Na publicação do Almanach Paraná, arrojada foto da modelo para a época.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Fachada da loja, em 1929, agora ampliada com o ramo de fabricação de móveis.

A CASA DA FAMÍLIA GOMM EM CURITIBA Foto da mansão da família Gomm localizada no Batel, nos anos 1940.

 A CASA DA FAMÍLIA GOMM EM CURITIBA
Foto da mansão da família Gomm localizada no Batel, nos anos 1940.

A CASA DA FAMÍLIA GOMM EM CURITIBA
Foto da mansão da família Gomm localizada no Batel, nos anos 1940.
"A casa da família Gomm foi construída para ser um símbolo de modernidade na cidade, durante a década de 1910. O local se tornou em um símbolo da aristocracia, trazida a Curitiba pela família inglesa. Localizada no final da Av. Batel, a casa ficou conhecida como “embaixada do mundo” em Curitiba.
O patriarca da família era o inglês Henry Gomm, que negociava a compra de erva-mate em Curitiba e tinha empresa em Antonina. Sua mulher, Isabel Withers Gomm, foi a criadora da Cruz Vermelha no Paraná. A Casa Gomm se tornou popular na cidade na década de 30/40, quando o filho do casal, Harry Blas Gomm, passou a morar na residência com sua mulher, Luísa Bueno. A frequência de estrangeiros era tão grande na casa, que na década de 50 surgiu uma canção francesa intitulada Monsieur Le Consul à Curityba, baseada em visitas ao local.
A arquitetura da Casa Gomm é uma das poucas de origem americana, baseada em edificações da Nova Inglaterra. Localizada em um grande terreno, que era conhecido como Bosque Gomm, a casa apresenta dois pavimentos, com torreão oitavado no canto esquerdo e janelas duplas nas laterais. A cobertura é feita com telhas francesas e o único elemento em alvenaria é a chaminé, com tijolo aparente.
Na década de 80, o terreno foi vendido pelos cinco herdeiros da família e adquirido pelo empresário Salomão Soifer. Em 1989, a casa e o bosque foram tombados pelo governo do estado.
Em 2000, a Casa Gomm foi toda desmontada e transferida para o final do terreno, para dar espaço a um empreendimento do Grupo Soifer. Atualmente, um dos maiores símbolos da Avenida Batel, que “perdeu” seu espaço para o Shopping, é utilizado pelo Governo do Paraná, pela Coordenação do Patrimônio Cultural. A Casa Gomm, que oficialmente fica na Avenida do Batel, 1829, teve a entrada alterada para a Rua Hermes Fontes. Sua inscrição no livro do tombo aconteceu em 14 de abril de 1.989."
(Extraído de Curitibaspace)
(Foto: Acervo Cid Destefani)
Paulo Grani.

Nenhuma descrição de foto disponível.

RELEMBRANDO A SOCIEDADE OPERÁRIA E BENEFICENTE MERCÊS

 RELEMBRANDO A SOCIEDADE OPERÁRIA E BENEFICENTE MERCÊS

RELEMBRANDO A SOCIEDADE OPERÁRIA E BENEFICENTE MERCÊS
Nasci nas proximidades do prédio da Sociedade Beneficente Operária das Mercês e lembro que meus país sempre comentavam de serem sócios dela e frequentadores assíduos de seus concorridos bailes que ocorriam todos os finais de semana, além dos bailes em datas especiais como carnavais, festas juninas, páscoas, natais, etc. Havia também os bailes do Chopp, os bailes infantís de Carnaval e outros.
O clube foi fundado em 19/01/1919, e nasceu em uma reunião de cerca de 30 famílias moradoras dos quarteirões centrais do bairro das Mercês. Primeiro funcionou em uma casa alugada e, depois, no terreno doado pelo sr. Edmundo Saporski, seu primeiro presidente, localizado na então Avenida Cruzeiro, hoje Avenida Manoel Ribas, esquina com rua Alcides Munhoz, ponto de referência para o grupo de associados à época.
Entre os fundadores, encontramos o sr. Edmundo Saporski, José Varassim, Vitório Burda, Frederico Gottschild, Amando Mann, Bernardo Mann, André Zanetti, Carlos Benetti, Alberto Sbalqueiro, entre outros.
Naquele começo, os sócios realizavam festas ao ar livre no terreno, até juntarem recursos suficientes para edificar o histórico prédio de bom tamanho e de construtividade simples, porém, significativa para os propósitos de reunir a coletividade e ser aconchegante o suficiente para seus frequentadores desejarem ali se reunir rotineiramente.
Os concorridos bailes eram animados por muitas bandas e cantores, destacando-se a banda do seu Beppe e seus solistas. As famílias tinham o local como seu centro de lazer, reuniões e encontros.
Na frente do prédio da Sociedade Mercês, tinha o Armazem São Venâncio, cujo dono, sr. Venâncio Trevisan, foi diretor da Sociedade Mercês por muitos anos. Entre as centenas de famílias que sempre se faziam presentes, algumas são mais lembradas até hoje: família Fainer, Borguetti, Franzoloso, Fabri, Henze, Sbalqueiro, e outras.
Alem dos bailes noturnos, a Sociedade Mercês mantinha bailes para a juventude, chamados Matinés Dançantes, aos sábados à tarde, das 16h às 20h.
O clube possuía uma excelente cozinha que, além de atender a cliente nos variados eventos, servia um famoso risoto acompanhado de polenta, galeto e maionese, a uma grande freguesia nos almoços de domingo, que também era servido em marmitas para os fregueses que desejavam almoçar em casa.
Acompanhando as mudanças de costumes com o passar do tempo, o clube deixou de ser o ponto de encontro dos frequentadores mais novos e acabou fechando suas portas na década de 1990. Depois de muitos anos fechada em degradação por falta de recursos para manutenção do prédio, em 1999, um grupo de sócios remanescentes gestionou junto à Prefeitura de Curitiba um projeto para sua desapropriação e transformação do local em centro cultural do bairro, porém, sem êxito.
No início dos anos 2.000, a Sociedade Operária Beneficente Mercês foi incorporada à outra Sociedade da região de Santa Felicidade e depois, seu patrimônio foi negociado com terceiros que acertaram com o Banco do Brasil a restauração em troca de aluguéis.
Paulo Grani

Pode ser uma imagem de ao ar livre
A Sociedade Beneficente Operária das Mercês foi fundado em 19/01/1919, e nasceu em uma reunião de cerca de 30 famílias moradoras dos quarteirões centrais do bairro das Mercês. Primeiro funcionou em uma casa alugada e, depois, no terreno doado pelo sr. Edmundo Saporski, seu primeiro presidente, localizado na então Avenida Cruzeiro, hoje Avenida Manoel Ribas, esquina com rua Alcides Munhoz, ponto de referência para o grupo de associados à época.
Foto: internet

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e pessoas em pé
Foto comemorativa da criação da Sociedade Beneficente Operária das Mercêstre reunidos os fundadores, entre eles, encontramos o sr. Edmundo Saporski, José Varassim, Vitório Burda, Frederico Gottschild, Amando Mann, Bernardo Mann, André Zanetti, Carlos Benetti, Alberto Sbalqueiro, entre outros.
Foto: Acervo Banco Brasil, sede Mercês.

Pode ser uma imagem em preto e branco de céu e rua
Foto recente da Sociedade Beneficente Operária das Mercês tirada ao amanhecer, realizada por Marcia Lima.
Pode ser uma imagem de 6 pessoas e pessoas em pé 7&_nc_sid=8bfeb9&_nc_eui2=AeErnTbVd3XrgipfIsdRCiWk7kjqGfUxBaLuSOoZ9TEFoiLyr0g0d3DVvnbfeliycMkX01-Wp6ghs0IDlyYWanQs&_nc_ohc=wR-GQ_J8dGUAX-UIDRL&_nc_ht=scontent.fbfh10-1.fna&oh=00_AT_VWmqn5c0BwisXEGR8smHDYv5mWOpAFFsMmO7iwNWX2w&oe=62F14819" style="animation-name: none !important; background-color: black; border: 0px; color: #1c1e21; font-size: 12px; max-height: calc(100vh - var(--header-height)); max-width: 100%; object-fit: contain; transition-property: none !important; white-space: normal;" />
Grupo de colegas, frequentadoras da Sociedade Beneficente Operária das Mercês, posam para foto em baile carnavalesco dos anos 1950. Entre elas, Sra. Nair Schrinckte Alves Pinto.
Foto: Acervo de Dallas Walkiria Araujo

Pode ser uma imagem de ao ar livre e texto que diz "TRECHO DA AV C'RUZEIRO SEDE DA B. MERCES"
Histórica foto da Sociedade Beneficente Operária das Mercês, localizada localizado na então Avenida Cruzeiro, hoje Avenida Manoel Ribas, esquina com rua Alcides Munhoz, ponto de referência para o grupo de associados à época.
Foto: Acervo Paulo José Costa
Pode ser uma imagem de 6 pessoas e pessoas em pé
Conjunto Os Intocáveis tocando em sarau dançante na Sociedade Beneficente Operária das Mercês, em domingo à tarde, em 1966. De blusão listrado, ao centro, saudoso Dirceu Graeser.
Foto: Acervo Syr Domtex

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e pessoas em pé
Sra. Ady Glair Foltran Rosher e sr. Augusto Elinor Roeher, dançando baile caipira na Sociedade Beneficente Operária das Mercês, em 25/06/1951.
Foto: Acervo de Rosangela Roeher Joucowski

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

—*** Região do Campo Comprido, por volta da década de 1940*** (Em evidência, o Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Lourdes na Rua Eduardo Sprada)

 —*** Região do Campo Comprido, por volta da década de 1940***
(Em evidência, o Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Lourdes na Rua Eduardo Sprada)


Pode ser uma imagem de ao ar livre