Ato de nomeação de Nicolau Klüppel como prefeito de vila Deodoro, publicado em A Federação. |
Comunicado oficial do prefeito Nicolau Klüppel renunciando a qualquer remuneração pelo exercício do cargo (jornal A Federação). |
Relação de contribuintes da subscrição para auxílio aos feridos na revolução. Entre estes aparece o nome da trisavó Carolina Klüppel, uma filha e uma nora. A subscrição foi promovida por seu genro, Manoel de Araújo Vianna, casado com Anna Klüppel Vianna. Aspecto de Vila Deodoro (hoje Piraquara) no início do século XX. (Foto de Arthur Wischral). A estação ferroviária de Piraquara, logo após a inauguração em 1885. ( Foto de Marc Ferrez). O trisavô Nicolau Klüppel em foto de fins do século XIX |
Em 1894, durante a revolução federalista, enquanto as tropas do caudilho Gumercindo Saraiva, chefe militar dos maragatos, ocupavam grande parte do estado do Paraná, foi instituído um governo provisório, sob a chefia de João de Menezes Dória, tendo sido a capital transferida de Curitiba para a cidade de Castro.
O trisavô Nicolau Klüppel, que nesta época residia em Vila Deodoro (atualmente o município de Piraquara, no Paraná) com parte de sua família, eram partidários da revolução federalista e ajudaram a financiar as tropas de maragatos na região de Curitiba. Sua mulher e filhas contribuíram com recursos e apoio aos combatentes feridos.
Em 08/02/1894, o governador provisório Menezes Dória nomeou Nicolau Klüppel prefeito de Vila Deodoro, município de interesse estratégico para os planos de combate dos maragatos, pois controlava parte importante do trajeto da ferrovia que, ainda hoje, liga Curitiba ao importante porto de Paranaguá.
Durante sua curta gestão como prefeito municipal recusou, oficialmente, qualquer remuneração pelo cargo, comunicando a decisão ao governador e mandando reverter a verba em benefício do município, algo raro naquele tempo e absolutamente inédito nos dias atuais, entre os políticos. O ofício que remeteu ao governador foi publicado no jornal A Federação, órgão oficial do governo revolucionário.
Após o fracasso da revolução, a família Klüppel ainda viveu muitos anos em Piraquara. Meus bisavós, Rosa Klüppel e Guerino Soffiatticasaram-se naquela cidade em 19/01/1901. O casamento civil foi realizado na casa de Carolina e Nicolau Klüppel e a cerimônia religiosa foi celebrada na Matriz do Senhor Bom Jesus dos Passos.
A militância em favor da causa dos maragatos causaria a Nicolau Klüppel dissabores políticos futuros. Em Curitiba, nos meses e anos que se seguiram à derrota da revolução, houve muitas vinganças políticas e mesmo fuzilamentos sumários de inúmeros partidários da revolução.
Nos anos de idade avançada o casal Carolina e Nicolau Klüppelpassou a residir na casa de seu filho João Eduardo, em Ponta Grossa, onde ele faleceu aos 92 anos (1921) e ela aos 94 anos (1935) e lá estão sepultados. A tradição familiar, por meio de minha avó e tios-avós, sempre atribuiu a mudança dos seus avós para aquela cidade, ao ambiente político adverso aos maragatos e seus partidários, especialmente, na região de Curitiba.
Nos anos de idade avançada o casal Carolina e Nicolau Klüppelpassou a residir na casa de seu filho João Eduardo, em Ponta Grossa, onde ele faleceu aos 92 anos (1921) e ela aos 94 anos (1935) e lá estão sepultados. A tradição familiar, por meio de minha avó e tios-avós, sempre atribuiu a mudança dos seus avós para aquela cidade, ao ambiente político adverso aos maragatos e seus partidários, especialmente, na região de Curitiba.
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