Cartão Postal de Curitiba, do final da primeira década de 1900, mostra a concentração de pessoas acompanhando o féretro de Vicente Machado, tendo seu cortejo próximo à entrada do Cemitério São Francisco de Paula, no bairro São Francisco.
FUNERAL DE VICENTE MACHADO
Cartão Postal de Curitiba, do final da primeira década de 1900, mostra a concentração de pessoas acompanhando o féretro de Vicente Machado, tendo seu cortejo próximo à entrada do Cemitério São Francisco de Paula, no bairro São Francisco.
Na invasão dos federalistas à Curitiba, ele e sua comitiva fugiram para a cidade de Castro deixando a cidade à mercê dos revolucionários, alegando que transferiu o sede do governo estadual para lá, até chegar os reforços militares. Situação até hoje controversa, pois a população ficou à mercê de atos desatinados dos invasores.
A Assembleia Legislativa do Paraná, mantém uma pequena biografia dele para sua memória:
"Vicente Machado era filho de José Machado da Silva Lima e Anna Guilhermina Pinheiro Lima. Nasceu em Castro (PR) no dia 9 de agosto de 1860. Tornou-se bacharel em Ciência Jurídicas e Sociais em São Paulo. Recém-formado, foi nomeado promotor público de Curitiba, em 1881.
Em 1882 foi nomeado secretário do governo da Província do Paraná. Exerceu os cargos de juiz Municipal e de Órfãos em Ponta Grossa; chefe de Política; presidente da Câmara e Diretor Geral do Ensino na Capital paranaense; presidente e membro de diversas comissões de alto valor político. Foi deputado federal e tomou parte na Constituinte paranaense.
Em 1893 foi eleito presidente do Paraná. Vicente Machado governou durante a revolta federalista, chefiada por Custódio José de Mello. Renunciou ao cargo após a revolta.
Em 1895 foi eleito senador federal. Mesmo envolvido na política, nunca se distraiu dos estudos. Quando governador do Paraná criou o primeiro banco comercial e o “Jardim da Infância”; arrendou a Estrada de Ferro do Paraná; mandou construir a rede de esgoto e abastecimento de água da Capital; remodelou e difundiu o ensino; melhorou a viação; regularizou o serviço colonial, entre outros.
Foi um forte propagandista da República, trabalhando sob ideais de Benjamin Constant e Silva Jardim. Foi reeleito deputado geral em 1887. É de sua autoria a lei 449 de 24/03/1902, que equiparava os impostos de exportação da erva-mate bruta aos da erva industrializada.
Morreu no dia 03/03/1907, em Curitiba, onde há uma rua com seu nome. "
(Biografia extraída de: assembleia.pr.gov.br / Foto: Acervo de Paulo José Costa)
Paulo Grani
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